Candidatos miram incoerência na nova política de Marina

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O primeiro debate entre presidenciáveis, transmitido ao vivo pela Band na noite de terça-feira (26), refletiu os resultados da pesquisa Ibope divulgada horas antes do programa. Nela, Marina Silva (PSB) aparece com 10 pontos de vantagem sobre Aécio Neves (PSDB) no primeiro turno, e venceria a presidente Dilma Rousseff (PT) numa segunda rodada nas urnas, por 45% a 36%. Nesse novo cenário, o script foi o seguinte: Aécio tentou puxar Marina para baixo, e Marina tentou se aproximar de Dilma. A petista, por sua vez, evitou confrontos diretos com a mentora da Rede Sustentabilidade e preferiu atacar o PSDB.

O debate contou com sete dos 11 postulantes ao Palácio do Planalto. Além dos três principais candidatos, participaram Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB), Pastor Everaldo (PSC) e Luciana Genro (Psol). Luciana, ex-petista, registrou 1% nas últimas pesquisas, apresentou-se como sucessora de Plínio de Arruda e foi a primeira a disparar ataques contra Aécio, Dilma e Marina.

“Quando PT chegou ao poder, eu fui expulsa. Não podia governar com um partido que governava com o Sarney, Calheiros, Dirceu. Desenvolvemos o Psol porque não concordamos com o governo que privilegia banqueiros ao povo, nem com o retrocesso [do PSDB], nem com essa que se diz da nova política, mas se associa com banqueiros”, criticou Luciana.

A primeira oportunidade

Marina, na primeira oportunidade que teve, colocou em pauta as manifestações de junho de 2013. Tentado abocanhar a parcela da população insatifeita com a política atual, Marina perguntou a Dilma, sua principal adversária, por que os pactos que ela fez com o Brasil naquela época “não funcionaram”. “O que deu de errado?”, indagou.

Dilma disse que considera que tudo funcionou. “Primeiro, a destinação de 75% dos royalties do petróleo para Educação, e 25% para Saúde. Fizemos o Mais Médicos. Investimos bilhões em mobilidade. A inflação está sendo sistematicamente reduzida. Enviamos ao Congresso a reforma política, que não foi aprovada. Aliás, acho que vai exigir consulta popular através de plebiscito”, resumiu Dilma.

Marina não se convenceu. “Uma das coisas mais importantes para resolver problemas é reconhecer que eles existem. Esse Brasil colorido que Dilma tenta mostrar não existe na vida das pessoas”, disparou a pessebista.

Medidas econômicas impopulares

Na vez de Dilma, Aécio foi o alvo. A candidata à reeleição afirmou que na época em que o PSDB conduzia o país sob o comando de Fernando Henrique Cardoso, o desemprego era o dobro do registrado atualmente. Ela quis saber “quais medidas impopulares” Aécio vai assumir, se eleito.

“Me sinto lisonjeado quando a candidata enxerga o presidente Fernando Henrique”, respondeu Aécio. “Mas receio que quem olha para trás não tem nada para apresentar para o futuro”, completou. O tucano afirmou que no governo Dilma, mais de 1 milhão de postos de trabalho “foram embora porque a indústria brasileira foi sucateada. (…) O governo que a senhora Dilma comanda perdeu a capacidade de inspirar confiança, credibilidade, promoveu uma série de intervenções e ações desconexas.”

Falta coerência, Marina? 

A pergunta de Aécio foi direcionada à Marina, e desencadeou mais questionamentos sobre “falta de coerência” no discurso da ex-senadora. Ele lembrou, por exemplo, que Marina elogia os governos do PSDB e até sugere que quer o partido como aliado, caso vença a eleição. Mas, em São Paulo, por exemplo, se recusa a subir no palanque do governador Geraldo Alckmin (PSDB). “Será que não falta coerência à nova política?”, perguntou.

