Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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O golpe das privatizações e o fim do neoliberalismo, por Andre Motta Araujo

Curiosamente o "neoliberalismo" como credo foi ensinado nas universidades americanas para ser aplicado fora dos EUA, quer dizer, na América Latina.

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O golpe das privatizações e o fim do neoliberalismo

por Andre Motta Araujo

Um dos maiores “fake news” do pensamento econômico do Século XX, nascido nos anos 70, foi uma falsa repaginação dos conceitos de Adam Smith vendido ao mundo como “neoliberalismo”. Nascido na Inglaterra, poucos países compraram esse conceito, grandes economias emergentes do pós guerra, como Índia e China, não tomaram conhecimento, EUA não precisaram aculturar esse conceito porque lá o capitalismo era genético, era assim desde sempre, o capital construíra o País mas partes importantes da economia ficaram a cargo do Estado e assim continuaram até hoje, o País não foi afetado pelo “neoliberalismo” inglês, mantido nos cursos como receita para terceiros países, como os da América Latina especialmente.

Nos EUA, o Estado construiu um vasto sistema de apoio aos pequenos e médios negócios, a Small Business Administration, na realidade um banco de financiamento que até hoje já emprestou mais de um trilhão de dólares, um vasto sistema de hipotecas para moradias, a Fannie Mae e a Freddie Mae, assim como a Farm Loan, Veterans Loan e outras redes de financiamento de moradias, no crédito rural a União criou um imenso sistema de financiamento baseado na Commodity Credit Corporation, também o maior sistema de subsídios agrícolas do mundo, que permite até exportar etanol de milho, completamente antieconômico, para países que inventaram o mais racional etanol de cana de açúcar, como o Brasil.

Mas o que demonstra mais ainda o caráter prático e não ideológico da economia americana é o uso do Estado quando necessário, como no combate a Grande depressão de 1929, enfrentada pela Reconstruction Finance Corporation, que salvou 8.000 bancos e 200.000 empresas, recuperando uma economia que apresentou índices de desemprego de 20% em 1933. Também na crise de 2008 foi o Tesouro dos EUA quem salvou mega empresas como a seguradora AIG e a General Motors, além de super bancos como o Citigroup, com um plano de apoio criado em uma semana, de US$708 bilhões emprestados pelo programa TARP.

Os EUA nunca foram neoliberais porque sempre foram pragmáticos, uma economia do Estado e outra do mercado privado, uma apoiando a outra.

O chamado “neoliberalismo”, sub-seita do antigo pensamento liberal britânico foi propagado pela América Latina, seu maior laboratório de aplicação, especialmente México, Chile, Argentina e Brasil. Não prosperou na Ásia com sua cultura própria e muito menos na Europa continental com suas sólidas crenças no papel do Estado social.

Curiosamente o “neoliberalismo” como credo foi ensinado nas universidades americanas para ser aplicado fora dos EUA, quer dizer, na América Latina.

O FALSO CAMINHO DAS PRIVATIZAÇÕES

O capitalismo americano construiu a maior parte do sistema elétrico dos EUA, a base de usinas termoelétricas para cada região, tudo formado pelo capital privado DESDE O INÍCIO. Nada foi construído pelo Estado e depois vendido, como no Brasil já se fez e se pretende fazer mais. Mas há uma exceção importante. A energia hidroelétrica no vale do Rio Tennessee foi inteiramente desenvolvida pelo governo federal americano, a energia hidro supre 15% da matriz americana e nenhum Presidente pretendeu privatizar a TVA, autarquia dona das usinas porque entendem que ÁGUA E SEUS RESERVATÓRIOS E REPRESAS SÃO UM BEM PÚBLICO, não podem ser privatizados, bem como as usinas dela derivadas. Depois da TVA outros projetos hidros foram desenvolvidos no Rio Colorado, servindo para produção de energia e grande irrigação agrícola na Califórnia.

O neoliberalismo, portanto, NÃO SE APLICOU AOS EUA no sentido de diminuir o papel do Estado que sempre foi central na economia americana, ao contrário do que pregam aqui.

O CASO DO BRASIL

No Brasil, sempre o capital privado pode investir em energia elétrica, nunca foi proibido. Chegou-se nos anos 40 e 50 com uma situação crítica. A maioria das cidades do interior não tinha energia elétrica de qualidade, muitas funcionavam até às 10 da noite e depois se desligava, havia usinas hidro particulares por todo o Brasil. No interior do Estado de S.Paulo, a Companhia Paulista de Força e Luz, de capital americano (Grupo Bond & Share) atendia mal seu mercado, não investia. Havia outras empresas menores de capital nacional, como a Bragantina, que existiam por todo o Brasil, MAS O BRASIL NÃO SE DESENVOLVIA POR FALTA DE ENERGIA, tendo enormes rios que podiam ser represados, MAS NÃO HAVIA CAPITAL PRIVADO interessado em investir ou com recursos para investir. Veio então o ESTADO e construiu o maior parque hidroelétrico do planeta com recursos públicos.

Veja-se que é completamente diferente dos EUA onde o capital construiu a base de geração e distribuição em cada região, com exceção das usinas hidro federais, como a TVA.

Mais ainda, o ESTADO brasileiro montou um sistema único de transferência e transmissão pelo qual se pode passar energia de Norte a Sul e vice-versa, com imensos investimentos em linhas de transmissão, tudo com dinheiro público. Esse sistema não existe nos EUA, onde a energia é regionalizada.  O ESTADO brasileiro construiu mais de cem reservatórios, alguns deles dos maiores do mundo. Os alucinados NEOLIBERAIS brasileiros querem então vender por uma fração do preço de custo esse imenso investimento público que hoje não se faria por menos de 500 bilhões de dólares. Portanto é uma história e um modelo COMPLETAMENTE DIFERENTE dos EUA. Mais ainda, no conceito americano NÃO SE VENDE NADA RELACIONADO À ÁGUA, nunca se cogitou de vender reservatórios de água que, além da energia, tem um valor estratégico para outros fins.

Dois dos três sistemas de bacias da antiga CESP já foram vendidos ao capital privado. Executivos americanos e chineses, hoje donos desses sistemas, em conversas privadas, estão satisfeitos com a compra, mas confessam que acham incrível que o Estado brasileiro venda represas imensas para o capital privado estrangeiro. Ouvi essa conversa reservada em um dos grupos que compraram pedaços da CESP, grupo para o qual trabalhei na cúpula por muitos anos, portanto sou insuspeito para dizer que até eles acharam estranho um País vender imensos reservatórios estratégicos que servem para muito mais coisa do que energia, água é um tesouro a ser resguardado por um País organizado.

Portanto, maior mega absurdo é pensar em vender a ELETROBRAS, uma das três maiores empresas de geração de energia do mundo, com 147 usinas e mais de 60.000 km de linhas de transmissão, espinha dorsal da economia de um País. Só gente doida e pensando em negócios exclusivamente poderia ter semelhante ousadia. Rússia e China, que também têm imensos parques hidroelétricos preservam o controle do Estado sobre esses sistemas estratégicos, nos EUA o que o Estado fez com o Estado fica, não se vende BEM PÚBLICO.

Mas o X da questão é que o capitalismo NÃO INVESTIU PARA CONSTRUIR ESSE SISTEMA ELÉTRICO e agora depois de pronto quer se beneficiar do patrimônio público construído com recursos do povo brasileiro. Os valores de venda cogitados são ridículos, não chegam a 1% do custo do sistema ELETROBRAS, não se coloca no ativo o valor da concessão.

O NEOLIBERALISMO À BRASILEIRA é de golpes para o “mercado” que quer comprar de graça o que custou muito caro, e os que defendem as privatizações são figuras com LAÇOS fortíssimos com esse “mercado” de golpes e jogadas, comprar barato, quase de graça o que outros fizeram com dinheiro público, essa é a tradução do NEOLIBERAL latino.

Está ai o Chile em frangalhos, com mega concentração de renda e um povo na miséria, uma sociedade desintegrada pelo NEOLIBERALISMO DE EXPORTAÇÃO das universidades americanas que lá não praticam o que ensinam. Por que não privatizam os sistemas de águas nos EUA, as rodovias pedagiadas, os transportes coletivos em cidades? Não há político americano algum, nem Trump, que tenha proposto um programa neoliberal nos EUA, lá o que é do Estado, e é muita coisa, continua sendo do Estado.

O ENTERRO DO NEOLIBERALISMO

O conceito de “neoliberalismo” na expressão de sua impulsionadora, a Primeira-Ministra Margaret Thatcher, era uma reação ao Estado de bem estar social na Inglaterra dos anos 70. Só serviu aos problemas fiscais específicos do Governo inglês, especialmente no campo de mineração de carvão e suas aposentadorias. Thatcher tentou desmontar o sistema de seguro saúde público e não conseguiu. Hoje a memória de Mrs.Thatcher foi demonizada na Inglaterra, virou pó, tais os danos que sua política causou ao Reino Unido. O seu “neoliberalismo” foi uma proposta demoníaca não seguida por nenhum outro Pais do continente europeu, na França, por exemplo, a EdF, grande companhia elétrica segue controlada pelo Governo francês, inclusive com investimentos no Brasil, há forte papel do Estado na maioria dos países da União Europeia e seus sólidos sistemas de saúde gratuitos.

O fim do ideal “neoliberal” deveria acender uma luz amarela no Brasil, NÃO É MAIS ÉPOCA DE PRIVATIZAÇÕES e sim do capital privado CONSTRUIR ATIVOS NOVOS, há espaço no Brasil para investimentos em muitos setores, mas é o Estado, através de suas estatais e BNDES quem garantiu o crescimento a taxas altíssimas entre 1950 e 1980, as estatais com suas compras de bens e serviços e o BNDES financiando a expansão das empresas, esse foi o modelo vitorioso e não a simples transferência de ativos nacionais a grupos especulativos, plano fracassado na Argentina que vendeu tudo, até o Jardim Zoológico de Buenos Aires e afundou em uma recessão interminável, o Chile cavou com a receita neoliberal uma mega crise social ainda não resolvida, o México perdeu o rumo de um Pais próspero e hoje vive rastejando frente ao seu vizinho do Norte.

