A agência de classificação de riscos Moody´s mudou para positiva a perspectiva do rating do Brasil, que atualmente está em Ba2, na primeira movimentação da Moody’s desde 2018, quando houve a mudança de perspectiva de negativa para estável.
Em nota, a agência afirma que a mudança tem como base a avaliação “de que um crescimento mais forte combinado com um progresso contínuo, embora gradual, em direção à consolidação fiscal, pode permitir que o peso da dívida do Brasil se estabilize.
“A afirmação do rating Ba2 está baseada na força fiscal ainda relativamente fraca do Brasil, dado o nível elevado de endividamento do país e sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros”, destacou a agência.
Contudo, a Moody’s destaca que a dependência do Brasil de contratação de dívida em moeda local e em um mercado financeiro interno profundo mitiga os riscos de financiamento.
“O rating Ba2 também leva em consideração os pontos fortes de crédito subjacentes do soberano, que
incluem uma economia grande e diversificada, instituições e governança moderadamente fortes e uma posição externa sólida”, reafirma a agência de classificação de riscos.
Perspectivas
Em nota, o Ministério da Fazenda diz que “reafirma o compromisso do país com uma trajetória sustentável para as contas públicas, combinando esforços para melhorar a arrecadação e para conter a dinâmica das despesas”.
“O melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, pontua a pasta comandada por Fernando Haddad.
Segundo a Moody’s, o rating soberano do Brasil pode ser elevado se o governo for bem-sucedido em apresentar uma melhora constante do resultado primário e dos déficits fiscais, o que aumentaria a credibilidade da política fiscal.
“Isso indicaria a capacidade do governo de manter as metas estabelecidas, reforçaria as perspectivas favoráveis para a trajetória fiscal do Brasil e apoiaria a redução do prêmio de risco soberano, o que reduziria, por sua vez, os custos de empréstimos para o governo”, afirma a agência.
Caso a mudança da nota de crédito se confirme, o Brasil ficará a um passo de retornar ao chamado grau de investimento, uma espécie de ‘selo’ que aponta que o país não tem a possibilidade de dar algum calote na dívida pública.
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