O drama não noticiado de Mariana, em Minas Gerais

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Foto de Bruno Bou – mar de lama
 
Jornal GGN – As duas barragens que se romperam no dia 5, última quinta-feira, são de responsabilidade da empresa Samarco, coligada da Vale. Até agora, os números oficiais de mortos beira a casa de 30. As causas do rompimentos das duas barragens ainda não foram divulgadas, ou esclarecidas, mas muita coisa não está indo bem no local.
 
Thiago Nepomuceno é morador da região de Mariana, onde romperam as barragens da Samarco, e enviou áudios para que pudessem ser conhecidas, não as razões do desastre, mas a situação da população da área. São relatos fortes, que evidenciam um descaso grande das empresas envolvidas e um apuro maior pela enormidade do problema.
 
A primeira coisa que Thiago destaca é que o acidente, no noticiário das TVs Globo e Bandeirantes, não parecia ter uma proporção tão grande. Parecia um caso sério, mas não tão caótico. Quando voltou à região, que estava ausente resolvendo questões pessoais, se deparou com coisa muito diferente. O acidente representava um impacto ambiental e social muito grande, com muito mais mortes do que TVs falam, uma cidade em choque. 
 
Se é certo que as doações estão mais do que suficientes para atender aos desabrigados, é certo também que a situação é muito triste com relação aos desaparecidos. “Só o pessoal do resgate pode entrar na região, a Samarco não deixa ninguém entrar, uma pessoa viu vários corpos boiando e não está tendo resgate por terra, somente por ar”. 

 
Thiago, que já trabalhou para as mineradoras da região, explica que a lama é muito densa. “Estamos falando de rejeitos, não é água, é aquilo que sobra depois da lavagem do minério”, e por ser muito densa, é capaz que muitos dos corpos não boiem, “vão ficar perdidos”, diz ele. “Rejeito de minério é uma lama impossível de nada, não se nada num tanque de lama”, explica ele, “e nem barco consegue navegar por aquela lama, pois o motor do barco não dá conta da matéria espessa”.
 
Segundo ele, a prefeitura está dando um grande apoio aos atingidos, mas o apoio social, conseguindo lugar para ficar e distribuindo alimentos e colchões.  E está agindo dentro das possibilidades. Já o resgate está por conta da Samarco, mesmo porque é responsabilidade dela.
 
Por relatos na região, Thiago diz que um outro distrito afastado estava ilhado até ontem e ele não tinha ainda notícias do resgate ter sido feito.
Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

25 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Precisa verificar se a

    Precisa verificar se a empresa tem um jeito determinado de se livrar dos rejeitos, pois me parecem que já estava transbordando por isso romperam as barreiras! Talvez não conseguissem se livrar e a destruição da barreira foi a maneira mais fácil! Espero estar exagerando e que eles não tenho feito isso de caso pensado! Mas a empresa tem arcar com todas as responsabilidades, tendo acontecido abalo sismico ou não!

  2. Hoje a Record mostrou imagens

    Hoje a Record mostrou imagens ainda mais tristes, através da reportagem de Azenha. As vacas tentam levantar as patas trazeiras, mas logo caem na lama novamente. Como nunca vi coisa parecida, penso mesmo que se há corpos desaparecidos, estão debaixo da lama densa, que, talvez, apareçam quando essa substaância secar com o passar dos dias; assim mesmo terá que haver um trabalho intenso com tratores ou coisa que o valha para se chegar aos corpos. 

    Estou muito triste com esse problema. 

    Tomara Deus que se apresentem responsáveis por essa tragédia, e que todas as famílias recebam indenizações proporcionais. 

     

  3. Uma coisa é certa, barragens não rompem ao acaso.

    Uma barragem não rompe ao acaso, não há este item na história dos rompimentos de barragens, ou ocorre eventos excepcionais, como uma barragem que rompeu na China há algum tempo depois de ter chovido praticamente 3.000m em três dias, ou o resto é erro de engenharia executando-se e operando-se barragens sem o devido cuidado e com má técnica.

