Em livro, Temer revela postura de militares a governo Dilma antes do impeachment

Temer se posiciona como um heroi da resistência e moderação, em meio à crise política que ele incendiava com o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Jornal GGN – “A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar uma Agenda Para o Brasil” é o livro de Michel Temer (MDB), no qual ele se posiciona como um heroi da resistência e moderação, em meio à crise política que ele incendiava com o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

Um dos momentos chaves do livro, sustentado em entrevistas concedidas por Temer ao seu amigo e professor de filosofia Denis Lerrer Rosenfield, é a relação mantida pelo então vice-presidente com chefes militares, nos preparativos para a derrubada de Dilma.

Expressamente, o livro trata que o governo de Dilma incomodou os militares pela Comissão Nacional da Verdade, cujo trabalho resultou na maior coleta documental histórica sobre a ditadura do regime militar brasileiro (1964-1985) e os crimes cometidos, além da intenção de Dilma de alterar a Lei da Anistia, que perdoou estes crimes da ditadura.

Segundo o livro de Temer, os militares também tinham receio de que a gestão Dilma interferisse na estrutura de ascensão dos membros das Forças Armadas e a formação nas academias.

Os dois principais militares citados no livro são o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, mantido no cargo por Temer e um de seus principais interlocutores de gestão, e o general Sérgio Etchegoyen, que foi nomeado a chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Temer.

“Não foi uma vez. Foram vários encontros”, entre 2015 e 2016, narrou o autor do livro.

Por outro lado, o ex-vice que assumiu o principal cargo da República nega constantemente, no livro, que se tratou de um golpe e concede os créditos à queda de Dilma ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB). “O que aconteceu é que o PT agrediu muito o presidente da Câmara e, em face dessa agressão, ele não teve outra alternativa”, foi a lógica de Temer.

“Golpista… O tempo todo. É um movimento político que mostra como temos pouco apreço pela institucionalização”, escreveu Rosenfield, em entrevista ao Estadão, sobre o livro.

Michel Temer foi um dos alvos da Operação Lava Jato, chegando a ser preso, após deixar o governo e perder a imunidade da Presidência. Com base nas delações do empresário Joesley Batista, dono da JBS, as acusações contra Temer foram descritas como não confiáveis: “Delatores… me permita! Delator foi Joaquim Silvério dos Reis, foi Judas, não é? Esses foram delatores”, menciona.

O livro também trata da carreira jurídica do ex-presidente, o início de sua vida política, como deputado, em cargos no Estado de São Paulo, obras escritas e trajetória.

 

 

Redação

1 Comentário

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  1. Horrível ficarem exibindo esse monstro senil asqueroso, um velho rasteiro, imoral, golpista, traidor, um velho ridículo, sem moral, sem dignidade. Um lixo humano. Ele deveria desaparecer, está demente. Não serve mais para nado. Vampirão, vá para os quintos dos infernos.

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