Marina disse que levantar a bandeira da nova política começa por combater a polarização entre PT e PSDB. “Eu mantive a coerência [em não subir em palanques] justamente por não concordar em dar força a essa polarização. Nós vamos escalar uma nova seleção, tirar do banco de reservas figuras como Pedro Simon (PMDB), Suplicy (PT), e quando falei bem do Serra, quis dizer que se eu ganhar a Presidência, ele não irá pelo caminhos mesquinho da oposição que só vê defeitos”, respondeu Marina. “Eu reconheço que há pessoas boas em todos os partidos”, adicionou.

Aécio replicou dizendo que tem dificuldade de entender o que é essa nova política. “Eu entendo que há a boa e a má política, mas tem que ter coerência.” Ele emendou na fala as bandeiras do PSDB e lembrou que Marina foi do PT, sugerindo, ainda, que ela não deveria rejeitar a política em si.

https://www.youtube.com/watch?v=rPAMXAqK-Qk width:700 height:394]

A órbita da ex-verde

Na sequência, Levy Fidelix atacou a aliança de Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, com o capital financeiro. Ele lembrou que em 2010, ela disputou a presidência tendo como vice Guilherme Leal, empresário da Natura, e agora está ao lado de figuras como Maria Alice Setúbal, herdeira do Itaú.

“Neca [como Maria Alice é chamada é a uma educadora. Minha relação com ela é no campo de trabalho. Guilherme dedicou a vida ao desenvolvimento sustentável. Quero combater essa ideia de que Brasil precisa acabar com a elite. O problema do Brasil é a falta de elite. Temos de acabar com essa visão tacanha de apartar o país. Temos que ter pessoas de bem em todos os setores”, argumentou Marina.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

32 Comentários

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  1. A eleição não é prá miss simpatia
    Marina é uma pessoa boa, honesta como pessoa…mas sua equipe economica…sua politica…Marina é uma pessoa boa, honesta como pessoa…mas sua equipe economica…sua politica…essa autonomia do BC para que os banqueiros definam a taxa de juros….essa coisa de ensino pago nas universidades federais….que os jovens não se iludam com a simpatia de Marina, de fato ela é uma pessoa bacana, em 2010 a cumprimentei no inteior do mercado aqui em GoiAnia, votaria nela não fossem suas propostas desastrosas, as pessoas que estão por trás dela, o PSB que, apesar de partido nanico, está bem perto dos grandes partidos no ranking da corrupção…isso que levo em conta e que só pode ser dito no corpo a corpo com o eleitor, no virtual vira essa coisa nevrálgica de disse que me disse, bem como esse jogo de simpatia que não tem nada a ver com a condução dos destinos de um pais que é uma das maiores economas do mundo, que tem mais de 300 bilhões de reais a titulo de reservas, que terá mais de 1 trilhão de reais para investir na educação nos próximos anos, pre-sal, etc.http://www.josecarloslima85.blogspot.com

    1. [  .essa coisa de ensino pago

      [  .essa coisa de ensino pago nas universidades federais..]  O petismo provou que se ficar esperando por universidade pública não vai ter nada. Graças ao setor privado que atingiu mais de 85% de matrícula em nível superior foi que  esse bateu todos os recordes de diplomação nesse nível. Assim como, graça ao sistema SS promove a maior formação técnica, PRONATEC, depois do feito pela ditadura

      ===============

       

       

      http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/medida-provisoria-concede-54-bilhoes-de-credito-extraordinario-para-fies-13733263

      1. Não voto no PSOL, mas diante

        Não voto no PSOL, mas diante de seu comentário, acho Luciana Genro resumiu bem: PT, PSDB e
        Marina são a mesma coisa no fundamental. Como o PT e o PSDB não são mais úteis, a ‘elite’ resolveu embarcar na Marina. Assim tudo muda para continuar o mesmo.

    2. Simpática?

      O pior é que além de dissimulada, desagregadora, candidata do Itaú e Natura, Osmarina não é simpática não. A fisionomia dela me assusta. Ela é um perigo! Não me passa confiabilidade. Não aprecio pessoas que não transmitem emoção quando falam. São muito frios ou fingidos ou portadores de transtornos onde a emoção fica embotada.      

  2. melhor coisa: “marina vence 2

    melhor coisa: “marina vence 2 turno”

    ate agora uma parcela significativa da sociedade sulfava e apoiava a mudanca proporcionada pelos governos do pt, com campanha midiatica constante de “queimar partido” havia uma posicao muito comoda de aprovar governo e nao defender partido, uma posicao confortavel, nao “me sujo” mas aprovo e gosto, e nao precisa muito esforco pq pt vencia de qualquer forma.

    com ibope dando vitoria de marina num eventual 2 turno a 40 dias da eleicao foi melhor que poderia acontecer, se crescimento de marina acontecesse so na vespera, nao haveria tempo de reflexao, mudo o que esta dando certo ou mantenho mudancas, nao vai ter marina bla bla bla da eleicao de 2010, se bancar marina 2014 ou dilma vai ter que assumir o kit, combo completo, O RISCO, o desgate.

    se eleitor rejeita pt de fato, direita venceria de qualquer forma, se eleitor nao quer retrocesso, tera que assumir apoio ao pt, este vencendo, vence com maior apoio tambem,,,

    o jogo esta sendo jogado, derrota do pt ainda novo na cabeca do eleitor e dos agentes, mais alguns dias teremos mais claro  para que lado vai consolidar, o que nao dura ate as eleicoes é posicao da marina de ser apenas um anti pt-psdb, ate la tera que monstrar a que veio e possivelmete perdera o voto protesto para luciana genro ou e jorge, no minimo.

     

     

  3. Mudanças…

    Pelo andar da carruagem (pesquisas), os birutas estão mesmo encantados com a “terceira-via” e desencantados com o atual governo. Se a linha traçada pela equipe de campanha de Dilma não surtir efeito nos proximos dias, melhor pensar em dar uma guinada. Esses 36% no segundo turno são indicativos de que essa parcela quer mudança, esta esperando mais da atual presidente.

    1. [ Pelo andar da carruagem

      [ Pelo andar da carruagem (pesquisas), os birutas estão mesmo encantados com a “terceira-via”]   sem os birutas a turma de FHC nunca teria deixado o poder.  O petismo teve 12 anos e todo o poder nas mãos quase nada avançou

  4. Luciana Genro
    No debate promovido pela Band na noite de ontem foi servido um prato comum e insosso como é de costume, o excesso de zelo nas palavras e ataques, dissimulações, escapismos a lá Roldini a qual Marina Silva foi a discípula mais aplicada, jornalistas da casa fazendo o papel de cabo eleitoral de Aécio, ou seja o menu de sempre, a não ser por um ingrediente: Luciana Genro.A candidata surpreendeu não somente pela lucidez de seus argumentos, postura, falas claras e, ao meu ver o principal, a forma como desnudou discursos empolados ao qual a maior vítima foi Marina Silva.Com uma só frase, em suas considerações finais, ela desmontou toda retórica demagoga que Marina proferia como mantra, o de agregar o melhor da política, criando assim uma nova política, com velhos dinossauros e banqueiros, para essa contradição Luciana diz: “Quem diz que vai governar com paz e amor está mentindo”

    1. Erros de digitaçao: não vou consertar, não vou reeditar.

      não vou editar, nao vou corrigir erros de digitaçao. Duvido alguém apontar erros de portugu~es que não tenham sido pela pressa. Os bons entendedores não precisam desta errata.

  5. “Quando PT chegou ao poder,

    “Quando PT chegou ao poder, eu fui expulsa. Não podia governar com um partido que governava com o Sarney, Calheiros, Dirceu. Desenvolvemos o Psol porque não concordamos com o governo que privilegia bancários ao povo, nem com o retrocesso [do PSDB], nem com essa que se diz da nova política, mas se associa com banqueiros”, criticou Luciana.

    Pobres bancários. O certo não seria “banqueiros”?

  6. a dislexia política,

    a dislexia política,  (segundo um alerta de um professor amigo meu estudioso de linguística mas que não levei em conta porque é uma questão pessoal e não de programa)  está em 1,38.

