Israel ataca cortejo fúnebre da jornalista da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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A jornalista da Al Jazeera foi morta a tiros por forças israelenses enquanto cobria um ataque na Cisjordânia ocupada.

A polícia israelense atacou o cortejo fúnebre da jornalista Shireen Abu Akleh, que foi morta a tiros pelas forças israelenses. No cortejo, milhares se reuniram em Jerusalém Oriental ocupada para o funeral da jornalista da Al Jazeera.

Os ataques ao cortejo fúnebre chocaram o mundo, e tanto as Nações Unidas quanto os Estados Unidos descreveram as cenas como ‘profundamente perturbadoras’, mesmo com EUA não condenando explicitamente Israel pela violência.

A jornalista da Al Jazeera foi morta a tiros por forças israelenses enquanto cobria um ataque na Cisjordânia ocupada.

Quando o corpo da jornalista deixou o Hospital St Joseph, a polícia israelense atacou o cortejo fúnebre, quase fazendo com que os que carregavam o caixão o deixasse cair. As forças israelenses apreenderam as bandeiras palestinas e depois quebraram a janela do carro funerário que transportava o corpo de Abu Akleh e removeram uma bandeira palestina.

O Crescente Vermelho de Jerusalém disse que 33 pessoas ficaram feridas nos ataques e seis foram hospitalizadas. Autoridades israelenses disseram que seis pessoas foram presas depois que os enlutados jogaram ‘pedras e garrafas de vidro’.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar “profundamente perturbado” com a violência, segundo um porta-voz.

A União Europeia disse estar “chocada com a violência no complexo do Hospital St Joseph e o nível de força desnecessária exercida pela polícia israelense durante o cortejo fúnebre”.

O secretário de Estado Antony Blinken disse que os EUA estavam “profundamente preocupados ao ver as imagens da polícia israelense invadindo o cortejo fúnebre… Toda família merece poder colocar seus entes queridos para descansar de maneira digna e desimpedida”.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, também chamou as imagens de “profundamente perturbadoras”. Ela disse que o foco deveria ter sido “marcar a memória de uma notável jornalista que perdeu a vida”. “Lamentamos a intrusão no que deveria ter sido uma procissão pacífica”, acrescentou.

Mas quando o presidente dos EUA, Joe Biden, mais tarde foi questionado por repórteres se ele condenava explicitamente as ações israelenses no funeral, ele disse: “Não conheço todos os detalhes, mas sei que isso precisa ser investigado”.

A Al Jazeera disse em comunicado que o ataque da polícia israelense ao cortejo fúnebre “viola todas as normas e direitos internacionais”.

“A Al Jazeera Media Network denuncia essa violência nos termos mais fortes e considera o governo israelense totalmente responsável pela segurança de todos os enlutados e da família de nosso colega Shireen”.

A Al Jazeera também disse que “tal violência não a impedirá de relatar a verdade”.

A ONU, a UE e a ONU apoiaram os pedidos de uma investigação completa sobre o assassinato de Abu Akleh.

A Autoridade Palestina rejeitou os pedidos israelenses de uma investigação conjunta, chamando Israel de “autoridade ocupante”.

Com informações da Al Jazeera.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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