O NEOLIBERALISMO foi uma doutrina diabólica que trouxe miséria e desemprego nos países onde seu receituário especulativo foi aplicado. O Brasil pré-neoliberal era mais justo, mais igualitário, mais próspero e mais forte do que o Brasil que surgiu da Era das Privatizações dos anos 90. Agora por causa do conceito neoliberal a PETROBRAS, uma das 20 maiores petroleiras do mundo, está sendo retalhada e vendida em pedaços até acabar, enquanto as demais estatais do petróleo, 12 das 20 maiores empresas de petróleo globais, estão crescendo e investindo em forte expansão, enquanto a PETROBRAS, a 2ª mais antiga, caminha velozmente para a extinção.

É toda uma cultura de jogadas financeiras, como vender pacotes de ações na Bolsa até perder o controle, fizeram com a BR Distribuidora, a PETROBRAS se desfez do controle sem cobrar o universal “prêmio de controle”, é negócio que deve ser feito com a ELETROBRAS, no espírito do “neoliberalismo do Leblon”, uma vida mantida com jogadas.

A TRAJETÓRIA ECONÔMICA DAS PRIVATIZAÇÕES

Nos leilões de ativos do povo brasileiro colocados à venda aparecem, NO CLIMA ECONÔMICO DE HOJE, especuladores, fundos abutres e empresas de 2ª linha. Os compradores imediatamente após a compra começam o processo de CORTE DE FOLHA, despedindo os funcionários mais antigos para colocar no lugar jovens mais baratos, VENDEM PEDAÇOS E PRÉDIOS, cortam serviços, COMEÇAM A IMPORTAR DE SUAS MATRIZES, todo um caminho que vai CONTRA O INTERESSE NACIONAL. Não compram mais um parafuso no Brasil. A Vale, logo que privatizada, fez mega encomenda de navios na China, os estaleiros nacionais hoje estão quebrados, mas já construíram muitos navios para a Vale estatal.

As “privatizações” são estimuladas pelos “mercados” porque são campos de jogadas de bolsa, IPOs, golpes, apostas cambiais, tudo o que o mercado gosta, MAS SÃO UM PERDA PARA O PAÍS A LONGO PRAZO. No meio século da VALE estatal nenhuma represa se rompeu, na VALE privatizada duas grandes estouraram provocando cerca de 400 mortes, resultado de CORTE DE CUSTOS para gerar mega bônus para a diretoria, esse o grande balanço da Era das Privatizações do primeiro ciclo neoliberal.

E não se cite o caso da TELEFONIA como exemplo. Nesse campo houve uma revolução tecnológica que mudou completamente o modelo de negócios, que aconteceria com ou sem privatização porque a telefonia celular é um campo competitivo por sua própria natureza, então é um caso específico que não serve de exemplo, como citam os “neoliberais”.

O Brasil hoje afunda em um projeto econômico falido, de negação de políticas públicas, repudiado na Europa, EUA e Ásia, um novo ciclo pós pandemia recomeça a construção de uma economia mundial mais equalitária para reparar os estragos da pandemia, com forte ação do Estado, a ideologia privatista não encontra mais espaço no globo.

A NOVA ONDA PÓS PANDEMIA

A economia do mundo PÓS PANDEMIA se volta para POLÍTICAS PÚBLICAS visando relançar a economia, o oposto do neoliberalismo dos anos 70. Esse é o caminho que resgatará a economia brasileira, hoje em profunda crise de emprego e renda. Será pela ação do Estado, como fará nos EUA no governo Biden e seu pacote de estímulos. É uma economia para o interesse nacional e não para os “mercados” concentradores de renda. O Brasil deve se adaptar a um novo ciclo mundial onde não há lugar para o carcomido neoliberalismo.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

29 Comentários

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  1. Tarde demais. 2016 ,com.STF,Congresso,Globo ,contra Dilma ,Lula e PT,decretaram falência e retrocesso da mais promissora das civilizações abaixo do Equador,quiça do planeta.

