Da Agência Brasil
A Operação Lava Jato teve um custo não intencional para a sociedade brasileira, além dos benefícios do combate à corrupção, disse hoje (27) o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), André Calixte.
Segundo Calixte, as investigações “travaram” a cadeia produtiva de petróleo e gás no início deste ano e tiveram impacto na construção civil, que foi um dos setores com maior queda no nível de ocupação no primeiro semestre de 2015.
“Não era possível desorganizar uma das cadeias mais importantes do país sem ter impacto na vida das pessoas, mesmo que isso seja necessário para colocar na cadeia os corruptos”, disse Calixte, que acrescentou: “a verdade é que essa operação teve um custo muito alto para a sociedade brasileira. Não é só o benefício do combate à corrupção”.
O diretor do Ipea destacou que essa consequência não foi a intenção do Judiciário, mas não pode ser ignorada. Calixte disse que ainda não é possível dizer exatamente quantos empregos foram afetados pelo impacto nos setores de petróleo e construção.
O Ipea apresentou hoje uma pesquisa sobre o mercado de trabalho com base em dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A construção civil teve uma das maiores quedas, de 6,7% em relação ao primeiro semestre de 2014, atrás apenas da administração pública, que teve retração de 10,3% no nível de ocupação. A redução do nível de ocupação no país, segundo o Ipea, está mais relacionada à queda no número de novas admissões e não a um aumento nas demissões.
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Não intencional é
Não intencional é brincadeira!!!!
Só rindo mesmo….
Crescimento chinês
Consumo é um dos principais motores do crescimento de 6,9% da economia chinesa no 3º trimestre do ano, afirmam autoridades econômicas da China:
http://cctv.cntv.cn/2015/10/27/VIDE1445917801089500.shtml
Fácil prever que os
Fácil prever que os moralistas de plantão, muitos deles da espécie “indignados seletivos”, irão criticar acidamente o que não passa de uma constatação empírica. Tão neutra, portanto, como uma molécula frente a um exemplar da “Riqueza das Nações”.
Lá na frente, bem lá na frente, quando baixada a poeira das paixões políticas e arrefecer o ódio de fundo ideológico, os historiadores irão avaliar essa presente quadra como irracional. Isso se pensarmos positivo. Se for o contrário, os contemporâneos serão avaliados simplesmente acometidos de insuficiência aguda de interações sinápticas(não usei o termo “burros” porque nesse futuro talvez tenha sido extinta a discriminação contra os quadrúpedes).
As duas fundamentais indagações a se fazer agora, são: a) Valeu a pena? b) Poderia ser sido diferente? Se as respostas foram respectivamente um “não” e um “sim”, advirá uma terceira c) A quem imputar tal absurdo lógico(o carrapaticida matar também a vaca e até mesmo o tratador desta)?
Alerto aos “heróis” de ocasião, às mentalidades estreitas, aos hipócritas irresponsáveis que comprometem o futuro de gerações, e, como não poderia deixa de fora, aos BURROS e aos oportunistas de todos os naipes: a história não os perdoará.
JB, discordo, embora
JB, discordo, embora concordando parcialmente que a Lava Jato teve sim efeito sobre o crescimento do PIB.
Com Lava Jato ou sem Lava Jato os investimentos programados pela Petrobras não iriam ser plenos, dado seu alto endividamente provocado pelo represamento dos preços e principalmente a queda brutal do preço do petróleo no mercado internacional.
A retração da construção cívil nada tem a ver com a Lava Jato, com o rombo fiscal provocado pelo governo Dilma era esperado o estouro da bolha imobiliária, secou o crédito e os investimentos do MCMV cessaram.
A política econômica Dilma/Mantega era insustentável, economistas e analistas não aceitos por aqui já alertavam isso desde 2013, o governo levou via maquiagem contábil até os estentores de 2014 visando a reeleição. Deu no que deu, agora é correr atrás do prejuízo.
Apoiado.
Mas, acho que fazem
Apoiado.
Mas, acho que fazem de caso pensado,
Como são todos funcionários públicos concursados* e, em tese, não podem ser demitidos, se aproveitam da situação.
O futuro penalizará somente aqueles que podem ser demitidos, mesmo que não sejam burros.
* um funcionário público concursado pode ser um burro completo. Faz um decoreba de uma matéria(direito e suas variantes por exemplo) e pode ser aprovado em concurso no judiciário, MP ou PF mesmo sendo um ignorante completo, um incapaz de avaliar as consequências e o custo benefício dos seus próprios atos.
por isso que os poderes são independentes e autonomos
e o judiciário pode exercer controle de legalidade sobre atos do executivo e até do MP
A intenção principal
Acredito ser esta a intenção principal da operação. Se fosse apenas contra a corrupção esta operação seria mais eficiente contra operadores de outros partidos. Atingiu ferozmente as grandes obras para paralizar o governo e indiciou o partido dos trabalhadores. Eu tenho vergonha da justiça brasileira. Principalmente quando o grande roubo é somente apontado pela Suiça e guardado em gavetas aqui.
Como não intencional se
Como não intencional se estava nos planos do Imperador de Guatánamo desde o início desta década. Artigo ingênuo ou medroso, que medo do Moro heim gente, todos se cagam de medo de dizer a verdade, o STF se pela de medo de contrariar Moro, não sei se é medo de Moro ou da Globo.,…como não intencional se está claro que desde 2004 Moro sonhava com esta operação de guerra contra o PT e, como guerra, fazia parte sim o estrangulamento da economia…ele sabia que a congênere italiana Mãos Limpas, o espelho piorado da máfia midiático-penal, ia levar a isso, como não foi intencional, contem outra que essa não cola
https://jornalggn.com.br/noticia/como-a-lava-jato-foi-pensada-como-uma-operacao-de-guerra
É que se entrasse desde já
É que se entrasse desde já nesse mérito, a maioria das pessoas nem leria o artigo. Primeiro é preciso que essas pessoas se apercebam do mal que essa operação fez à economia do país. Num segundo momento, após tomarem plena consciência dessa situação, talvez alguns consigam enxergar a motivação principal.
Do mesmo modo
Do mesmo modo, também não era a intenção do piloto norte-americano que lançou em Bagdad a bomba arrasa quarteirão para matar os dois filhos de Sadam Hussein e que teve o “pequeno” efeito colateral de ceifar 600 vidas inocentes.
“A Operação Lava Jato teve um
“A Operação Lava Jato teve um custo não intencional para a sociedade brasileira”
“Segundo Calixte, as investigações “travaram” a cadeia produtiva de petróleo e gás no início deste ano e tiveram impacto na construção civil, que foi um dos setores com maior queda no nível de ocupação no primeiro semestre de 2015.”
É muita inocência.
Este é o UM dos objetivos desta lava jato. O outro é destruir uma corrente política.
De lambuja, atacar qualquer coisa que simbolize interesse nacional.
Quem será que está mandando?
Serão os “irmãos” do Norte?
Reparem que o cerco está apertando desde que os BRICS foram formalmente contrituídos.
Custo não intencional? Só
Custo não intencional? Só pode ser piada pronta ou pensam que somos todos imbecilizados como os leitores de Veja, Globo e afins. Já disse antes, a Operação Lava Jato deveria ser chamada de Operação Lesa-Pátria, tamanho o prejuízo causado ao país e ao povo brasileiro. Não apenas prejuízo econômico, o que já seria muito, mas também aos direitos constitucionais, às instituições, à democracia, enfim. No futuro, vão comparar esse complô do Paraná, um verdadeiro estado policialesco paralelo com carta branca para prender seletivamente, a uma quadrilha que atendia a interesses inconfessos, tanto das elites locais quanto dos poderosos grupos internacionais. Agora a mídia tenta arrastar a Operação Zelotes para o mesma treva da outra, blindando os banqueiros e barões da mídia e focando o ataque aos “suspeitos de sempre” dos tempos atuais no Brasil: Lula, seus filhos, PT, Dilma, entre outros.
