“Não estragou minha páscoa”, diz presidente do Superior Tribunal Militar sobre áudios de tortura

"Não temos resposta nenhuma para dar, simplesmente ignoramos uma notícia tendeciosa daquela", disse presidente do STM

Foto: STM/Divulgação

O presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Luis Carlos Gomes Mattos, afirmou que a divulgação dos áudios que detalham torturas na ditadura “não estragou” a sua “Páscoa”, disse não ter “resposta nenhuma para dar” e que ignora “uma notícia tendenciosa”.

As declarações foram feitas nesta terça (19), primeira sessão do STM após a divulgação dos áudios, publicados no domingo (17) por Miriam Leitão, com a descrição de torturas cometidas por policiais durante a ditadura no país, entre elas marteladas e choques em vagina de grávida, que gerou aborto.

Mas, para o presidente do STM, “garanto que [a revelação] não estragou a Páscoa de ninguém, a minha não estragou” e “não temos resposta nenhuma para dar, simplesmente ignoramos uma notícia tendeciosa daquela, que nós sabemos o motivo”.

“A gente já sabe os motivos, do por que isso vem acontecendo nesses últimos dias, seguidamente, por várias direções, querendo atingir as Forças Armadas, o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, nós que somos quem cuida da disciplina, da hierarqruia. Não temos resposta nenhuma para dar, simplesmente ignoramos uma notícia tendeciosa daquela, que nós sabemos o motivo”, afirmou.

Os áudios são de sessões secretas e abertas do STM, entre 1975 e 1985, nos quais os ministros miltiares e civis comentavam casos de torturas na ditadura, compilados pelo historiador e pesquisador Carlos Fico, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Redação

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador