Para entender o balanço da Petrobras

O 57o Fórum de Debates Brasilianas, sobre as perspectivas do pré-sal, permitiram elucidar um dos nós dos problemas da Petrobras com as agências de rating.

Há dois modelos de exploração de petróleo: a concessão e a partilha.

Na concessão, faz-se o leilão pelo maior lance. Quem vence dá um lance pelas reservas e, depois, paga royalties sobre a produção. Como “comprou” a concessão, a reserva medida entra como ativo da empresa. Na partilha, em geral, paga-se em petróleo pela exploração do campo. Mas a reserva não é considerada ativo. Ou seja, entra no fluxo de resultados da companhia, na medida em que seja retirado, mas não como ativo.

Trata-se de uma mera questão contábil.

***

Imagine duas empresas do mesmo tamanho, aplicando a mesma quantidade de recursos na exploração de dois campos, um pelo regime de partilha, outro pelo regime de concessão.

O esforço exploratório é o mesmo, assim como o capital investido e a receita de exploração.

No entanto, contabilmente no sistema de concessão a alavancagem – relação endividamento / patrimônio líquido será mais favorável à empresa que explora pelo regime de concessão.

Ora, a análise de risco visa orientar o investidor sobre a maior ou menos solidez das companhias. Não pode se prender a filigranas contábeis.

No caso da concessão, o ativo é calculado multiplicando-se as reservas medidas pela cotação do petróleo. No caso da partilha, teria que se estimar o fluxo futuro de produção do campo a uma determinada taxa de desconto.

De qualquer modo, seria um caso típico de medir situações similares com métricas diferentes. Se os campos da Petrobras fossem contabilizados como ativo, o balanço passaria em qualquer teste de alavancagem com louvor.

***

Houve outras discussões sobre os critérios utilizados na avaliação da empresa.

PhD da área de petróleo e gás, assessor legislativo, ex-engenheiro da Petrobras, Paulo César Ribeiro Lima questionou a metodologia de reavaliação dos ativos da empresa – o chamado teste de impairment – efetuado no final da gestão Graça Foster.

Esse teste consiste em analisar o fluxo estimado de resultados de uma empresa – quando existem mudanças fortes no cenário – e lançar os resultados no balanço. Ou seja, se os ativos físicos da empresa estão contabilizados por, digamos, 100 e o teste o impairment avalia o resultado do fluxo em 40, a diferença tem que ser abatida no patrimônio líquido registrado em balanço. Foi o que fez com que a Abreu de Lima significasse uma baixa enorme no balanço da Petrobras.

O que Ribeiro Lima questiona é que avaliou-se a refinaria isoladamente e não na forma integrada com outras áreas da empresa. Com a Petrobras, Abreu e Lima se beneficia da terminais, dutos, transporte marítimo e toda a estrutura integrada. Em mãos de terceiros, não terá a mesma sinergia.

Essa integração garante a produção de diesel a 60 centavos de dólar o litro, contra um preço internacional de 1,35.

***

O pano de fundo do seminário, porém, foi a demora em se solucionar a questão da Sete Brasil – a empresa formada para adquirir sondas.

Se não houver solução rápida, poderá levar de roldão toda a cadeia naval e seus fornecedores.

https://www.youtube.com/watch?v=KWh0u6YWc7E width:700

Luis Nassif

49 Comentários

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  1. Ok.
    Então depreende-se que as análises de rating são feitas por estudantes do segundo período de contabilidade, que ainda se prendem a indicadores descontextualizados para avaliar uma empresa.

    A piora dos fundamentos econômico-financeiros da Petrobras vai muito além disso, e isso já foi apontado até mesmo aqui nesse blog.

    E o problema do modelo de partilha nem é esse, é a patriotada bocó que obriga a Petrobras a investir em todos os campos.

    Qualquer análise de rating atual dá mais ênfase na capacidade de geração de caixa do que em indicadores patrimoniais. E é aí que o modelo atual ferra a Petrobras, ao obriga-la a investir independente do retorno esperado do investimento.

    1. Exatamente.
      Tem muita gente

      Exatamente.

