Jornal GGN – A inflação brasileira continua a avançar em ritmo galopante, com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechando outubro em 1,25%, a maior taxa para o mês desde 2002 (1,31%).
A variação no mês elevou o total visto no ano para 8,24%. Já a inflação acumulada nos últimos 12 meses se aproxima dos 11%, ficando em 10,67%. Em outubro de 2021, a variação mensal foi de 0,86%.
Os preços de todos os produtos e serviços pesquisados subiram no período, mas o destaque ficou com o grupo Transportes, que atingiu 2,62% por conta do sucessivo aumento dos combustíveis – que chegou a 3,21% no mês de outubro.
Disparada dos combustíveis
Segundo o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, o grupo Transportes apresentou tanto a maior variação como o maior impacto (0,55 ponto percentual) no índice do mês.
Apenas o preço da gasolina subiu 3,10% no mês, sendo o principal fator de impacto na taxa mensal. O combustível subiu pelo sexto mês consecutivo, e já acumula 38,29% de variação no ano e 42,72% nos últimos 12 meses.
“A alta da gasolina está relacionada aos reajustes sucessivos que têm sido aplicados no preço do combustível, nas refinarias, pela Petrobras”, explica.
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Outros reajustes
Além dos reajustes da gasolina, também houve aumento nos preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%), do gás veicular (0,84%) e até mesmo das passagens aéreas (33,86%).
“A depreciação cambial e a alta dos preços dos combustíveis, em particular do querosene de aviação, têm contribuído com o aumento das passagens aéreas (…) Como a oferta ainda não se ajustou à demanda, isso também pode estar contribuindo com a alta dos preços”, explica Kislanov.
Outro destaque foi a aceleração dos preços do transporte por aplicativo (19,85%), que já haviam subido 9,18% em setembro.
Os automóveis novos (1,77%) e usados (1,13%) também seguem em alta e acumulam, em 12 meses, variações de 12,77% e 14,71%, respectivamente.
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