Economia

Indústria termina julho em patamar abaixo do visto pré-pandemia

Jornal GGN – A produção industrial apresentou queda de 1,3% na passagem de junho para julho, após retração de 0,2% no mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com isso, a produção industrial ficou 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. O setor também acumula perda de 1,5% em dois meses, após o avanço de 1,2% visto em maio. No ano, a indústria acumula alta de 11% e, em doze meses, de 7%.

Frente ao mesmo mês de 2020, a indústria cresceu 1,2%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 26 ramos, 46 dos 79 grupos e 54,4% dos 805 produtos pesquisados. Vale citar que julho de 2021 teve um dia útil a menos do que julho de 2020 (22 contra 23).

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O recuo de julho de 2021 alcançou duas das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 26 ramos pesquisados. “Em linhas gerais, o comportamento de julho não difere muito do que a gente vem observando ao longo desse ano, já que dos sete meses, em cinco houve queda”, explica André Macedo, gerente da pesquisa, ressaltando que esse resultado permanece relacionado aos efeitos da pandemia da Covid-19.

Segundo o IBGE, uma das influências negativas mais importantes da produção industrial de julho foi do setor de bebidas, que caiu 10,2%, interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas, quando acumulou alta de 11,7%. Outro setor que pressionou o resultado foi de produtos alimentícios, com queda de 1,8%, a segunda seguida, acumulando perda de 3,8%.

Outras contribuições negativas foram registradas nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%), de máquinas e equipamentos (-4,0%), de outros equipamentos de transporte (-15,6%) e de indústrias extrativas (-1,2%). Entre as sete atividades com crescimento na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,8%) exerceu o principal impacto positivo, com o terceiro mês seguido de avanço e acumulando, nesse período, 10,2% de aumento.

Entre as grandes categorias econômicas, houve quedas em bens de consumo duráveis (-2,7%) e bens intermediários (-0,6%), com a primeira marcando o sétimo mês seguido de queda e acumulando nesse período (perda de 23,4%) e a segunda recuando 3,2%, no quarto mês consecutivo de queda. Os setores de bens de capital (0,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) tiveram resultados positivos, com o primeiro marcando a quarta expansão seguida (total de 5,9% no período) e o segundo devolvendo pequena parte do recuo de 1,7% em junho.

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