do Observatório do Terceiro Setor
Coletiva de Estudos para pessoas trans e travestis será lançada na Paraíba
Da Redação
O índice de violações de direitos humanos contra a população trans e travesti aumentou no Brasil. De acordo com o Atlas da Violência 2023, os casos de violência física cresceram mais de 9% e de violência psicológica 20,4%. O país, pelo 14º ano consecutivo, foi classificado como o que mais mata pessoas trans.
Em busca de mudar este cenário e garantir que trans e travestis tenham seus direitos garantidos, será fundada a Coletiva de Estudos Transfeministas e Queer da Paraíba (CERTRANS-PB), equipamento responsável pela luta por educação, cultura e direitos humanos para essa população no Estado.
Para a idealizadora e fundadora da iniciativa, Clarisse Mack, quando essas pessoas escolhem uma união como a Coletiva de Estudos, podem unir forças em prol da construção de uma sociedade mais justa, plural e sem discriminação. “A CERTRANS tem esse sentido: ser um lugar seguro e de acolhimento, mas também um mecanismo de luta por direitos. E para isso pretende conceder o protagonismo a essas pessoas, que agora poderão exercer seu papel de cidadania na construção desse ideal de sociedade”.
A Coletiva de Estudos possui três principais objetivos: mapear as condições educacionais das pessoas trans, travestis e não bináries para fornecer cursos profissionalizantes e garantir o acesso e a permanência em todos os níveis de ensino; valorizar a produção cultural deste público; e, por meio de pesquisas, elaborar mecanismos para combater as violações de direitos humanos contra os grupos.
“Acredito que temos um cenário onde as pessoas trans, travestis e não bináries são entregues a uma realidade de morte. A morte simbólica, a morte educacional, a morte do direito à saúde, a morte como política. Desse modo, viver a vida no Brasil sendo uma pessoa travesti, trans ou não binárie é ser resistente e potente, não há outra escolha”.
O lançamento da Coletiva de Estudos Transfeministas e Queer da Paraíba acontecerá no dia 18 de dezembro, das 11h às 12h30, na Sala do Conselho Superior da Defensoria Pública da Paraíba.
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