    É surpreendente que até o momento não se falou nada sobre o motivo de rompimento da primeira barragem (a segunda se estiver a jusante da primeira é uma mera consequência.

    Barragens de terra mostram antes da ruptura sinais claros de fragilidade da mesma, e se não há controle disto ela rompe mesmo.

    1. Corretíssima a análise. Sou

      Corretíssima a análise. Sou técnico em mineração e já trabalhei na área. Mas se o monitoramento, com bons equipamentos e instrumentos, com equipe especializada e experiente, não for contínuo, o risco de rompimento existe. As barragens são construídas com solo, areia e material estéril por razões econômicas; e pelas mesma razões o monitoramento não é tão rigoroso como deveria. As equipes de técnicos das mineradoras, responsáveis pela produção, pela supervisão rotineira das barragens, pela captação de água a se reutilizar , etc., não têm condições de fazer esse monitoramento. Basta consultarmos o noticiário dos últimos anos para verificarmos que os rompimentos ocorrem com freqüência muito alta e quase sempre sem relação com alto índice de precipitação pluviométrica.

  4. Laudo de 2013
    Em 2013 ja havia um alerta decrisco de rompimento da barragem que foi feito pelo pessoal da UFMG.APesar de que agora o assunto é esta tragedia,temos que cobrar a situação de outra barragens,pois ja é o segundo desatre e quantos outro podem estar com o “estopim aceso”.Um prima me falou da preocupaçào de anos dos moradores de Caéte que tem em seus limites uma barragem da mineração que é feita em Sabara.Ou menos grave o lago na Serra do Curral em BH,formado na cratera de local de mineraçào abandonado e que a agua esta contaminada de metais pesados.A vale quer construir um resort,e os moradores região querem um outro projeto mais ecologico,mas esta discussão esta parada por causa de um pedido da Vale para avaliação.Ê absurdo o que se faz em Minas,estas mineradoras fazem o que auerem,destroem o meio ambiente local,sobrepujam as vozes deja da população local ou de organizações que denuciam a exploraçào predatoria e irresponsavel.O poder publico é quase isento,governo e ministerio publico.Fora a quantidade de impostos,baixos e ou sonegados em prejuizo do estado.A discussão sobre a mineração em Minas,que deve se repetir em outros estados que tenham esta atividade,tem que ser repensada em toda a sua cadeia,com a sociedade,poderes publicos e especialistas,ezte modelo não da para continuar.

    1. O que pode ser tratado por

      O que pode ser tratado por desastre para um cidadão de bem, pode ser tratado por uma feliz casualidade por um empresário inescrupuloso. Afinal um ex-prefeito de minas gerais mandou matar funcionários da prefeitura que inspecionava suas terras, porque um empresário bilionário não mataria uma cidade?

      1. Vou me arriscar que isso tudo vai virar uma “Roswell” brasileira

        Acredito que logo logo não vai haver ninguém reclamando disso, nem processando a empresa.

        A Barragem estava sofrendo uma ampliação para durar mais um 4 ou 5 anos. Agora, é só construir uma nova barragem no mesmo lugar, e tem uma barragem zero km por muitos anos mais.

        As áreas afetadas, não vai dar em nada, pois primeiro a lama é composta de Sílica, Oxido de ferro e água. Como isso tem em todo lugar, não vai “afetar o ambiente”. Depois, como a classe “mandante” é de casa, então “vai ficar tudo em casa”.

        As famílias afetadas : nada que uma terrinha em área rural, uma casinha, uns “boizinho” e uma camionete não resolvam. Para as famílias dos falecidos : um emprego na usina…. Bem mais barato que uma barragem nova, com laudo do Ibama e tudo mais.

        “Será uma Roswell brasileira”. Daqui uns dias ninguém sequer vai lembrar disso.

