Alunos da rede municipal de SP aprenderão história da África

Jornal GGN – A Prefeitura de São Paulo lançou um livro didático e que vai servir para ensinar a história da África aos alunos da rede municipal de ensino. De acordo com a professora da Ufscar, Petronilha Gonçalves e Silva, a obra vai servir para construir a concepção do africano e do afro-brasileiro.

O livro “O que você sabe sobre a África? Uma viagem pela história do continente e dos afro-brasileiros” é uma compilação de uma obra encomendada pela Unesco e produzida por 350 especialistas em história do continente africano. Segundo a prefeitura, 50 mil exemplares estarão disponíveis para toda a comunidade acadêmica e estudantes da rede municipal.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que finalmente os jovens afrodescendentes terão material de apoio fiel às suas origens. “É uma leitura maravilhosa, com base na melhor pesquisa já feita sobre a África. Nós vamos, finalmente, fazer com que os afrodescendentes possam conhecer suas origens, se apropriar disso e se realizar como ser humanos plenos a partir do autoconhecimento”.

Da Rede Brasil Atual

Livro sobre a história da África chega à rede municipal de ensino de São Paulo

Obra “O que você sabe sobre a Africa? – Uma viagem pela história do continente e dos afro-brasileiros”, lançada pela prefeitura paulistana, é uma síntese de material produzido pela Unesco

São Paulo – A história da África está ao alcance dos alunos e professores da rede municipal de ensino de São Paulo por meio do livro “O que você sabe sobre a Africa? – Uma viagem pela história do continente e dos afro-brasileiros”. “É uma obra que é acessível, em que poderão encontrar textos, imagens e informação que vão construindo a sua concepção de ser humano, de africano, a sua concepção do afro-brasileiro”, afirma a professora emérita da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Petronilha Gonçalves e Silva.

O material lançado pela prefeitura de São Paulo na última sexta-feira (29) é uma síntese, em menos de 100 páginas, de uma obra feita pela Unesco durante 35 anos por 350 especialistas em história do continente africano, consolidada em oito volumes chamada História Geral da África. Segundo a prefeitura, 50 mil exemplares estarão disponíveis para toda a comunidade acadêmica e estudantes da rede municipal.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, destacou em sua página do Facebook que o livro permite que os afrodescendentes poderão conhecer suas origens. “É uma leitura maravilhosa, com base na melhor pesquisa já feita sobre a África. Nós vamos, finalmente, fazer com que os afrodescendentes possam conhecer suas origens, se apropriar disso e se realizar como ser humanos plenos a partir do autoconhecimento.”

Assista vídeo reproduzido pela TVT:

https://www.youtube.com/watch?v=R3OaPa8a9aE height:394

11 Comentários

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  1. Berimbau e caxixi

    Vamos aprender história da África antes de conhecer a história do Brasil.

    A escravização dos povos indígenas nativos da costa brasílica é anterior à escravização dos africanos e preparou o terreno para ela.

    A escravização transatlântica foi inventada na Praça da Sé tupiniquim de Piratininga.

    Corremos o risco de substituir um preconceito por outro… 

  2. Bacana

    Cultura – em geral – é o melhor caminho para mitigar preconceitos. 

    Mais uma ótima iniciativa do Haddad e espero que seja copiada para outros estados.

  3. Uma completa aberração de

    Uma completa aberração de carater nitidamente ideologico. De que Historia estamos falando? Dos dois mil reinos cada um com seu soba?  A historia desse reinos é mal conhecida na propria Africa pela sua enorme complexidade que não leva a um conhecimento civilizatorio. Nossa construção cultural é europeia por razões da propria Historia que nos afeta.

    No Brasil há a maior colonia japonesa fora do Japão e nem porisso se cogita estudar aqui Historia do Japão.  Temos 10% da população com sangue libanês, inclusive o Presidente, o Governador de São Paulo e o Prefeito de São Paulo, mas não se pensa de ensinar historia do Líbano nas escolas

    A Historia pre-colonial Africana tem qual serventia para os estudantes, mesmo os afrodescendentes? Pouco ou nada.

    A historiografia africana pre-colonial tem bons autores em Portugal, poucos ha Inglaterra e alguns na França. As fontes são minimas, os documentos praticamente inexistentes, é um esforço meritorio para pesquisadores, antropologos e academicos porque é uma parte importante do mundo MAS não é materia para estudantes de escola fundamental a não ser por razões bem pouco educacionais.

     

    1. Calma AA,

          A iniciativa é interessante, não por esta justificativa babaca sobre os “afrodescendentes”, mas pelo menos para que nossos estudantes, desde o fundamental, percebam que não existe a história na  visão eurocentrica, assim como seria muito util que nosso ensino tambem conta-se, bem contada, a história dos Estados Unidos, e das nações que nos fazem fronteira, nem seria necessária uma abordagem profunda, mas pelo menos que eles tenham consciência que existe história alem da européia.

           E acho uma falha de nosso sistema de educação, a pouca ou nenhuma importancia dada a história oriental, ainda mais com relação a atual situação mundial, creio que poucos teriam saco/paciência ou disposição, de frequentar aulas no Nikkei Club como eu fiz na década de ’70, ou no Monte LIbano na década de ’80 e na Assoc. Arabe Siria ( ficava na Rua Augusta de baixo ).

      1. Meu caro Junior, a questão é

        Meu caro Junior, a questão é nossos estudantes não conhecem sequer a Historia de Portugual de onde vem nóssa formação veio, pouquissimo sabem da Historia da Espanha ou da França, nada sobre o Rsirgimento italiano, a Historia da Africa seria um plus depois de estarem saciados da Historia de nossas raizes europeias e medio orientais MAS sem saber das fontes de nossa cultura e civilização vamos estudar essas historias paralelas? Me parece um contrasenso.

        O que se chama de Historia da Africa pelos seus propagadores é na realidade a Historia da Africa sub-saariana porque a Historia da Africa do Norte é bem conhecida, especialmente do Egito. Sobrea a Africa Negra tenho todos os oito volumes da Historia Geral da Africa da Unesco que é muito interessante e se encontra na Livraria Cultura.

        Se é para nos debruçarmos pelas historias laterais porque não a historia da China? Ou da India? Ou da Russia ?

        Espero que no estudo da Historia da Africa se de foco aos reis africanaos que vendiam seus patricios para mercadores arabes que os revendiam aos traficantes de escravos portugueses e brasileiros que compravam nos portos da costa

        mas não eram eles que acorrentavam os vendidos, esse elo era a parte de seus proprios sobas, vão contar isso?

        1. Obrigatório

              Meu caro,

              Estendendo minha opinião, achando que não fui claro, é obvio que uma “história da africa subsaariana” , da origem de nossa “etnia”, deve ter como uma das bases, a origem da apreensão e posteriormente do trafico de pessoas, explicando os acordos existentes entre os “sobás” vencedores, os intermediarios arabes, e suas relações comerciais – vendas de escravos em troca de produtos e apoio armado – com as varias companhias “ocidentais” ( européias).

               Esta história, TEM que ser contada, é a real, aconteceu, é fato, inclusive em uma concepção de aula “ideológica”, estas histporias reais, da dominação etnico -politica, podem derivar para um entendimento da progressão colonial européia em Africa, até – tipo na pós – um entendimento mais conclusivo do Conferencia de Berlin, algo  muito interessante que moldou o continente africano.

               E meu caro, vc. pode até não concordar, MAS no Brasil, em média-bem baixa, o conhecimento sobre Africa, beira ao ridiculo, tipo : todo africano negro é igual ( um traço de preconceito ), só que quando vamos para lá, naõ importa o local ( Angola. Nigéria, Moçambique, Ilhas Oceanicas, Namibia, Ilhas Oceanicas, Sudão, etc… ), é necessário explicar, tornar claro, até para diplomatas, que um “haussá” é completamente diferente, até oposto a um “kikongo”, só em Angola existem mais de 4 linguas, na Nigéria então, meu querido AA, como disse um amigo, fale inglês, pois linguas locais – etnias – são mais de 10, Angola são apenas 4.

               AA, expandir o universo de conhecimento, nos auxiliaria bastante, teriamos base para crescer, dominar o entendimento do Atlantico Sul, pois entender como o “outro” formou-se, originou-se, é geopolitica.

    2. Desconhecer a história da

      Desconhecer a história da Africa, é desconhecer ou não querer saber da história da humanidade.

      É mais fácil e conveniente conhecermos a história Europeia.

      “A Historia pre-colonial Africana tem qual serventia para os estudantes, mesmo os afrodescendentes? Pouco ou nada”

      Pois é ! É muito mais “conveniente” para nós negros, aceitarmos a cultura, modos, hábitos e costumes imposta pelo branco, né não ?

      Putz ! quem nasce aos seus nunca degenera, por mais que queiram e tentam disfarçar.

      /////////

      Detalhe bíblico sobre o continente Africano, que para muitos tem pouco ou nenhuma importância. Vale mais com ilustração.

      Noel teve três filhos: Sem, Cam e Jafé

      Cam teve três filhos que deram origem ao povo do continente Africano: Líbia, Cuxe e Mizarim.

      A Líbia – até um tempos atrás era governado pelo ditador Muammar al-Gaddafi, que foi caçado e morto.

      Cuxe – deu origem ao povo Etíope.

      Existe uma curiosidade interessante sobre os Etíopes. É a única nação dos 54 países do continente Africano, que nunca foi subjugado por outra nação. Ou seja, nunca foram colonizados ou explorados por quem quer que seja. Alguns historiadores garante que a Arca da Aliança estaria de posse desse país.

      Mizarim – deu origem ao povo Egípcios.

      No Egito foi onde começou a primavera Árabe, que se extende até os dias de hoje aqui no Brasil. É impressionante a semelhança entre os fatos e acontecimentos.

      1. Vou perguntar por desconhecer

        A história da África, no caso da edição da ONU, foi escrita por brancos com formação e visão eurocentrista ou foi diferente?

    3. André Continua Falando Bobagem

      André, pense duas vezes antes de falar. E antes que você venha com seus ataques costumeiros já vou avisando, estou lendo a coleção!

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