    1. Caro sr. André, não é natural para o muar aceitar bem a tralha e a canga. Ele precisa ser doutrinado e treinado para aceitar esta condição. E isto leva tempo. Assim é o cabresto do AntiCapitalismo de Estado que precedeu o tal NeoLiberalismo. Quem já convivia muito bem com a rédeas, aceitou tal imposição de forma natural. Assim são 90 anos de Estado Ditatorial Caudilhista Absolutista Assassino Esquerdopata Fascista, todo seu Revisionismo e toda sua Bipolaridade. Está aqui entre todas suas Matérias e deste Veículo. Industrialização Tardia com Eugênio Gudin na Ditadura Vargas?! “Indústrias são para a Bélgica”. É Matéria deste Veículo !!! A entrega de gigantescas parcelas e indústrias brasileiras para o interesse norteamericano nos acordos da 2.a Grande Guerra. PRIVATARIAS são apenas fenômeno da década de 1990 entre Governos petistas e tucanos de FHC, Lula, Dilma, Michel Temer. Continuando política muito parecida neste atual Governo? Ou é a Política praticada no Brasil desde 1930? Está aqui entre dezenas de Matérias !! Revejamos sua Matéria a respeito de Eugênio Gudin nos anos de 1930 e continuidade entre JK, Fundação GV, Malan, Fraga, Franco, Mendonça de Barros,…(PUC/RJ) Como discutir Nossa Nação sem confrontar tamanha Bipolaridade? Hipocrisia, Ignorância ou Demência? O verdadeiro problema é o cabresto quase centenário ou esta bipolaridade explicitada no Revisionismo Histórico. Depois de 90 anos, para onde o Brasil quer ir? Pobre país rico.”…é obsceno de tão óbvio…” Mas de muito fácil explicação. abs.

    2. Nesse blog, o debate sobre empresas estatais X empresas privadas tem sempre a elegância das gafieiras. Se estivéssemos numa sala, tenho certeza que ia sair gritos, tabefes, pontapés, murros e rasteiras. Paciência, vivemos tempos difíceis desde 2013.
      Eu nunca gostei de empresa estatal, mas posso estar errado, não sei tudo, ninguém sabe, por isso eu leio os artigos e também os comentários, e procuro aprender com Luís Nassif, Andre Motta Araújo, Leonardo de Évora, ou mesmo com a linguagem crua e áspera de Rogério Maestri, Ricardo Godinho, Marco A. e outros leitores comentadores.
      Acredito que dessa confusão, dessa balbúrdia, deve sair algo proveitoso e produtivo.

      1. Renato Cruz, se confunde Empresa Estatal com Elite Estatal que controla estas Empresas. Controla Empresas Privadas também. Controla sua Liberdade, controla sua Vida. De forma absolutista e ditatorial arrotando o discurso democrático (ou redemocrático) Proveitoso e produtivo é Você e a Nação entender o mais rápido possível (são 90 anos de atraso) que não adianta tirar o sofá da sala.

        1. Eu não entendo, sinceramente, essa sua obsessão com a Revolução de 30, que para mim foi somente um tema a mais das aulas de História na USP. Era então o Brasil um imenso ajuntamento de fazendas de baixíssima produção. Um dos grandes fazendeiros, Getúlio Vargas, liderou um grupo mais moderninho de civis e militares, deu um golpe, derrubou o sufocante grupo de poder do café e o país começou a ter um esboço de Estado, porque nem isso tínhamos aqui nesse fim de mundo no Hemisfério Sul. Diga-se, aliás que Getúlio fora Ministro da Fazenda do presidente que ele derrubou em 3 de outubro de 1930.
          Assim como o liberalismo clássico do século XIX, também o fascismo era uma ideia fora de lugar por aqui, pedindo licença ao Roberto Schwarz. Nunca existiu fascismo nenhum no Brasil, teve elites estaduais autoritárias e violentas, só isso. Até a minúscula Hungria com seu partido Cruz de Flechas e a medieval Romênia com a sua Guarda de Ferro tiveram mais fascismo em ações reais, atuando com poder no cotidiano desses países, do que o batalhão de basbaques do Plinio Salgado, desfilando nas ruas e gritando “ANAUÊ”.
          O acontecimento mais decisivo na história do Brasil do século XX não foi a Revolução de 1930, foi o golpe militar de 64, infelizmente, porque nem sequer havia no país um Banco Central, o que mostra a infinita fraqueza das elites estaduais brasileiras – nunca existiu uma elite nacional, eram apenas fazendeiros com casas no Rio de Janeiro.
          O Brasil é uma criação do nosso Exército, infelizmente, tragicamente. Em 1822, 1834, 1889, 1930, 1937, 1945, 1955, e 1964, especialmente. Até a posse do Sarney em março de 1985 foi garantida pelo Exército, na pessoa do general Leônidas Pires Gonçalves, com Tancredo Neves em agonia numa mesa de cirurgia.
          Para o Brasil como ele é hoje, foi bem mais decisivo o golpe de 64 – julgamento moral da ditadura é outra história – do que o golpe de 1930, que aliás também seria violento a partir de 1937, com torturas selvagens nas cadeias do Filinto Muller.

          1. Renato Cruz : “…que para mim foi somente um tema a mais das aulas de História na USP…” Nesta frase você resume todo conhecimento sobre o Brasil. Onde foi criado todo Revisionismo Histórico que doutrinou as Elites Brasileiras pós 1930, que não a Obra do próprio Fascista? 1930/2020 entre os Familiares do Fascista Tancredo e Aécio Neves (ou não são os Protagonistas destes 40 anos pseudo Redemocráticos?) são menores que o período 69/79 AI5/Anistia !! E a saga continua. De nada adianta tirar o sofá da sala !!! Eu mesmo não conseguiria explicar o Revisionismo Histórico num Reducionismo Histórico tão abrangente !!! E as Elites deste Estado Ditatorial Absolutista continuam lá, desde 1930, controlando Empresas Estatais e Privadas e toda sua Vida. Mas Nosso QuintnoMundismo, este, deve ser culpa dos outros e do capitalismo. abs.

