Votos brancos, nulos e abstenções: tragédia anunciada, por Marcos Velaine

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Marcos Verlaine
 
No Diap – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
 
A 4 meses das eleições de outubro já é possível antecipar 1 tragédia anunciada. A grande possibilidade de recorde de votos brancos, nulos e abstenções que poderão produzir muitíssimas surpresas desagradáveis no pleito. Da eleição para presidente da República, até deputados estaduais tudo pode acontecer. Inclusive o nada!
 
Explico: eleger candidato ou candidata que poderá, ao invés de ajudar resolver os problemas, aprofundá-los e/ou ampliá-los, reproduzindo as políticas do atual governo ou reeleger a maioria do atual Congresso. Só para ficar no plano federal.
 
As eleições municipais de 2016 deram mostras palpáveis dessa preocupação. Nos maiores colégios eleitorais, os eleitos, inclusive no 1º turno, perderam para os votos brancos, nulos e abstenções, que na ciência política, são chamados de voto alienado. Isto é, a maioria não elegeu ninguém! Preferiram o nada.
 
Em São Paulo, João Dória (PSDB) foi eleito no 1º turno, com 53,29% ou 3.085.187 votos. Os votos brancos (5,29%), nulos (11,35%) e abstenções (21,84%) totalizaram 3.096.304 de eleitores que prefiram, por omissão ou alienação, não escolher ninguém.
 
Em Belo Horizonte, foi eleito no 1º turno, o empresário Alexandre Kalil (PHS), com 52,98% ou 628.050 votos. Os votos brancos, nulos e abstenções totalizaram 742.050 eleitores que disseram sonoro não a todos os candidatos apresentados, sem distinção.
 
Em Porto Alegre, foi eleito no 1º turno, o ex-deputado federal Nelson Marchesan Júnior (PSDB), com 60,50% ou 402.165 votos. Os votos brancos 46.537 (5,67%), nulos 109.693 (13,36%) e abstenções 277.521 (25,26%) totalizaram 433.751 eleitores.
 
O fato mais recente que impõe profunda reflexão das instituições e da sociedade foi a eleição suplementar no estado do Tocantins. O pleito, realizado em 2 turnos, foi vencido no 2º turno, no último domingo (24), pelo deputado estadual Mauro Carlesse (PHS), que era o interino, com mais de 75% dos votos válidos (368.553). Ele fica no cargo até o dia 31 de dezembro podendo concorrer à reeleição.
 
No 1º turno, 43,54% dos eleitores (443.414) não escolheram nenhum candidato. No 2º turno, 51,83% (527.868) dos eleitores votaram branco, nulo ou não foram às urnas. Mais que a soma dos votos conquistados pelos 2 candidatos (490.461). O 2º colocado, senador Vicentinho Alves (PR), obteve 24,86% ou 121.908 votos.
 
A eleição suplementar do Tocantins é bom exemplo de “fake news”, que circula nas redes. Onde tem se difundido, que se a maioria dos eleitores anularem o voto ou simplesmente não comparecem para votar (abstenção) anula-se o pleito também ajuda a explicar essa falsa ideia. Isto porque os votos brancos, nulos e abstenções não contam para efeito prático da contabilidade da eleição. Esses “não votos” são simplesmente descartados.
 
A eleição foi determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), depois que a corte cassou o governador Marcelo Miranda (MDB) e a vice Claudia Lelis (PV), por uso de “caixa 2” no pleito de 2014. De acordo com a minireforma eleitoral de 2015, no impedimento de titular e vice do Executivo estadual ou municipal, até 6 meses antes do término do mandado, é realizada nova eleição direta.
 
Atenuar o estrago
Sejamos realistas, nenhuma campanha de educação política e de compromissos cívicos e democráticos, sob essa conjuntura caótica, poderá alterar substantivamente esse quadro profundamente preocupante. O que poderá ser feito, se for rápido, é 1 campanha ousada e inteligente por parte do TSE, mostrando as consequências nefastas para população, sobretudo a mais pobre, caso não compareça para votar ou vote em branco ou nulo.
 
