A avaliação dos eleitores sobre as críticas de Lula à política do Banco Central, segundo a Quaest

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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66% concordam com o presidente em relação à política do BC. Opinião positiva sobre as declarações do petista ocorreu até entre bolsonaristas

Presidente Lula. | Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em meio aos alardes da grande mídia sobre as divergências entre o governo federal e o Banco Central (BC), a maioria dos eleitores brasileiros se mostram à favor das críticas feitas pelo presidente Lula (PT) contra a instituição monetária, de acordo a nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10). 

Grande parte dos entrevistados, 66%, responderam que concordam com as afirmações de Lula contra a política do BC, que manteve a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, em 10,5%. Apenas 23% discordam e 11% não sabem ou não responderam. 

Chama atenção, que as falas de Lula foram aprovadas tanto entre seus apoiadores quanto em relação aos eleitores de Jair Bolsonaro (PL), que elegeu o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. 

Sobre a alta do dólar americano, relaciona pelos jornalões as falas de Lula, 53% vão contra a tese de que essa tenha sido a principal razão da subida. Já 34% responsabilizam o presidente pela escalada da moeda norte-americana e 13% não sabem ou não responderam.

Ao todo, 90% dos entrevistados também são favoráveis às declarações recentes do presidente de que os salários deveriam subir acima da inflação. Para 87%, os juros no Brasil são realmente muito altos e 84% concordam que as carnes consumidas pelos mais pobres deveriam ser isentas de impostos.

Conforme noticiado pelo GGN, o presidente alcançou o maior índice de aprovação desde fevereiro, com apoio de 54% dos eleitores. Também subiu a avaliação geral do governo, que chegou a 36%. 

A nova rodada da pesquisa Quaest, feita nos dias 5 e 8 de julho, ouviu 2 mil eleitores, com 16 anos ou mais, de forma presencial, em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

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3 Comentários

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  1. É uma pena que hoje o brasil só conte com os youtubers de esquerda para defenderem as virtudes do governo, e – pontualmente – alguns jornalistas de relevância como LUIZ NASSIF e alguns outros renomados, que são nacionalistas e profissionais com compromisso com o brasil e nao com bandeira partidária,´para contrapor as mentiras veiculadas pela mídia corporativista; é nítido que no brasil a imprensa majoritária torce para dar errado; basta ver a postura dela diante do embate de lula com Campos Neto, hoje desmascarado, que fez o dólar se assanhar, mas está tendo dificuldades; mesmo diante do pior congresso da historia, e do viralatismo e do bolsonarismo velado dessa midia anti-nacional, a meu ver, a economia está dando certo. A imprensa majoritaria é de direita e é raiz, mas há uma luz no fim do tunel; aos poucos o povo está se vacinando contra as fake news e vem entendendo como funciona o jogo de manipulação dos jornalões, mas LULA precisa tá batendo e abrindo a boca, a todo momento. eles querem um LULA fraco, oscilante, vacilante e tenue, asfixiado, mas- por ora- tem dado com os burros nàgua. Pior agora que o mentor da direita foi apanhado com as calças nas mãos

  2. Vendo sofismas, vendo sofismas, na minha mão é mais barato, e moça bonita não paga, mas também não leva…

    Uai, 66% dos eleitores concordam com as críticas do Lula a respeito do BC e dos juros…

    Eu iria além, 89% são contra a violência contra as mulheres, 72% contra o racismo, e por aí vamos…

    Mas continuamos a matar mulheres em escala industrial, e a tratar os negros de forma bem pior à escravidão.

    Pelo menos tinham comida e casa de graça, eram tratados como coisas, e coisas valiam dinheiro e hoje são tratados como nada, invisíveis e descartáveis.

    Pois bem, é isso de que se trata.

    Lula quer colocar essa aprovação como vitória, mas os juros continuarão onde estão, e ele onde está…

    E pior, nós também.

  3. O Banco Central não tem nenhuma relação com as políticas dos governos. O que se coloca é justamente o desempenho que tem tido a autoridade monetária no que é de sua responsabilidade e não somente no quesito juros. O Brasil é um País que não consegue atender as expectativas sobre o que se espera do País. De País do futuro como foi declarado por causa do seu potencial alto e outros momentos de bons auspícios e elevadas perspectivas, o Brasil tem deixado a desejar. Superar esse dilema sobre crescimento versus inflação é uma tarefa que precisa ser vencida. Outros fizeram, o País também precisa fazer. Ninguém vai ficar contra o fato de que os juros são elevados. De uma ponta à outra os juros são altos. E isso é refletido na dificuldade do País em crescer economicamente em todas as frentes. Os salários assim como os lucros, são a premiação para o esforço de patrões e trabalhadores. O resultado que traduz o crescimento do País é em certa medida dado pelo que apresentam os agentes econômicos no que refere isso. É necessário buscar soluções.

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