      Tem muita gente entrando nessa conversa de avaliação de ativos, coisa totalmente subjetiva.

      Estão entrando em minúcias contábeis que pouco importam.

      Vejamos:

      Certo, se se contabilizar a maior o ativo, a relação Patrmonio/dívida, ficará melhor, tudo bem, concordo. Mas na prática, muda muito pouco visto que o que importa é a capacidade de pagamento da dívida, que é função do fluxo de caixa positivo, pouco importando a forma de avaliação do ativo. Ou seja, não é porque se avaliou um ativo por 2X ao inves de se avaliar por X, que vai melhorar o fluxo de caixa da empresa.

      O fluxo de caixa é função das receitas e lucros atuais, muito ligado a venda de derivados.

      Se o Governo quisesse ajudar, teria que determinar uma rentabilidade mínima para essa operação da empresa.

      Sem contar na perda de credibilidade. Ora, o Govermo impos a empresa, durante 3 anos, perdas com a operação de derivaos, isso só foi revertido com a baixa do petroleo. Agora, com a alta do dólar, isso já periga novamente a voltar o prejuzo na operação. Como ter confiabilidade em uma empresa assim ? É muito dificil. Se o Governo não sinalizar bandeiras de reajuste como no setor elétrico, fica muito dificil.

      E o pessoal discutindo contabilização de reservas. Ta bom.

       

      1. Também impôs perda no setor
        Também impôs perda no setor de energia… Porque o Brasil estava quebrado e sob controle do FMI.
        Agora é que vão vender tudo…Vão ter que demitir muita gente.

  2. Resumindo, a mudança do marco

    Resumindo, a mudança do marco regulatório de concessão para partilha foi um tiro no pé da Petrobrás!!!!!

  3. Conceção e Pastilha.

    Nassif, acho que a petrobrás anteriormente firmava contratos de cocessões com as Empresas e que na pratica, não de direito, como se fosse uma privatização branca. E que a criação do Pré-Sal em sistema de pastilha com Empresas privadas mantém o poder absoluto desta riquesa em nossas mãos. Pena que poucos brasileiros perceberam ou ignoram ou querem ignorar.

    1. E os royalties

      Se em ambos os modelos pagam-se royalties, porque razão a Petrobras foi obrigada a entrar como sócia em todos os poços?

      O petróleo é do Brasil, quem explora paga pela exploração, o problema é ter um investimento altíssimo, criação de novas tecnologias e ficar com atividades dispersas em todos os poços, é um investimento de alto risco e colocaram todos os ovos na mesma cesta.

      Não existem empresas capazes no mundo ? Qual a real razão para este modelo ?

       

    2. E os royalties

      Se em ambos os modelos pagam-se royalties, porque razão a Petrobras foi obrigada a entrar como sócia em todos os poços?

      O petróleo é do Brasil, quem explora paga pela exploração, o problema é ter um investimento altíssimo, criação de novas tecnologias e ficar com atividades dispersas em todos os poços, é um investimento de alto risco e colocaram todos os ovos na mesma cesta.

      Não existem empresas capazes no mundo ? Qual a real razão para este modelo ?

       

  4. Bom, então parece que é só

    Bom, então parece que é só publicar o balanço – aliás, obrigação de qualquer SA que se paute pela lei.

    Mas,… cadê o balanço, então? E o respeito aos fundos de pensão de trabalhadores que apostaram na tal “Empresa do Povo Brasileiro”? É certo fazer isso com quem apostou os frutos de uma vida inteira de trabalho?

    Em nome de quê, meu Deus, estão fazendo isso? Não, não se trata de um simples ajuste.

    Graça Foster e Sergio Gabrielli hão de comer quentinha na Papuda.

  5. Os problemas da Petrobras são

    Os problemas da Petrobras são basicamente 3:

    – A perda de credibilidade devido ao Governo ter segurados os preços de derivados por cerca de 3 anos. Agora, recentemente, liberou os preços, mas o dolar alto compromete novamente o caixa da empresa nessas operações. É preciso que o Governo, assim como parece estar fazendo no setor elétrico, garante uma rentabilidade mínima para a empresa no segmento de derivados. Se o dólar subir mais, o Governo tem que autorizar  novos reajustes nos combustíveis.

    – Problemas em decorrencia da espetacularização da operação lava jato que visa quebrar toda a industria naval brasileira e também de contrução de infra estrutura. É preciso agir para salvar essa empresa Sete Brasil, crucial para a continuidade das operações da Petrobras.

    – O valor baixao do petréleio no mercado internacional. Ai é uma questão conjuntural alheia, não há o que possa ser feito.

    De qualquer forma, há dois fatores aonde o Governo tem obrigação de atuar para não deteriorar ainda mais a situação da empresa.

    Como eu disse em comentários passados, avaliação de ativos é sempre matéria subjetiva, não adianta ficar se discutindo esse tipo de coisa sem retomar a credibilidade da empresa.

  6. balanço contábil da BR

    Perfeito. Uma empresa com as reservas do pré-sal e o mercado de SP e RJ na porta não tem como falir, a não ser, claro, que seja roubada. Isso independente do preço internacional do petroleo. A maior parte será usada por aqui mesmo…

  7. balanço contábil da BR

    Perfeito. Uma empresa com as reservas do pré-sal e o mercado de SP e RJ na porta não tem como falir, a não ser, claro, que seja roubada. Isso independente do preço internacional do petroleo. A maior parte será usada por aqui mesmo…

  8. é de uma presunção ímpar

    Essa série de textos “Para entender”…. “como fez isso”… etc… são carregam uma presunção enorme, gigantesca…

     

    Ahh…. os grandes temas!…. sim.

    Sempre me agradou o blog, mas já não é a mesma coisa

  9. Balanço da Petrobras

    Não sei onde o articulista é mais mal informado. Se em política ou em economia/finaças. Só mesmo com o patrocínio da SECOM

  10. Perspectiva do pré-sal ???

    É mais fácil dizer que a Petrobrás tem a maior dívida coporativa do mundo (legado de Dilma Roussef) e sua lucratividade está muito abaixo do esperado.

    Normalmente, empresas garantem primeiro os salários dos colaboradores, em seguida impostos e então fornecedores.

    Quem emprestar dinheiro para a Petrobras corre o risco de calote.

    Quem fornece equipamento e serviços a Petrobras corre o risco de calote.

    Quem emprestar dinheiro para forncedores a Petrobras corre o risco de calote.

    Não é por nada que a Petrobrás é classificada como “junk”

    Falar em pré-sal agora parece delírio. Esse sonho fica para depois de resolver toda a lambança financeira da empresa.

    Além de tudo, os árabes manterão o preço do barril de petróleo baixo. Estão dedicados a quebrar todos os negócios que se tornam viáveis com o barril a U$100,00, como o présal e o xisto. 

    Faltou respeito do PT  com essa empresa

     

    1. Já que vc sabe o futuro, é
      Já que vc sabe o futuro, é melhor nós vendermos a Petrobras para a Exxon pelo que eles quiserem pagar. Faz todo o sentido!

      1. Athos
        Você tem toda

        Athos

        Você tem toda razão.

        Como tem besteirol por estas bandas.

        Como tem trolls por aqui. Nem dá mais vontade de comentar nada…

        Parece que estou numa sala da redação do Globo ou da VEJA, onde todos querem esfacelar e destruir a Petrobras, porque ela “e o grande mal do país” e Getúlio nunca deveria tê-la criado.

        Há quem diga por aqui que se emprestar dinheiro à Petrobras corre o risco de calote…… putz!!!

        Redução de nota de Agência de risco significa nada mais nada menos do que pagar maior ou menor spread sobre qualquer empréstimo….   Só isto!!!

        A campanha diária contra a empresa tem mais de 10 páginas difamatórias diárias do Globo desde 2011… É só checar!!!

        Se fizerem metade disto contra qualquer empresa privada ela irá desaparecer em menos de 6 meses.

        É exatamente nisto que eles apostam!!!