A democracia e as instituições dela derivadas estão em xeque. É preciso que todos que compreendam isto levantem este debate urgentemente. É preciso renovar o atual Congresso, o mais atrasado, conservador e reacionários dos últimos 20 anos, que demonstra em sua maioria não ter compromissos com a democracia e a maioria do povo.
 
É preciso eleger 1 novo ou nova presidente da República comprometido/a com a inclusão e o empoderamento social dos mais pobres. A política neoliberal do atual governo, que teve apoio da maioria no Congresso, aprofundou as crises política, econômica, com recessão e desemprego, e ético-moral. Portanto, não se trata apenas de eleger. Trata-se, sobretudo, de escolher candidatos comprometidos com outra agenda ou programa bem diferente do atual.
 
A política de congelamento de gastos públicos por 20 anos, a Reforma Trabalhista, a privatização de ativos públicos e estatais como o pré-sal a preços vis e a tentativa de reforma da Previdência, que impediria os mais pobres e vulneráveis de se aposentarem com dignidade demonstram que não podemos cometer erros graves no pleito de outubro.
 
Não comparecer para votar ou votar em branco ou até mesmo anular o voto poderá aprofundar a crise em que nos encontramos, pois em razão disso pessoas descomprometidas poderão ser eleitas. E assim a solução dos gravíssimos e profundos problemas nacionais, regionais e locais — políticos, econômicos, sociais e ético-morais — que fazem do Brasil hoje 1 pais irrelevante poderão se perpetuar.
 
Cuidar para, pelo menos diminuir ou atenuar essa tragédia anunciada, é 1 das tarefas de todos que se preocupam em tirar o país do atoleiro para o qual foi dragado no pós-impeachment da presidente Dilma Rousseff.
 
(*) Jornalista, analista político e assessor parlamentar do Diap
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

17 Comentários

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  1. Se essa turma estivesse tão

    Se essa turma estivesse tão preocupada com esta “tragédia”, convenhamos, eles não teriam deixado o país chegar ao ponto que chegou

    AInda apostam no “tem que PIORAR pra melhorar  ..o povo se acostuma  ..e áii dele povo se votar em algum que não esteja alinhado com a nossa turma ?!, aí, só o coturno..”

     

     

    1. Voto branco, poderia ser um voto valido?
      Como em sua reportagem, que nesta eleição, poderá ser uma eleição de nulidade. Não seria o caso de modificar algumas leis eleitorais tipo o voto em branco ser valido, e contar com voto de que o eleitor não tem um candidato a altura do cargo pleiteado. Ou então, não sermos obrigados a votar. Ou na pior das hipóteses utilizar o modelo dos Estados Unidos?

  2. As eleições são somente uma

    As eleições são somente uma parte do processo político. como estamos vendo hoje,outros atores,não eleitos,diga-se de passagem,como o judiciário e a mídia golpista,interferem sobremaneira no processo democrático.

    Assim,mesmo que todo o congresso fosse renovado,o que ocorreria,na prática,seria uma troca das moscas.

    É preciso que tenhamos uma referência política forte para podermos começar,novamente,a institucionalizar mudanças que reafirmem nossa vocação democrática.

    Neste momento a única referência existente é o presidente Lula.

    Portanto, Lula Livre,Já!

  3. Confusão entre eleições gerais, municipais e solteiras

    Embora no mérito o analista tenha alguma razão, ous seja, alertar os brasileiros para o risco que correm, caso deixem de exercer o direito de voto, de escolher seus representantes, ele toma como exemplos eleições solteiras e extemporâneas  – como essa para o governo de TO e outras ocorridas em municípios, como Iatinga-MG – ou a eleição municipal de 2016, logo no pós-golpe, quando a Fraude a Jato e toda a máquina golpista e de desmonte do Brasil estava azeitada e havia conseguido espalhar o torpor e anti-política, sendo o ponto culminante das ORCRIMs midiáticas e judiciárias (sobretudo a ORCRIM Fraudea Jato) na criminalização do PT, dos líderes petistas e da Esquerda Política em geral.