  5. vamos direto ao Tijolaço.

    vamos direto ao Tijolaço. informações técnicas estão lá. 

    prefeito disse ontem nunca imaginar ver cenário como esse. pois deveria: não estamos falando de um cidadão comum e sim do responsável como gestor maior por um município que (como tantos em MG) vive às voltas com a possibilidade de irresponsabilidades afins. ano passado, Itabirito: ninguém foi demitido, ninguém exigiu responsabilização e fica tudo parecendo obra do acaso. 

    nem vamos comentar sobre as mortes dos bichos, das plantas e das pessoas. é tudo muito desgraçado. alguém tem que pagar – em lugares mais sensatos, a mineração acabaria já por lá (ou não?) – tudo depende da reação social para criminalizar ou não certas práticas.

    (a propósito, a situação política em Mariana, desde legislatura passada, parece piada pronta. sujeira começa aqui.)

  6. O Desastre Ambiental Imensurável

    “O impacto ambiental é imensurável. Estamos no período da piracema, o que vai trazer um prejuízo muito grande na reprodução dos peixes, além de outros danos” – Tenente Átila Porto da Polícia Militar Ambiental.

    [video:https://youtu.be/VQ5tqGpvv90 width:600]

  7. Eu entendo que a

    Eu entendo que a imparcialidade, a isenção, a informação, a fiscalização, a apuração e a penalidade fazem parte de algumas das principais bases que consolidam a justa justiça e a confiança no exercício da plena democracia. Porém, o que fica cada vez mais visível para todo o país é que são justamente essas bases, que estão com suas estruturas rompidas e corrompidas faz algum tempo. Então, isso nos mostra que também, faz algum tempo, as instituições federais reguladoras e controladoras  dessas bases, não estão nem aí para a escandalosa e escancarada orgia de infrações, de abusos e de ilegalidades cometidas abertamente e a luz do dia diante de suas barbas. O que isso está causando?  

    – A imparcialidade trabalha exclusivamente para favorecer e fortalecer exclusivamente e a todo custo, o lado que é de seu interesse, em debochado prejuízo do outro lado, que pode ser o nosso lado.

    – A isenção proposital, maliciosa e conivente deixa explícita a coparticipação daqueles se isentam, em forma de omissão, para não serem parciais e/ou para não informarem e/ou para não fiscalizarem e/ou para não punirem. Portanto, de forma injusta e premeditada, favorecem um e criminalizam o outro, que poderia ser um de nós.

    – A não informação ou a informação incompleta ou a informação distorcida da realidade e/ou da verdade é uma das mais graves rupturas do estado de direito. Pelo fato de ser portadora de um potente efeito na avaliação e no julgamento, daqueles que a receberam, quando ela é manipulada para atender a outros objetivos, que não o da verdade e da informação real, torna-se um dos mais perniciosos e covardes  crimes praticados, cujo alvo pode ser um de nós.

    – A fiscalização, graças as lamentáveis autoridades que a exercem, em todo o país, poderia chamar-se “permissividade”, “vista grossa”, “cadê o meu?”, “isso depende”, etc… Diante das tantas tragédias e dos tantos escândalos impunemente “impunes” e que nos atinge dia a dia, talvez seja preciso construir muitos presídios e celas para trancafiar toda essa corja de quadrilheiros e corruptos infiltrados nessas cobiçadas instituições.

    A apuração, que é exercida pelas investigações de diversos órgãos credenciados, parece que foi sequestrada pelos donos do poder paralelo, que mandam mais que muitos dos poderes oficiais. Diante de tão grave controle externo, ela funciona de acordo com o interesse e ao bel prazer desse comando dominador, que dita as normas conforme as suas conveniências, as suas preferências e as suas prioridades. Conseguem o que quiser e nós não estamos livres de cair em suas garras.

