Economia

Promessas de campanha de Bolsonaro já afetam Orçamento 2023

As principais promessas da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) podem causar um rombo no Orçamento 2023, que precisa ser apresentado ao Congresso até o final deste mês.

Os cálculos consideram a realização das promessas mais caras feitas pelo presidente, como o Auxílio Brasil de R$ 600, reajuste salarial para o funcionalismo público, correção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) e a prorrogação da desoneração de encargos sobre gasolina, diesel e gás de cozinha.

Embora a equipe do Ministério da Economia tenha conseguido reservar recursos para a correção do IRPF (R$ 17 bilhões) e para o reajuste salarial do funcionalismo (R$ 11,7 bi), os técnicos tentam demover o Planalto de manter a desoneração da gasolina, mantendo apenas a desoneração do diesel – juntas, o custo chegaria a R$ 54 bilhões.

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Além disso, os técnicos tentam encontrar uma maneira de não incluir o Auxílio Brasil de R$ 600 por conta do teto de gastos, mas Bolsonaro não só prometeu manter o valor como cobra que o Orçamento preveja o aumento do valor pago (o que seria uma estratégia para ter o que apresentar na campanha de reeleição).

Caso o Auxílio Brasil seja mantido em R$ 400, as promessas de Bolsonaro afetariam o Orçamento 2023 em R$ 92,8 bilhões – nesse cenário, o custo do Auxílio Brasil chegaria a R$ 99,145 bilhões. Se o valor for mantido em R$ 600, o custo seria de R$ 150 bilhões.

Com informações do jornal O Estado de S.Paulo

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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