    Passados 18 meses das eleições de 2016, João dória Jr. é apenas um ex-prefake de São Paulo com pretensões a governador. Aécio cunha, líder tucano do golpe e candidato derrotado na eleição presidencial de 2014, em que obteve mais de 48 milhões de votos, é um cadáver político insepulto, pútrido e fétido. A direita golpista não conseguiu fabricar candidatos competitivos à presidência e os paladinos Luciano Huck, Joaquim Barbosa, Sérgio Moro e outros quetais apodreceram antes da maturação, já que sos esqueletos e capivaras que mantêm nos armários poderiam ser revelados durante a campnha eleitoral, por mais que a camarilha de Eduardo Cunha tenha tentado reduzir – senão suprimir – o período em que os candidatos fora do “sistema” têm a chance de se mostrar e denunciar a patranhas, falcatruas , corrupções e negociatas do consórcio golpista, formado pelas oligarquias plutocratas, escravocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas.

    Não é possível fazer qualquer inferência sobre as próximas eleições gerais tomando como base a eleição municipal de 2016 ou essas eleições extemporâneas, feitas em alguns estados e municípios, em meados deste ano. Essa distorção, mais do que um alerta, denota um alarmismo sem bases. Essa forçação de barra flerta, inclusive, com a desonestidade intelectual, pois o analista sequer menciona as eleições gerais de 2014, essas, sim, base de comparação (ainda que pouco adequada, já que após o golpe de 2016 o Brasl não está sob um regime democrático, como fica evidente nas manobras da Fraudea Jato, para que o Ex-Presidente Lula não dispute o pleito) para as eleições gerais deste ano de 2018.

    Outro grande mérito do artigo é desfazer a falácia de que se mais da metade dos eleitores votarem branco, nulo ou se abstiverem de votar as eleições são anuladas. O legislador se precaveu contra isso (uma malandragem evidente cuja finalidade é, claramente, evitar que um protesto silencioso dos eleitores – com a maioria deles deixando de votar em algum candidato – pudesse desabiliotar os oligarcas, fisiológicos e corrruptos profissionais que seqüestram a política) e considera apenas os chamados votos válidos, ou seja, aqueles dados a algum candidato, na contagem para determinar quais são os eleitos.

    O articulista poderia – e deveria – defender uma mudança na legislação, de modo que o protesto dos eleitores – se a maioria deixasse de votar em algum candidato – pudesse desabilitar os candidatos e forçar a convocação de nova eleição; pelo menos nas eleições pra os Executivos e para o Senado a implementação dessa nova legislação não seria difícil. Para as eleições proporcinais (Câmaras de  Vereadores e dos Deputados e Assembléias Legislativas) seria necessário um estudo mais detalhado, de modo a permitir o protesto do eleitor, mas viabilizar a escolha dos representantes.

    1. Amigo João de Paiva gosto dos seus comentários

      Amigo João de Paiva gosto dos seus comentários e permita-me, desta vez, discordar de você: que bom que essa do voto no Ninguém fosse um fenômeno restrito ao Tocantins, aliás, não foi somente no TO que isto ocorreu dias atrás e sim em todos os municípios em que ocorreram eleições municipais dias atrás…e também na Colômbia…no Egito…ou seja, trata-se de uma onda que varre o planeta:  resta nós entendê-la: onde começou?  quando? Por que? Que estragos esse furacão tem provocado no Brasil e mundo afora? O que veio na rabo desse furacão niilista mas bom para os “não-politicos” como João Dória? Como eventos como  Ana Maria Braga com seu colar de tomates, o Vem Pra Rua da Fiat, as Jornada de Junho e a Lava Jato se encaixam nessa demanda do Tio Sam pela não-política quando sabemos que a saída é pela politica, entendida esta como debate na ágora sobre a polis…

