Lava Jato travou 16 projetos internacionais que custaram US$ 5,7 bilhões ao BNDES

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A operação Lava Jato, que se gaba de ter devolvido cerca de R$ 500 milhões à Petrobras desde o início das investigações, é responsável por paralizar 16 obras de infraestrutura em em pelo menos seis países, ao custo de 3,6 bilhões de dólares.

Esse valor era o que seria desembolsado pelo BNDES em financiamento, mas o montante foi suspenso há dois meses e, agora, os países e as empresas terão de assinar um acordo prevendo sanções em caso de corrupção.

Entre os países afetados pela Lava Jato, segundo reportagem do jornal O Globo, estão Argentina, Venezuela, República Dominicana, Cuba, Honduras e Guatemala.

As obras bloqueadas estavam sendo tocadas pelas cinco maiores empreiteiras brasileiras – Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS. Ao todo, os projetos somam 5,7 bilhões de dólares e representam 58% do valor destinado pelo BNDES para financiar a exportação de serviços de engenharia brasileiros na América Latina e Caribe, entre 2003 e 2015.

O país mais afetado é a Venezuela, “que terá de renegociar cinco projetos, entre eles a expansão do metrô de Caracas, cujas obras receberam US$ 1,28 bilhão do banco de fomento, e o estaleiro Astialba, destinado a fabricar navios petroleiros para a PDVSA, estatal venezuelana de petróleo.”

Além das 16 obras, o BNDES ainda pretende revisar, com “critérios mais rigorosos” e até efetuar alguns cancelamento em mais nove contratos firmados com três países africanos — Angola, Gana e Moçambique. Segundo o jornal, o Itamaraty sob José Serra participa das negociações.

“No termo de compliance discutido com empreiteiras e os países, as partes deverão assumir compromisso com a licitude do processo, ratificando a ausência de atos ilícitos no âmbito da operação, além de garantir a aplicação dos recursos. O documento prevê sanções em caso de falsidade, incompletude ou incorreção das declarações de conformidade, com a imposição de multa ao exportador.”

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10 Comentários

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  1. 23 milhões vezes 12 = 276 milhões = ~0,3 bilhões

    Vamos lembrar que a Odebrecht é apenas uma das empresas extorquidas(*) pela bandidagem política que assola o país há séculos. Se pegarmos uma dúzia de empresas, dentre muitas dezenas a mais de centenas( bancos, indústrias, etc.) para fazer uma “média”, podemos concluir que de 4 em 4 anos um Serra pode receber “doação eleitoral na Suíça” (doacina?) de ~0,3 bilhões. E estamos falando só de UM bandido, que também é além de bandido, traíra da nação, com seu ainda muito maiores prejuízos “colaterais”. Um bandido traíra é muito pior que um bandido pessoal.

    Imagina por ex o que rolou nos quase 100 bilhões (de dólares, ou hoje ~R$ 0,3 TRILHÃO) da privataria em 8 anos, com (uma das) saída(s) pelo Banestado, do bi-bandido reincidente Youseff e do bi-juiz (?) Moro, que deu em nada para os bandidões? 

    Imaginem também o prejuízo que o país tem com a perda de uma Vale (sem falar no resto), vendoada por um Serra (®FHC)?

    (*) Pergunto aos nobres colegas: uma empresa consegue negócios “técnicos” nesse país (e mesmo nos “desenvolvidos”)  sem molhar a mão dos decisores? E depois de ganho, sem molhar a mão dos pagadores (se não forem mudados durante…)? 

    É uma questão de ovo e galinha ou não? Quem é o ativo? Quem paga antes para receber depois com risco ou quem exige antes para pagar depois com dinheiro que não é seu? Pensador 

    1. 23….

      Cabeça…, você mencionou o aspecto mais primordial neste assunto todo: “as empresas são extorquidas…” E não o contrário. Quem viabiliza obra, o orçamento, o prazo, a necessidade e tem o capital para tanto é o Estado. Quem tem os mecanismos de controle, estatal, policial, judiciário é o Estado. Quem detem o Poder é o Estado. A empresa ou as pessoas  que tentam cometer algum crime tem o controle do Estado para repelí-las e responsabilizá-las. Se o Estado acumula as empresas e pessoas para cometer o crime, quem pode contê-lo? E se este crime do Estado é cometido na Presidência, no Congresso Nacional, no Poder Judiciário, como é possível se defender? 

  2. Não era mesmo pelos 20 centavos…

    Já que a concepção de Estado golpista é o de retorno ao período colonial, entendo que a rapinagem deixe de lado uma geopolítica vitoriosa implementada por Lula…,..para quem tem boa memória, sabe que por ocasião da crise de 2008, o Brasil a superou porque, face a politica de Lula de amplicação e diversificação do comércio exterior, os negócios com paises dos diversos continentes haviam sido incrementadas, de forma que, como ele preconizou naquele momento, a marola virou marolinha, o mercado interno estava vibrante, a rede de petróleo e gás estava a todo vapor, o pais bombava e chegou a ao posto de 5a. maior economia do planeta, o Tio Sam se coçava de ciúmes e começou a maquinar o golpe de Estado que ai está…..,,..quanto a importância da defesa dos interesses estratégicos e geopolíticos com estes paises que estão sendo exluidos pela trupe  golpista, basta consultar os gráficos para se ver que no período Lula-Dilma os EUA, apesar de continuarem importantes, deixaram de ser nosso único parceiro comercial, de forma que o retorno ao período neoliberal é mais um crime de lesa-pátria: o Tio Sam que agradece de coração a saida do Brasil do porto de Mariel em Cuba, espaço vazio que está sendo ocupado pelos ditos cujos, os americanos. Esta rapinagem não responderá junto a nenhum tribunal

    ??????

  3. A outra alternativa seria

    A outra alternativa seria deixar a bandalheira comer solta.

    Ou se combate esse câncer que é a corrupção já, ou vamos ter muito mais prejuizos no futuro.

    1. Que futuro

      Acabamos de entrega-los aos EUA  e ao mercado internacional. Queria ver se fosse você um dos milhões que perderam o emprego por causa destes pulhas se escreveria esta bobagem.

  4. lava….

    Esta foto dos funcionários da Odebrecth é espetacular! Qual o interesse de um país em destruir suas marcas,sua economia suas empresas? Como acusamos esta ou aquela empresa disto ou aquilo? A empresa são milhares de funcionários, como demonstrado. Não a ação isolada de alguns ou da sua diretoria. O que está por trás do país se implodir, fora uma ideologia atrasada e embolorada, que ainda crê no combate ao lucro, ao desenvolvimento e ao capital e teima em acusar interesses estrangeiros pela sua própria mediocridade?  Estupidez tem limites, até para nós brasileirois. Reflitamos.  

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