    – Penalidade? O que dizermos dessa que é a mais escandalosa, covarde, injusta, torturante e violentada das estruturas de sustentação dos princípios éticos, morais e cívicos de uma nação. Onde falta a penalidade a ordem é fragilizada, a ética perde o vigor, a moral se desoxigena e a grandeza da pátria se vai. A penalidade vem da justiça e últimamente a justiça está com a credibilidade e a moral bastante abalada. Ela está tornando-se cínica, parcial, espetaculosa, inconfiável e arroagante. Alivia e favorece punições de forma vergonhosa para a elite, enquanto aplica uma rigidez exagerada contra nós, que somos a camada pobre e carente da população.

    O drama não verdadeiramente noticiado de Mariana tem todas as características de ser mais um dos muitos escândalos em que faltará de tudo, menos a comprovação de fraqueza e omissão das autoridades envolvidas em sua apuração e penalização. Tem tudo para ser mais um caso que em breve estará fazendo parte da extensa lista de crimes prescritos e/ou terminados em pizzas, graças ao controle externo do poder paralelo, que parece dominar o oficial. 

  8. Ja fiz trabalhos de simulacao

    Ja fiz trabalhos de simulacao de rompimento de barragem. Calculo em software em 2 dimensoes, onde com relevo da regiao e volume do reservatorio se calcula esta onda de cheia, a velocidade maxima, quanto tempo leva esta onda ate chegar na cidade ou casas mais proximas e intensidade de impacto. Com isso em maos, se faz um tipo de mapa de emergencia da area afetada e planos de acao. Medidas como sirene, quais casa afetadas e locais de fuga, ate proibicao de construcao de casas pode-se concluir como resultado deste calculo. 

    Mesmo este meu trabalho sendo fora do brasil, acredito q com 20-40 mil reais se faz um projeto / calculo com mapa e relatorio por barragem no brasil. Mas infelizmente no brasil decisoes politicas ficam por cima de decisoes tecnicas e melhor agora confundir do que esclarecer populacao.

    1. Plano de contingência

        Teoricamente, qualquer barragem ou lagoa de contenção, deveria antes de sua construção, ainda mais com aglomeração urbana, em vale, possuir um plano de contingência, e neste reuniões com os esquemas de defesa civil, tanto da empresa como estatais ( metodos passivos, como sirenes, sonares de movimentação de fluidos e solo, rotas previstas de fuga, até desapropriações de areas sujeitas ao fluxo possivel ) quando da empresa  submeter o projeto aos orgãos reguladores, tb. estabelece o quanto irá pagar para estas ações, com um fundo de seguro – é assim em qualquer lugar do mundo desenvolvido, até as 3 gargantas chinesa, possuiu este estudo e tem este seguro.

          Mas, infelizmente, como vc. escreve, descisões politicas no Brasil, suplantam recomendações técnicas, e pior – na maioria das vezes, é considerado um custo como desprezivel, o que é facil de “vender” estatisticamente para politicos, no qual incluem-se, muito dificil de provar, suspeita-se membros do CREA. Tipo aqueles relatórios de inspeção com os riscos tabulados em < 3 % .

      1. Opinião técnica não é importante, o que interessa é a vontade…

        No Brasil trabalhos técnicos não são considerados o que vale é a “vontade política”, por isto e por outras bobagens em Órgãos técnicos governamentais os diretores podem ser qualquer Zé Ruela pois são Cargos de Confiança e o judiciário brasileiro aceita esta estupidez, pois não interessa o cargo ser um Cargo de Confiança da POPULAÇÃO, mas sim um Cargo de Confiança do Governante, mesmo que seja um zero a esquerda.

        O que ocorre, ele utiliza seu poder político para OBRIGAR O CORPO TÉCNICO aceitar qualquer coisa de interesse dos governantes. Se fosse obrigatório um técnico da área, os Conselhos de Classe poderiam tanto fiscalizar a sua ação como APOIAR o PROFISSIONAL CONTRA DESMANDOS DOS GOVERNANTES que contrariassem a boa técnica.

