Financial Times diz que impeachment é ruim para o Brasil

Jornal GGN – O Financial Times publicou matéria em que afirma que o impeachment da presidente Dilma Rousseff pode ser apenas o começo de mais problemas para o Brasil. A publicação britânica explicou o complexo cenário político brasileiro e disse que, longe de ser a solução para os problemas, o processo deve gerar mais instabilidade no país.

Da BBC Brasil

Para ‘Financial Times’, impeachment pode ser apenas o início de mais problemas e jogar país ‘no caos’

O jornal britânico Financial Times diz acreditar que o impeachment da presidente Dilma Rousseff pode ser apenas o começo de mais problemas para o Brasil.

Em reportagem publicada nesta quinta-feira, o correspondente do jornal no país, Joe Leahy, explica o complexo cenário político que marcará a votação do processo na Câmara neste domingo.

Em formato de perguntas e repostas, o texto chama a atenção para o que chama de “julgamento político” de Dilma, embora ressalte as acusações relacionadas às pedaladas fiscais, que baseiam o pedido de afastamento.

“O impeachment é, essencialmente, um voto de desconfiança. Rousseff se tornou uma das mais impopulares líderes da história democrática do Brasil”, escreveu Leahy.

O FT questiona se o processo irá gerar mais instabilidade ou até mesmo “lançar o país no caos”. O jornal acredita que o impeachment da presidente está longe de ser a solução para o Brasil, e pode na verdade ser apenas o começo de mais problemas para o país.

O jornal cita o fato de que o vice-presidente e possível substituto de Dilma, Michel Temer (PMDB), também corre o risco de perda de mandato por causa da investigação sobre o financiamento da campanha eleitoral que, em 2014, reelegeu ambos.

E, apesar de classificar um eventual governo Temer como mais “amigável” para o mercado, aponta o risco que ele enfrentaria ao ter o PT de volta à oposição, sobretudo por causa da tese defendida por Dilma e seus aliados de que o impeachment é um golpe.

“Se, assim como muitos acreditam, ela (Dilma) e o partido (PT) se recusarem a aceitar o resultado do processo de impeachment, o Brasil entrará em território desconhecido”, opinou Leahy.

A publicação britânica ressalta a crise econômica brasileira e vê culpabilidade de Dilma, além de mencionar que, embora não seja alvo das investigações do escândalo de corrupção da Petrobras, ela foi presidente do Conselho de Administração da estatal entre 2003 e 2010, período em que o esquema operava.

O FT, porém, menciona as pesquisas de opinião que mostram um grande número de brasileiros (58%) como também favoráveis ao impeachment de Temer.

O texto inclui uma comparação com os eventos que levaram ao afastamento de Fernando Collor de Mello da Presidência da República em 1992, em que Leahy observa o fato de que tanto ele à época quanto Dilma terem uma popularidade baixíssima.

Mas o FT observa que, ao contrário de Collor, Dilma tem o apoio de um partido forte no Congresso.

Redação

9 Comentários

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  1. Hipocrisia de Wall Street

    Que cinismo o deste jornal de Wall Street, os que estão por trás desses bandidos da Alta (In)Justiça brasileira são todos dessa nebulosa de mercados e finanças. São os irmãos Koch, George Soros e a CIA que estão nos bastidores da Globo, do PSDB, do PMDB et de gente como Armínio Fraga, Moro e Michel Temer. O Financial Times é a serpente que pica e se afasta da vítima para que ela não lhe caia em cima, mas fica dizendo “oh coitada, ela vai cair….”. Hipócritas!!!!

  2. O ambíguo e mal intencionado

    O ambíguo e mal intencionado texo do correspondente do Financial Times no Brasil, deixa nas entrelinhas, entre outras “suposições” que Temer também pode sofrer impeachment.

    O que , na prática, pela constituição deixaria Eduardo Cunha, o ilibado, em condicões de assumir a presidencia da república e se tornar o Comandante em Chefe das Forças Armadas.

    O que pensariam a respeito os comandantes das novas FFAA brasileiras diante dessa temeridade (sem trocadilho)? Essa não deixa de ser uma boa questão para o final de semana que se aproxima. 

  3. Geopolitica

       As manifestações de veiculos de midia internacionais, são movimentos geopoliticos/economicos refletidos pelos Estados que estas empresas de midia representam, o FT não é só o “porta voz do liberalismo”, ele assim como o NYT ( Partido Democrata & Depto de Estado ), WP ( Republicanos e Dept of Justiça ), Le Monde ( Quai d’ Orsay ), representam em casos externos posições da politica externa de seus governos.

        Na atual situação brasileira, um diplomata estrangeiro creditado aqui, ou mesmo seu governo central, não pode, nem deve, exprimir diretamente suas posições referentes a esta crise interna, a época que tais ingerencias ocorriam em relação ao Brasil, é passado, portanto quando querem expressar alguma opinião, ” dar conselhos”, Estados Centrais utilizam-se de seus veiculos de midia “oficiosos”.

         Quando o correspondente do “FT ” comenta sobre o possivel aumento de “caos”, caso o impedimento passe, ele envia ao provavel futuro governo um aviso : Controlem, pelos meios que forem necessários, as ocorrencias pós-impedimento, estabilize o mais rapidamente, da forma que for , o mercado. O possivel cenário de caos, a nós não interessa.

  4. Esse processo golpista. .
    É a maior palhaçada institucional que já presenciei no Brasil!
    Completo non-sense. ….
    Samba do crioulo doido!
    Ave Maria!

  5. Esse processo golpista. .
    É a maior palhaçada institucional que já presenciei no Brasil!
    Completo non-sense. ….
    Samba do crioulo doido!
    Ave Maria!

  6. UOL LENTAMENTE COMEÇA A

    UOL LENTAMENTE COMEÇA A ADMITIR PERDA DE VOTOS  A FAVOR DO IMPEDIMENTO DE DILMA DISSERAM QUE FORAM 2. GENTE PEDINDO LICENÇA, CERCA DE 50 DEPUTADOS QUE FALTARÃO NA VOTAÇÃO, O VICE DE CUNHA E MAIS DOZE VOTANDO PRÓ MARANHÃO E PRÓ DEMOCRACIA DEVE SER A RAZÃO. VÃO TER QUE FAZER COMO NAS PESQUISAS EM ÉPOCA DE ELEIÇÃO. VÃO DIMINUINDO A PEGADA ATÉ CHEGAR NA REAL.

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