        E vivam os Institutos Milenium e Teotônio Vilela, os baluartes da Democracia Tucana!!

         

         

    2. o futuro da Petrobras é negro

      O Pré-sal graças aos governos do PT é um patrimônio do Brasil e não de qualquer petroleira como seria nas mãos dos tucanos.

      A Petrobras é a operadora do Brasil no negócio. Agora querer diminuir a importância do Pré-sal para o Brasil e para a Petrobras é estranho. Ou o petroleo no mundo tende ao infinito?? daí sim o Pré-sal não teria importância.

      A Petrobras tem função no processo de afirmação do Brasil como potência no mundo. Mas o Brasil é bem maior que a Petrobras. E a Petrobras é bem maior que essa crise. 

      Com a Petrobras na última decada o Brasil aumentou sua produção de petroleo, o preço da gasolina se manteve estável e se descontado a inflação baixou, com o pré-sal o Brasil aumentou em muito as suas reservas. E com a Petrobras esta conseguindo extrair petroleo do Pré-sal.

      Com a Petrobras no comando do PT o Brasil desenvolveu uma industria naval que todo o mês esta entregando navios apesar de não sair com destaque na impressa. Estamos construindo plataformas. Estamos construindo refinarias.

      O Brasil tem uma frota de veículos muito maior que a 10 anos ou seja a Petrobras tem um grande mercado interno para vender. 

      Não somos a maior reserva de petroleo do mundo, não somos os maiores protudores do mundo, não samos o maior mercado consumidor do mundo. E não seremos. Mas já somos bem maiores que antes.

      Ou seja a Petrobras tem o produto e mercado consumidor. Por isso o futuro da Petrobras é negro. Assim mesmo da cor do petroleo. E lucrativo principalmente para o Brasil.

       

  11. A resposta ao probema para

    A resposta ao probema para facilitar o entendimento do leigo é que a petrobras só poderia falir se roubassem todo o petróleo brasileiro, seja por meio da corrupção ou por meios aparentemente legais como a privataria.

  12. CHINA NÃO DEIXARÁ FALTAR DINHEIRO

     

    Petrobras financia US$3,5 bi com banco chinês; novos acordos em vista

    quarta-feira, 1 de abril de 2015 10:32 BRT   
    SÃO PAULO (Reuters) – A Petrobras informou nesta quarta-feira que assinou com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) contrato de financiamento de 3,5 bilhões de dólares, recursos que devem trazer algum alívio para empresa, que agora tem mais dificuldades de captar recursos por conta da crise decorrente do escândalo de corrupção.

    O contrato, assinado entre o CDB e a subsidiária da estatal Petrobras Global Trading BV, é o primeiro financiamento de um acordo de cooperação a ser implementado ao longo de 2015 e 2016, ressaltou a Petrobras em comunicado.

    “Adicionalmente, as duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas cooperações no futuro próximo”, disse a Petrobras.

    Com limites para realizar captações no mercado de dívida, em meio a denúncias de corrupção que envolvem a empresa, a Petrobras disse anteriormente que estudava “outras possibilidades de financiamento e incremento de fluxo de caixa”, até para fazer frente aos pesados investimentos projetados.

    Vivendo uma crise de credibilidade por conta das denúncias reveladas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a Petrobras tem dito publicamente que não pretende captar recursos no mercado de dívida em 2015.

    O contrato foi assinado na China, durante visita do diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Ivan Monteiro.

    Segundo a Petrobras, o contrato é um importante marco para dar continuidade à parceria estratégica com a China, para quem a estatal exporta petróleo, “fortalecendo as sinergias entre as economias dos dois países”.

    Fonte/Reuters

     

    1. O principal a matéria não

      O principal a matéria não fala, que são as condições do pagamento da dívida, juros e prazos.

      Ou seja, tanto a notícia pode ser ótima, como pode ser péssima.

       

       

      1. Pois é…
        Fizeram o mesmo com
        Pois é…
        Fizeram o mesmo com a Venezuela e o rmpréstimo será pago com óleo.
        O fato é que a Petrobrás está impossibilitada de captar no mercado e caiu na mão da Chinesada.
        Alguém acredita que é empréstimo de pai para filho?

