Alckmin e POIESIS anunciam cortes na cultura

foto: Henrique Dantas

Jornal GGN – No dia 13 de junho a POIESIS anunciou publicamente um corte de 25% do corpo de educadores da Fábrica de Cultura do Capão Redondo. O espaço foi ocupado há três semanas pelos jovens aprendizes e as educadoras estavam proibidas de realizar suas atividades enquanto a ocupação existir. Entretanto, após o anúncio do corte, elas colaram em frente à fábrica num ato de solidariedade.

A ocupação começou quando a POIESIS, uma organização social que administra a Fábrica de Cultura do Capão Redondo, anunciou que iria fechar a biblioteca às cinco horas da tarde. Os jovens aprendizes não aceitaram essa atitude e se organizaram. Hoje, o espaço está ocupado, a biblioteca, o estúdio e a cozinha estão mais abertos. Mano Brown já colou na ocupação mais de uma vez.

No Estado de São Paulo são dez Fábricas de Cultura em atividade, cinco gerenciadas pela POIESIS e cinco pelo Catavento Cultural. Fazem cinco anos que o Estado não cadastra uma nova organização social para receber repasses e executar políticas públicas de cultura.

Assista abaixo:

Abaixo segue o manifesto das educadoras na página dos Aprendizes de Olho:

“Nós, educadores da Fábrica de cultura do Capão Redondo estamos impedidos de realizar as atividades artístico-pedagógicas, pela Organização Social POIESIS, resolvemos comparecer na frente da fábrica no dia de hoje, 15/06/2016.
As reivindicações feitas pelos aprendizes durante o tempo de ocupação, se confirmaram na reunião artística-pedagógica do dia 13/06, na qual a direção da POIESIS assumiu publicamente que haverá o corte de cerca de 25% do corpo de educadores, a redução da carga horária dos ateliês e o corte total das horas dedicadas a formação e planejamento dos educadores.
Com isso, repudiamos:
1. O Sucateamento imposto pela POIESIS devido aos referidos cortes;
2. A acusação de funcionários da POIESIS de que os educadores do Capão agem como terroristas;
3. A demissão da educadora de Projeto Espetáculo, Daniela Biancardi, realizada na última segunda feira, sem motivos concretos;
4. A forma como a supervisão artística-pedagógica e a gerência estão tratando as reivindicações.

Por isso e por respeito à comunidade declaramos nossa solidariedade com a luta dos aprendizes.”