  2. É preciso falar sério sobre privatizações. É preciso parar de tratar privatizações com ideologias. Caso contrário, as privatizações serão moedas de troca para afirmar ideologias, seja de direita ou esquerda (detesto esses pseudos conceitos, direita-esquerda mas…). Sempre votei em Lula e sempre votarei. No entanto, Lula é contra privatizações. Eu não sou. Vejam o caso da Petrobras. Compramos gasolina mais cara do que os portugueses que importam 100% de petróleo e tem duas refinarias. A Petrobras nunca foi para brasileiros. É ótima para seus funcionários. É preciso quebrar com falsos slogans! A Varig apesar de ser contyrolada pela Fundação Rubem Berta, controlada pelos funcionários, nunca foi para os brasileiros. Era ótima para os funcionários. Tão ótima que quebrou. O Oziris Silva saiu porque não permitiam que ele demitisse. Quem pesquisasse preços de passagens, nunca comprava Varig. Como eu pesquisei a partir de 1997. Mas a varig não era estatal. Tudo bem. Não era estatal mas queria dinheiro a fundo perdido do governo!!!! Vamos falar claramente. Agora, vamos ao caso Eletrobras. Na europa, o consumidor escolhe qual a empresa que vai entregar energia na sua casa. Pois é. Então há uma concorrência sadia e quem ganha é o consumidor. O que está acontecendo hoje com a energia elétrica no Brasil, apagão, taxas etc é um escárnio. Ontem, voltando ao caso das aéreas, a TAP que voltou para as mãos do governo, precisa de 1 bilhão de euros para não falir (vi ontem na SIC). O governo do PSD de Passos Coelho, vendeu a TAP a preço de banana e o americano da Azul sugou o que podia e depois disse que sem aporte do governo não podia continuar. Pasmem, ainda vendeu a sua parte com um baita lucro. As águas. Não vamos voltar muito no tempo. O que está acontecendo no Rio de Janeiro com a falta d’água da CEDAE? Leio que em NIterói, as Àguas de Niterói – empresa criada após a liberação da CEDAE – não faz o local se queixar. Correios: EXISTE ALGUMA EMPRESA PIOR QUE OS CORREIOS? Poderia citar aqui exemplos de péssimo serviço: não entregar e dizer que foi lá 3 vezes!!! Criaram o SEDEX a preço caríssimo mas prometiam no dia seguinte. Depois criaram o SEDEX 10!!! Depois outro sedex…um deboche com o consumidor. Filas nas centrais dos Correios porque a demora é tão grande que o próprio Correios pede que vc vá lá buscar. Encomendas do exterior levam até 3 meses!!! E criaram a taxa de 15 reais por remessa!!! Banco do Brasil e CEF. Vc que não tem conta nesses bancos, precisando fazer uma operação porque algum correntista lhe deu um cheque ou outra coisa…vc não sentiu que os caixas parecem que estão lhe fazendo um favor? Eu não entro no BB ou CEF faz mais de 20 anos! Ora, não venham agora mostrar as mazelas de outros bancos. As explorações etc. Mas, entre BB e CEF ou outro banco, fico com outro banco. Claro, sempre terão uma justificativa mas, porque o paraguaio compra a gasolina da petrobras (Petrobras exporta gasolina para o Paraguai) mais barata que nós brasileiros? O Estado não pode privatizar a saúde, a escola, até mesmo certos setores de transporte etc. Ideologizar sobre privatizações quem paga o pato é o povo. Agora, não vamos fazer como o FHC que vendeu a Vale lucrativa por 10% do seu valor de mercado. Aí é cometer crime. Mas o Brasil não é um país sério. Quando é preciso ajuizar ação para obrigar o governo a vacinar…

