Mais de 14 milhões de pessoas seguem sem trabalho no Brasil

Taxa de desocupação atinge 14,1% no segundo trimestre, segundo dados do IBGE; trabalho por conta própria atinge níveis recordes

Agência Brasil

Jornal GGN – Embora a taxa de desemprego no Brasil tenha desacelerado 0,6 ponto percentual ante o primeiro trimestre, chegando a 14,1% no segundo trimestre, cerca de 14,4 milhões de pessoas seguem sem trabalho no país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O crescimento da ocupação ocorreu em várias formas de trabalho. Até então vínhamos observando aumentos no trabalho por conta própria e no emprego sem carteira assinada, mas pouca movimentação do emprego com carteira. No segundo trimestre, porém, houve um movimento positivo, com crescimento de 618 mil pessoas a mais no contingente de empregados com carteira”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

De acordo com a pesquisa, o total de pessoas ocupadas subiu 2,5% no trimestre, chegando a um total de 87,8 milhões de pessoas (ou 2,1 milhões de pessoas a mais ingressando na força de trabalho ativa). Desta forma, o nível de ocupação subiu 1,2 ponto percentual para 49,6% – ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar encontra-se ocupada.

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Um dos destaques foi o avanço do trabalho por conta própria: 24,8 milhões de pessoas se encontram ativas sem formalização, um crescimento de 4,2% na comparação com o trimestre anterior. Em um ano, o contingente avançou 3,2 milhões, alta de 14,7%. De acordo com o IBGE, 52,2% da alta da ocupação na comparação mensal e 62,7% dessa alta na comparação anual vieram do aumento dos conta própria sem CNPJ.

Já o número de empregados com carteira assinada no setor privado avançou 2,1%, chegando a 30,2 milhões no segundo trimestre do ano, frente ao anterior. A estabilidade vista na comparação com o mesmo trimestre do ano passado interrompeu quatro trimestres sucessivos de quedas.

A ocupação também avançou no segundo trimestre, com alta de 3,4% no número de empregados no setor privado sem carteira (ou 10 milhões de pessoas) na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, esse contingente subiu 16% – ou 1,4 milhão de pessoas.

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