Bolsonaro faz Brasil perder influência mundial, diz agência internacional

"O Brasil está perdendo rapidamente importância na política mundial", alertou agência. Bolsonaro derrubou soft power que sustentava o Brasil internacionalmente

Jornal GGN – “Com Bolsonaro, Brasil perde ainda mais influência mundial. (…) O país perde importância”, descreveu assim a agência de jornalismo internacional da Alemanha Deutsche Welle, em editorial publicado nesta semana [aqui].

Usando como exemplo a falta de credibilidade demonstrada pela ausência até mesmo de qualquer defensor conservador, representante político ou de negócios de alto nível dos EUA, ao presidente brasileiro na premiação como “Personalidade do Ano”, nos Estados Unidos, a agência alerta: “O Brasil está perdendo rapidamente importância na política mundial”.

Trata-se de diplomacia, de relações internacionais, que impactam não somente na figura de adesão ou respeito sobre um líder político, mas em outras camadas mais importantes como comércio exterior, mercado e até mesmo o turismo. “Soft Power” é o termo usado pelas Relações Internacionais sobre o poder de persuasão, influência e representatividade de um determinado país nas políticas de Estado e na cultural local dos demais países no mundo.

“O Brasil convencia seus parceiros de negócio com a credibilidade de seus diplomatas, com sua imagem positiva de uma cultura tropical multiétnica capaz de superar contrastes – entre negros e brancos, pobres e ricos, desenvolvidos e subdesenvolvidos. No debate climático e no comércio mundial, o Brasil alcançou surpreendentes êxitos diplomáticos porque seus diplomatas conseguiram forjar alianças – através dos continentes e entre países industrializados, emergentes e em desenvolvimento”, exemplificou o editorial.

“Com o declínio econômico, o poder de persuasão do Brasil perdeu ainda mais força: um soft power sem dinâmica econômica também não é convincente. Agora, a perda de imagem do Brasil se acelerou: o presidente Bolsonaro continua, na sua política interna e externa, a polarização que prometeu na campanha eleitoral – e por causa da qual muitos brasileiros votaram nele”, continuou.

A conclusão é que se a crise econômica no país começou a romper a sustentabilidade do soft power brasileiro, que detinha discurso durante o governo de Dilma Rousseff, mas não dinâmica econômica, agora a queda é acelerada. E não se trata de uma postura indireta, “sem querer” de Jair Bolsonaro.

Porque sua diplomacia trabalha justamente nessa polarização “amigo-inimigo” que terá o país, graças a uma bandeira pessoal defendida desde antes das eleições e que, inclusive, foi o que o fez conquistar eleitorado. Consequência: “nenhuma aliança global surpreendente pode mais ser forjada” e “os brasileiros terão que se conformar com o fato de que não mais serão, como no passado, recebidos em todos os lugares de braços abertos”, concluiu a Deutsche Welle.

 

Redação

3 Comentários

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  1. Enquanto isto Mourão vai treinando no seu clube social bancado pelo povo para não perder o jeito com a montaria. Afinal, assumindo a presidência é certo que os canais capachos de tv ressuscitarão programas para o final de domingo no estilo “a semana do presidente” quando o Silvio Santos mostrava como João Figueiredo prezava mais os cavalos que as pessoas.
    Brincadeiras à parte, a matéria do estadão mostra que no confuso momento do país o que povoa a cabeça dos próximos governantes é que a nutella na acabe.

    https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,o-treino-dos-generais-de-bolsonaro-antes-da-politica,70002834602

  2. a força do nosso soft power talvez ainda
    esteja depositada na
    oposição que resiste a esse infame caos
    programado por essa direita abominásvel…
    na época da ditadura, a músaica e a arte
    ajudaram sobremaneira
    a derrotar a ditadura, por exemplo….

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