Citado pela 1ª vez na CNT/MDA, Haddad tem 7 pontos de vantagem sobre Ciro

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Há menos de uma semana no posto de candidato oficial do PT à Presidência, Fernando Haddad já aparece em segundo lugar na pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda (17), com 7 pontos de vantagem sobre Ciro Gomes, e atrás de Bolsonaro, que está 11 pontos na frente do petista. É a primeira vez que Haddad numa pesquisa CNT/MDA, portanto, não há detalhes sobre o desempenho do ex-prefeito de São Paulo neste estudo.
 
Na pesquisa estimulada, Haddad emplacou 17,6% das intenções de voto, contra 28,2% de Bolsonaro. A pesquisa, como 2,2 pontos percentuais de margem de erro, foi feita entre 12 e 15 de setembro. Haddad foi lançado candidato pelo PT, em substituição a Lula, no dia 11.
 
Se o segundo turno fosse hoje, Bolsonaro estaria à frente de Haddad, com 39% contra 35,7% do petista. Tecnicamente, o resultado é um empate no limite da margem de erro, pois Bolsonaro poderia estar na casa dos 36% ou 37%, e Haddad, no patamar dos 37%.
 
Se a eleição fosse hoje, Ciro Gomes ficaria atrás de Haddad, no terceiro lugar, com 10,8%. Geraldo Alckmin teria 6,1% e Marina, 4,1%. Brancos, nulos e indecisos somam 25,7%.
 
Haddad e Bolsonaro têm um patamar de mais de 70% de eleitores que dizem que o voto é definitivo: são 78,2% no caso do ex-capitão e 75,4%, com Haddad.
 
Já entre Ciro, Marina e Alckmin, mais de 50% do eleitorado de cada um diz que ainda pode mudar de voto.
 
SEGUNDO TURNO
 
Se a eleição de segundo turno fosse hoje, Ciro e Bolsonaro teriam empatados na margem de erro, com vantagem numérica para o ex-governador do Ceará, com 37,8%. Bolsonaro teria 36,1%.
 
Com Alckmin, Bolsonaro ganharia com mais de 10 pontos de vantagem: por 38,2% a 27,7%. O desempenho de Alckmin é pior, portanto, do que o de Haddad, embora o tucano queira apelar para o voto útil.
 
Marina e Bolsonaro também tem placar parecido, com 39,4% para o deputado e 28,2% para a ex-senadora.
 
Entre Ciro Gomes e Haddad, o primeiro venceria por 38,1% contra 26,1% do petista.
 
Entre Ciro e Alckmin, a vitória seria do ex-governador do Ceará por 39% a 20%.
 
Entre Ciro e Marina, a vantagem de Ciro é ainda maior: 43,8% a 17%.
 
Haddad venceria de Marina, por 35% a 23%.
 
Marina e Alckmin terminaria em 28% para o tucano e 25% para a mentora da Rede. É um empate no limite da margem, porque o tucano poderia ter 26% e Marina, 27%.
 
POTENCIAL DE VOTO X REJEIÇÃO
 
Cerca de 45% dos entrevistados que disseram que poderiam votar em Ciro, contra 38% que não votariam de jeito nenhum.
 
Com Haddad, 27% poderiam votar, contra 47% que não votariam de jeito nenhum. O petista ainda tem uma parcela de 13,1% que diz que só votaria nele, e 8% que não sabem quem ele é.
 
Alckmin tem rejeição maior que a de Haddad: 53% não votariam nele de jeito nenhum, contra 34% que poderiam votar e 2,4% que só votariam nele. O tucano só tem 4% de desconhecimento.
 
Bolsonaro lidera a lista do é o único em quem votaria” com 23%. Outros 19% poderiam votar nele, contra 51% que não votaria de jeito nenhum.
 
Marina é a preferida de apenas 2%. Outros 33% poderiam votar nela e 57% a descartam em qualquer hipótese.
 
Dessa forma, o potencial de voto negativo de Bolsonaro é maior do que o de Haddad: 51% a 47%. Eles perdem para Alckmin e Marina, com 53% e 57%, respectivamente. Ciro tem 38% de potencial negativo e lidera no potencial positivo, com 51%.
 
ESPONTÂNEA
 
Na pesquisa espontânea, Bolsonaro cresceu de 15% para 23% das intenções de voto. 
 
Haddad saiu de 0,1% para 9,1%.
 
Lula caiu da liderança com 20,7% para 7,5%.
 
Ciro foi de 1,5% para 6,3%.
 
Alckmin e Marina registraram os menores crescimentos entre os principais candidatos. O tucano foi de 1,7% para 2,8% e Marina, de 1,1% para 1,7%.
 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

11 Comentários

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  1. cavalo de pau
    Mas empata na rejeiçao e perde p Bolsonaro no Segundo Turno.
    a
    Espero q esse cavalo de pau do Lula n ponha o Brasil no colo do Bolsonaro.

    1. Depende, vocês cirominions

      Depende, vocês cirominions vão parar de fazer beiço e votar no Haddad no segundo turno ou vão fazer voto de protesto no milico? Nas vésperas da eleição passada essas pesquisas davam que Dilma perdia pra Marina no segundo turno. No fim das contas a traíra nem pro segundo turno foi. Com os votos do Lula, do Ciro, do Nordeste, dos progressistas pulverizados por outras chapas, o Haddad leva tranquilo. 

      1. Tem que ser eleitor do Tranquilão

        Pra estar tranquilo qual bebê depois do banho…

        Meu caro, os que você chama depreciativamente de cirominions vão votar no Haddad em peso (inclusive com o voto já declarado do próprio Ciro!).

