Milton Ribeiro não é mais o ministro da Educação. Ele pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (28/3), uma semana depois do surgimento de áudios mostrando como ele favoreceu dois pastores que não possuem cargos no Ministério, permitindo a eles decidir os destinos de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) em troca de propinas ou favores.
Com a saída de Ribeiro – que também é pastor, da Igreja Presbiteriana –, o governo de Jair Bolsonaro perde seu terceiro ministro da Educação. Antes dele, passaram pela pasta Ricardo Vélez Rodríguez (de janeiro a abril de 2019) e Abraham Weintraub (de abril de 2019 a junho de 2020).
Também houve o caso de Carlos Decotelli, nomeado em junho de 2020 para substituir Weintraub, mas que acabou renunciando antes de assumir o cargo, devido a uma polêmica sobre o seu currículo. Ribeiro foi o escolhido depois dele, e o que mais tempo permaneceu no cargo: um total de 19 meses.
A Folha de São Paulo, em matéria das jornalistas Carla Araújo e Ana Paula Bimbati, afirma que a informação sobre a saída de Milton Ribeiro foi anunciada minutos depois de uma reunião do agora ex-ministro com o presidente Jair Bolsonaro, que teria acontecido por volta das 14h, no Palácio do Planalto.
Em um princípio, seu substituto será o atual secretário-executivo do Ministério da Educação, Victor Godoy.
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