Ajuste de perspectiva não afetou confiança, diz Tesouro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A decisão da agência de classificação de risco Moody’s, de rebaixar a perspectiva da nota de títulos do Brasil não afetou a confiança dos estrangeiros, disse o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, ressaltando que a demanda pelos papéis brasileiros, por investidores internacionais, está em alta, apesar de ter passado por momentos de volatilidade nas últimas semanas.

Segundo informações da Agência Brasil, Garrido disse que a prova de que os aplicadores estrangeiros continuam apostando no país foi a emissão de títulos da dívida externa no início do mês. Na ocasião, o Brasil conseguiu captar US$ 1 bilhão por meio de papéis com vencimento em 2025, com juros de 3,88% ao ano. O coordenador informou que a demanda de estrangeiros por títulos públicos brasileiros levou o órgão a fazer nova operação no exterior, pouco mais de um mês depois de ter captado US$ 3,5 bilhões, no fim de julho.

“A demanda [de papéis brasileiros por investidores internacionais] continuou expressiva em agosto. No começo de setembro, o Tesouro Nacional recebia bastante proposta de emissão. Julgamos que as taxas eram adequadas e demonstravam confiança do mercado nos fundamentos da economia brasileira. Então fizemos a reabertura do Global 2025 [título externo com vencimento em 2025], que foi bem-sucedida”, declarou Garrido.

Em relação à dívida interna, que engloba os papéis emitidos pelo Tesouro Nacional, negociados no país, o coordenador destacou que houve grande volatilidade nas taxas dos títulos ao longo dos últimos dois meses. Em agosto, os juros dos papéis caíram, o que levou alguns aplicadores estrangeiros a vender títulos. As taxas, no entanto, voltaram a subir este mês, o que provocou retorno dos investidores externos. “Agora, não temos relatos de movimentos expressivos de estrangeiros em setembro. Nem de saída [em que eles se desfazem de títulos públicos], nem de entrada [em que compram os papéis brasileiros]”, explicou Garrido.

Em agosto, a participação dos investidores estrangeiros na dívida interna atingiu 18,8%, repetindo o recorde registrado em abril. Em valores absolutos, os aplicadores internacionais detêm R$ 390,16 bilhões em papéis do Tesouro Nacional destinados ao mercado interno.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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