Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Saídas para a recessão, por André Araújo

Por André Araújo

Em 1933, os Estados Unidos estavam mergulhados em profunda depressão – o desemprego chegava a 25%. Nos anos anteriores, de fins de 1929 às eleições presidenciais de janeiro de 1933, o então presidente Herbert Hoover e seu secretário do Tesouro, Andrew Mellon, aplicaram a política ortodoxa de ajuste fiscal e juros altos – e quanto mais recessão, mais aprofundavam a receita, achando que estavam na rota certa, como fazem a dupla Levy-Tombini agora. A recessão de 1930 virou depressão. A situação era desesperadora.

O economista inglês John Maynard Keynes mandou uma carta aberta à Roosevelt, publicada no jornal New York Times de 31 de dezembro de 1933 (ver aqui). Nela, dizia que a política ortodoxa só aprofundava a depressão, que era preciso ideias novas para a economia voltar a funcionar.

Suas propostas revolucionárias seriam descartadas se não fosse pelo já imenso prestígio de Keynes. O economista inglês viajou em seguida aos Estados Unidos e se encontrou com Roosevelt numa segunda-feira, 28 de maio de 1934.

Da carta e do encontro saiu uma nova política econômica, o New Deal, que inverteu completamente a política econômica. Ao invés de cortar era preciso gastar. Ao invés do crédito ser arrochado, deveria ser oferecido fartamente para as empresas poderem funcionar. Na prática, das recomendações de Keynes saíram dois instrumentos, entre diversos outros:

O Civilian Conservation Corps, uma gigantesca agência de emprego que contratou 6 milhões de desempregados para serviços inventados, limpar estradas, parques, pintar prédios públicos, qualquer coisa que cria-se empregos, mesmo artificiais. E a Reconstruction Finance Corporation para salvar empresas e bancos, abrindo largos créditos.

A receita funcionou, a arrecadação subiu e criou-se um novo conceito de política econômica.

Nascia um novo conceito de economia, a chamada política econômica das circunstâncias. Keynes era um economista ortodoxo, de ideias clássicas, mas sua mente era flexível e não operava por dogmas. Quando lhe cobraram coerência – pois, em 1919, propunha uma política clássica para o Tesouro inglês, do qual era alto funcionário e agora propunha a Roosevelt o oposto de uma política clássica -, ele respondeu: “Eu não mudo, o que mudam são as circunstâncias”.

Esse homem genial, criador do sistema de Bretton Woods, que até hoje funciona na ordem econômica mundial, tinha múltiplos interesses na vida, o menor dos quais era a economia. Um esteta, amante da poesia, do ballet clássico, da literatura, das artes plásticas. Quando lhe perguntaram como, sendo um grande economista, encontrava tempo para as artes, respondeu: “Meu tempo é todo para as artes, eu não tenho muito interesse em economia”. Homossexual, casado com uma das maiores bailarinas russas, Lydia Lykopova, esse homem extraordinário mudou o mundo.

Para sair de uma recessão há quatro gatilhos: estímulos ao consumo, investimento público, exportações e guerra.

Diz-se que o fim da recessão norte-americana dos anos 30 se deu com a Segunda Guerra, o que é uma verdade. Os Estados Unidos saíram da guerra em 1945 como a maior potência econômica mundial, com 50% do PIB (Produto Interno Bruto) do planeta.

Oitenta anos após o sucesso das ideias de Keynes para cenários de recessão custa a crer que ainda existam economistas que propõem o velho remédio, tão anacrônico como anestesiar o paciente com uma pancada na cabeça.

O engenheiro Levy e o economista Tombini com suas fisionomias burocráticas não inspiram uma tartura e sem liderança não se sai de recessão. Cozinheiros de um só prato, não vão chegar a lugar algum. Um programa muito mais flexível teria chances maiores, porque as premissas do Plano Levy são falsas.

1. Se fizermos ajuste e a inflação cair voltam os investimentos privados. Falso: os investimentos privados só voltarão se perceberem oportunidades de crescimento. O investimento não vem antes da volta dos compradores.

2. Se fizermos a “lição de casa” as agências de rating vão manter nosso grau de investimento. Falso: o grau de investimento, mesmo com os defeitos dessas agências, não voltarão com o País mergulhado na recessão e com sua dívida pública subindo mês a mês por causa dos juros Selic altíssimos.

3. Com a inflação dentro da meta o País volta a crescer. Falso: não há correlação entre a inflação baixa e crescimento.

O Brasil teve entre 1965 e 1975 a maior taxa de crescimento do PIB no mundo, 8,6% ao ano em média, sendo que em 1973 teve 11,3% de crescimento. Em todo esse período havia inflação. No governo JK, o Brasil cresceu em média 5,5% e a inflação correu solta. O Japão teve trinta anos de inflação zero e não cresceu nada em 3 décadas.

O Brasil só sairá da recessão com investimento público em larga escala, nem que seja necessário imprimir moeda.

Nossas necessidades de infraestrutura, só elas, são suficientes para levantar a economia. Para isso é preciso:

1. Neutralizar a incrível burocracia de licenciamento de obras, estabelecendo prazos limite para licenciar, e uma MP (Medida Provisória) impedindo a paralisação de intervenções por conta de pretensos direitos individuais. É impossível fazer obras no prazo com uma pletora de demandantes índios, quilombolas, ribeirinhos, sítios arqueológicos, procuradores e sindicalistas que duplicam ou quadruplicam o prazo das obras e seus custos.

2. O regime de metas de inflação deve ser completamente abolido, não serve para nada a não ser causar recessão com inflação.

Sem uma visão keynesiana modernizada, o Brasil não sai da recessão nem em cinquenta anos.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

34 Comentários

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  1. circunstâncias diferentes

    É exatamente esse o ponto decisivo. O Brasil está longe da situação dos EUA em 1933.

    Em poucas palavras: não vivemos uma crise de superprodução. Ao contrário, falta oferta, ou, na melhor das hipóteses, há um desbalanceamento muito grande dessa. A essência da origem do problema é o erro crasso de política cambial nos anos Lula-Meireles.  Mas não foi só isso: a política industrial, em sentido amplo, foi fraca (tímida) ou desbalanceada.

    O resultado é o descompasso grande e crescente entre crescimento dos rendimentos e a produtividade. 

    Em Economia, contudo, não necessariamente compreender a origem dos problemas elucida qual política econômic adotar agora. Vale dizer: não adianta fazer uma política de oferta agregada agora, com as expectativas no volume morto e inflação a 10%. Agora, tem que ajustar. 

    O ajuste nada tem que ver nem com o crescimento, isso é para depois. O que há é uma luta política para evitar a volta da visão monetarista e anti-nacional sobre o day after ao ajuste, sobre o crescimento e o desenvolvimento a seguir (a qual é meritória, é sabdio que Levy vem buscando recoupar muito além do necessário posições importantes no governo, o que poderia levar de fatoa a um retorno do dogmatismo pré-Lula). Antes dele, o problema central da política econômica é garantri que o ajuste seja feito contra um congresso que deseja apenas erodir decisvamente a capacidade do estado brasileiro de liderar a economia – justamente aumentando direitos sociais e detonando nosso sistema previdencário.

    Infelizmente, a grande parte de nossos analistas progressitas continuam presos a suas dicotomias simplistas – curiosamente, mesmo contra as explícitas recomendação do pragmático mestre Keynes, defensor de levar seriamente em consideração as circunstâncias cambiantes em que se move a politica econômcia de curto prazo.

      1. Ford avisou: superprodução sem distribuição de renda ia dar m…

        Foi sim um dos principais fatores. Podem ter havido outros como barbeiragens na política monetária, na criação  de barreiras alfandegárias, na ausência de regulamentação econômica e na falta de políticas públicas, mas todas estão relacionadas com a falta de saber criar novos paradigmas para lidar com ganhos de produtividade ao mesmo tempo em que a Europa recuperava sua economia após a I guerra mundial. Na indústria houve o fenômeno do taylorismo na linha de produção e na agricultura a mecanização. Tudo isso saturando mercados tradicionais e derrubando preços. O que faltou? Distribuição de renda para ampliar o mercado de consumo. Um diagnóstico preconizado por Henry Ford.

        1. A crise de 1929 tem varios

          A crise de 1929 tem varios fatores realmente um deles pouco lembrado é a crise do campo que começa com a quebra na safra em varios estados, e logo depois se torna o Dust Bowl que só piorou o que já estava ruim.

          A grande depressão não é um acontecimento unico mas quatro depressões consecutivas por motivos diversos.

          A crise de 1929 deve se a receita “normal” de uma recessão, expansão monetária crédito fácil, depois inflação aumento de juros, crise, assim como foi a de 19201921 mas esta durou apenas 1 ano.

          O diferencial foi Hoover, seu intervencionismo, gasto estatal exagerado, seu protecionismo , fez uma recessão se tornar uma depressão.

          Depois Roosevelt conseguiu esticar esta depresão ate a década de  1940 quando o governo americano  deixou de ser intervencionista e com o fim do Dust Bowl, os EUA se recuperaram da grande depressão. 

          1. O mercado não conseguiu se autoregular
            A crise de 29 mostrou que exitem falhas de mercado e que este, por si só, não conseguiu resolver a crise. Precisou o estado ajudar a gerar demanda e evitar a deflação dos valores dos ativos. Também contou com uma ajuda da segunda guerra.

        2. EUA e Europa não souberam desenvolver mercados.

          Complementando: Recuperação da economia na Europa foi saudável (pior seria se não houvesse), mas teve um efeito colateral na crise de 29 nos EUA e que se espalhou pelo mundo. A recuperação no parque produtivo de países industrializados europeus, e também da agricultura, primeiro reduziu as exportações dos EUA, gerando excedentes de produção no mercado interno. Depois, os próprios EUA criaram barreiras tarifárias para não entrarem produtos estrangeiros competitivos em tentativa de evitar mais excedentes e deflação do que já tinha. Os europeus retaliaram da mesma forma. Com isso, todo mundo exportou menos uns para os outros, decaindo o comércio mundial. Faltou visão para lidar com a necessidade de combater a pobreza para ampliar a demanda, em uma época em que Índia, Paquistão ainda eram colônia Inglesa, e o terceiro mundo era visto apenas como fonte de matéria prima. De certa forma os donos do Capital ainda resistem ao desenvolvimento de mercados até hoje, combatendo ferozmente qualquer economia baseada em abundância, aquela que um tal de Karl Marx defendia como destino final do comunismo.

  2. Resumo para se curar uma

    Resumo para se curar uma ressaca continue bêbado.

    A solução do problema é continuar fazendo o que gerou o problema.

    A.Araújo teu professor de história mentiu para você.

    “Herbert Hoover conseguiu transformar um superávit inicial de $700 milhões em um déficit de $2,6bilhões já em 1932”.

    ‘Tenha em mente algo muito importante: o déficit de $2,6 bilhões ocorreu porque Hoover gastou $4,6 bilhões ao mesmo tempo em que coletou $2,6 bilhões de impostos.  Ou seja: como porcentagem do orçamento total, esse déficit de 1932 foi algo estarrecedor – mais de 56% do orçamento.  Seria o equivalente aos EUA terem tido um déficit de $3.3 trilhões em 2007 (quando o déficit naquele ano foi de $162 bilhões).  Em termos do PIB, o déficit de 1932 foi o equivalente a 4%, o que dificilmente classificaria Hoover como um ‘desalmado’ cortador de gastos”.

    Sobre Roosevelt:

    No dia seguinte à posse de FDR, ele emitiu uma proclamação na qual convocava o Congresso para uma sessão extraordinária. Antes que essa sessão ocorresse, ele decretou um feriado bancário nacional – uma atitude que ele se recusou a endossar quando Hoover a havia sugerido apenas três dias antes.

     

    Invocando o decreto Trading with the Enemy[1], de 1917, Roosevelt declarou que “todas as transações bancárias deveriam ser suspensas”. Os bancos só poderiam reabrir após uma minuciosa inspeção seguida de uma aprovação do governo, um procedimento que se arrastava por meses. Essa ação intensificou no público a sensação de crise e permitiu que Roosevelt ignorasse as tradicionais restrições sobre o poder do governo central.

     

    Roosevelt e seus assessores econômicos entenderam a Depressão de maneira completamente equivocada, invertendo as relações de causa e efeito. Eles não entenderam que os preços haviam caído por causa da Depressão; eles acreditavam que a Depressão era o resultado da queda dos preços. Assim sendo, o remédio óbvio – pensaram eles – seria aumentar os preços, o que eles decidiram fazer através da criação artificial de escassez em vários setores da economia. Consequentemente, um compêndio de políticas malucas foi surgindo com o intuito de curar a Depressão através da redução da produção. O esquema era tão evidentemente auto-destrutivo que é difícil crer que alguém acreditava piamente que ele iria funcionar.