      A doutrina americana do golpe, da qual faz parte a deslegitimação do voto, sim, aquele voto que se tornou ameaça à hegemonia americana a partir do momento em que o povo o descobriu como arma de acesso à cidadania: foi neste momento em que o Tio Sam, preocupado com a perda do controle sobre paises outora a ele submissos,  gestou a doutrina do golpe da deslegitimação da democracia e isso já estava em vigor em 2009, quando do golpe em Honduras…

      https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Internacional/A-doutrina-Hillary-a-gestacao-do-argumento-golpista/6/15269

      Quando a sua sugestão de se reconhecer a vitória do Ninguém e se convocar novas aleições, seria uma boa idéia a ser introduzida no sistemão, mas nem aqui nem na :Europa nem nos EUA os legisladores deixarão de legislar em causa própria….e saber que um babaca postou um video no WhathspApp alardeando que mais de 50% de votos brancos, nulos e abstenção anularia a eleição, e nenhuma denúncia das Lupa da vida ao Facebook né….

      Resultado de busca para wwhathsapp e voto nulo e farsa

       

      https://www.google.com.br/search?q=wwhathsapp+e+voto+nulo+e+farsa&oq=wwhathsapp+e+voto+nulo+e+farsa&aqs=chrome..69i57.8734j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

      1. Você não discordou, mas complementou o comentário

        Caro Spin GGNauta,

        Não vejo como discordante tua posição em relação a meu comentário, mas sim uma forma de complementar o raciocínio que tentei expor. Estamos de acordo, em relação ao papel dos EEUU nos golpes na América Latina e como esse país imperialista usa sua força e seus ógãos/agências/departamentos de espionagem, inteligência e investigação para derrubar governos não alinhados e não submissos aos interesses econômicos e geopolíticos dos EUA  e manter no poder as oligarquias plutocratas, escravocratas, cleptocratas, privatistas e entreguistas, as quais atuam como feitoras do império perante a população espoliada, explorada e massacrada pelo aparato repressor de Estado.

        A malandragem do legislador ao considerar apenas os votos válidos é uma manobra com intuito claro de impedir o protesto silenciosos dos eleitores. O império estadunidense e seus feitores locais disseminam a falácia de que se mais da metade dos eleitores não votarem n’algum candidato levaria à anulação da eleição explorando exatamente o anlafabetismo político da maioria dos brasileiros e a sugestionalidade dessa maioria à desinformação e manipulação por grupos de direita e extrema direita, os disseminadores dessa e de outras falácias.

        Apesar de eu reconhecer essa malandragem da legislação, nunca incentivei nem incentivo o voto nulo, branco ou a abstenção. Sempre estimulei e incentivei a participação política de todos. 

        Finalmente cabe observar que, na Venezuela, foram as camadas mais humildes as que compareceram às urnas elegeram por esmagadora maioria (70%dos votantes em algum candidato) Nicolas Maduro, para mais um mandato presidencial. Em que pese a grave situação econômica do país vizinho – sabotado e boicotado pelas empresas transnacionais e pelos EEUU – o grau de politização da populçação venezuelana é muitíssimo maior que o da brasileira. Aqui os mais pobres e beneficiários dos programas sociais implementados ou ampliados nos governos progressistas do ex-Presidente Lula a da Presidenta Dilma Rousseff é que – manipulados pelo PIG/PPV e pelas ORCRIMS mdiáticas, judiciárias e empresariais – estão se abstendo de votar ou votando nulo e branco; essa a razão de termos nulidades políticas ou vigaristas eleitos para as prefeituras de três das principais cpaitais brasileiras em 2016; João Dória, em São Paulo, Marcelo Crivella, no Rio, e Alexandre Kalil, em BH.

        O melhor e mais eficiente protesto do eleitor é votar de forma consciente, elegendo parlamentares, prefeitos, governadores e presidente do campo nacionalista, progressista, que tenham como plano e ações de governo o desenvolvimento social e inclusivo.

  4. O resultado seria a eleição de nulidades

    Essas nulidades, por sua vez, fariam o que estão fazendo Doriana, Marchezanta, Crivellanta, com cidades maravilhosas ou não.

