Aliança entre igrejas nas eleições é ‘utopia’ diz Feliciano

Evangélicos seguem articulação para evitar pulverizar votos de religiosos e eleger 150 na Câmara e 15 no Senado; mas deputado federal pelo PSC acha proposta “utópica” 
 
Foto: Agência Câmara
 
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Jornal GGN – A bancada evangélica segue montando a estratégia para unir forças e ampliar a representatividade no Congresso nessas eleições. O proposta está sendo costurada desde outubro por alguns parlamentares, entre eles Magno Malta (PR-ES) e os deputados João Campos (PRB-GO), Sóstenes Cavalcanti (DEM-RJ) e Antonio Bulhões (PRB-SP) com representantes de várias igrejas, entre elas Sara Nossa Terra, Universal do Reino de Deus, Assembléia de Deus e igrejas batistas. 
 
O projeto evangélico prevê evitar a pulverização de votos estabelecendo um candidato por estado ao Senado – que neste ano eleitoral abrirá duas cadeiras por estado. Para no Congresso, querem criar uma espécie de “distritão evangélico” para lançar um ou dois candidatos para concorrer. Com isso, a bancada evangélica espera quintuplicar a presença no Senado passando dos atuais três para 15 membros e de 93 para 150 o número de deputados. A representatividade no Congresso saltaria de 12% para 30%, próximo da proporção de evangélicos na população: 32% segundo pesquisa Datafolha.
 
O aumento também proporciona mais força para impor a agenda conservadora no Congresso. Segundo a Folha de S.Paulo, o pastor e cantor gospel da Tempero do Mundo, Magno Malta, senador desde 2003 tem se sentido acuado na Casa desde que o sobrinho de Edir Macedo, Marcelo Crivella (PRB-RJ), assumiu a prefeitura do Rio de Janeiro e esse sentimento foi que o levou a “traçar metas” com o presidente da Assembléia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, e outras igrejas para indicar “candidatos com chances reais de vitória” contra a pulverização do voto dos religiosos. 
 
A estratégia também conta com a colaboração Concepab (Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil) e do presidente da bancada católica na Câmara, Givaldo Carimbão (PHS). 
 
Um dos nomes que os evangélicos querem atrair para concorrer, segundo informações da Folha, é de Flávio Bolsonaro, filho mais velho de Jair Bolsonaro. A preparação dele estaria sendo articulada pelo o ex-ministro e bispo licenciado da Universal Marcos Pereira e a estrela gospel André Valadão. 
 
Para o deputado e pastor Marcos Feliciano o meio evangélico não tem condições suficientes para estabelecer harmonia e garantir que cada igreja apoiará a candidatura de um único aspirante ao Congresso por regiões pré-estabelecidas. “Renascer, Universal… Nenhuma das grandes igrejas vai abrir espaço para candidato de outra igreja. Isso é coisa de mente utópica. Ninguém quer colocar a azeitona na empadinha de ninguém”, declarou à Folha.
 
Ele mesmo é exemplo: está ligado ao Ministério Belém, do grupo das Assembleias de Deus no Brasil, e quer se reeleger à Câmara mas encontra barreira do líder da denominação, José Wellington Bezerra da Costa, que deverá apoiar a candidatura do filho Paulo Freire. “Sou proibido, em campanha, de passar na calçada da igreja”, conta lembrando que em termos de pesquisa de intenção de votos entre os evangélicos está a frente de Freire e em 2014 foi o terceiro deputado mais bem votado. Para conseguir concorrer, Feliciano estuda trocar o PSC pelo Podemos, antigo PTN. 
Redação

10 Comentários

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  1. qual a proposta poltiica

    Salve a familia Brasileira! Mas trabalhe até morrer, sem previdencia, sem salario minimo, pague pela saude e de o dizimo. Rico foi escolhido por Deus, assim todos serão ricos. 

    Será que é possivel enganar o povo evangélico em depressão econômica?

    1. George, este será o calcanhar de Aquiles dos evangélicos.

      Não só nas chamadas igrejas Evangélicas da Terceira Onda (os neopentecostais), como a IURD e outras que trabalham com o conceito de um deus supridor de demandas (ou seja, pagando a igreja, deus dá) mas também os de primeira e segunda onda, que negociam as graças divinas conforme o dinheiro dado ao pastor. Quando a economia está em crescimento atribuem aos fiéis a prosperidade ao bom cristão, porém quando a economia está em baixa o fervor religioso.