     

    A aplicação mais idiota da teoria tinha a ver com o preço do ouro. Começando com o feriado bancário e prosseguindo até um maciço programa de compra de ouro, Roosevelt abandonou o padrão-ouro, que é a base fundamental para se restringir a inflação e o crescimento estatal. Ele nacionalizou o estoque monetário de ouro, proibiu sua posse privada (exceto para jóias, para uso científico e industrial, e para pagamentos externos), e anulou todos os contratos – públicos ou privados, antigos ou futuros – que demandavam pagamento em ouro.

     

    Além de ser um roubo simples e direto, o confisco do ouro não funcionou. Seu preço aumentou de $20,67 para $35 por onça, um aumento de 69%, mas o nível dos preços domésticos aumentou apenas 7% entre 1933 e 1934; e até o final da década o nível de preços sequer chegou a aumentar. A desvalorização provocada por FDR levou a retaliações por parte dos outros países, sufocando ainda mais o comércio internacional, intensificando a depressão nas economias ao redor do mundo.

     

    Após ter aleijado o sistema bancário e destruído o padrão-ouro, Roosevelt voltou-se para a agricultura. Trabalhando com o politicamente influente Farm Bureau[2] e com a gangue de Bernard Baruch[3], Roosevelt decretou o Agricultural Adjustment Act, em 1933. Ele estipulava controles sobre a produção e sobre o tamanho das terras, restringia acordos até então feitos livremente no mercado e regulamentava licenças para produtores e negociantes com o objetivo de “eliminar práticas e custos injustos”; autorizava novos empréstimos governamentais, taxava processadores de commodities agrícolas e recompensava agricultores que reduzissem a produção.

     

    O objetivo era aumentar os preços das commodities agrícolas até que eles atingissem um nível de “paridade” muito maior. Os milhões que mal podiam alimentar e vestir suas famílias devem ser perdoados por questionarem a nobreza de um programa planejado para tornar os alimentos e os produtos têxteis mais caros. Apesar de essa ter sido chamada de “medida de emergência”, nenhum presidente americano desde então resolveu declarar que a emergência está findada.

     

    A indústria foi praticamente nacionalizada pelo decreto National Industrial Recovery Act, assinado por Roosevelt em 1933. Como a maioria das legislações do New Deal, esse decreto foi o resultado de um acordo conciliatório entre vários grupos de interesses: empresários querendo preços mais altos e mais barreiras à concorrência, sindicalistas buscando proteção e patrocínio governamental, assistentes sociais querendo controlar as condições de trabalho e proibir o trabalho infantil, e os habituais proponentes de gastos maciços em obras públicas.

     

    A legislação permitiu que o presidente Roosevelt tivesse a autoridade para licenciar empresas ou controlar importações com o intuito de atingir objetivos vagamente definidos pelo decreto. Todas as indústrias tinham de seguir normas de “concorrência justa”. Essas normas continham cláusulas que determinavam as horas máximas de trabalho, o salário mínimo e as condições “decentes” de trabalho. Toda a política se baseava na dúbia noção de que tudo o que o país mais precisava eram cartéis, preços altos, menos trabalho e custos trabalhistas exorbitantes.

     

    Para administrar esse decreto, Roosevelt criou a National Recovery Administration e indicou o General Hugh Johnson, um amigo íntimo de Baruch e um ex-recrutador militar, como diretor. Johnson adotou o famoso emblema da “Águia Azul” e obrigou todos os estabelecimentos a exibi-lo, bem como a aceitar as leis e regulamentos da NRA. Havia desfiles, cartazes, pôsteres, outdoors, bottons e anúncios de rádio, todos feitos para silenciar aqueles que questionavam as políticas adotadas. Desde a Primeira Guerra Mundial não havia nada parecido com essa efusão de publicidade espalhafatosa e coerção. Diminuir preços foi considerado “trapaça”, algo equivalente a uma traição. Toda essa política foi reforçada por um vasto sistema de agentes e informantes.

     

    No final, a NRA aprovou 557 leis básicas e 189 suplementares, cobrindo quase 95% de todos os empregados industriais. Grandes empresários controlavam a criação e a execução dos documentos. Eles geralmente almejavam suprimir a concorrência. Figurando proeminentemente nesse empenho estavam quesitos como preços mínimos aceitáveis, conluio de preços oligopolísticos, padronização de produtos e serviços, e notificação antecipada de intenção de se alterar preços. Tendo ganho o comprometimento do governo em pacificar a concorrência, os magnatas simplesmente se puseram a desfrutar de um sossego lucrativo.

     

    Mas o entusiasmo inicial se evaporou quando a NRA não cumpriu sua promessa, e por razões óbvias. Mesmo seus apoiadores do mundo corporativo começaram a se opor aos maciços controles governamentais que ela requeria. Já em 1935, quando a Suprema Corte invalidou todo o empreendimento, a maioria dos defensores da NRA já tinha perdido o ânimo com a empreitada.

     

    Ao revogar a NRA, o juiz da Suprema Corte Evans Hughes escreveu que “condições extraordinárias não criam ou ampliam poderes constitucionais”. O Congresso “não pode delegar poder legislativo ao Presidente de modo que ele tenha irrestrita liberdade de ação para criar quaisquer leis que pense ser necessárias”.

     

    Apesar dessa decisão judicial, o “método NRA” não desapareceu por completo. Uma enxurrada de decretos intervencionistas surgiu logo após sua extinção. Por exemplo, a lógica econômica da NRA reapareceu no National Labor Relations Act, de 1935, restabelecendo privilégios sindicais, e no Fair Labor Standards Act, de 1938, estipulando regulamentações para salários e horas de trabalho. O Bituminous Coal Act, de 1937, reinstalou leis típicas da NRA para a indústria carvoeira, incluindo congelamento de preços. A Works Progress Administrationtransformou o governo no empregador de última instância. Utilizando o Connally Act, de 1935, Roosevelt cartelizou a indústria petrolífera. No fim, é claro, a Suprema Corte acabou mudando de idéia e se integrou ao jeito Roosevelt de pensar.

     

    Mesmo depois de tudo isso, a grande promessa do fim do sofrimento nunca se concretizou. À medida que o setor estatal foi drenando o setor privado, controlando-o em detalhes alarmantemente minuciosos, a economia foi chafurdando na depressão. O impacto conjunto das intervenções de Herbert Hoover e de Roosevelt sobre a economia foi fatal, pois o governo em momento algum deixou o mercado se corrigir a si próprio. Longe de ter tirado os EUA da Depressão, FDR não só a prolongou como também a aprofundou, levando um sofrimento desnecessário para milhões.

     

    Ainda mais trágico é o duradouro legado de Roosevelt. O comprometimento que tanto as massas como as elites tinham com o individualismo, o livre mercado e um governo limitado sofreu um golpe súbito na década de 1930, golpe do qual o país ainda tem que se recuperar por completo. A teoria da economia mista, na qual o estado controla a economia de mercado, ainda é a ideologia dominante que sustenta todas as políticas governamentais. Em lugar da velha crença na liberdade, temos hoje uma tolerância maior com – e até mesmo uma demanda por – esquemas coletivistas que prometem seguridade social, proteção contra os rigores da concorrência de mercado e alguma coisa em troca de nada.

     

    “Nunca é possível estudar Franklin Delano Roosevelt em excesso”, disse Gingrich. Mas se estudarmos FDR com reverência, a lição que aprenderemos será essa: o governo é um meio imensamente útil para quem quiser atingir suas aspirações particulares, e recorrer a esse reservatório de benefícios potencialmente apropriáveis é perfeitamente legítimo.

     

    Uma coisa que devemos definitivamente temer é o político que acredita nisso.

    http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=130

    1. http://www.heritage.org/resea

      http://www.heritage.org/research/reports/2004/04/the-economic-lessons-of-president-hoover

      O pensamento é livre e as opiniões tambem. A esmagadora maioria dos economistas considera a politica economica de Hoover na primeira reação ao debacle de outubro de 1929 como recessionista.

      Quando em um debate de economia voce discorda, deve apresentar sua tese contraria e não dizer que o outro teve o professor errado. Sabe porque? O pensamento economico é subjetivo e cada pensador vê a economia de uma forma, de modo que não há o certo e o errado objetivo, existe a sua visão do fenomeno e a minha visão, ambas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, depende do angulo de onde se olha.

      Como diria Keynes ” A Historia da humanidade é a historia do pensamento economico e pouco mais que isso. “”

      1. O pensamento econômico não é

        O pensamento econômico não é subjetivo ele é o resultado do interesse de terceiros, ninguem morde a mão que o alimenta. 

        André o grande sucesso de keynes é porque ele avaliza o gasto estatal exatamente o que os governos querem ouvir.

        Os economistas soviéticos não cansavam de exaltar os grandes feitos econômicos do socialismo, a academia hoje estatista não cansa de exaltar os feitos do estatismo, ou intervencionismo.

        Minhas afirmações são baseadas (copiadas) neste texto http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=878

        Texto que tem como referência

        Referências

        Cole, Harold L. and Lee E. Ohanian. 2004. “New Deal policies and the persistence of the Great Depression.”Journal of Political Economy 112 (4): 779-816.

        Couch, Jim F. and William F. Shughart II. 1998. The Political Economy of the New Deal. Cheltenham, UK: Edward Elgar.

        Folsom, Burton, Jr. 2008. New Deal or Raw Deal? How FDR’s Economic Legacy Has Damaged America. New York: Threshold Editions.

        Garret, Garet. 1932. The Bubble that Broke the World. Boston: Little Brown and Co.

        Higgs, Robert. 1992. “Wartime Prosperity?” Journal of Economic History 52 (1): 31-60.

        Higgs, Robert. 1997. “Regime Uncertainty: Why the Great Depression Lasted so Long and Why Prosperity Resumed After the War.” The Independent Review 1 (4): 561-590.

        Hoover, Herbert. 1934. The State Papers and Other Public Writings of Herbert Hoover. Edited by William Starr Myers, Garden City, NY: Doubleday, Doran & Company, Inc.

        Krugman, Paul. 2001. “Fear Itself.” New York Times September, 30.

        Murphy, Robert P. 2009. The Political Incorrect Guide to the Great Depression and the New Deal. Washington: Regnery Publishing, Inc.

        Murphy, Robert P. “Did Hoover Really Slash Spending?” Mises Daily Article, May 31, 2010.

        Ohanian, Lee E. 2009. “What – or Who – Started the Great Depression?” Working Paper No. 15258 (August) National Bureau of Economic Research.

        Powell, Benjamin. 2009. “U.S. Recession Policies: Nothing New Under the (Rising) Sun.” Intercollegiate Review(Fall): 13-21.

        Robbins, Lionel. 1934. The Great Depression. New York: Macmillan Co.

        Romer, Christina and Jared Bernstein. 2009. “The Job Impact of the American Recovery and Reinvestment Plan,” Office of the President’s Council of Economic Advisors-Elect, January 9.

        Rothbard, Murray N. 1963 [1982]. America’s Great Depression. 4th ed. New York: Richardson & Snyder.

        Sechrest, Larry J. 2006. “Explaining Malinvestment and Overinvestment.” Quarterly Journal of Austrian Economics 9 (4): 27-38.

        Vedder, Richard and Lowell Gallaway. 1993. Out of Work: Unemployment and Government in Twentieth-Century America. New York: Holmes and Meier.

        Warren, Harris G. 1959 [1967]. Herbert Hoover and the Great Depression. New York: Oxford University Press.

        Woods, Thomas E. 2009. “Warren Harding and the Forgotten Depression of 1920.”Intercollegiate Review (Fall): 22-29.

         

         

    2. Ajuste ortodoxo

      “O pensamento econômico não é subjetivo ele é o resultado do interesse de terceiros.. “.

      Até concordo com isso.

      Temos três grupos principais de interesses: os assalariados, os empresários (da economia real) e os rentistas.

      Acredito que muita coisa da teoria econômica pode ser entendida se relacionada aos grupos de interesses a que serve. Desde os anos oitenta do século passado, a nova ideologia, o neoliberalismo serve aos interesses do capital financeiro, dos rentistas. No fim, o que interessa é quem fica com o maior quinhão da riqueza nacional.

      No tempo da ortodoxia, antes da crise de 29, havia grande concentração de renda. No tempo do keynesianismo, houve uma melhoria da distribuição de renda. Nos nossos tempos de neoliberalismo voltou a concentração de renda e o interesse dos rentistas.

      Mas, voltando à vaca fria, isto é nossa crise, que pode durar três anos ou mais…

       Teoricamente, ao optar por ajuste ortodoxo (ao contrário do que foi feito por FDR em 1933), a crise brasileira deveria ter uma duração curta. Mas não é isso que as previsões dos economistas indicam. Possivelmente teremos queda do PIB em 2016 e também em 2017.  Estamos falando em três anos de crise, ou mais, antes da retomada do crescimento.

      A razão inicial dada para justificar o ajuste foi estancar o crescimento da relação dívida bruta/PIB, que estava em volta de 59% em fins de 2014. O aumento da relação dívida bruta/PIB estaria gerando expectativas negativas dos empresários, impedindo a retomada dos investimentos.

      Após seis meses de ajuste, as estimativas agora para a dívida em fim de 2018 são as seguintes: 1) Cenário otimista – 62% do PIB, 2) cenário mercado – 70%, 3) cenário pessimista – 75%.

      Parece que o ajuste ortodoxo não vai dar certo.

       

    3. A formula Mantega NÃO é a

      A formula Mantega NÃO é a solução e nunca foi, tentava controlar a inflação com congelamento de preços basicos como energia e combustivis e segurar o ambio com rações diarias de dolar à vista e depois com swaps cambiais, que hoje irão dar ao BC um prejuizo de mais de R$  120 bilhões, tudo para manter uma valorização artificial do Real. Os swaps em aberto estão hoje em R$ 369 bilhões, mais de 100 bilhões de dolares.

      A formula que proponho é imediata DESVALORIZAÇÃO do Real, porisso a inflação deve refletir os preços internos , o Real desvarolizado vai estimular as exportações, aumentar o turismo de fora para dentro, baratear os ativos no Brasil, o que atrairá investimentos, há mão de obra disponivel então os salaiors não sofrerão pressão, o mesmo com imoveis, veiculos,

      mercadorias, há muito estoque encalhado. O controle de preços basicos, não congelamento, aumentos serão autorizados justificados pelo aumento de custos MAS serão barrados aumentos antecipatorios, no modelo CIP, que funcionou muito bem de 1968 a 1984.

      Tocar imediatamente todos os projetos de infra estrutura paralisados para relançar a economia. O Executivo tem que negociar com o Poder Judiciario o imediato encerramento da Lava Jato, fator de paralisia de empreendimentos e negocios no Pais.

  3.  
    Como fica a Oderbrecht

     

    Como fica a Oderbrecht agora que o governo da Suíça confirmou atravéz do rastreio das contas no seu país que a Oderbrecht era a origem das propinas da petrobrás?

    Uma vez que o pagamento dessas propinas gerou um imenso prejuízo à Petrobrás, a Lei Sarbane-Oxley pode ser aplicada contra a Oderbrecht?

     

     

    1. ALei Sarbanes Oxley diz

      ALei Sarbanes Oxley diz respeito a normas de contabilidade de empresas de capital aberto com base nos EUA, não me parece que seja o caso da Odebrecht.

  4. Análise muito lúcida. Como

    Análise muito lúcida. Como ciência muito mais humana do que exata, a economia é, sim, repleta de subjetividade. Os que hoje lançam mão de teorias complicadas e modelagem matemática imcompreensível para a maioria das pessoas deveriam voltar aos clássicos e ao início do capitalismo. Há economistas teóricos, hoje em dia, que acreditam que o capitalismo semprre existiu, que não é uma criação humana e social.

  5. Sou o suspeito usual desta discussão

    Mas por enquanto fico com a Astrologia, o Tarot e a Geometria. 

    Lógico que com uma modelagem complexa baseada na bioologia evolucionista que supre os percalços epistemológicos da economia que funciona.

    Abraço a todos.

  6. Bom……

    Como não entendo de estatísticas econômicas, nem de teorias clássicas, apenas opino no que leio dos profissionais da área e os analistas econômicos.

    O AA na minha opinião tem razão quando diz – ”  

    1. Se fizermos ajuste e a inflação cair voltam os investimentos privados. Falso: os investimentos privados só voltarão se perceberem oportunidades de crescimento. O investimento não vem antes da volta dos compradores.

    2. Se fizermos a “lição de casa” as agências de rating vão manter nosso grau de investimento. Falso: o grau de investimento, mesmo com os defeitos dessas agências, não voltarão com o País mergulhado na recessão e com sua dívida pública subindo mês a mês por causa dos juros Selic altíssimos.

    3. Com a inflação dentro da meta o País volta a crescer. Falso: não há correlação entre a inflação baixa e crescimento.”

    Assim, no meu entendimento todas as iniciativas tendem ao fracasso, tendo em vista que os rentistas, por serem o dono do capital, detém tb o poder politico.

    O que precisamos é de um lider com aquilo roxo, e botar estes sanguessugas pra correr, mesmo correndo o risco de uma guerra civil ou ser “acidentado”, conforme muitos que tentaram o foram!!!

    Mas………, do jeito que vamos, os paliativos talvez funcionem, pois a cultura de vira-latas é recorrente, e ficar de joelhos talvez seja o que muitos desejem !!!!!!!!!! 

      1. BIS e a depressão mundial

        As Economy Heads to Another Crash, BIS Acknowledges: We’re Failing

        Posted on July 24, 2015 by Eric Zuesse.

        http://deutsche-wirtschafts-nachrichten.de/2015/07/22/maechtigste-bank-der-welt-legt-mandat-zur-rettung-der-weltwirtschaft-zurueck/

        World’s Most Powerful Bank Reverses Course, to Avoid a Global Depression

        German Economic News, Translation (and closing Note) by Eric Zuesse  | Published: 22:07:15 20:10 clock

        The Bank for International Settlements (BIS) acknowledges in its annual report that the policy of cheap money has failed. All the trillions in monetary stimulus have produced no growth in the real economy. Central banks cannot salvage the economy. Governments — fiscal stimulus — must now resolve the economic crisis. Political leadership is required.

        In November 2008, the Federal Reserve in the US began to purchase many billions in securities, to stabilize the markets after the collapse of Lehman Brothers. Later, the Fed bought also US Treasuries, and cut interest rates to a record low of zero to 0.25 percent. So, they set off a global devaluation race. As a result, between just January 1st and March 12th of 2015, one-fifth of all central banks lowered their key interest rates. China was last to join this currency war, but when they did, their easing of monetary policy helped spark a credit-driven bull market that now produces the biggest Chinese slump in 20 years.

        The Basel-based Bank for International Settlements (BIS) is considered the “central bank of central banks.” It was originally founded in 1930 to handle German reparations after the First World War. Today the BIS networks together central banks around the world, and manages on their behalf nations’ gold reserves. Its 85th Annual report analyzes the global financial system, seven years after the 2008 crisis. An entire chapter is devoted to shortcomings of the international monetary and financial system. It says that instead of promoting sustainable and balanced growth of the global economy, this system actually undermines growth long-term.

        The loose monetary policies of the central banks have produced no significant growth in the real economy, the report’s authors say. On exchange rates and capital movements, the loose conditions have transferred money to countries that do not need it, and this has promoted financial vulnerabilities. The world’s record low interest rates are signs “of a larger malaise.” BIS finds that the long period of low interest rates has generated “unusually long stagnation,” and they warn of a vicious circle of continued falling interest rates. In the longer term, this could weaken the financial sector and lead to permanent dependence on debt.

        Claudio Borio, head of the Monetary and Economic Department of the BIS, says in the annual report: ”The most obvious symptom of this malaise is continued extremely low interest rates. They have been extremely low for a very long time, and by any standards. Moreover, the negative yields in some government bond markets are simply unprecedented and previously unthinkable.” Central banks would grope futiley in search of historical parallels. But by now, interest rates have shown very clearly that burdening monetary policy with the task of stimulating growth cannot succeed.

        In their attempts to overcome the weakness of the world economy, central banks have become the largest players in the global equity markets. This is according to a study by the Research Institute OMFIF, an international research and advisory group. The study was presented in June 2014 and is based on 29.1 trillion dollars of investments by global central banks and other public institutions. It covers bonds, stocks and commodities. The authors conclude that “In the aftermath of the financial crisis, different forms of ‘state capitalism’ have come to the fore, and, ‘Whether or not this trend is a good thing may be open to question, but what is incontestable is that it has happened.’” Thus, public institutions are mutating to become a large part of the capital markets, and this will potentially overheat share pricess.

        Says Borio: ”There are indications that recent years have built up financial imbalances. And this could affect the rest of the world much more than before, because emerging economies have now gained considerable weight.”

        The warning comes at a time when the growth of the global economy cools noticeably. In the United States, China, Japan and the BRICS, there was seemingly limitless growth, until recently. Only the deep oil price drop could cover up these negative effects. “The fall in oil prices has encouraged all in all, the global economic growth, and temporarily reinforced the downward pressure on prices — a real godsend,” said Borio. However, the economic policy leeway is now frighteningly small.

        “Seven years after the global financial crisis, the policy mix remains very unbalanced. It is still too heavily dependent on monetary stimulus, while the progress in structural reforms is still insufficient,” said Jaime Caruana, General Manager of the BIS, at the launch of the report in Basel.

        In a Reuters interview, South Korea’s Hyun Song Shin, the chief research economist of the BIS, warned of new turbulence in financial markets. This time, however, the trigger would not be at the big banks, but at pension funds and asset managers. The International Monetary Fund (IMF) recently warned of the systemic risk posed by pension funds. Low interest rates have again accelerated investments in riskier asset classes, to promote an aggressive search for yield.

        “Currently all looks indeed very good, but it may build up to a painful and very destructive outcome,” said Shin. The consequences cannot be foreseen. “We are entering completely uncharted territory.”

        BIS economists advocate a triple realignment of the global economy. They propose to move away from the “illusory fine-tuning” of the overall economy in the short term and instead to pursue medium-term strategies. Moreover, economic policy should focus less on short-term output and inflation and instead focus more on the slower than expected financial cycles. Finally, Nation States must realize that it is no longer enough today to keep their own houses in order. A realignment must become aware of the dangers posed by purely national measures.

        The BIS says: “It’s more important than ever to replace the short-term perspective by a longer-term view. Financial markets have reduced response times, and policy makers in financial markets are always chasing shorter-term rewards. That’s an increasingly narrow, indefensible position.”

        ——

        NOTE from Eric Zuesse: The BIS report is cagey about its implications for fiscal policy. All it says, really, is on page 22 (28 of the .pdf): “For countries that do have fiscal space and need to use it, the challenge is how to do so most effectively. This means, first and foremost, facilitating private sector balance sheet repair, supporting reforms that boost long-term productivity growth and a greater but judicious emphasis on investment at the expense of current transfers. The quality of public spending matters more than its quantity.”

        The BIS is in the business of marketing monetary policy, and shuns Keynesian macroeconomic policies that aren’t based upon standard microeconomic theory. Unlike at the IMF, which likewise markets monetary policy, the economists at BIS don’t even look outside monetary policies. However, the IMF’s economists do. Thus, an “IMF Working Paper,” issued January 2013, and titled “Growth Forecast Errors and Fiscal Multipliers,” presented a definitive empirical study, a meta-analysis of the empirical studies, on the question of the size of the Keynesian multiplier, and found that during economic recoveries from crashes and other distressed economies, it’s much larger than had been assumed by the aristoracy’s economists, such as at BIS and IMF. Basically, this comprehensive empirical study showed that Keynes was right and that the macroeconomic policies that after 1970 re-introduced microeconomically based macroeconomic theories, and that continue to be applied even today — not only by the BIS and IMF but by economists generally — are empirically false. In other words (for example): the policies of “austerity” or in econospeak “fiscal consolidation,” fail miserably, so that what is being done to Greece (and will be done to Ukraine) is bound to fail. Unfortunately, however, aristocrats, investment insiders, benefit enormously from such “austerity” policies, which starve the public in order to benefit investors. Economic growth isn’t really what’s being sought. So: the empirical economic studies are simply ignored, and economic theoreticians still build upon the standard microeconomic foundation, of falsehoods. Essentially, economists get rewarded for promoting those falsehoods. Standard economic theory has no scientific justification, and now it has actual scientific disproof. The BIS study added confirmation to that, but didn’t mention this fact. The BIS management don’t want to call attention to it.

        ———-

        Investigative historian Eric Zuesse is the author, most recently, of  They’re Not Even Close: The Democratic vs. Republican Economic Records, 1910-2010, and of CHRIST’S VENTRILOQUISTS: The Event that Created Christianity.

         

    1.                              

                                              

      Quem é o palhaço nesta estoria toda?

      A população ou os genios economistas, presidentes de banco, governantes????

  7. Será que é uma boa solução ver o mundo em preto e branco?

    Antes de mais nada, parabéns ao André pela capacidade de colocar as coisas de uma forma tão simples e compreensível.  Na Filosofia e na História da Ciência estamos acostumados com a ideia de que se uma teoria se torna muito complexa, de difícil assimilação, cheia de remendos para explicar tudo, então está chegado o momento dela ser substituida por outra mais simples, ou elegante.  É interessante pois verificar nos comentários o esforço que se faz para contrariá-lo. Um comentarista colocou até uma lista e obras referenciadoras, como se isto fortalecesse sua posição (Magister dixit).  Pois eu penso que só enfraquece.  Abra os olhos e a mente, pense nas coisas como ela são e não através das lentes de suas teorias, formule a pergunta correta e terás a resposta correta.

    Como é possível que um não tenha comida porque é professor, o outro é agricultor e não tem professor para os filhos porque não tem dinheiro para contratá-lo. Um morre doente porque não tem dinheiro para chamar um médico e o médico está na penúria porque ninguém o consulta. Um senta no chão por que lhe falta uma cadeira, o outro está falindo porque ninguém lhe compra as cadeiras que produz.   

    Isto é um grande círculo que se retroalimenta e a única forma é romper com o círculo, colocando nas mãos de cada um os meios de trocas, o famoso dinheiro, não importando em que forma ele se manifeste, seja na forma de reais, simonetas, selos  ou de caderneta de crédito e débito.  Para isto a sociedade dotou os governos soberanos do poder de fabricar este meio circulante e se apropriar do seu primeiro uso.  Pois que se faça uso dele neste momento. 

    Poucos sabem mas a China vem usando isto para alavancar o seu crescimento.  Na China todo o solo e subsolo é propriedade estatal. Pois há 30 anos que eles vem vendendo estas terras e colocando no mercado aquilo que estava fora do mercado.  A monetização da propriedade da terra na China tem sido a alavanca para o crescimento e ao mesmo tempo uma fonte de injustiças, mas iste é assunto para um artigo.

    O poder provincial “toma” a terra e a revende para incorporadores, que a usam para fabricar prédios e fábricas. Isto tem colocado a roda da economia a girar desde os anos 1980. Isto é ou não criar dinheiro?  

    Se o país tem histórico de mal pagador, ou seja, se já deu o calote em dívidas anteriores, é claro que os que emprestam dinheiro vão ficar de orelhas em pé quando perceberem que ele está gastando mais do que arrecada.  Por outro lado se o país tem histórico de bom pagador, todos continuam acreditando que isto se projeta para o futuro e o país pode gastar mais do que arrecada. É a velha história, banqueiro só gosta de emprestar dinheiro para rico, pobre não tem vez.

    Dito isto, olhem nossa história e vejam qual é o nosso perfil de pagador.  Penso que não é nada abonador. Para nós seria uma boa saída monetizar alguns bens que pudessem nos render o dinheiro que precisamos no momento.  

    Quando a Dilma saiu com a ideia de se monetizar vendendo ações da CEF, fui contra porque este tipo de monetização se projeta para o futuro de uma forma infindável.  Uma vez feito seria difícil manter o perfil público da Caixa.  Mas penso que se pudermos vender um bolsão de petróleo  embaixo da terra, seria uma boa ideia, mesmo porque seria somente uma parte e com o tempo este petróleo se acabará e findará a venda. Em outras palavras, isto não se projeta mecanicamente  para o futuro.  É como o sujeito que vende o seu rolex para pagar uma dívida.  Pode estar fazendo um bom negócio pois mais tarde ele poderá comprar um novo rolex.

    Dou o exemplo de um campo de petróleo, mas podemos pensar em outros ativos que possam nos propiciar o dinheiro que precisamos para  investimento.   Infelizmente este tipo de pensamento está muito compromentido hoje, depois que o FHC privatizou tudo e o dinheiro sumiu.  Ou  seja, com FHC ficamos sem os ativos e sem o dinheiro. Diante disto está todo mundo ressabiado e são capazes de esfolar quem pensa em vender alguma coisa.  Da mesma forma, que mal há na Petrobras vender alguns ativos?  Dizem que não pode pois é uma empresa pública, patrimônio nacional.  Ok, eu concordo e defendo a Petrobrás, mas não é o caso de se pensar que justamente abrindo mão de ativos agora, ela está se fortalencendo para se manter como um patrimốnio público?  

    Enfim, volto ao início: será que ver o mundo em preto e branco é uma boa solução?

    PS: A ironia é que a Dilma passou de um defensora dos juros baixos e irrigadora de dinheiro, para uma defensora de altos juros e do torniquete no pescoço do afogado. Dá para acreditar?

    1. Quer uma moleza para conseguir grana, tá bom, vou dar uma

      Modifica o registro de imóveis no Brasil, que é o sistema Torrens e não produz a segurança jurídica nem real nem aparente para a disseminação das hipotecas no Brasil, em Honduras já fizerem isto, estão usando o Blockchain para dar legitimidade à propriedade imobiliária, uma garantia não só lá, mas em todos os países da Terra. Com isto se monta um  mercado de títulos de securitização em cima dos imóveis ( que nada mais são do que Poupança Nacional empossada e sem liquidez) e fornece dinheiro “barato” garantido por bem físico imóvel disponibilizando uma enorme soma de Capital dentro do País, não estou inventando nada, nos USA os derivativos comeram solto no boom americano até 2008, só que os títulos se mostram fajutos, pois não tinham a tecnologia do blockchain por trás deles, e foram usados por criminosos que lesaram a boa fé dos compradores.

      Moleza, só querer, vontade política e atravessamos o período crítico da crise.

      Existem muitas soluções, umas melhores outras piores, agora as consequências só podem ser analisadas como um sistema complexo, onde buracos epistemológicos econômicos tem de necessariamente serem preenchidos.

      Aqui, infelizmente, só boa vontade não resolve, têm de ter um conhecimento mais específico e técnico.  

      1. Dinheiro barato
        Não estou a par deste instrumento mas penso que vc tem razão. Com criatividade e respaldo da sociedade podemos encontrar formas de contornar as dificuldades. Nem pense que estou falando na tal contabilidade criativa. Na década de 1960, os militares tiveram uma grande ideia para conseguir dinheiro barato. Criaram o FGTS. Apesar de todos os problemas conhecidos este fundo colocou a indústria da construção em movimento e com certeza esteve na base do ” milagre brasileiro ” .