    1. Meu caro, se você não entra no BB nem na CEF faz mais de 20 anos, como é que você sabe que o atendimento é ruim assim? E cá pra nós, ir a banco é coisa de velho, não é não? Sou usuário de pelo menos cinco bancos. Nenhum deles chega nem perto do BB quando se trata de tecnologia, atendimento na internet, sofisticação de sistemas.
      Se você não conhece a máquina pública por dentro, não tem o que dizer sobre a qualidade dos serviços que são prestados. Tenho trabalho com e para governo desde o início dos anos 1980 – exatamente o momento em que a praga neoliberal se estabeleceu no Brasil – e tudo o que tenho visto, desde então, são os cortes orçamentários nos investimentos das empresas. Cortam praticamente todo o investimento e cortam indecentemente no custeio. E depois, quando o resultado é mau atendimento, vem a imprensa dizer que bom mesmo é se fosse privado… Ora, vejamos o caso do Amapá: foi privatizada a distribuição. A empresa tinha três transformadores de altíssima tensão para atender todo o estado, herdados de uma política ESTATAL de prevenção, que mantinha dois em funcionamento e um em stand by. Um dos três precisou passar por uma vasta manutenção. Enquanto em estatais isso significa dois, três meses de paralização, com o ONS e a ANEEL aplicando pesadíssimas multas, de dezenas de milhões de reais, pelo descumprimento de prazos, essa operadora adiou o retorno do equipamento várias vezes, sem responder por isso. Muito bem, um dos transformadores que estavam funcionando pifou. Numa estatal, é regra e praxe que qualquer sobrecarga no sistema faz com que ele seja desativado. Isto corta a energia por algumas horas no máximo, mas evita que equipamentos caros e de difícil reposição sejam seriamente danificados. Aliás, é por isso que de vez em quando acontece um apagão regional: alguma coisa grande na região deu problema e tudo foi desligado para que não ocorresse sobrecarga generalizada e destruição da rede. Na empresa privada, o transformador pegou fogo, provavelmente porque continuou a receber carga quando já estava com funcionamento comprometido. Maravilhosa privatização, não é mesmo?
      Setor elétrico é monopolista por natureza. Dizer que na Europa o consumidor “escolhe” de quem vai receber a energia é falacioso. A infraestrutura é comum a todas as distribuidoras. Não tem o fio da companhia A, o da companhia B, o da C. O consumidor recebe um só fio, e diz para quem quer pagar pelo consumido. Então, todas estão sujeitas ao mesmo preço mínimo, que é o custo de uso da rede. Os demais custos, principalmente geração e administração, são específicos de cada empresa. E se duvidar, só o que as diferencia é o custo de administração, porque a geração provavelmente é feita por poucas empresas, se não for uma só, ESTATAL. Logo, essa “concorrência” esconde na verdade um oligopólio que se sobrepõe a um monopólio. Não há concorrência real possível em setores como energia elétrica, saneamento básico, telecomunicações, só oligopólios disfarçados de concorrência e monopólios escancarados. E aí fica a questão: se eu vou ser explorado, serei por uns ou por muitos, por alguns empresários ou pelo Estado?

      1. Meu caro, vc é fraco. Estude. O estudo não resolve mas ajuda a tirar da alienação.
        Veja uma simples pesquisa na internet: https://www.eurodicas.com.br/empresas-de-energia-em-portugal/ (na verdade eu conheço isso da Alemanha)
        Um brasileiro recém-chegado ou em mudança para Portugal tem muitas novidades a se acostumar. Uma delas diz respeito à contratação de fornecimento de energia elétrica e gás natural. No país, a realidade é bem diferente da brasileira e vamos te explicar tudo neste artigo. Confira quais as principais empresas de energia em Portugal.
        Viu como vc é fraco? Não confunda gerenciamento de linha de transmissão com a distribuição da energia. E tem mais, no Amapá, a espanhola Isolux vendeu para uma “tabajara” Gemini Energy com o consentimento da ENEL !!!! Estude, filho. Não se mostre nos comentários como um despreparado.
        xxxxxxxx
        Agora que vc viu como é fraco, vamos continuar.
        Não entro no BB ou CEF faz 20 anos. Jurei que não entraria. Mas tenho amigos que passaram nos últimos anos por situações de serem tratados como alguém implorando um favor para atendimento. Que o diga o servidor público federal obrigado a fazer prova de vida no BB ou CEF. Um desastre. Torço que sejam logo privatizados. Outro foi pegar um financiamento imobiliário e o gerente queria fazer uma “casadinha”. Sobre a Petrobras e sua gasolina mais cara que Portugal vc “peidou”. Tudo bem. Mas poderia fazer uma pesquisa sobre o valor que a Petrobras vende para o Paraguai. Aliás, pergunte se os brasileiros não cruzam a ponte para abastecer no Paraguai. Pois, vc é fraco, mas em Portugal aconteceu o mesmo: portugueses atravessavam a fronteira e abasteciam na Espanha. E olhem que a gasolina em Portugal dá de 10×0 na brasileira. Claro, vc não sabe disso. Tudo bem. Mas estude. Qualquer coisa estou aqui para te tirar da alienação. E Lula livre para vc. Quem me conhece sabe que desde 2017 digo que o juiz conje Moro será preso em 2025. Isso para mostrar que não votei nos THCs da maconha, nos Aécios das contas de Luxemburgo ou nos Bostas. Espero que vc não tenha votado neles e depois deu ré no quibe. Vai por mim, estatização é bom para os funcionários estatais. Para o povo é péssimo. Aprenda comigo: sempre votei em Lula mas Lula nos 8 anos no poder poderia ter acabado com a Globo (ou quase). Não fez e se arrependeu. Abra mão do fanatismo e aprenda comigo. Agora, se vc é um dos funcionários que não quer perder a boquinha…eu lembro da “famiglia variguiana” que me atacava quando eu dizia que a varig nunca tinha sido empresa para brasileiros e pior, mancomunada com a ditadura, roubou as linha da Panair que “foi falida” (a Panair não tinha dívidas quando decretaram sua falência).