  13. Ótima explicação…

    Mas é tudo uma questão de critério. Os ratings dessas consultorias possuem fins imediatistas que não se coadunam com o atual momento da Petrobrás, além das questões especulativas e políticas envolvidas nessas análises.

    Infelizmente, a Petrobrás precisa dar uma resposta rápida, ainda que não a mais perfeita ou ideal para equacionar os problemas, mas a que seja adequada a suplantar esse problema. A liberação dos valores dos combustíveis e derivados pode ajudar significativamente nisso.

    De resto, só se o governo acordar para dar um jeito nos problemas criados pela Lava-Jato. Mas esperar o quê do Zé Cardoso? E a Dilma, totalmente acuada e perdida…momento duro, é esperar que ela finalmente acorde para todos os sinais que estão sendo dados.

  14. O problema não é esse.
    Essa

    O problema não é esse.

    Essa suposta diferença de contabilização de ativos não muda nada na prática, pois não afeta a capacidade de pagamento da dívida que é o que importa na prática.

     

    1. Sabe de nada !

      Muda tudo amigo !

      É essa conta que fundamenta as agências na hora de avalizar o “grau de investimento” … 

      Sem esse grau, os juros ficam maiores e os empréstimos mais caros !!!

      A capacidade de pagamento da dívida pela Petrobras não foi questionada em nenhum momento !! Apenas sua capacidade de manter seu plano de investimentos !!

      1. De qualquer forma existem

        De qualquer forma existem normas de contabilização e os controladores e contadores da Petro ja deveriam saber disso há muito tempo.

        Qual o drama agora ?

        Querem mudar a lei de maneira casusitica ? Se ela não pagou pelo campo, não pode ser considerado ativo. Só será ativo, a parte que ela conseguir extrair dele.

        1. Não é uma “norma”, é uma

          Não é uma “norma”, é uma “prática”. Como diz o Nassif. E uma prática errada, que considera ativos de valor semelhante como se fossem extremamente diferentes. 

          1. Mas vem cá, a empresa paga

            Mas vem cá, a empresa paga antecipadamente pelo campo no qual fará exploração por partilha ?

            Se sim, cabe contabilização como ativo. Senão, não cabe. Só seria contabilizado ativo, a medida que fosse sendo explorado o petroleo, dado a parte da união e a empresa se apropriado de sua parte.

            No caso da concessão é diferente, pois a emprega paga pelo ativo, por isso que vira ativo. Sai dinheiro do caixa.

            Se fosse contabilizar antecipadamnete no caso da partilha sem pagar nada, seria um ativo de graça. Ai o balanço ficaria incorreto, em cima de uma expectativa futura.

            A meu ver o principio do conservadorismo já veda essa pratica que estão querendo empurrar.

          2. Óbvio que paga. A diferença é

            Óbvio que paga. A diferença é que a petrobras é obrigada a entrar com no mínimo 30%.

      2. Riscos exploratórios.

        O consórcio liderado pela Petrobras adquiriu direito de compartilhar com a nação brasileira a produção de enormes reservas conhecidas . Minimizou riscos exploratórios existentes em qualquer aquisição de reservas concedidas, só lembrar da OGX na bacia de Campos e da Petrobras no campo de Maginoum(Iraque) Garante a companhia um horizonte crescente  de produção no mercado que mais a interessa , O brasileiro..

  15. Na concessão a empresa paga

    Na concessão a empresa paga pelas reservas, por isso entra no ativo, coisa que não acontece na partilha. O saldo líquido no balanço tem que levar em conta  a perda de caixa na concessão e, além do mais, o petróleo não é contabilizado pelo valor de mercado e sim pelo valor “ambaixo da terra”.

    A diferença nós modelos não é assim tão significativo como a análise tenta colocar, e fica impossível deduzir qual são os impactos no balanço, a favor de um ou de outro. Depende do preço de mercado e taxa de desconto a cada momento.