        A nossa conversa aqui não é seguida por ninguém nem ninguém da bola para ela, pois acham que é a política que resolverá tudo, quando imbecis existem em todos os partidos.

         

        1. Depois do desastre em Santa Maria…

          Onde o comandante do Corpo de Bombeiros foi responsabilizado pela liberação do alvará de funcionamento. Em todo o Brasil agora o Corpo de Bombeiros não libera nenhum alvará sem que a segurança seja totalmente obedecida. Neste momento o Governo de Minas tem todo o respaldo político para obrigar o aumento da segurança nas barragens estado afora.

          Lembrando que o desastre em Mariana nada tem haver com restrições ambientais e sim com economia em projetos de engenharia.

          O Estado é chamado de Minas Gerais não por acaso, neste sentido qualquer propaganda contra a liberação da criação de novos locais de mineração é ato contra o estado e sua população.

          1. Mas ainda tem gente que ignora as leis…

            Deu no UOL.

            Menino de 6 anos morre após levar choque em parque de diversões no Rio.

            Falava que o empreendimento não tinha alvará de funcionamento…

             

  9. Sou engenheiro e todo

    Sou engenheiro e todo engenheiro sabe que uma estrutura antes de colapsar avisa e com bastante antecedência. O resto é conversa fiada.

  10. Só para registro.

    O secretário de Estado de Meio Ambiente, Rodrigo Júdice, garantiu a anulação de uma multa aplicada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) à Samarco Mineração no valor de R$ 204 mil, por lançar efluentes sem tratamento em sua Barragem Norte, contaminando mais uma vez a Lagoa Mãe-Bá em Anchieta, sul do Estado.

    Para conceder o benefício à empresa, Júdice se valeu de uma decisão do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Conrema) IV de 10 de junho de 2014, que aprovou a anulação da multa. Ambientalistas apontam, no entanto, que o prazo máximo para publicar a deliberação no Diário Oficial do Estado, como determina a Resolução 004/2011 do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), era de 15 dias.

     Mas o secretário o fez somente agora, quase 16 meses depois, com a publicação no Diário na última quinta-feira (24) referente ao processo nº 51191539. No próprio ato, Júdice alega que o prazo legal foi superado, mas alega “inexistência do instituto de controle finalístico das decisões do Conselho”. Como secretário de Meio Ambiente, é ele quem preside o Consema/Conrema. A anulação do Conrema IV ocorreu após o placar apertado de sete votos favoráveis, seis contrários e três abstenções. Os membros do colegiado acataram o recurso apresentado pela empresa a uma multa aplicada pelo Iema em 2010, por “lançamento de efluentes da vala sul sem adequado controle ou tratamento para clarificação e remoção de sólidos suspensos caracterizados por finos de minério”. Esses efluentes, como apontou o Iema, apresentavam coloração vermelha, “contribuindo para redução da qualidade de água no reservatório da Barragem Norte e possibilidade de alterar ou comprometer a qualidade de água da Lagoa Mãe-Bá” durante os eventos periódicos de vertimento das águas da barragem para a lagoa”. Pela dimensão do impacto ambiental, o órgão arbitrou a multa em R$ 204 mil. Tanto o secretário como os membros do Conrema IV ignoraram que a Samarco é reincidente neste crime ambiental. A empresa utiliza a lagoa Mãe-bá como tanque para lançamento de rejeitos industriais sem tratamento desde que foi fundada, em 1977. Esta poluição matou os peixes da lagoa, no passado rica área pesqueira. E até já provoca grande mortandade de peixes, como tilápias, criadas em tanques. Morreram entre duas e três toneladas de peixe de vez.       Em 2008, pelo mesmo motivo, a empresa foi multada em mais de R$ 1,3 milhão pelo Iema, após constatação de poluição na lagoa e praias de Mãe-Bá e a praia do Além. Naquela época, a empresa já acumulava R$ 5 milhões em multa no órgão ambiental.  Para os ambientalistas, Júdice deveria submeter novamente o processo à votação no Conselho, e não anular a multa. Eles temem, ainda, que o caso abra precedente para outros autos de infração aplicados à empresa, todos referentes à contaminação da Lagoa Mãe-Bá. Com quatro usinas de pelotização construídas em Ubu, na divisa de Anchieta com Guarapari, a Samarco polui todo o sul capixaba. Além da contaminação da água, destrói o ambiente da região com os poluentes que lança no ar. Prejudicados, os moradores de Guarapari a Marataízes, Anchieta, Piúma, Itapemirim, Alfredo Chaves e Iconha. A Samarco é uma empresa da Vale e da anglo-australiana BHP Billiton, com 50 % das ações, cada. Atualmente, é alvo de inquérito no Ministério Público Federal (MPF-ES) e foi condenada recentemente a indenizar um morador de Anchieta por danos ao seu patrimônio.

