Confiança de serviços volta a ganhar força

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Sinais de melhora ganham força ao fim do primeiro semestre

Jornal GGN – O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,9 ponto entre maio e junho, ao passar de 70,5 para 72,4 pontos, de acordo com pesquisa elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Após a quarta alta consecutiva, o índice atinge o maior nível desde junho do ano passado. Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice avançou 1,2 ponto em junho,  a maior alta desde março de 2010.

Nove das 13 atividades pesquisadas registraram alta da confiança ao longo do período de análise. De acordo com os dados divulgados, a evolução do índice geral foi determinada pela combinação de altas no índice que mede o pulso do setor em relação ao momento atual e no que capta as expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 1 ponto, para 67,5, e o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 3 pontos, alcançando 78 pontos. Com isso, o IE-S abriu uma distância recorde de 10,5 pontos em relação ao ISA-S e apresentou a primeira variação interanual positiva (2,9 pontos) desde novembro de 2012.

A alta de 2 pontos do indicador de Volume de Demanda Atual devolveu a queda de igual proporção no mês anterior e foi a maior contribuição para a saída do ISA-S do seu mínimo histórico. Pela ótica das expectativas (IE-S), houve alta em seus dois componentes, com destaque para o Indicador de Evolução dos Negócios durante os seis meses seguintes, que avançou 4,5 pontos, após subir 3,6 pontos no mês anterior.

“Ao final do primeiro semestre, ampliam-se os sinais de melhora na curva de confiança do setor de serviços, ainda que o patamar médio dos indicadores continue muito baixo em termos históricos. A melhora tem sido sustentada pela redução do pessimismo em relação aos meses seguintes e tem um perfil disseminado entre os diversos segmentos pesquisados, incluindo uma sinalização de arrefecimento no ritmo de cortes previstos para o quadro de trabalhadores”, avalia Silvio Sales, consultor do FGV/IBRE.

Com o resultado de junho, o indicador que prevê a Evolução do Pessoal Ocupado (PO) nos três meses seguintes registra, no segundo trimestre, a primeira alta em relação ao trimestre anterior desde o primeiro trimestre de 2012: 1,8 ponto, ao subir para 83,3 pontos. Este movimento é determinado pela migração de empresas que anteriormente previam diminuição de PO nos três meses seguintes, e agora preveem estabilidade. “A moderação no ritmo de cortes de postos de trabalho num setor responsável por aproximadamente 60% da população ocupada pode vir a atenuar o quadro desfavorável do mercado de trabalho nos próximos meses”, analisa Sales.

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