“CPI não quer chegar à corrupção. Continua focada no espetáculo”, diz Helena Chagas

Para jornalista, gabinete paralelo não dá impeachment. É preciso encontrar provas nas ações de Bolsonaro

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Jornal GGN – A jornalista Helena Chagas divulgou um artigo criticando a atuação da CPI da Covid no Senado. Segundo ela, ao que tudo indica, a maioria dos senadores da comissão perdeu o foco. Em vez de investigar indícios de corrupção nas ações e omissões de Jair Bolsonaro – como, por exemplo, quem se beneficiou com a distribuição de cloroquina, um remédio sem eficácia compravada contra Covid-19 – a CPI está apegada demais ao “gabinete paralelo”.

Nesta semana, o próprio presidente da CPI, Omar Aziz, repetiu sua tese de que Bolsonaro foi “mal assessorado” na pandemia por médicos e consultores que sugeriram medidas contrárias às orientações do Ministério da Saúde. Ele disse que isso é importante esclarecer, até para “poupar o presidente” de acusações genéricas.

Para Chagas, a CPI parece mais um reality show do que um inquérito propriamente dito. O que levantaram até agora desgasta politicamente a imagem de Bolsonaro, mas é insuficiente “para lastrear um processo de impeachment – o que já não se poderia afirmar se as investigações revelassem um caso cabeludo de corrupção.”

“(…) não resolve mais pesquisar por que a dra Luana Araújo teve sua nomeação vetada – o que não é crime – e nem saber o que cada integrante do chamado ‘gabinete paralelo’ da Saúde aconselhou o presidente a fazer. Quem fez foi o chefe do governo, e ele deve responder por isso, inclusive criminalmente. Mas vai ser difícil condená-lo por ouvir a opinião de pessoas que não são do governo.”

Mas, segundo a jornalista, “não se vê entre integrantes da CPI da Covid – com raras exceções – maiores apetites para seguir o dinheiro”. Alguns temem esbarrar em governadores e prefeitos; outros, que a questão da cloroquina amplie a crise militar.

Em entrevista exclusiva à TVGGN, o senador Fabiano Contarato fez uma série de críticas à condução da CPI. Além de analisar a metodologia de investigação, o senador, que é professor de Direito, criticou também as declarações do presidente Omar Aziz, que corriqueiramente antecipa juízo de valor sobre determinados investigados ou assuntos da comissão. Confira aqui.

Leia o artigo completa de Chagas clicando aqui.

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Redação

1 Comentário

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  1. nem assisti a entrevista do excelentíssimo senador Contarato… mas esse tipo de comentário é juvenil. conta-outra, será que vosso delegado é tokenista? pouco frequentou as delegacias e os presídios do nosso país, só dos presos: 41,5% não tem condenação! pessoal tem que ampliar a visão, tão se estreitando… os 25% dos eleitores de bostanero-sem-partido são malfeitores e facínoras, pervertidos, que se aplique o procede do momento à todes! é assim que funciona, ponto

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