  11. A imprensa local como de

    A imprensa local como de praxe notiviou mal e porcamente, a tv integração que é afiliada da globa aqui na zona da mata de MG fez algumas imagens e só. E os senadores mineiros? parece que não aconteceu nada por aqui, especialmente com relação a Aécio Neves,tão inútil ao estado quanto bicicleta pra peixe.

  12. SE É QUE EXISTE PRESIDENTE

    SE É QUE EXISTE PRESIDENTE NESTE PAÍS CHAMADO BRASIL,PRESIDENTE LÍDER REPRESENTANTE DO POVO QUE A ELEGEU E NÃO PRESIDENTE DO BRASIL REPRESENTANTE DO EMPRESARIADO,BANQUEIROS E MINERADORAS,POR ENTENDIMENTO E PROTEÇÃO A SOBERÃNIA NACIONAL E AOS DIREITOS DO CIDADÃO,A REGIÃO DA TRAGÉDIA DESTA MINERADORA DEVERIA ESTAR SOBRE INTERVENÇÃO MILITAR COM O EXÉRCITO,E A AERONÁUTICA EM PESO APOIANDO A CAUSA EM DEFESA E APOIO DOS SOBREVIVENTES,E O GRUPO DE DIRETORES DA MINERADORA NA CADEIA POR CRIME AMBIENTAL E ASSASSINATO EM MASSA DA POPULAÇÃO,MAS A PRESIDANTA ANTA,NÃO MANDA NADA,PORQUE ESTAS EMPRESAS FINANCIARAM SUA CAMPANHA POLITICA E EM TROCA A OMISSÃO DO GOVERNO PERANTE AOS FATOS OCORRIDOS…SENHORES BRASILEIROS SE PELO FATO OCORRIDO O CAOS SE INSTALOU PELA REGIÃO,OBSERVA-SE UM GOVERNO OMISSO AOS DIREITOS DO CIDADÃO,MAIS UM MOTIVO PARA SE OBSERVAR QUE O BRASIL LITERALMENTE ESTA NA LAMA COM UMA PRESIDENTE QUE NÃO ATENDE O REQUISITO PARA OCUPAR O CARGO QUE OCUPA NESSE GRANDE NAVIO TITANIC CHAMADO BRASIL….

  13. quando se diz tóxico não é

    quando se diz tóxico não é só para os seres humanos é tb para os animais e ao meio ambiente. Agora seria engraçado senão tivesse morrido gente é que quem fiscaliza e faz os laudo é a própria empresa. É a mesma coisa q pedir pra raposa tomar conta das galinhas. Incompetência opa desculpe os politicos chamam improbidade. Pra ficar bonito e poucos entenderem. Improbidade administrativa = Incompetência Administrativo (é só procurar no dicionário ). E os índios? Vão plantar o que? Pescar o que? Beber o que ? 

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador