Enviado por Gilberto Cruvinel
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Quem sabe dizer se a vida não é o que chamam de morte e a morte é que chamam de vida?
Clássico de Hitchcock volta aos cinemas a partir deste sábado
Por Inácio Araujo
Da Folha de S. Paulo
“Um Corpo que Cai” é como uma dessas peças de teatro contemporâneas, em que a plateia acompanha os atores por diversos cenários. No caso, a atriz é Kim Novak, ou Madeleine, ou Carlota Valdez, ou Judy Barton. A plateia é James Stewart, ou Scottie.
O autor do argumento é Gavin Elster (Tom Helmore), velho amigo de Scottie, um policial fora da ativa por causa de suas crises de vertigem. Gavin oferece a ele a possibilidade de seguir sua mulher, Madeleine, que acredita reencarnar uma dama morta há muito tempo, Carlotta Valdes.
Os atores James Stewart e Kim Novak (como Madeleine e Judy) no cartaz do filme ‘Um Corpo Que Cai’
Como bom detetive, Scottie segue Madeleine. Ao acompanhá-la, deixa-se fascinar pelos mistérios da bela mulher. Apaixonar-se por ela é só uma decorrência.
Esse é o roteiro criado por Gavin: a sedução que Madeleine exerce sobre ele deve levá-lo a testemunhar um assassinato. Como e de quem o espectador deve descobrir. O que foge ao roteiro, no entanto, é que Madeleine também se apaixona por Scottie.
Se tematiza a representação, Hitchcock também nos fala da obsessão. É a obsessão, aliás, que leva Scottie a desvendar a trama, a partir do momento em que encontra outra mulher, Judy Barton, muito parecida com Madeleine, e procura reconstruir, nela, a imagem da amada.
Ou seja: se Madeleine havia criado um personagem (e um fantasma) para os olhos de Scottie, agora ele buscará recriar o personagem em Judy.
Dito assim, pode parecer complicado. Ao vê-lo, o espectador perceberá ali, princípio da vertigem, do fascínio ou da hipnose: três ideias que se cruzam no filme e fora dele. Três ideias que dão substância à ideia central: a de representação. Isto é, dos seres que se colocam no lugar de outros, que os representam.
Eleito há pouco tempo, numa pesquisa da revista “Sight and Sound”, o melhor filme do mundo, “Um Corpo que Cai” não está, certamente longe disso. Servindo-se da cena teatral como princípio, Hitchcock nos põe diante da paixão e do tormento, da paixão e do fascínio, da morte e do amor, do falso e do verdadeiro.
No interior de uma obra magnífica como a do mestre inglês, talvez não seja abusivo designar “Um Corpo que Cai” como sua obra-prima.
UM CORPO QUE CAI
(VERTIGO)
DIREÇÃO Alfred Hitchcock
ELENCO James Stewart, Kim Novak e Barbara Bel Geddes
PRODUÇÃO EUA, 1958, 14 anos
QUANDO sáb. (18), dom. (19), ter. (21) e qua. (22)
ONDE cinemas da rede Cinemark (conferir salas e horários em cine mark.com.br/classicos-cinemark)
AVALIAÇÃO ótimo
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Excelente!!
É realmente sensacional. Vertigo é imperdível.
Janela Indiscreta é muito bom também - um outro tipo de tensão - mas é bem mais palatável.
Realmente, é um grande
Realmente, é um grande filme. Principalmente quando na primeira vez. O mistério da morena que aparece aos olhos do policial, o vulto da freira na torre do convento e a queda mortal...simplesmente fascinante, mas quando se ve pela segunda vez, terceira, quarta...vai se perdendo o mistério, a novidade, a confusão mental que se passa supostamente na cabeça da atriz e em quem assiste. Mas de qualquer forma, um grande filme.
Realmente, é um grande
Realmente, é um grande filme. Principalmente quando na primeira vez. O mistério da morena que aparece aos olhos do policial, o vulto da freira na torre do convento e a queda mortal...simplesmente fascinante, mas quando se ve pela segunda vez, terceira, quarta...vai se perdendo o mistério, a novidade, a confusão mental que se passa supostamente na cabeça da atriz e em quem assiste. Mas de qualquer forma, um grande filme.