Coronavírus pode gerar queda de 0,3 ponto percentual no PIB brasileiro

Bolsa brasileira despencou 7% e o dólar fechou em novo recorde de 4,44, nesta quarta. Ações da Vale e Petrobras também tiveram baixa de 10% e 9,5%, respectivamente

Jornal GGN – O impacto do coronavírus na economia brasileira pode reduzir em até 0,3 ponto percentual no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020, o que impedirá o crescimento estimado de 2,2% pelo Boletim Focus.

A avaliação é de economistas consultados por reportagem de O Globo e é otimista, ao considerar que o efeito negativo da epidemia ficaria restrito a somente o primeiro trimestre do ano. Caso seja prolongado, pode afetar ainda mais no desempenho.

A consultoria Tendências calcula que o PIB brasileiro deve reduzir de 0,15 a 0,3 ponto percentual. “Estimamos que o primeiro trimestre será afetado, mas ainda existe o risco de que o segundo também seja e até mesmo o ano todo. Por enquanto é difícil mensurar”, disse o economista da consultoria, Silvio Campos Neto.

É o que já vem mostrando não somente as bolsas internacionais, como a brasileira, que na quarta-feira (26), despencou 7% e o dólar fechou em novo recorde de 4,44. As ações da Vale e Petrobras também tiveram baixa de 10% e 9,5%, respectivamente.

Mas o caso brasileiro não é isolado. Nesta quinta (27), as principais bolsas europeias abriram em queda de 1,5% e 2%, no sexto dia de baixas acentuadas, após o coronavírus chega à Itália.

Por outro lado, na China, aonde o coronavírus teve início, as bolsas subiram, e a expectativa é que a economia deve crescer 5,5%, ainda que abaixo dos 5,8% previstos. Os vizinhos Japão e Coreia do Sul tiveram queda nas bolsas, com 2,1% e 1,8%, respectivamente. E se o Brasil deve ter uma queda de até 0,3% no PIB, o PIB mundial deve ser afetado em 0,1 ponto percentual.

Por parte do governo, apesar de a equipe de Jair Bolsonaro ainda não fazer frente a posicionamentos mais objetivos, o secretário de Política Econômica da pasta de Paulo Guedes, Adolfo Sachsida, admitiu ao Globo que o coronavírus deve afetar o crescimento do país. Mas publicamente manteve a projeção de alta de 2,4% do PIB.

 

Redação

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