Operação lava jato!
Joga fora um quarto da agua suja do banho da criança, deixa o restante da sujeira na banheira, e para completar a operação joga a criança fora.
Quanta inteligencia e honestidade. Aff!
Livra-nos Deus 1
“Combate à corrupção” em
“Combate à corrupção” em termos, bem entendido.
O que está ocorrendo, na vardade, é um suposto “combate à corrupção”, além disso, apenas a uma suposta “corrupção” de um único partido, que é o PT.
Já todos os outros casos de corrupção, suposta ou mais do que comprovada, de outros partidos, são invisíveis para o policial-promotor-juiz da tal Lava Jato, o meritíssimo juiz curitibano Sergio Moro.
Como? Por que?
Por uma razão muito simples:
“NÃO VEM AO CASO”.
as vezes eu acho que o poeta está errado.
por aqui tudo vale a pena, se a cabeça é pequena
A Máfia Midiático-Penal
A Máfia Midiático-Penal sempre se opôs às ações do governo que viessem direção de manter intactas as empresas, querem enganar quem
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/radio/materias/RADIOAGENCIA/484443-ACORDOS-DE-LENIENCIA-DO-GOVERNO-COM-EMPRESAS-INVESTIGADAS-NA-OPERACAO-LAVA-JATO-OPOEM-MP-E-AGU.html
É mesmo?!?!
Pois eu jurava que a intenção era justamente essa, de destruir o que fosse mais fundamental no desenvolvimento do país e se possível entregar tudo.
A vazajato estava voltada a combate a corrupção?
Me parece que foi desencadeada para parar o país, destruir nossa industria de petróleo, nosso programa nuclear, nossa indústria de defesa e nossas firmas de engenharia.E nestes intuitos foi vitoriosa prestando a enorme serviço a interesses alienígenas. De quebra ainda desorganizaram nossas atividades políticas e jurídicas. Nada poderia superar seus resultados como lesa-pátria,
Segundo o Calixte…..
Só o André Calixte, e os “analistas de programa” da GLOBO é que enxergaram esse objetivo nobre nas patranhas de Curitiba.
Lava jato está quebrando a
Lava jato está quebrando a economia brasileira. A insegurança jurídica promovida pela lava jato retrai investimentos por parte dos empresários, principalmente nas áreas de infraestrutura, setor que emprega grande parte da mão de obra dos brasileiros.
Empresarios não querem correr o risco de executarem obras públicas e verem seus escritórios invadidos por agentes da polícia federal.
Quando foi anunciado a descoberta do PRÉ-SAL
muitos foram céticos e escreviam que a Petrobrás não tinha capacidade para tal empreendimente e que os benefícios do Pré-sal somente para um futuro distante.
Me lembro de uma coluna de Carlos Heitor Cony que fala sobre isso e até menciona discurso do Sen. Collor.
Outros, os traidores mesmos, entreguistas, simplesmente não aceitam a força da Petrobrás e que nossas riquezas sejam distribuídas à população.
Existem 21 empresas estrangeiras envolvidas nas ladroeiras investigada pela Lava a Jato, mas nenhuma é ao menos mencionada.
Se os Tucanos estivesem no poder não existiria investigação nenhuma e também não existiria o pré-sal.
NASSIF na Era dos Evangelhos-Canônes no lugar dos fatos críticos
“A noção de história como uma análise crítica dos fatos observáveis e verificáveis do passado é um produto da era moderna; teria sido um conceito totalmente estranho para os escritores dos evangelhos, para quem a história não era uma questão de descobrir fatos, mas de revelar verdades.”
surrupiado do Valor Econômico [onde hoje em dia, conhecemos o preço de tudo na assinatura e o Valor de nada na leitura] da Graziella Valenti.
“A reunião de quinta-feira acabou às 3 horas da madrugada e depois de muita discussão. Mas Gabrielli e diretoria concluíram ser importante fazer uma apresentação ao Lula. Após acordarem com Lula, aí sim a decisão será formalizada pela diretoria e divulgada.”