    “o atraso políticoo fará com que a gente perda as conquistas, diz marina….

    segundo ele, não é um mero erro de concordancia muito comum nas classes populares – e até lula erraria nesta área.

    a questãoo – diz ele – é que esse tipo de dislexia denota a inmcompreensão de linguagem que leva a uma dificuldade de entendimento  da realidade.

    talvez daíi o messianismo como ocultação da realidade.

    mas é inegávell que o problema não é esse.

    a questão, sem sofismas, é a da ligação da candidata  marina com interesses obscuros e ontraditórios até prova em contrário.

    o professor ariovaldo sempre ironizou essa questão dos bons como oavaliação política.

    bom para quem, cara-pálida?

    para uma elite direitista hegemonica em termos economicos e que quer apropriar-se do poder político  para definitivamente expropriar o país?

     

  7. MARINA NO DEBATE DA BAND

    No debate da BAND desta terça-feira, Dilma (PT) usou números, Aécio (PSDB), manchetes da Veja, e Marina (PSB) tergiversou. A candidata do PSB, que surfa a sedutora onda da demonização da política e da critica generalizada a serviços públicos e economia, teve a oportunidade de expor seu conteúdo… e perdeu.

    Em segurança pública, enquanto Dilma defendeu o governo, apresentando dados, e Aécio propôs alterações legislativas repressivas, Marina não apresentou proposta. O jornalista José Paulo de Andrade perguntou a Marina se ela reduziria os 40 ministérios. Ela disse que vai cortar ministérios não estratégicos. Dilma peguntou: Vão cortar ministérios? Quais? Boris Casoy ainda quis saber se vai extinguir fator previdenciário. Esquivou-se. Também defendeu a agropecuária sustentável.

    Em economia defendeu a política econômica de FHC, baseada no tripé neoliberal: juros para controle de inflação, câmbio flutuante e superávit primário. A banqueira Neca Setúbal, herdeira do Itaú e coordenadora de sua campanha, já defendeu independência do Banco Central. Aliás, nesse tema ela demonstrou irritação e polemizou ao comparar Chico Mendes à banqueira, como membros de uma elite.

    Diante de critica sobre radicalismo ambiental, Marina foi segura. Afirmou ter concedido importantes licenças em sua passagem pelo Ministério do Meio Ambiente, unindo economia e Meio Ambiente. Ela teria viabilizado a usina de Jirau, a transposição do São Francisco, a BR 163 e reduziu desmatamento.

    Ao chamar Mais Médicos de paliativo, levou uma bordoada da presidenta, que argumentou que o programa não é paliativo pra quem está precisando, mas caso de urgência. Dilma explanou ainda que o programa também consiste na formação de milhares de médicos para os próximos anos, suprindo a demanda.

    Ela ainda enfatizou que o PSB é sua legenda de aluguel, enquanto não cria a Rede. Abriu e encerrou sua participação lamentando a perda de Eduardo Campos. No mais, o fenômeno Marina está levando Aécio à direita, adotando a estratégia de assumir legado FHC, e Dilma à esquerda, com legado Lula.

    P.S.: Marina defende a política econômica de FHC e a política social de Lula. Não é o que o Aécio está fazendo? Luciana Genro (PSOL) já afirmou que Marina é a segunda via do PSDB.

    1. Exato, Marina só enrola, para

      Exato, Marina só enrola, para a pergunta sobre os R$18,5 bi do Itaú, “respondeu” que Neca é uma educadora, o que isso esclarece?

      Há a Neca do Itaú, autuado pelo fisco pela fábula de R$18,5 BI, e há a Neca “educadora”, que não tem nada a ver com isso?(assim como Marina não tem nada a ver com o jato fantasma de seu partido, o qual utilizou inúmeras vezes?).

      Com certeza há muitos educadores mais qualificados que a sra. Neca, se fosse isso que Marina estivesse procurando. A proposta do Banco Central “independente”(do governo, eleito democraticamente, não dos urubus financeiros)deixa patente qual o papel da Neca em sua campanha.

