Impeachment arriscaria reputação do Brasil, diz Financial Times

Jornal GGN – Em reportagem intitulada “Brasil: Rousseff na linha de fogo”, o jornal britânico Financial Times diz que um eventual impeachment da presidente Dilma Roussef colocaria em risco a reputação do Brasil de construir instituições firmes, e diz que os pedidos de impedimento de Dilma são um “teste crítico” para uma das “mais jovens democracias do mundo”.

Para o jornal, a grande questão é seria prejudicial tirar a presidente eleita apenas pela sua impopularidade sem ter compovadamente cometido algum crime. O FT fala sobre a crise política e econômica, dizendo que o “o que era antes uma economia vibrante está em recessão”, e que um processo de impeachment contra Dilma Rousseff poderia levar o país a uma paralisia. Ainda de acordo com a matéria, a política econômica adotada no segundo mandto da presidente é inconsistente, o que poderia levar à saída de Joaquim Levy, ministro da Fazenda.

Da BBC Brasil

‘FT’: Impeachment traria risco a reputação do Brasil de erguer instituições fortes

Um eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff “poderia pôr em risco a reputação do Brasil de construir instituições firmes”, diz o jornal britânico Financial Times, principal diário de finanças do país, nesta quarta-feira.

Em reportagem de página inteira intitulada “Na linha de fogo”, o jornal financeiro cita a crise econômica e política do país e diz que os pedidos de impeachment da presidente são um “teste crítico” para uma “das maiores e também mais jovens democracias do mundo”.

“A grande questão para os políticos brasileiros é se seria prejudicial remover um presidente eleito apenas por ser impopular, ou mesmo incompetente, sem ter comprovadamente cometido um crime”, diz o texto.

“O que era antes uma economia vibrante está em recessão, a elite política está atolada em um grande escândalo (da Petrobras) e, agora, oponentes querem o impeachment da presidente Dilma Rousseff em uma ação que ameaça levar o país a uma paralisia”, diz o texto.

“Com grande parte do Congresso envolvido no escândalo da Petrobras há também a questão se qualquer substituto teria a legitimidade de dar o remédio forte – como aumento de impostos para balancear o Orçamento – que a economia em dificuldade precisa”, diz a reportagem.

Para retirar Dilma, oponentes teriam de provar que a presidente é culpada por maquiar as finanças públicas, em medidas conhecidas como “pedaladas fiscais”, ou que ela esteve diretamente envolvida em corrupção. A presidente nega as acusações.

O jornal expõe a situação complicada da economia do país – enfrentando uma recessão que deverá se prolongar por 2016 e a forte queda do real ante o dólar – e as dificuldades do governo em aprovar medidas no Congresso para balancear as finanças públicas.

Diz que a política econômica de Dilma é “inconsistente”, que poderia levar à saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Redação

4 Comentários

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  1. Após o julgamento das contas

    Após o julgamento das contas de 2014 esse assunto será amplamente superado porque o Tribunal de contas vai tipificar os crimes contra a Lei de responsabilidade fiscal.

    Aí o desafio será não o de destituir uma presidente do cargo, sem que ela cometesse nenhum crime, mas justamente não destituí-la.

     

    1. Conceito hermenêutico errado!

      Sem discutir se o TCU tem delegação de tipificar crimes na atual legislação (que eu duvido muito), o que se cometera dentro de sua lógica conceitual é um anacronismo histórico. Ou seja, além de pessoas como vc delegarem poder de tipificação de crime para o TCU, ainda acreditam que uma tipificação atual pode ser aplicada por algo que ñ era tipificado na época como crime de responsabilidade fiscal. Além disso, acreditam que o legialativo podem aceitar essa tipificação e ainda  reinterpetrarem artigos definidos por temporialidade na constituição. Haja força de vontade em ser heterodoxo legal para permitir tal revisão institucional. Apenas aprenda o seguinte: revisões instituciona

      1. Os crimes já foram cometidos.

        Os crimes já foram cometidos. Cabe ao tribunal dar o seu parecer, e ao congresso julgar.

        O TCU não condena a Dilma, condena as contas. Vai dizer que as contas são conduta criminosa de quem as fez.

        No caso, fazendo um paralelo, seria como se o TCU denunciasse a Dilma ao Congresso, e esse vai julgar se ela é culpada ou inocente.

        Não existe recurso possível contra a decisão do congesso.

        Está na Constituição.

        Vai cair.

         

  2. O Financial Times para isso

    O Financial Times para isso serve como referencia né?

    rs

    Se estivesse criticando era midia imperialista e bla bla bla…

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