Assim Rogério Araújo, ex-diretor da Odebrecht, descreveu, em e-mail de 10 de maio de 2008, uma reunião na Petrobras, com o então presidente da estatal Sérgio Gabrielli e a diretoria. A mensagem era a Marcelo Odebrecht, presidente do grupo, e a Miguel Gradin, na época presidente da Odebrecht Óleo e Gás (OOG).
O então presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, e sua ministra da Casa Civil e sucessora, Dilma Rousseff, apresentariam aos grupos de construção civil, alguns dias depois, o plano de revitalizar a indústria naval brasileira, a partir das encomendas da Petrobras. Na época, Dilma também presidia o conselho de administração da estatal. Menos de um ano após a descoberta do pré-sal, nascia o “Plano de Construção de Sondas no Brasil”.
A correspondência interna da Odebrecht, obtida na investigação da Operação Lava-Jato, mostra como grandes decisões de investimento da Petrobras eram tomadas por Lula. Deslumbrado com o pré-sal e com a sensação de riqueza infinita, o governo passou a usar a estatal como instrumento de política industrial – sob olhar de todos, analistas e investidores, inclusive.
Por ser a União a controladora, o governo fez uso da estatal – e isso foi além da corrupção que irrigou os cofres de partidos políticos. Tal politização já era conhecida e a documentação da Odebrecht explicita e detalha de que forma isso era feito. A Petrobras tinha então 11,7 bilhões de barris de petróleo em reservas provadas. Estimava-se no pré-sal mais 7 bilhões. As reservas atuais são de 13,6 bilhões.
A diretoria da estatal vislumbrava em 2008 a necessidade de 66 novas sondas – número apresentado às empreiteiras e fornecedores do ramo e que nunca se concretizou.
Estimuladas a investir em estaleiros, e sem o mesmo ânimo do governo, empresas de construção que atuavam como operadoras de sondas, caso da Odebrecht, tentavam garantir que ao menos as 18 sondas iniciais, que deveriam ser entregues até 2014, fossem feitas fora do Brasil. Restariam 44 para produção local – número que foi reduzido a 28, sob argumento de que as demais encomendas ficariam para o futuro.
“Lula e Dilma estão mantendo posição contrária à contratação no exterior, o que levou a DE (diretoria de engenharia) a não tomar decisão de contratação na reunião de hoje. A estratégia da Petrobras acertada com Lula é fazer consulta à indústria (…)”, relatava Araújo, da Odebrecht, em outro e-mail sobre sondas para o pré-sal, em 15 de maio de 2008.
A consulta à indústria era para se certificar de que as primeiras 18 sondas teriam mesmo que ser encomendadas fora do Brasil, por falta de capacidade local de produção.
Para o plano de Lula, a Petrobras apresentou às empreiteiras já naquele ano o que viria a ser a Sete Brasil – como se vê nos e-mails ao lado. Seria o jeito de não onerar a Petrobras em grande volume numa só tacada. O país não tinha nem tecnologia nem experiência nessa produção, menos ainda mão-de-obra treinada. A estatal entraria garantindo o uso dessas sondas por 15 anos.
O Programa de Aceleração da Economia (PAC), lançado em 2007 e expandido ao longo dos anos, tinha nada menos do que 106 projetos de petróleo e gás – a maioria com investimentos da Petrobras. O governo também ampliou a obrigação da estatal na contratação de conteúdo nacional e estendeu o compromisso para diversas áreas da empresa.
Do PAC, além do programa naval, constava também a construção de grandes refinarias, que seriam abastecidas pelo pré-sal. Havia mais de 30 anos que não se fazia uma refinaria no país. O caixa da Petrobras era mais simples de ser acessado para política industrial do que o Tesouro Nacional, que exige previsão orçamentária.
Esse caminho ficou ainda mais curto após Gabrielli eliminar o comitê de investimentos da Petrobras, criado na reforma de governança feita pelo ex-presidente da empresa Philippe Reichstul (1999-2001).