    Mas, o pior é ter de ouvir que “políticos são todos iguais” de gente que se absteve, votou nulo ou branco. Hoje você não vai achar um eleitor de Dória em Sampa, como não acharia um eleitor de Collor nos anos 80. Como aqui nos EUA: Trump e Bush foram eleitos com menos de 50% dos votos, já que muita gente não compareceu para votar. O problema é que essas nulidades governam para 100% dos cidadãos.

  5. Merece meu aplauso quando a mídia alternativa (epa! alternativa?

    Merece meu aplauso quando a mídia alternativa….

     

    epa! alternativa? Não.  A midia independente é  natural, verdadeira….a midia comercial a mortífera surgiu recentemente, como alternativa à verdade……..da mesma foram que não é  alternativa a medicina natural: a alopática mortífera é que veio depois, ou seja, como alternativa à natureza….

     

    Voltando ao tema….

     

    Merece meu aplauso quando a mídia verdadeira não fica a reboque da midia comercial com seu discurso dominante anti-povo e anti-democracia e cria sua própria pauta, ou seja, faz o contraponto ao método golpista…interessante se notar que: o que  tem de gente da esquerda achando que a saida correta será o voto no “Ninguém” não tá no gibi: entendo: são pessoas dotadas de pensamento crítico e que não votam em qualquer um: entendo, eu também pensava em anular meu moto caso Lula estivesse ausente da disputa: no entanto, após observar o que vem ocorrendo na esteira dessa campanha conta o voto, mudei de ideia: votarei no candidato do PT e, no segundo turno, se houver,   darei meu voto ao  menos pior, embora eu tenha que tapar o nariz na hora de votar…e votar no menos pior será votar no menos alinhado ao regime golpista que ai está ou em gente como Bolsobosta…….agirei assim porque, não sendo através do voto, sei que a outra opção será o levante popular, talvez pegar em armas e derrubar o sistemão o que, pelo menos no momento, faltam condições objetivas, organização, etc…….pessoas criticas estão com esta intenção: ontem ao ouvir de um pequeno comerciante sua intenção de votar em branco, lhe repassei o meu ponto de vista já formulado no link que segue abaixo…..que o não voto é parte da doutrina americana da deslegitimação do voto, a partir do momento em que os EUA haviam notado que o povo havia se tornado arma do povo……e ele entendeu e cometeu: cara, esse povo que manda faz a coisa de um jeito que, para onde você se mexe leva chumbo…sabe duma coisa, eu não vou mais votar em branco não: vou votar no que tiver menos chance….em branco não voto de jeito nenhum….

     

    Em tempo: e se no segundo turno houver apenas duas opções: um canditado do centrão (PSDB-MBD e penduricalhos) + Bolsonaro?

     

    Que o campo progressista cuide, desde já, de evitar tamanha desgraça….aliás, é o que ocorreu na disputa para prefeito de SP, ao governo do TO dias atrás, na Colômbia, Egito….ai voltamos a questão da doutrina americana da deslegitimação do voto e da democracia, que consiste no seguinte: se o governo não for alinhado aos EUA, será deposto….neste caso, só nos resta como opção o levante popular: mãos à obra…

    https://josecarloslima.blogspot.com/2018/06/eleicao-para-governador-do-tocantins.html

  6. FRENTE AMPLA PARA CONSCIENTIZAR O ELEITORADO

    O artigo em tela aborda de maneira precisa e clara uma questão crucial para garantir uma vitória eficaz das forças populares nas próximas eleições, que é a  necessidade de promover a conscientização do eleitorado acerca do risco que decorre da falta do amplo exercício do direito de voto. Isto constitui uma demanda fundamental a ser provida pela cidadania coerente, pela intelectualidade engajada e pela militância política.

    E a melhor estratégia para estimular a ampliação da consciência popular e maximizar a participação do eleitorado no pleito que se aproxima é agilizar a formação de uma frente ampla de esquerda, com base numa plataforma política capaz de refletir os anseios e as legítimas demandas da população brasileira como um todo.

