O homem que amava os livros, por Homero Fonseca

A trajetória de Tarcísio Pereira, o incrível cara que, do Recife, pilotou a maior livraria do Brasil durante as décadas de 80 e 90

Tarcísio Pereira conversa com Dom Hélder Câmara, em evento na Livro 7, nos anos 1990. | Foto: acervo familiar

por Homero Fonseca*

Tarcísio Pereira foi um livreiro de primeira grandeza.

Em 1970, inaugurou uma biboca de 20m2 na Rua 7 de Setembro, no Recife, e deu-lhe o nome de Livro 7. Em apenas oito anos, ela se tornou a maior livraria do Brasil, atestada pelo Guiness, consecutivamente entre 1992-1996. Fechou em 1999, abatida pelas crises econômicas da época, pela decadência do centro da cidade onde se localizava, por haver encerrado o ciclo das livrarias pessoais, substituído pelo das grandes redes impessoais que agora vivem seu próprio declínio.

A Livro 7 foi, durante três décadas, uma instituição, um centro cultural difusor de todas as artes, para além da Literatura. Apoiou escritores e artistas iniciantes e trouxe nomes de relevo internacional, como Eugeny Evtuchenko, Eduardo Galeano e Sidney Sheldon.

Tarcísio, o Homem de Azul, morreu ano passado de covid.

A Cepe Editora acaba de lançar “Tarcísio Pereira – Todos os livros do mundo”, de autoria do locutor que vos fala.

Interessados podem adquirir o livro na sede da CEPE – Rua Coelho Leite, 530, Santo Amaro, Recife – ou pela internet: aqui.

Em breve, estará nas melhores casas do ramo.

*Homero Fonseca é pernambucano, escritor e jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco. Foi editor da revista Continente Multicultural, diretor de redação da Folha de Pernambuco, editor chefe do Diario de Pernambuco e repórter do Jornal do Commercio. Foi também professor de Teoria da Comunicação e recebeu menção honrosa no Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Atualmente, dedica-se à literatura e mantém um blog em que aborda assuntos culturais.

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Redação

1 Comentário

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  1. O liso aqui, leu alguns livros lá. Iniciou outros tantos e não deixava de ir aos sábados, pois além dos livros, tinha uma caipirinha, pra não variar… Grátis.
    Liso = Sem dinheiro, em pernambuquês.

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