Coincidentemente, o Plano de Construção de Sondas no Brasil chegou às empreiteiras na mesma semana em que o valor da Petrobras nas bolsas de valores superava o da Shell, beirando US$ 300 bilhões. A estatal brasileira tornava-se a quarta maior petroleira do mundo em bolsa. Os investidores também estavam eufóricos com as novas reservas – não era só o governo. O desenho da Sete Brasil, para tornar viável o plano do governo, já tinha então todos os detalhes de estrutura. A futura holding não tinha nome, mas todo o restante estava lá.
O governo queria cinco estaleiros para as sondas, em Estados já definidos. Já se sabia também quem seriam os fornecedores. O recado, como se vê nos emails, foi claro: julgava “primordial” participação de Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Jurong e KFels.
A Sete Brasil só sairia do papel em 2011, após fechar contrato com a Petrobras para 28 sondas – um investimento de US$ 26 bilhões. Passados sete anos do Plano de Construção de Sondas no Brasil, os envolvidos têm clareza de que sequer as 28 encomendadas à Sete Brasil eram necessárias – tanto menos as 44 de que se falava no início.
Este era “o número mágico” que fazia o projeto de cinco estaleiros parar de pé, como demanda mínima. A expressão foi repetida por ao menos três fontes ligadas ao projeto, ouvidas pelo Valor. Em reestruturação, a Sete Brasil discute para conseguir aprovar na estatal contrato para construir 19.
A falta de experiência nessa produção ficaria clara com o passar do tempo. As primeiras sete sondas da Sete Brasil foram encomendadas ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS) pelo valor de US$ 670 milhões.
As 21 seguintes, como envolviam estaleiros ainda em desenvolvimento, ficariam mais caras: US$ 820 milhões, ou US$ 1 bilhão incluindo os juros do financiamento. Fora do Brasil, tais unidades podem ser adquiridas por cerca de US$ 500 milhões.
Para tirar o projeto da Sete Brasil do papel, de 2011 até hoje foram investidos R$ 28 bilhões, na empresa e nos estaleiros – a maior parte financiada por bancos públicos. Este é o montante que será queimado se o projeto for extinto. Boa parte deste valor já não pode ser recuperada e foi alvo de baixas.
O programa de sondas criado pelo governo teria capacidade de gerar, entre empregos diretos e indiretos, 800 mil postos de trabalho. Este total inclui a atividade econômica criada nas regiões dos estaleiros.
O número ajuda a entender por que o governo queria fazer sondas – quanto mais melhor – no Brasil, sem considerar o custo para a Petrobras. A estimativa está em relatório da Caixa Econômica Federal ao Tribunal de Contas da União (TCU).
A Lava-Jato expõe como nunca as entranhas da Petrobras – uma empresa de economia mista, ou seja, de controle estatal e com capital de sócios minoritários, incluindo pessoas físicas que em 2003 foram incentivas a comprar ações com uso do FGTS, após exceção dada por Lula.
O que se vê nos documentos, da investigação conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público (MP), é a inoperância dos institutos de governança da empresa.
A diretoria, cujos cargos eram divididos entre partidos políticos, não ofereceu resistência. Atuou em sintonia, por colaboração ou por omissão, quando não era corrupta.
As decisões da diretoria chegavam ao conselho de administração da estatal em atas telegráficas e eram aprovadas sem maiores questionamentos, conforme o Valor apurou. A Petrobras, a partir de 2008, tornou-se máquina de aquecer a economia e gerar empregos com investimentos de US$ 290 bilhões até 2014.
“Durante minha atuação, não houve nenhum projeto individual que tenha sido submetido ao conselho de administração para análise de retorno. Todo investimento que esteja alocado no plano de negócio está previamente aprovado”, declarou Mauro Cunha, ex-conselheiro eleito por minoritários e presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, sobre os problemas de governança.
É tradição que as companhias de petróleo abram os cofres nos períodos de alta da commodity. Na Petrobras, o valor do barril e as reservas do pré-sal fizeram os contratos jorrar a partir de então.