    Sem dúvida, urge lançar e difundir o debate acerca das premissas e das propostas para viabilização das quais é imprescindível, não apenas vencer as eleições majoritárias, mas também eleger uma maioria parlamentar expressiva, que tenha real compromisso com o programa político a ser implementado através da firme vitória de uma frente ampla de esquerda. Neste sentido, vale transcrever aqui breve texto que escrevi acerca do tema.

    POR UMA FRENTE AMPLA DE ESQUERDA

    È importante lembrar que uma parceria do PT com o PDT não é a única alternativa para viabilizar uma Frente de Esquerda. Nem seria a melhor opção.

    Fato é que Ciro Gomes já perdeu suas credenciais, em razão do seu posicionamento de centro-direita, tanto pela vinculação com o agronegócio, quanto pelo anúncio da ‘trinca de ferro’, encabeçada pelo hermético anglófono Mangabeira Unger.

    Na minha humilde opinião, é muito mais adequado formar uma chapa com o PC do B, com base na definição de uma plataforma política democrática, firmada sobre rigoroso compromisso com o resgate da legalidade constitucional, a reversão dos retrocessos e a restauração e ampliação dos direitos sociais.

    Creio que esta alternativa de união da esquerda desde o primeiro turno é, sem dúvida, a melhor opção para garantir uma vitória segura e uma expressiva maioria parlamentar.

    Todavia, a hora para viabilizar este caminho seguro é agora, pois o tempo urge. Adiar a formação da frente de esquerda seria um erro, que favorece a direita. O mais sensato é construir uma aliança ampla para apoiar uma coligação aglutinadora, capitaneada por nomes de destaque, tais como Manuela D’Ávila e Fernando Haddad.

    Manuela, que representa bem a juventude politizada, tem mostrado um amadurecimento político admirável, com uma postura coerente, objetiva, responsável e firme, E Haddad já mostrou sua capacidade de administrador competente, ágil e diplomático.

    O PT precisa perceber com urgência que insistir na pré-candidatura de Lula equivale a atirar no próprio pé, visto que o ex-presidente corre o risco iminente de ser impedido por uma condenação em última instância, apesar da inexistência de provas contra ele, pois resta evidenciado que o poder judiciário não se pauta pela Constituição.

    E fato é que a direita golpista, apoiada pela mídia oligárquica, teria meios para alardear miríades de mentiras e de meias verdades capazes de prejudicar a candidatura do líder petista, que deve ter a grandeza de apoiar a formação de uma chapa presidencial apta a aglutinar as diversas camadas da população insatisfeitas com o governo temerário.

    A formação de uma frente de esquerda tem, neste momento, a possibilidade de utilizar as evidências da relação direta entre as pretensões exibidas por todos os pré-candidatos direitistas e a gritante deterioração das perspectivas de futuro da sociedade brasileira, decorrentes das políticas adotadas pelo governo temerário.

    Tanto as populações carentes, quanto as camadas mais esclarecidas da sociedade, que incluem profissionais de diversas áreas, tais como professores, juristas, engenheiros, trabalhadores da indústria em geral e do comércio, bem como as lideranças empresariais que gerenciam as atividades ligadas ao setor real da economia, têm hoje a plena certeza de que é indispensável restaurar e preservar as condições apropriadas para promover o desenvolvimento econômico em bases sustentáveis e inclusivas.

    Neste sentido, vale ressaltar que o definhamento da candidatura de Jair Bolsonaro é tão previsível quanto inevitável, em face de seu ranço facista e eugenista. Além disso, a visão de economia do referido deputado é tão elitista e entreguista quanto as posições de outras pré-candidaturas já queimadas de saída, como as de Marina Silva, Geraldo Alkimin, Henrique Meirelles, e demais neoliberais.