    2. Os dados apresentados são tirados do famoso banco de dados o Data-ku, exemplo da preciosidade dos dados, para conferir o preço da gasolina, que apesar de todo o desmonte da Petrobrás olhem os preços em https://www.globalpetrolprices.com/gasoline_prices/
      Quanto aos correios talvez mores em um local com número secreto ou sem identificação, pois recebo pacotes tanto do exterior em prazos muito menores do que indica, mesmo com a política de desmonte dos correios que o atual governo está fazendo, e tenho comprado muito durante a pandemia pelo correio e somente é necessário buscar no correio quando não tem ninguém para receber em casa.
      Quanto a empresa de águas aqui em Porto Alegre, mesmo tendo um prefeito liberalóide que não foi reeleito nunca falta água.
      Outro absurdo, “Na Europa, o consumidor escolhe qual a empresa que vai entregar energia na sua casa.” MENTIRA, pois não tem fisicamente como fazer isso, pois se fosse feito isso como seriam gerenciados os transformadores, não tem como escolher rede elétrica como dizes.
      Por favor, não pense que quem lê aqui no GGN é um idiota que acredita em besteiras de um sujeito que inventa um sobrenome que é nome de computador, vai te catar.

      1. O sujeito faz um convite pra “falar sério”, me faz perder alguns segundos de leitura, e abre essa caixa de ferramentas de asneiras, mentiras, rastaquerices, vira-latismo etc. etc. etc. Onde estamos?! O que estamos comendo, bebendo, aspirando, que nos tem proporcionado tamanha confusão mental?! Lendo tamanha estupidez, me convenço de que o Demente no Planalto não é causa, mas um mero resultado de milhões de imbecilidades, nulidades, estupidezes como esta. Até quando?!

        1. Pobre diabo, outro que achou que estudar cansava. Sabe qual é a chance de vc ganhar na mega-sena? Mas nunca desista de estudar. E outra, ao responder alguém, não faça papel de boçal. Crie argumentos, ou desmonte os que foram escritos. Dizer que são asneiras etc é coisa de analfabeto. Eu acho que o site do Nassif merece um nível mais qualificado. Por isso que dou ao trabalho de comentar aqui. Vai por mim, estude, pesquise na internet, busque exemplos e depois, só depois, volte aqui. Não faça deste espaço de comentários lugar para seus recalques. Depois eu te conto sobre suas chances de ficar rico na mega-sena. hehehehehehehe

        1. Mais uma vez uma surpreendente pesquisa do renomeado instituto de pesquisa IPADK (Conhecido também pelo nome Instituto de Pesquisas Aleatórias Data Ku), ou seja, aquele instituto que tira seus dados la daquele lugar mesmo com pauzinho).
          O Site que a Folha diz que tirou o valor é o Global Petrol Prices só que para quem não é um mero babaca que confia na Folha vai no Site
          https://www.globalpetrolprices.com/gasoline_prices/#hl11 e olha da onde saíram os dados.
          O site indica valores Máximos e Mínimos para cada país, o que a Folha faz, coloca o valor máximo no Brasil e o Mínimo em Hong Kong pois se alguém tiver a paciência de conferir (eu tenho, só para mostrar o besteirol do LeNovo que não é computador nem sabe fazer contas. Se olhar no dia de hoje o preço que eles consideram com uma média que eles fazem é de US$0,872 no Brasil e US$2,282 (bem diferente do que o IPADK indica.
          Logo o LeNovo é como eu disse um computador falsificado.

    3. Acho que censuram meu comentário. Mostrei site onde mostra o europeu escolhendo sua fornecedora de energia; mostrei como foi a venda da espanhola para a “tabajara” Gemini Energy no Amapá com a conivência da ENEL, trouxe mais exemplos do péssimo atendimento do BB e CEF mas…censuraram meu comentário. Só porque eu orientei ao fraco que me respondeu para estudar. Ah sim, vou repetir e qualquer um pode conferir na internet:

      PORTUGAL
      Empresas de energia em Portugal: conheça as opções e escolha a melhor para você
      29 de setembro de 2020
      Um brasileiro recém-chegado ou em mudança para Portugal tem muitas novidades a se acostumar. Uma delas diz respeito à contratação de fornecimento de energia elétrica e gás natural. No país, a realidade é bem diferente da brasileira e vamos te explicar tudo neste artigo. Confira quais as principais empresas de energia em Portugal.
      Vc é fraco, estude e depois volte aqui.

      1. Acho que você já levou suas bobagens um pouco longe demais. Um bobalhão deslumbrado. Se algum comentário seu for omitido, não é censura. É que até imbecilidades têm limites.

  3. André Araújo.

    É sempre um prazer ler mais este artigo seu. Que venham muitos mais.

    Sua riqueza de informações, sua racionalidade impecável, clareza de exposição o tornam uma figura única e excepcional na esfera pública brasileira.

    Vale destacar sua frase, que resume a experiência prática da terra do Tio Sam: “O que é do estado, continua sendo”.

    Um belo lema, que deveria ser adotado por todos aqueles que se opõem a perversa política de privatizações no Brasil.

    Com certeza, o neoliberalismo é uma ideologia nefasta, que é ensinada em universidades americanas, para economistas cucarachas”, de nossa América Latina, para serem utilizadas em políticas públicas de seus países de origem, com o respaldo e reforço cotidiano da mídia conservadora e seus jornalistas orgânicos. Tão nefasta, que sequer é cogitada sua aplicação nos países desenvolvidos.

  4. Uma observação: a mudança do tratamento a crise de 29 foi feita por Roosevelt, tendo que enfrentar uma Suprema Corte hostil e parte da elite que achava que ele queria transformar o país em socialista, comunista. Hoover acreditava que o caminho que ele adotou desde a crise de 29 – que o mercado naturalmente resolveria a solução – era correto até aquele momento ( mais tarde, pelo que você já escreveu, ele se arrependeu disso) , apesar de ter terminado seu mandato com um país a beira do colapso.

  5. A imprensa americana não protestou quando Trump vetou peremptoriamente a venda de várias empresas americanas para estrangeiros, e foram muitos vetos, com o argumento do interesse nacional e da seguranca nacional. Passaram quase despercebidos. Lá a questão do interesse nacional é ponto pacifico independentemente da matiz ideológica.

  6. Acho que as razões para a venda da Eletrobrás não importam.
    Poderiam até existir e serem corretas, mas, tanto faz.
    IMPORTANTE É QUEM QUER COMPRAR…

  7. André, esqueceste ainda as usinas que pertencem ao Exército Norte Americano (United States Army Corps of Engineers) e o último congressista que pensou em estatizar morreu num acidente de patinete, elas foram construídas na mesma época do que a época TWA (Roosevelt).Além disso o transporte público de trem (AMTRACK) que o governo federal gasta quase um bilhão de subsídios por ano e ninguém fala em privatizar e além disso estão gastando uma nota para implantar linhas de alta velocidade no corredor nordeste.
    Outra coisa que esqueces que a maioria das cidades norte-americanas estão estatizando os serviços de saneamento, pois as empresas privadas não fazem um serviço que preste. https://www.tni.org/files/publication-downloads/reclaiming_public_services.pdf

    1. Prezado, tem razão, sou um usuario dos trens da AMTRAK, a logica desse serviço estatal que custa mais que US$2 bilhões por ano é que idosos americanos, cerca de 15% deles, não podem viajar de avião e então é preciso que existam trens para eles, que não são baratos, de Washington a NY custa o mesmo que avião mas o serviço é bom e tem uma sala de espera de nivel de classe executiva de aeroporto. Lembro tb da grande quantidade de rodovias pedgiadas nos EUA, que são PUBLICAS, não conheço nenhuma rodovia de concessão privada.

      1. André, o mais surpreendente é que o maior gerador de energia hidrelétrica nos USA é o U.S. Army Corps of Engineers (USACE) que é o quinto fornecedor de energia nos USA.
        Os milicos brasileiros são uns bostas, enquanto os norte-americanos seguram com garras e dentes as suas usinas os brasileiros querem promover a venda da ELETROBRAS, ou seja, são uns verdadeiros lambe-botas dos gringos.

  8. Caros Nassif e André Araújo,

    Sou engenheiro eletricista e trabalhei no Setor. O artigo descreve bem a situação, mas eu faria um pequeno complemento: Os EUA criaram 2 grandes estatais no setor eletrico: TVA – Tennessee Valley Authority (1933), BPA – Bonneville Power Administration (1937), que implementaram grandes usinas hidrelétricas, além da represa Hoover (1931).
    Essas estatais foram importantes para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico da produção e transmissão de grandes quantidades de energia. Por exemplo, a BPA foi a primeira empresa no mundo a construir linhas de 345kV e pesquisou um problema que ocorria no lançamento dos cabos condutores em grandes vãos e áreas montanhosas. Assim, é a pesquisa estatal um grande motor do desenvolvimento, pesquisa essa que resulta em tecnologias depois utilizada por todos, estatais e privados.

    Aqui no Brasil o gov. PSDB/Alckmin fez o crime de entregar a estatal CTEEP (Transmissão Paulista) nas vésperas da eleição presidencial de 2006 (28/junho) por míseros R$755 milhões, sendo que ela teve lucros líquidos livres de impostos de R$300 milhões em 2003, R$420 milhões em 2004 e R$500 milhões em 2005. Faturava R$1,1 bilhão e foi entregue pra empresa 99,5% estatal ISA, da Colômbia, que faturava R$450 milhões por ano…

    Qual louco venderia uma empresa com lucro líquido 500 milhões por apenas 755 milhões? Louco ou outra coisa?

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