  8. Marina e Dilma foram as melhores no debate da BAND

    Luciana Genro tem um defeito impressionante para uma candidata a presidente: ela mistura as estações e faz afirmações incompreensíveis, tentando relacionar premissas e conclusões absolutamente desvinculadas entre si. É um discurso extremamente confuso. Já percebi isso várias vezes. Na argumentação dela, ela mistura tudo e não sabe concatenar as ideias. Ela é a maior proferidora de falácia non sequitur que eu já vi num candidato a presidente. Totalmente perdida. Ela é capaz de fazer afirmações como “o Banco central não deve ser independente porque o que importa para combater a inflação é a reforma agrária etc”, coisas assim, absolutamente díspares entre si e pouco ou nada vinculadas. Isso mostra que ela é muito despreparada intelectualmente. Parece uma enrolona. Fico perplexo com as declarações absurdas que ela dá.

    Dilma e Marina foram as melhores do debate. Dilma está muito bem preparada, confiante, muito melhor do que em 2010, inclusive na retórica. Melhorou aqueles apagões que existiam na linha argumentativa. O problema é a estratégia de campanha dela. Essa está errada. Marina também foi muito bem e soube rebater todas as tentativas de enquadramento feitas pelos adversários. Marina vem se fortalecendo e o PT não tem discurso antagônico eficaz contra a candidatura dela. Precisa repensar o discurso, repensar a estratégia de campanha. Talvez não dê mais tempo e o risco de perder a reeleição é real, vide a última pesquisa do IBOPE, que mostra Marina 10% na frente de Aécio e apenas 5% atrás de Dilma. Segundo o IBOPE, Marina venceria Dilma se o 2º Turno fosse hoje.

    Aécio é uma piada, do início ao fim. O cara é falso até a medula, não convence a ninguém. É o clássico político demagogo, cínico até. Uma coisa patética, que chega até a ser engraçada. Nem a ajuda dos jornalistas que participaram do debate fez com que ele tivesse um bom desempenho. O cara é um fanfarrão hehe.

    Os outros candidatos, como o Pastor Everaldo, Levy Fidelix e Eduardo Jorge, do PV, não têm estofo político e eleitoral para alçar maiores vôos. Eduardo Jorge foi o melhor dentre os candidatos menores. Deu respostas objetivas e soube atrair para si a atenção dos eleitores em alguns momentos do debate, inclusive com algumas boas tiradas, engraçadas e espirituosas, mas nada muito relevante.

    A eleição será entre Marina e Dilma. Essa disputa sim, tornará a eleição desse ano uma das mais interessantes dos últimos tempos. Será uma eleição histórica.

    1. Boa Leitura Alessandre

      Assisti o debate todo e acho que você resumiu muito bem.

      Marina, embora sem partido próprio (efetivo) de sustentação (acho que nem queria mesmo criar), sente-se com as costas muito protegidas e, pelo visto, sem nada a perder. A parte de “governar com os bons” é o ponto fraco da sua campanha: a pouca ou nada representação partidária.

    2. O estilo do político mineiro

      Prezado Alessandre,

      nota-se que você não conhece o estilo dos bons políticos mineiros. Juscelino, Tancredo, Aécio e muitos outros, sempre sorriem  quando falam. Todos acabam criando rugas de expressão com esse hábito. Juscelino continua na memória de todos. Aqui em Minas ninguém acha que isso é cinismo, político carrancudo sempre se dá mal aqui nesses confins. Aécio sempre cumpriu o que prometeu sorridentemente ao povo mineiro.

       

      1. O problema é que ele não fala só para o eleitorado mineiro

        Fala também para o eleitorado do resto do país. E não é nem tanto o fato de sorrir enquanto fala. São as coisas que ele fala. Ele ontem exortou a Dilma a pedir desculpas aos brasileiros pela situação da Petrobras. Levou uma encaçapada daquelas.

