Avança na Bahia politica de militarização do ensino público
por Josias Pires
Neste 1o. de abril completam-se 54 anos do golpe civil-militar que derrubou o governo de centro-esquerda de João Goulart e implantou a ditadura, que durou vinte anos, mas que permanece ativa em diversas situações, como demonstra o livro “O Abismo na História”, do filósofo Edson Teles, conforme reportagem da revista Carta Capital. Outro exemplo de como a sociedade brasileira continua apostando no papel dos militares para além das suas funções constitucionais é o que está ocorrendo, neste momento, na Bahia no campo da educação pública.
Está circulando na Internet uma peticão popular liderada por professores vinculados ao Partido dos Trabalhadores e por integrantes de outros grupos democráticos e de esquerda contra a proposta de militarização das escolas estaduais e municipais no estado, proposta encampada pelo governador Rui Costa (PT-BA). A medida vem sendo articulada no âmbito da Secretaria Estadual de Educação desde 2015 e avançou a passos largos em 2018, apesar de parecer contrário emitido pelo Conselho Estadual de Educação em 18 de dezembro de 2017.
Até 2017 havia em Salvador dois colégios da PM. Porém, em anexo ao processo seletivo para admissão de alunos nas unidades do Colégio da Polícia Militar 2018, há uma lista de 14 unidades de ensino, sendo nove delas em cidades do interior do estado. Os 12 novos colégios da Polícia Militar funcionavam até recentemente como escolas públicas da rede estadual, que passaram a ser geridos com a participação da Polícia Militar. Há poucos dias a imprensa baiana noticiou que um colégio municipal de Lauro de Freitas, cidade governada por uma prefeita petista, também aderiu ao projeto de militarização aqui .
“A proposta de militarização de escolas públicas, que agora se apresenta para ser implantada tanto em escolas estaduais quanto municipais, por meio de convênio com a UPB [União das Prefeituras da Bahia] sob o comando da Polícia Militar do Estado da Bahia, está equivocada na sua justificativa, nos seus objetivos, no conteúdo pedagógico e se coloca contra o ordenamento jurídico construído ao longo dos anos pela sociedade civil organizada, sempre com o apoio do PT, dos partidos de esquerda e dos militantes da Educação na Academia”, afirma a referida petição pública dos professores.
O Conselho Estadual de Educação (CEE) analisou a minuta de projeto de lei que o governo pretende enviar para a Assembleia Legislativa criando um Sistema Estadual de Educação Militar. O parecer do CEE demonstra que a intenção do governo foge à legislação federal e estadual que regula a educação nacional.
Informa o parecer que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (Lei nº 9.394/96), em seu artigo 83, especifica que “O ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino”. A lei específica, argumenta o CEE, é necessária dado o fato de que o ensino militar destina-se à formação de militares. Porém, o projeto de lei do governo da Bahia pretende instituir não a lei específica para o ensino de formação de militares, mas um completo “sistema de educação” englobando escolas em todo o estado para filhos de militares e de civis.
O principal articulador do projeto de militarização do ensino público na Bahia é Ney Campelo, superintendente de Política para Educação Básica da Secretaria Estadual da Educação. Em reportagem publicada no site de um jornal baiano, no último dia 19, ele rebate as críticas e tenta minimizar o alcance da medida. Especialistas que acompanham de perto o desenrolar do problema, contudo, afirmaram para este blogueiro que o desejo de militarização do ensino de escolas públicas é crescente entre pais e políticos do interior do Estado e de bairros populares de Salvador, que veem na medida maior proteção para os seus filhos e a suporta garantia de melhoria da qualidade do ensino. O desejo dos pais estaria sendo vista como importante moeda eleitoral pelo governador e por alguns dos seus assessores da Secretaria de Educação.
As observações desses especialistas, se verdadeiras, viriam, portanto, a corroborar a onda de militarização da sociedade brasileira, que vem adquirindo maior visibilidade a partir dos sinais emitidos em manifestações de rua, a partir de 2013, quando apareceram cartazes empunhados por defensores do retorno dos militares ao poder e de apoio à ditadura militar; que tem se aprofundado com a movimentação de civis e militares em favor da intervenção militar no poder federal e estaduais; e adquiriu vocalização ainda mais intempestiva dado a ação de um candidato à presidência da República que tem angariado apoio defendendo a militarização do poder e da sociedade brasileira e o assassinato de lideranças de movimentos sociais.
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Militarização da escola pública
[1/4 15:08] Maria Del Carmen Ventin: Para mim, essa estratégia é uma forma de contenção das classes menos favorecidas. Como uma forma de substituir o patrão empregador pela pátria! O respeito, a ordem é pela salvação da pátria
[1/4 15:09] Maria Del Carmen Ventin: Não deixa de ser uma visão nacionalista. Aí tome problemas!
Se eu entendi direito, o
Se eu entendi direito, o governo do PT Ruy Costa aprova essa medida. A direita no Brasil é sem escrúpulos e xucra e e esquerda tem titica na cabeça. Está criando os corvos que lhe arrancarão os olhos em breve.
Militarização da escola pública
Uma decisão equivocada, de consequências desastrosas para o debate da política educacional brasileira, em face do “populismo autoritário” que assume um viés contraditório tanto na sociedade civil, quanto nas ações dos responsáveis pela gestão de políticas sociais no âmbito do Estado brasileiro. Além de um fragoroso desvio de funcionalidade das coorporações militares.
As escolas militares são as maiores farsas em termos de …….
As escolas militares são as maiores farsas em termos de qualidade de ensino.
Todo o processo de ingresso em instituições de ensino baseados em processos seletivos são uma verdadeira farsa em termos de educação universal.
Há uma verdadeira lenda urbana que se chama o ensino nas escolas militares, estas escolas foram criadas para que filhos de militares que eram transferidos compulsoriamente de um estado para outro não tivessem descontinuidade nos seus estudos, logo era extremamente lógico que houvesse escolas em todo o país com o mesmo currículo para que não se tornasse um drama familiar a mudança de posto nos militares, ou seja, saindo de um estado em que a ordem do ensino de determinados conteúdos fosse diferente de outros, exemplificando melhor, se num estado termodinâmica fosse dado na primeira série do segundo grau e noutro na segunda série que passasse de um para o outro, ou não veria nenhuma vez este assunto ou veria duas vezes e nada de outro.
Como sobram vagas não é empregado um critério de acesso universal ou mesmo por áreas geográficas para o ingresso dos alunos, mas sim provas completamente fora de noção para selecionar os alunos. Aí acontece o mais importante, há alunos que mesmo estando cursando até dois anos além do necessário fazem exames para entrar atrasando o seu estudo em dois anos, ou mesmo entram em escolas preparatórias que são verdadeiras torturas com as crianças.
O mais interessante é que ao longo do curso se verifica a diferença dos que entraram na seriação normal, que são crianças com maior capacidade intelectual e os burrões que foram devidamente treinados para os “vestibulares” de acesso as escolas militares. O que acontece é que estes últimos começam a apresentar um desempenho muito pior do que os que estão na seriação normal. Ficam os baixinhos espertos e os grandões burros (e o pior que muitos destes últimos seguem a carreira militar).
Agora vem o mais desagradável que os educadores por viés profissional procuram negar, com processos seletivos, tanto para os baixinhos espertos como para os grandões burrões, há uma seleção que bem ou mal faz uma pré-escolha baseada relativamente em parte com os mais aptos a seguirem estudos posteriores, tanto pela disciplina de estudo que eles se impõe antes mesmo de entrar nas escolas e como para alguns por terem melhores capacidades intelectuais (principalmente os baixinhos espertos).
Esta primeira peneira de entrada, dificilmente define o êxito profissional dos egressos das escolas militares, pois simplesmente as competências para o êxito nas diversas carreiras que seguem, não é em nenhuma forma testada em provas de matemática e português para uma criança.
Logo o que digo, que o ensino nas escolas militares ou militarizadas, é uma farsa, pois ela discrimina o seu ingresso através de aptidões que são extremamente úteis para o sucesso escolar, mas são neutras para o desempenho de diversas profissões, ou em algumas sendo até negativas.
Contrariando o que muitos pensam, como fui professor durante quase quatro décadas de uma escola de engenharia, posso dizer que apesar da facilidade no ingresso nestas escolas os alunos que saem das mesmas tem menos chance de serem profissionais com êxito técnico ou mesmo comercial na carreira, salvo que eles se tornem professores universitários (; .
Contra a proposta da militarização das escolas publicas da Bahia
É estarrecedor o que está circulando na mídia dizendo que há uma proposta do governador do estado da Bahia para militarização da educação básica. E olhe de qual partido que ele foi eleito? Exatamente do Partido dos Trabalhadores que tem em seus quadros os melhores pensadores da educação nacional da contemporainidade. Esse senhor realiza obras até importantes na Bahia no referente à infraestrutura, como é o caso do metrô, mas em relação à educação (o seu antexessor também foi a mesma coisa) está sendo um desastre.
Pensei ter lido errado. Fui e
Pensei ter lido errado. Fui e voltei duas vezes no texto para ter certeza. Essa esquerda que a direita adora fica a cada dia mais criativa. Agora vai entregar a educação (a EDUCAÇÃO) para a polícia militar. Daqui a alguns anos teremos uma horda ainda maior de reacionários direitistas. E tudo fomentado por um ilustre governador do PT. Não bastaram as besteiras políticas tomadas em âmbito nacional? Não bastou a tibieza político-administrativa do governo Dilma?