  2. o voto evangélico

    Durante os governos Lula, a população evangélica sempre apoiou.  Na época, esquerda era o desenvolvimento nacional, Estado forte, educação, universidades, PAC, minha casa minha vida e centenas de iniciativas.

    Mas, nestes anos mais recentes, os pastores capitalizaram disputas de sexo, religião e família contra esquerdistas mais modernosos e assim, a política caiou para a linha abaixo da cintura. Este tipo de disputa despertou o sentimento conservador na população evangélica e, ao imaginar que era a “esquerda” a que queria acabar com a família e etc. (na percepção deles), transformaram o seu conservadorismo comportamental em expressão política conservadora.

    Evangélicos, hoje, não discutem projeto de nação nem o entreguismo desenfreado ao capitalismo global, mas apenas a sua particular convivência familiar em torno da sua igreja. É só observar a eleição recente em RJ, entre pastores e modernosos.

    A única solução que eu vejo é distanciar a esquerda política – que hoje luta pela nação soberana e pela justiça social, da esquerda modernosa e carnavalesca que tão mal tem feito a nossa esquerda latino-americana, trazendo modernidades da Europa de hoje para dentro de comunidades com costumes do século XIX.

    População sem moradia, sem esgoto, sem saúde, tem que aturar discussões de 3º banheiro público, sobre a Oprah (EUA) ou saber se o pato é macho. Os pastores, habilmente, imputam isso ao PT e à esquerda em geral. Vamos a reduzir bandeiras e lutar pela esquerda de hoje aqui, na América Latina, unindo as camadas populares em temas de real abrangência política. Assuntos comportamentais e de determinadas minorias são discutidos em casa, assim como a roupa suja que se lava em casa, desde que primeiro haja uma casa ou um Brasil para chamar de nosso.

  3. Ainda não foi separado.

    No Brasil ainda não ocorreu a separação entre Estado e Religiões. Continuamos garantindo assento a representantes de religiões (todas e qualquer uma) onde se fazem as leis laicas. O país carece de uma lei que impeça os representantes de religiões (todas e qualquer uma) de se candidatarem a cargos eletivos. O Estado não interfere no funcionamento das religiões mas elas interferem no funcionamento do Estado. E não se iludam, ao atingirem a maioria no parlamento irão implantar uma teocracia em nosso pais.

  4. PRETENDEM TRANSFORMAR ESSA

    PRETENDEM TRANSFORMAR ESSA MERDA, NUMA REPUBLIQUETA DE FANÁTICOS, TAL QUAL, A DOS SEUS PRIMOS DO ESTADO ISLÂMICO.

    Isso é uma corja de fdp. Basta examinar mais detidamente a foto. Canalhas como magno malta, malafaia e o quinto dos infernos. Estes cafajestes seriam os primeiros a apedrejarem, caso se deparassem com o revolucionário Homem de Nazaré. Aquele que não acolhia usurários e vendilhões hipócritas. Dizem que ouvia e defendia as putas, os vagabundos e os pobres. E, não era em troca de pagamento, como fazem estes fdp mercenários; recolhedores de dízimo, vendendores de garrafa de água do “Jordão,” são muito descarados, parafuso sem rosca, chave do céu e o escambal. Não demora, vão vender pedaços de ossos de animais, dizendo ser de Jesus. Como a Cúria Romana, mercantilizando indulgências, amuletos e relíquias.

    Estas misérias nada tem com humanidade, fé, ou coisa que o valha. Suas habilidades e comportamentos tem afinidades com as hienas e os abutres. São uns indecentes mercenários, mercadistas e espoliadores de igênuos e desesperados.

    Orlando

  5. União Pentecostal é o Apocalipse… vote 666!

    Se existir demônio ele é pentecostal… 

    Esses pastores são um bando de sem vergonha, SEM EXCEÇÃO!!!

    Pode resetar esse cristianismo brasileiro… o Apocalipse começa aqui.

  6. As esquerdas deveriam

    As esquerdas deveriam aprender eles tem plano e ate se unem enquanto a esquerda se desintegra. Pensem nas cadeiras vagas para senadores busquem essas chances não importando qual o partido se tiver que ser PSOL ou PCdoB ou PDT ou PT não importa. Outra coisa importante peguem o Requião do MDB para vice do Lula ( mas peçam para ele sair do MDB.

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