    3. Discordo em parte.

      Assisti o debate todo e concordo em geral com sua análise Argolo.

      Discordo no que diz respeito ao Eduardo Jorge do PV. Esse candidato é um fiasco. Quando chamou a atenção foi negativamente, tentando fazer graça.

      Mostra-se completamente despreparado para almejar o cargo de presidente do país. A pergunta sobre controle da mída por exemplo, o pegou tão de sopetão, que respondeu em 1 segundo, desprezando o tempo – tão precioso aos partidos – de 45 segundos para a resposta.

      Aliás, fazendo um parentesis, a pergunta em si feita pelo “jornalista” era mais uma peça acusatória à Dilma. A ética recomendava que deixassem as opiniões  serem reservadas aos candidatos. Totalmente dispensável ao eleitor saber o que pensa o perguntador de plantão.

      Voltando ao Eduardo Jorge. Demonstrou desconhecimento do que envolve a questão, tão atual e tão debatida pela sociedade. Limitou-se a dizer: 

      Ué?! Ela não fez? Então concordo com ela. Eu não faria também.

      Era uma bela chance do eleitorado saber o que pensa o PV dessa confusão proposital que o jornalista faz – em nome dos patrões – entre oligopólio de informação de 6 famíglias e censura à imprensa.

      Quando num outro momento ele pede para votar em seus representates para deputados estaduais e federais, a pergunta óbvia é:

      Se o melhor quadro que o PV tem a oferecer para a Presidência é você, o que dizer dos candidatos a deputados?

       

  9. Se eu não votasse pelo

    Se eu não votasse pelo Brasil, pelo bem do Povo Brasileiro, minha sequência de opções seria:

    Opção 2: Luciana Genro;

    Opção 3: Eduardo Jorge [excluo esse por ter tido uma grande oportunidade e diante dela ter se acovardado na discussão da ditadura midiática]. Em seu lugar incluiria o Levy que apesar de ser só blá-blá-blá demagógico tocou o dedo em grande parte da ferida;

    Opção 4: Marina Silva [???];

    Opção 5: Aécio.

    _____________________________________

    Valeu, heim, Band.

    _______________________________________________________

    Detalhes:

    1) Salta aos olhos o fato de que minha presidenta Dilma ainda precise [urgentemente] aperfeiçoar-se na arte de mostrar o que é a política do real no Brasil.

    2) Já não é tempo [e circunstância] de enfrentar mais contextualizadamente [e por que não mais elegantemente]  essa retórica daninha dos oportunistas e insensatos?

    Será que a crítica leviana e insustentável de chavismo/bolivarianismo colou tão fundo no governo? Ora, com todo o respeito pelo povo venezuelano, mas Brasil é Brasil, e Venezuela é Venezuela. Realidades diferentes, histórias diferentes, importância geopolítica e realidade geoestratégica diferentes. Iguais só na riqueza em petróleo.

    3) E essa coisa aí de fugir do enfrentamento da ditadura midiática anti-povo, anti-BraSil e anti-PT? Trauma do que fizeram com o Getúlio em 54 e com o Jango em 64? Isso vai durar até quando?

  10. Fato:
    Marina Silva foi uma

    Fato:

    Marina Silva foi uma boa ministra do Meio Ambiente do governo do PT, do ex-presidente Lula. Devia estar concorrendo a uma vaga de ministra do Meio Ambiente.

    Ou isso ou continuar [até quando?] com essa retórica fundada na tática da taruira, que descola a cauda pra enganar o gato.

    O problema são os gatos reais que a política dela iria engordar ainda mais.

  11. Fato:
    Marina Silva foi uma

    Fato:

    Marina Silva foi uma boa ministra do Meio Ambiente do governo do PT, do ex-presidente Lula. Devia estar concorrendo a uma vaga de ministra do Meio Ambiente.

    Ou isso ou continuar [até quando?] com essa retórica fundada na tática da taruira, que descola a cauda pra enganar o gato.

    O problema são os gatos reais que a política dela iria engordar ainda mais.

