Rendimento mensal do trabalhador é o menor em oito anos

Percentual de cidadãos que dependem apenas da própria renda é o menor em dez anos, segundo pesquisa do IBGE

Reprodução Google

Jornal GGN – O percentual de trabalhadores brasileiros que possuem renda gerada pelo trabalho atingiu o menor patamar da série histórica, iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012.

Ao todo, o total de cidadãos que possuíam renda gerada pelo trabalho caiu para 84,7 milhões em 2020, o equivalente a 40,1% – em 2019, a marca foi de 92,8 milhões, ou 44,3%.

Em 2020, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$1.349, o que representa uma queda de 4,3% frente ao estimado no ano anterior, quando foi de R$1.410.

Segundo os dados divulgados, as únicas regiões que tiveram aumento nesse valor foram Norte (R$896) e Nordeste (R$891) e, apesar disso, se mantiveram com os menores rendimentos. O maior era do Sudeste (R$1.623), seguido do Sul (R$1.597).

Dependência de programas sociais dispara em dois anos

Do mesmo modo, o levantamento do IBGE aponta uma disparada na proporção de famílias que recebem benefícios de outros programas sociais.

O percentual de famílias dependentes de benefícios sociais saltou de 0,7% em 2019 para 23,7% em 2020.

Segundo os dados, o avanço se deve o salto se justifica pelo pagamento do Auxílio Emergencial pago para reduzir os efeitos da pandemia entre trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais (MEI).

Dentro do mesmo período de análise, a proporção de famílias que recebiam o Bolsa Família caiu de 14,3% para 7,2%, uma vez que parte dos beneficiários passou a receber o Auxílio Emergencial.

“Se um beneficiário do Bolsa Família recebia um valor menor do que Auxílio Emergencial, ele passava a receber esse auxílio”, explica a analista do IBGE Alessandra Scalioni.  

Desta forma, a analista afirma que houve uma migração de pessoas que recebiam Bolsa Família para a rubrica do Auxílio Emergencial.

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