    . Alguém acha que petróleo do pré sal vale US$ 50 o barril hoje ou já chegou a valer mais de US$100? O preço tem que ser descontado à taxa de juros do investimento, taxa essa que vem subindo no caso da Petrobrás, com as quedas no rating devida à produção que rateia, corrupção e alavancagem, e pelo prazo estimado para se explorar o campo. Acho que o tal filigrama é bem mais complicado que a análise simplista…

  16. A propósito…

    Nunca vi tantos trolls comentando aqui no blog. Todo post é o mesmo besteirol de achicalhar Dilma, PT, Petrobrás, com os argumentos surrados de sempre, inclusive atacando o Nassif. A campanha deles está firme e forte como nunca.

  17. “Na concessão, faz-se o

    “Na concessão, faz-se o leilão pelo maior lance. Quem vence dá um lance pelas reservas e, depois, paga royalties sobre a produção. Como “comprou” a concessão, a reserva medida entra como ativo da empresa. Na partilha, em geral, paga-se em petróleo pela exploração do campo. Mas a reserva não é considerada ativo. Ou seja, entra no fluxo de resultados da companhia, na medida em que seja retirado, mas não como ativo.

    Trata-se de uma mera questão contábil.”

    É preciso abir aspas muito grandes com relação a este paragrafo !!!!

    Há outras diferenças importantíssimas entre os modelos !! 

    O maior deles é o próprio lance !! A Petrobras esta endividada justamente para bancar os investimentos no pré sal. Portanto não tem Caixa para ganhar lances em dinheiro, feitos no modelo de Concessão !! Nesse modelo, então , quase tudo seria ganho por empresas estrangeiras ( Essa é a “entrega do pré -sal”, solicitada pela Chevron a José Serra )

    Segundo é a operação dos campos. Na partilha é responsabilidade da Petrobras. O que garante maior fidelidade nos dados de petróleo sendo extraído, além de garantir um controle estratégico das reservas segundo interesses nacionais. 

    Terceiro e não menos importante são os retornos para o estado. Na concessão o retorno não passa de 60 %. Na Partilha chega perto de 85 %. 

    1. Se é assim, então a

      Se é assim, então a reclamação do texto não procede.

      Quando é concessão, há compra de ativo, sai dinheiro do caixa e entra ativo no patrimonio.

      Na partilha, se não há essa apropriação, então é óbvio que as reservas não podem entrar como ativo, visto que não se comprou nada.

      Ora, os contadores e controladores da Petrobrás ja deveriam saber disso há muito tempo. Por que agora essa convresa ?

      Nâo tem sentido nenhum isso.

      1. Tanto na partilha como na

        Tanto na partilha como na concessão são cedidos direitos de exploração do subsolo, patrimônio da união. 

        Na partilha o pagamento é em petróleo, na concessão o pagamento é em dinheiro. 

        Em ambas o “ativo” pertence a empresa pelo tempo que durar o contrato. 

  18. Desculpe aí Nassif, mas essa

    Desculpe aí Nassif, mas essa informação de que uma empresa capitaliza as reservas das quais dispõe para explorar está totalmente equivocada. Isso não existe em contabilidade.

    Contabilidade é a ciência, e seu principal objetivo é demonstrar a situação da empresa no momento atual.

    Petróleo embaixo da terra não pode ser medido desse jeito, até porque a realização, para o explorador, só se dá no momento em que o óleo é extraído.

    Para contabilizar uma reserva como ativo, qual seria a conta de  contrapartida ? Lucro operacional? Jamais ? Para quem entende de contabilidade sabe que isso não funciona desse jeito.

    Poderia se dividir a contrapartida entre  passivo e lucro, contabilizando as despesas que se imagina serão necessárias para extrair aquele petróleo, mas isso é inimáginável contabilmente.

