Uma análise do mercado automobilístico em 2021 não permite muito otimismo em relação ao seu desempenho futuro.
O Licenciamento de Automóveis em janeiro foi de 82.350, o menor valor pelo menos desde janeiro de 2003. Do mesmo modo, produziram-se 112.323 veículos, a menor produção do período.
No acumulado de 12 meses, o quadro não é muito melhor.
No caso dos Autoveículos (a soma de todos os veículos), o licenciamento total foi 1,92% maior do que janeiro de 2021; as exportações aumentaram 14,68%, e a produção total aumentou 8,43%, mesmo com a queda de janeiro..
No segmento específico dos Automóveis, houve aumento de 3,74% na produção, em relação a janeiro de 2021, mas queda de 32% em relação a janeiro de 2020.
Comerciais leves tiveram desempenho um pouco melhor, com crescimento em relação a 2021, de 20,8% no licenciamento, 5,04% nas exportações e14,1% na produção.
Finalmente, o segmento de caminhões teve o melhor desempenho, certamente puxado pelo boom das commodities. Em relação a 2020, houve aumento de 44,39% no licenciamento, de 64,07% das exportações e de 72,26% na produção.
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Em 2013 a produção de veículos,entre automóveis,comerciais leves,ônibus e caminhões foi 3,71 milhões,contra os 2,07 milhões produzidos em 2021,segundo a ANFAVEA.
É essa a comparação que deve ser feita. Não podemos e não devemos aceitar comparações que não levem em consideração esse período antes do golpe.
Esse não pode ser o novo normal da economia brasileira. É fácil entender que o poder de compra da população derreteu. Nesse caso específico,quase 45%.
É uma das engrenagens da economia que girou para trás,assim com várias outras. é preciso fazer essa roda girar para frente novamente e,para isso,é fundamental recuperar o poder de compra da população.
Sem distribuição de renda não há crescimento possível.