  12. PT contra PT

    O PT é mesmo o maior partido do Brasil, dando-se o luxo de gerar a sua própria oposição (quatro dos sete candidatos em debate)

    Imaginemos a enorme capacidade de diálogo do PT (haja saco!) para manter todo esse povo num mesmo campo. Os maiores heróis do PT são aqueles anônimos, plurais, capazes de renunciar a ambições pessoais por conta de uma causa comum em favor da população.

     

     

     

    1. Vamos canonizar o PT e

      Vamos canonizar o PT e beatificar os mensaleiros José Genoino e José Dirceu?

      Basta entrar com um processo na Cúria Romana, o Papa Francisco daria o maior apoio.

       

       

      1. Canonizar

        Você poderia pedir a cúria romana a canonização de uma porção de políticos do PSDB. Assim teríamos o Santo Covas. O beato FHC. O santíssimo Sérgio Mota. Que tal?

  13. PT deveria fazer algumas mea culpas desde o seu nascimento

    Como parte do pessoal não costuma ler mais que um curto período, eis o início do post que botei mais abaixo “(…)Votarei em Dilma e o PT deveria fazer algumas mea culpas desde o seu nascimento(…)”.

  14. Marina é um deboche à

    Marina é um deboche à inteligência das pessoas, Chico Mendes é elite, assim como Neca é elite. Claro, qual brasileiro nunca foi autuado pela Receita Federal por 18,5 bi?

    Óbvio, estamos falando da candidata do partido onde pescadores compram jatinhos. É a “nova elite”.

    E todos sabem o quanto o povo brasileiro prioriza a independência do Banco Central. Em qualquer lugar só se fala nisso, verdadeira preocupação do “povo-elite” da “Nova Política” de Marina, formulada por Heráclito Fortes, Serra, Bornhausen e outros.

  15. partidirização do blog = religiosidade do blog

    Como dogmáticos são mais chatos do que eu! Cansa (deve haver uma reciprocidade): existe um novo blog do Lula, existem blogs de senso crítico, por sinal de esquerda, sem “dar a palavra” a ninguém, é pra ler, e que cada um pense. Mas deixar que um blog que nas origens se pretendeu independente, alternativo, plural (e nada disso impede uma linha editorial firme e necessária, louvável) é fazer do blog… uma reunião de comadres que pensam igualzinho sobre quase tudo, um saco. As exceções confirmam a regra. E algumas exceções são muitíssimo melhores, mais pensantes do que os que têm fichinha ou que são simpatizantes roxo desde pequenininhos e não vão mudar nunca num certo maior partido de esquerda, melhor dizendo , de centro-esquerda, melhor dizendo, de centro-de centro-de centro-esquerda – qual uma dogmática qualquer que não vai mudar nunca e da qual se acham tão diferentes, tão diferenciados, ó, iluminados. Se alguém não percebeu, e isso é uma impressão, já começou a haver uma discreta regulamentação do Blog. Não é admitida porque a chiadeira dos iluminados achariam censura. É pouco, e muito pouco.

    Alguns pontos pra regulamentação deixei com o pessoal do Contato.

    Outras bem que os não-xiitas daqui poderiam enviar pra colaboração.

    Além do que vier da própria Equipe ou do Nassif (não me admirarei se houver um comentário da Equipe desmentindo qq regulamentação, como a midia também foge dela como o diabo foge da cruz).

    Ou então façamos um blog só de PT.

    Pra não ficar “maus”, pra dar um tom de civilidade, vamos admitir um Araújo, um Rebolla. Seremos, então, “pluralistas” de fachada. Esse mal de partidarização – ou de pensamento único sobre outros assuntos eu já via bem antes, e a proximidade de eleições só escancara.

    Até o Multimídia estão distorcendo e postando o que tem post a dar com o pau , é só escolher, os estritamente políticos. Por essas e outras é que o blog e seus ativos participantes se iludem e só ajudam a Marina pra frente. Como dogmáticos são mais chatos do que eu!

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