    O que existe é um índice de reposição de reservas ( IRR ), sim, porque se uma empresa que vive de extrai petróleo não renovar suas reservas constantemente, um dia o petróleo acaba e ela terá que fechar as portas. Então uma empresa de petroleira tem praticamente a obrigação de encontrar novos poços. A Petrobras, por exemplo, em 2014 aumentou em 1% suas reservas, passou de 13,123 bilhões de barris, para 13,131 bilhões, mas o quanto isso vale, é impossível saber. Já que o R/P ( tempo calculado para transformar essas reservas em óleo, na superfície ) das reservas da Petrobras é hoje de quase 20 anos. Tudo isso é feito por certificadoras internacionais, que no caso da BR é a DeGolyer and MacNaughton.

    Apenas para ilustrar, a Petrobras por exemplo ampliou em 10 anos sua concessão na Argentina, que vencia em 2017, mas quanto isso representa em reservas ou em petróleo ? Só o que vai determinar isso é o quanto a cia poderá investir para tirar óleo. Por isso a capacidade de investimento é a grande chave na análise da situação de um petroleira, e é por isso que as ações da BR despencaram. Um bilhão de reservas, como a petrobras tem hoje lá no fundo da terra não valem absolutamente nada se ela não conseguir produzir. No máximo, vale o direito de explorar, e aí não importa se é por concessão ou partilha, dá absolutamente na mesma. 

     

     

  19. Cooperação promovido entre os governos Brasileiro e Chinês
    Contratação de Linha de Financiamento de US$ 10 bilhões junto ao China Development Bank (CDB)

    Rio de Janeiro, 19 de maio de 2009 – PETRÓLEO BRASILEIRO S/A – PETROBRAS, [Bovespa: PETR3/PETR4, NYSE: PBR/PBRA, Latibex: XPBR/XPBRA, BCBA: APBR/APBRA], uma companhia brasileira de energia com atuação internacional, informa que concluiu as negociações com a China Development Bank (CDB) para um financiamento bilateral de US$ 10 bilhões por 10 anos.

    Como resultado do Plano de Cooperação promovido entre os governos Brasileiro e Chinês, foi identificada uma oportunidade de levantamento de recursos através de empréstimo acima mencionado. O financiamento será usado para financiar os investimentos da Petrobras e inclui financiamento para compra de bens e serviços de empresas chinesas.

    Dentro do contrato de empréstimo com a China Development Bank (CDB), foi acordado um incremento no volume atual de exportação de petróleo do Brasil para a China.

    Também foi previsto um acordo de longo prazo de exportação entre a Petrobras e a UNIPEC ÁSIA, uma subsidiária da SINOPEC, que prevê volumes de exportação de 150.000 barris de petróleo por dia para o primeiro ano e de 200.000 barris de petróleo por dia nos 9 anos subseqüentes.

    Foi assinado também um acordo de intenções (MOU – Memorando de entendimento) entre a Petrobras e a SINOPEC com o objetivo de cooperação em diversos segmentos de interesses mútuos, incluindo exploração, refino, petroquímica e suprimento de bens e serviços.

    URL:

    http://investidorpetrobras.com.br/pt/comunicados-e-fatos-relevantes/contratacao-de-linha-de-financiamento-de-us-10-bilhoes-junto-ao-china-development-bank-cdb.htm

  20. Petrobras

    Mais produtivo, pré-sal exige menos investimento’: respostas à Folha de S. Paulo
    Petrobras . Blog Fatos e Dados—-01.Abr.201501.Abr.2015

    Leia as respostas que enviamos ao jornal Folha de S. Paulo sobre a produtividade dos poços do pré-sal:

    Pergunta: Quantos poços estão operando na bacia de Santos e em quais campos? Qual é a produtividade média deles?

    Resposta: Em 26 de fevereiro de 2015, quando foi alcançado o novo recorde de produção na camada pré-sal, 17 poços operaram no Polo Pré-sal da Bacia de Santos, nos campos de Lula e Sapinhoá. Esses poços apresentaram produção média de aproximadamente 25 mil barris por dia.

    Pergunta: Quantas plataformas operam no pré-sal de Santos e qual é a previsão de contratação de unidades em 2015 e 2016 (li que uma foi postergada para o próximo ano)?