        Já os lulominions vão eleger Bolsonaro presidente do Brasil (no voto!).

        Seria cômico se não fosse trágico…

         

  2. Divergência moral

    DE AUTOR QUE  PEDE PARA NÃO SER IDENTIFICADO

     

    “Quando você apoia alguém que diz que mulheres devem ganhar menos porque engravidam, ou que diz que filho gay é falta de porrada, ou que não corre risco de ter uma nora negra porque os filhos foram bem educados, que afirma que não aceitaria ser operado por um médico cotista, que diz que o erro da ditadura foi torturar ao invés de matar, quando você concorda com alguém que apoia o assassinato de outras pessoas, independente de quem essas pessoas sejam, então a nossa divergência não é política. A nossa divergência é moral.”

  3. O homem tá crescendo. Segundo

    O homem tá crescendo. Segundo turno é outra eleição e até lá ele já vai ter herdado os 40% do Lula. Caberia apenas aos ciristas, que deixem essa mágoa de lado, e à parcela do eleitorado de esquerda da Marina a responsabilidade de sacramentar a vitória no segundo turno. 

  4. ERRO DE GRAMÁTICA

    Por favor, consertem a primeira frase da matéria! O correto é: Há menos de uma semana como… (o verbo HAVER exprime a ideia de passado). A menos de uma semana como… (a preposição A exprime uma ideia de futuro, nesse caso de um tempo que ainda vai acontecer). Não pode haver um erro dessa magnitude logo na primeira frase!

  5. Erro básico em todas as pesquisas na campanha no Brasil.

    O erro básico que não é corrigido por ninguém, até por comentaristas das pesquisas, é tomar uma média como um ponto central.

    Explico melhor. Com a compressão de tempo que há na campanha eleitoral brasileira, que é algemada de amordaçada pelos tribunais eleitorais através de uma campanha quase que instantânea, é o período em que é feito a amostragem que simplesmente não mostra a aceleração de um candidato durante a campanha.

    Exemplificando melhor, em países mais democráticos, ou mesmo países em que as campanhas são mais longas e se permite que os candidatos façam meses de campanha, ou até em alguns caso um ano, um intervalo de três dias na coleta de amostras não quer dizer nada. Porém no caso do Brasil, em que a campanha fica restrita a no máximo 30 dias, demorar 3 dias para coletar as amostras significa 10% do tempo total. Ou seja, se num país há a possibilidade dos candidatos apresentarem seus programas e fazerem o seu proselitismo durante 90 ou mais dias, 3 dias representa algo em torno de 4% do tempo total.

    Para uma campanha como a brasileira, onde as definições dos candidatos são feitas no fim do prazo, ou como no caso de Haddad quando ficou reduzido duas dezenas de dias, a variação deste candidato neste prazo passando de praticamente 4% a algo em torno de 30% em cinco dias representa uma aceleração de 26/4 ou seja, uma aceleração de 6,5 no período. Porém mesmo considerando esta alta taxa de aceleração, nada diz que neste período ela foi constante, podendo ser crescente como decrescente.

    Imaginando um cenário ideal, em que a mensagem do candidato é passado de boca em boca, o incremento de seus eleitores alterará também a taxa de aceleração, pois se ele tinha 10 eleitores no início e estes representam 1% do eleitorado somente estes 10 atuarão no incremento futuro do apoio, pois se ele passar a 30 eleitores, que representarão 3%, daí por diante quem atuará sobre os outros eleitores serão estes 30 e não mais 10, resultando num incremento da sua candidatura numa aceleração muito maior do que com os 10.

    O que quero explicar com isto tudo, é que se uma pesquisa foi realizada num período em que o crescimento do eleitorado é muito grande, o valor médio retirado no intervalo da pesquisa não tem sentido, o certo era fazer uma avaliação paralela da aceleração da mesma no período.

    Voltando ao caso real com valores fictícios para melhor compreensão, Bolsonaro cresceu 3% sob uma base em torno de 30% a aceleração foi de 0,1 e se Haddad cresceu 10% sob uma base de 10% a taxa de aceleração foi 1,0. Sem fazer as contas exatas, pois parto de resultados arbitrados, pode-se dizer com confiança que na realidade no fim do período da pesquisa Bolsonaro teria algo em torno de 30,5% enquanto Haddad teria não os 10%, mas sim algo em torno de 12%. Teria que se fazer a simulação com dados reais e com períodos de tempo perfeitamente definidos, mas de qualquer forma, o ganho para quem está acelerando é muito maior do quem já está praticamente estagnado.

  6. Pra desgosto de todos,

    Pra desgosto de todos, inclusive eu, Bolsonaro vai ganhar.

     E se não ganhar , a alternativa é a ditadura.

     Nenhum militar de patente irá deixar Lula ser chefe das Forças Armadas.

       O Brasil chegou nesse ponto.

            Quem é o culpado ?

            Quem achou que era o dono do país.

               Está em cana.

  7. Fabio Deji, você não

    Fabio Deji, você não compreendeu o problema. É evidente que os eleitores de Ciro votarão em Haddad caso este passe para o segundo turno. Contudo, temos duas alternativas nesse cenário:
    1) Bolsonazi é eleito no segundo turno.

    2) Haddad é eleito no segundo turno, e em 6 meses ou a Globo derruba ele (veja o que foi a entrevista no JN), ou haverá golpe militar no estilo tradicional.

    Esse sebastianismo dos militantes petistas é complicado. Eles não admitem o risco deste quadro – bem provável – acontecer.

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