  8. Três perguntas para tentar

    Três perguntas para tentar trazer a discução à realidade:

    1. O que foi que a Dilma fez durante o seu primeiro mandato além de políticas anti-cíclicas? 

    2. Existe alguma mínima comparação entre o atual ajuste brasileiro e a ortodoxia aplicada nos EUA durante a depressão ou mesmo a ortodoxia imposta à Europa?

    3. Não existem figuras que contrabalançam a ortodoxia no governo? Nelson Barbosa? A própria Dilma?

    Um pouco menos de histeria, por favor.

    1. Ela deu cerca 100 bilhões para os empresários,

      prejudicando o orçamento federal e não obtendo nenbum aumento da produção de volta. Os empresários embolsaram a grana, que ou foi aplicada no mercado financeiro ou foi parar em mais um paraíso fiscal.  Isto é o que voce chama de política anticíclica.  Tivesse ela investido este dinheiro em consertar estrada e em saneamento eu até concordaria contigo.

  9. Olha, André,
    Sou daqueles que

    Olha, André,

    Sou daqueles que ficam com um pé atrás com o seu americanofilicismo.

    Mas agora vc arrebentou a boca do balão! Disse tudo!

    Um abraço

     

  10. Uma vergonha o governo do PT
    Uma vergonha o governo do PT ter embarcado nas premissas e na pregação neoliberal, ainda mais após a vitória do governo Dilma propondo mais conquistas, mais avanços, para se contrapor às propostas neoliberais dos candidatos da direita. De uma certa forma demonstra o quão os quadros políticos do governo – do PT, do PCdoB e outros – estão despreparados para enfrentar os ataques da burguesia. Usam os mesmo remédios que criticam e colhem resultados idênticos, que sempre criticaram: desemprego, recessão, confisco e queda nos salários, e cortes nos direitos trabalhistas.  Que nome se pode dar ao que o governo fez até agora contra os trabalhadores? – cortes no seguro desemprego quando os trabalhadores mais precisarão; política de manutenção de emprego com base em arrocho salarial de até 15%; aumento nas tarifas, etc., etc. A vaca não só tossiu como corre o risco de ir para o brejo. E tudo isso em meio aos ataques sistemáticos da direita golpista, em várias frentes,  orquestrada pela mídia golpista de sempre: no parlamento, com Renan e Eduardo Cunha; na operação Lava Jato, um verdadeiro complô golpista que envolve judiciário, PF e MP para detonar de forma seletiva o PT, a Petrobras, e empresas brasileiras. Ah, tá bom, eles estão combatendo a corrupção, dizem. Mas, a que preço está sendo feito este combate? Quanto o Brasil perdeu com as propinas nos últimos 10 anos, denunciadas pela Lava Jato, e quanto o Brasil está perdendo com a ação devastadora da Lava Jato em poucos meses? Façam as contas, senhores, e é bem provável que, na ponta do lápis, cheguemos à conclusão de que os custos das propinas são infinitamente menores do que o que se perdeu na Petrobras, nas empreiteiras, na indústria naval, em matéria de desemprego, desinvestimento, desvalorização, queda nos impostos, tudo em prejuízo do Brasil. Enquanto isso, de forma absurda, o governo mantém a política de juros altos que só beneficiam aos banqueiros e aos credores da dívida pública, enquanto desaquece a economia, causa arrocho, desemprego e transferência de renda dos mais pobres para o capital financeiro. Foi para isso que o povo brasileiro elegeu o PT nas últimas eleições? Onde fica a coerência entre os primeiros 12 anos de conquistas, ainda que em vários casos aquém do esperado, com essa lógica neoliberal ressuscitada pelo segundo governo Dilma? Portanto, ou os movimentos sociais, os partidos de esquerda, o povão principalmente, se mobilizam para mudar essas diretrizes e impor mudanças profundas nos rumos da economia e da política no Brasil, ou daqui a pouco não haverá nem motivos para alguém querer defender a permanência do governo Dilma. Sofreremos uma derrota vergonhosa, pois, a direita voltará ao poder nos culpando – a todos nós, da esquerda – de sermos os responsáveis de tudo de ruim que acontece no Brasil, e terão inclusive elementos tangíveis para isso. Aécio ou Eduardo Cunha ou Serra ou o raio que o parta nem precisará se preocupar em explicar as chamadas “medidas impopulares”, pois qualquer coisa será aceito como salvação para o desastre que vem se anunciando com essas medidas neoliberais. Em seis meses de governo sob Levy, a pergunta que se faz é: a maioria do povo brasileiro ganhou o quê, até agora? Ou ainda: quem lucrou com as medidas neoliberais até o momento? Esses setores é que deveriam estar financiando as crises que eles geram, não o povo brasileiro.

  11. É preciso lembrar que a lei

    É preciso lembrar que a lei brasileira é clara que nos cinco anos de dívida, especialmente bancária, essa pode ser corrigida do jeito que credo quiser. Não  há  limite algum, sendo que os bancos mais bondosos ainda corrigem mensalmente em mais de 1.000% acima da inflação . Portanto, em cinco anos podem chegar aos qutrilhões de porcentagem. Por isso

    A lei diz o seguinte:

     

    ¨O artigo 43, § 1º do Código de Defesa do Consumidor, também prevê o prazo máximo de 5 anos para que o nome de alguém possa ficar cadastrado nestes órgãos (este prazo conta da data em que a dívida deveria ter sido paga mas não foi e não da data do cadastro).

     

    Portanto, completados os 5 anos a dívida deve ser excluída dos cadastros imediatamente.¨

    http://www.endividado.com.br/faq_det-2,33,36,dividas-nome-sujo-saiba-como-limpar-seu-nome-do-spc-serasa-e-outros-orgaos.html,

  12. Este país já possou pela

    Este país já possou pela maior crise mundial de todos os tempos sem sofre um arranhão por ter no comando o maior governantes de toda história mundial. Só quiseram com tudo continuasse nas mão da Dilma e todo sabia que iria ser só desgraça, mas como adora que o Brasil viva em desgraça.,…

  13. Dobrar a dose do remédio que não funcionou?

    O Brasil não cresce e afunda na corrupção pelo EXCESSO de Estado, demonstrado pelo intervencionismo exacerbado recente, e não pela falta. Só quem cria dificuldades (o EStado) pode ter intermediários prá vender facilidades.

    Menos Keynes temperado com maquiagem contábil e pedaladas, e mais Hayek (ou Chydenius, vide Súecia!).

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