    Resposta: Em fevereiro de 2015, cinco sistemas definitivos operaram no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, sendo três no campo de Lula (FPSO Cidade de Angra dos Reis, FPSO Cidade de Paraty e FPSO Cidade de Mangaratiba) e duas no campo de Sapinhoá (FPSO Cidade São Paulo e FPSO Cidade de Ilhabela). Em março de 2015 entrou em operação o primeiro Sistema de Produção Antecipado no campo de Búzios, através do FPSO Dynamic Producer. Ainda em 2015, teremos o início da operação de mais uma plataforma (FPSO Cidade de Itaguaí) no campo de Lula.

    A previsão de contratação de novas unidades de produção está em estudo pela Companhia e será divulgada quando houver a aprovação do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

    Pergunta: Quantas sondas estão previstas? Os problemas da Sete Brasil atrapalham a prospecção nessa área? Há previsão de afretamento de sondas para compensar os atrasos?

    Resposta: A previsão de sondas e a consideração de eventuais impactos estão em estudo pela companhia e serão divulgados quando houver a aprovação do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

    Pergunta: Qual é a produção atual e a previsão de produção para o pré-sal da bacia de Santos? Quais campos entraram em produção neste e no próximo ano?

    Resposta: Em 26 de fevereiro de 2015 foi alcançado novo recorde de produção na camada Pré-sal com 737 mil barris de petróleo por dia, através de 37 poços. A contribuição do Polo Pré-sal da Bacia de Santos foi de 440 mil bpd, através de 17 poços, nos Campos de Lula e Sapinhoá.

    Ainda em 2015 teremos o início da operação de mais uma plataforma (FPSO Cidade de Itaguaí) no campo de Lula. O planejamento dos demais projetos está sendo revisto e será divulgado quando houver a aprovação do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

    Pergunta: É fato, como dizem especialistas, que a maior produtividade pode levar a Petrobras e suas sócias a “economizarem” na compra de equipamentos? Qual é a previsão de investimento neste e no próximo ano para o pré-sal da bacia de Santos?

    Resposta: A companhia, junto aos seus parceiros, estuda permanentemente as oportunidades de otimização de seus projetos no Pré-sal. Os poços em produção até o momento nos campos de Lula e Sapinhoá têm apresentado potencial de produção acima do previsto na época da aprovação dos projetos. Este fato pode, a depender do desempenho da recuperação secundária (injeção de água ou gás), fazer com que a perfuração e/ou interligação de alguns poços que compõem a malha de drenagem seja postergada, otimizando os investimentos. A previsão de investimento para os próximos anos está sendo revista e será divulgada quando houver a aprovação do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019.

    Obs: A matéria “Mais produtivo, pré-sal exige menos investimento da Petrobras” (versão online) foi publicada nesta quarta-feira (01/04) pelo veículo.

    Postado em: [Respostas à imprensa]

    url:

    http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/-mais-produtivo-pre-sal-exige-

  21. Esclarecedor.

    Muito bom. 

    Há diferenciação contábil, não sabia.

    Se as descobertas da Petrobrás entrassem no ativo, adeus filosofia da “raça”.

    Mas os bancos sabem.

    Eles não fiam por “balanços”.

    By, o empréstimo chinês demorou demais!

    Pareceu compaixão.

  22. Então pelo que eu entendi o

    Então pelo que eu entendi o Serra é um patriota e a Dilma é entreguista.

    Ora, ora.

    E o Mal é bom e o Bem cruel, como diria a Tigresa do Caetano.

  23. “Trata-se de uma mera questão contábil”

    Só que não. Partilha é uma put-option de 30% em cada poço, dinheiro a ser investido que não existe.

    Isso faz TODA a diferença com concessão, quando, além da maior competitividade com players mundiais, se RECEBE DIVIDENDOS já com o início da exploração.

  24. Há que se colocar no balanço

    Há que se colocar no balanço apenas os ativos adquiridos.

    Se se pagou x pelo direito de se explorar um campo, seja partilha ou concessão,  o valor do ativo é x. 

    O que não pode é considerar como ativos reservas que não foram pagas, senão seriam ativos de graça.

     

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