Ricardo Pessoa, sócio controlador da construtora UTC, disse em depoimento à CPI da Petrobras que em 2013 a estatal investia R$ 1 bilhão a cada três dias, em obras e equipamentos. “Segundo dados do Dieese [Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos], o peso do setor de óleo e gás no Produto Interno Bruto do país saltou de 3 %, em 2000, para 13% em 2014.”
A capacidade de produção da estatal não evoluiu na mesma velocidade que os investimentos. Atualmente, metade da produção é do pré-sal – sem que as sondas nacionais tenham ficado prontas.
A produção diária cresceu menos do que 10% de 2005 a 2015, o que indica que a Petrobras cuidou mal dos poços que estavam em operação. A perda de produtividade das unidades antigas ocorreu em velocidade maior que a média esperada. O foco sempre foi a nova produção.
A política industrial realizada com o caixa da Petrobras afetou a perspectiva de retorno dos investimentos. Essa falta de preocupação é o cerne da corrupção instalada e da dimensão alcançada, dizem fontes ouvidas pelo Valor.
Com “ordens” vindas diretamente do Planalto, cabia à diretoria apenas sua implementação. As propinas pagas a alguns diretores e gerentes pelas construtoras, como parte do esquema de corrupção, incentivavam grandes contratos por aqueles que participavam do esquema.
Os pagamentos traziam maior renda que o salário da Petrobras, no caso dos diretores e gerentes integrantes da estrutura. Os corrompidos não tinham incentivo para buscar custos baixos e projetos de tamanho adequado à empresa.
Os documentos mostram como a euforia com o pré-sal permitiu que a União subvertesse a regra número um das boas práticas de governança corporativa e o pilar da Lei das Sociedades por Ações. “O melhor interesse da companhia” não pautou as grandes decisões estratégicas.
Nas conversas, não se vêem debates sobre as preocupações da estatal com custo e eficiência.
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INTERESSANTE que as explicações
de JOSÉ SERRA pra as ladroeiras do metrô é semelhante a que deu o Jornalista JOão Melão Neto na época do “Jornal da Tosse” sobre fraude para construção da ferrovia Norte Sul do Gov Sarney: “Quem fez essa denúncia quer derrubar a Nova República. Não há como evitar esse tipo de fraude. Se fizer outra licitação vai ocorrer o mesmo acerto entre empreiteiras”.
Pronto, tudo resolvido e arquivado. É tão fácil resolver quando envolve Tucanos e assemelhados.
Quando envolve inimigos procuram até o que não existe e ‘tudo é crime”.
Para mim ficou claro, claríssimo, o objetivo é outro, é o TTIP.
O objetivo final de toda esta ação é uma desmoralização de parte dos políticos que ainda não eram desmoralizados para abrir espaço para futuros tratados de pseudo-livre-comércio como o TPP que colocam a legislação trabalhista, comercial, tributária, ambiental e correlatas sob o julgo das grandes transnacionais.
Poderia discorrer com mais cuidado o raciocínio, mas o grande debate nos dias atuais é o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP) entre a Europa e os USA. A relutância do parlamento europeu está sendo grande, e para evitar futuros problemas nada melhor do que negociar com uma classe política DESMORALIZADA.
Analista ou intérprete?
Esse cara, André Calixte é técnico do IPEA ou interprete e analista de cenários com base nas avaliações midiáticas? Ao que parece, a ele caberia, apresentar os dados. As interpretações são de livre atribuição de quem recebe esses dados. A opinião dele, por sinal, bem parecida com a dos analistas da mídia, ele pode guardar para ele e seus familiares, amigos, amantes e quetais.
IPEA e a Lava a Jato
Acho até graça quando algué diz que os prejuízos causados pela Lava a Jato não foram intencionais. Qualquer pessoa, minimamente informada, sabe o papel que as grandes petrolíferas americanas e inglesas fazem nos países que possuem grandes reservas de petróleo. Os fatos estão aí para quem quiser saber.