Na Fiesp, Lula tranquiliza empresários e contrapõe legado petista à aventura Bolsonaro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Lula reafirmou que suas prioridades serão o combate à miséria e a retomada do crescimento econômico, com forte incentivo à reindustrialização

Entre aplausos e risadas arrancadas com piadas e comentários amistosos, o ex-presidente Lula (PT) falou aos representantes do PIB durante encontro promovido pela Fiesp na manhã desta terça-feira, 9 de agosto.

Lula fez um discurso focado em mitigar as dúvidas do empresariado e apresentar-se como a opção mais confiável para conduzir o governo federal em tempos de crises sanitárias, guerras e tensões internacionais.

Lula prometeu diversas vezes “recolocar o Brasil no lugar dos países grandes”, “apresentá-lo ao mundo com a grandeza que ele tem” e abrir novamente as portas para os empresários brasileiros no exterior.

Ao lado do candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do coordenador do programa de governo, Aloizio Mercadante (PT), Lula reafirmou que suas prioridades serão o combate à miséria e a retomada do crescimento econômico, com forte incentivo à reindustrialização para reduzir a dependência de outros países.

OS PRIMEIROS 100 DIAS

Lula disse que nos 100 primeiros dias de governo, se eleito em outubro de 2022, pretende constituir os grupos de trabalho para colocar suas propostas em prática. Entre elas, “logo depois da posse”, as mudanças na política tributária.

O ex-presidente prometeu diálogo transparente e constante ao empresariado. Nada será feito “de surpresa”.

Segundo Lula, os tempos de “canelada” ficaram para trás. Sua experiência nos dois primeiros mandatos como presidente da República o trouxeram a segurança e o aprendizados necessários para saber como colocar o País nos eixos, disse, em contraposição ao governo Bolsonaro.

ESTABILIDADE

Favorito nas pesquisas eleitorais até aqui, Lula também criticou os ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral e às instituições. Lula disse que Bolsonaro preferiria uma carta assinada por “milicianos”, em resposta ao tratamento que o atual presidente deu à carta aos brasileiros e brasileiras organizada pela USP. A Fiesp também elaborou manifesto semelhante, que será lido em 11 de agoso.

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente, agradeceu à Fiesp pelo manifesto em defesa da democracia e reforçou que “as pessoas passas, mas as instituições ficam”.

“NÃO EXISTE TERCEIRA VIA”

Lula afirmou que Bolsonaro é um “aventureiro” na presidência e que não existe terceira via.

“Na história da humanidade não existe terceira via. Deus e o diabo polarizam a vida há quantos anos? Tentaram encontrar uma terceira via. Não existe! O que existe é experiência prática de uma pessoa que tem um passado altamente confortável na gestão pública, [contra] esse aventureiro que não consigo compreender como foi eleito.”

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1557017545965813760

Antes de Lula discursar, o ex-ministro Aloysio Mercadante recuperou os bons resultados econômicos dos governos petistas e vendeu a experiência de Lula na presidência, e de Alckmin como governador do estado mais rico da Nação, como fatores essenciais para a recuperação do País.

Mercadante exaltou o programa Bolsa Família e criticou a implementação do Auxílio Brasil sem as contrapartidas que asseguram o bem-estar social às famílias com mulheres e crianças.

O coordenador do programa de governo também frisou que o BNDES voltará a ter um papel preponderante no fomento ao desenvolvimento e inovação.

Assista à transmissão completa abaixo:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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