    Assim, urge defender a formação de uma frente ampla de esquerda, pois a maneira adequada para enfrentar todos os descalabros atuais, inclusive no que tange à escalada da barbárie policial, é promover o uso inteligente dos meios democráticos para construir uma plataforma política para disputar as eleições com base no compromisso firme com o resgate da legalidade constitucional, com o respeito à dignidade humana, com a reversão dos retrocessos e com a proteção e ampliação dos direitos sociais.

    1. BLOQUEIO DAS AVALIAÇÕES

      Venho reiterar o registro da informação de que os comentários encaminhados por mim neste site continuam a apresentar um aparente defeito que impede a avaliação dos leitores através do dispositivo de estrelas. Peço aos responsáveis por este conceituado veículo de mídia que esclareçam qual o motivo de tal discriminação, e cabe reiterar o pedido de que o referido defeito seja sanado. Vale reiterar também, para informação dos navegantes, que o dito defeito pode ser driblado mediante click no link permanente.

    2. COMPLEMENTAÇÃO DO COMENTÁRIO

      Vale acrescentar que, a fim de estabelecer o necessário consenso em torno da formação de uma frente ampla de esquerda, e com vistas a maximizar o apoio do eleitorado em geral, e dos lulistas em especial, nada impede que a seja indicado o nome de Fernando Haddad para presidente e de Manuela D’Ávila para vice.

    3. frente ampla de esquerda

      frente ampla de esquerda formada por PT e PC do B?

      rs..

      Não leve a mal meu comentário, é que eu não entendo direito o que é frente, o que amplo e o que é esquerda.

  7. Sera que teremos eleição…

    Mas interessa ao TSE fazer uma campanha explicativa sobre a importância do voto? Dois sociologos franceses escreveram um livro explicando como os ricos se reunem em clubes, hoteis, festas, restaurantes e decidem sobre o que é importante para eles, inclusive sobre seus candidatos. Como votam, quase sempre, em bloco. Não é a toa que existe a função de lobista em todos os paises, seja legal ou não. Ja abaixo das classes médias não se tem muita organização e nem vontade em explicar aos mais pobres seus interesses e direitos.

  8. FARSA FASCISTA E ESQUERDOPATA

    E descobrimos porque o Brasil é o único país com relevância mundial que tem Eleições Obrigatórias. E uma Elite Esquerdopata e Ditatorial ainda fala em Liberdade?! É Surreal !!!  Escrachado o porque do endeusamento de um Ditador Assassino Caudilhista Fascista de Quartéis Militares que foi rotulado por esta Elite como “Pai dos Pobres” !! Fascista como Pai dos Pobres?  Ditadura Militar então servia e ganhava cumplicidade? Diz aí Carlos Prestes? Mandar a esposa grávida, para masmorras e crematórios nazistas, com a filha na barriga não foi problema para declarar apoio ao Ditador? Revela muito da Esquerdopatia Tupiniquim. E porque mantidas todas Políticas e Estrutura Estatal construída em Ditador Fascista, como Voto Obrigatório mantido até hoje !!! Explica este Brasil de 2018. Nem mesmo uma farsante Constituição Cidadã, criada por fascínoras originados de período fascista como UNE, USP, OAB mudaram as regras fascistas, mesmo depois de quase 1 século. Eleição Obrigatórai e Elite que a defende. O Brasil é de muito fácil explicação.  

  9. Política
    Não tem como renovar, pois a maioria dos concorrentes já foi servidor público. (Vereador, prefeito, deputado, senador, presidente não pode ser reeleito) só assim faz renovação

  10. Eleições! A ilusão da escolha

    Eleições! A ilusão da escolha dada pela elite ao povo incauto! No final, só escolhemos entre aqueles que irão nos prejudicar.

    Quem manda de verdade em toda “democracia” é o todo-poderoso mercado. Os candidatos são todos fantoches e os que não obedecem os interesses do capital são derrubados (como bem vimos em 2016).

    Votar branco, votar nulo, votar em Bolsonaro ou Ciro Gomes… é irrelevante. O mercado continua mandando.

    Democracia de verdade e eleições de verdade só ocorrerão quando esse sistema for destruído.

     

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