Xadrez do início do grande pacto em defesa da democracia, por Luis Nassif

 

Peça 1 – as ameaças à democracia

Antes de começar o nosso Xadrez de hoje, sugiro uma releitura no artigo “Xadrez do papel de Lula no mundo”. Ele faz um apanhado das ameaças atuais à democracia liberal na Europa, América Latina e Brasil.

Hoje em dia há uma luta mundial contra a democracia liberal, refletida na campanha indiscriminada contra a classe política e na judicialização da política, com o poder sendo empalmado por corporações que não foram eleitas pelo povo.

São expoentes dessa campanha, por razões diversas, mas com objetivos comuns, os seguintes setores (para facilitar a explicação, vamos personalizar essas forças)

  • Na base, movimentos tipo MBL e seguidores de Bolsonaro.
  • No sistema jurídico, os Ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Edson Fachin, um boquirroto, outro discreto, mas ambos as maiores ameaças à democracia, como avalistas dos esbirros dos radicais da base e dos avanços do estado de exceção.
  • Com o general Mourão, vice Bolsonaro, entra em cena a corporação militar.
  • No quadro midiático, a Rede Globo.

O fator militar

No Painel Globonews da última semana, o general-de-brigada da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva trouxe subsídios importantes para se entender esse jogo e os movimentos dos quartéis.

É uma repetição do que ocorre com o estamento jurídico, ambos estruturas hierarquizadas.

A base das Forças Armadas, “formada por gente mais humilde”, é Bolsonaro, diz o general. No topo, o pensamento dominante é do general Mourão, um repetidor de slogans econômicos da Globonews.

Com diferenças pontuais, ocorre o mesmo no Judiciário. Na base – Lava Jato, procuradores e juízes de 1ª instância – a influência maior é o MBL e Bolsonaro. Na cúpula, compartilha-se do mesmo sentimento anti-política – e, portanto, anti-democracia liberal – do Estado Maior das Forças Armadas, e a mesma presunção de se tornar condutores do país.

Com exceção de temas morais, os dois grupos têm a mesma visão sobre o chamado interesse nacional, defendendo o desmonte do Estado – respeitando obviamente os privilégios das respectivas corporações -, a abertura indiscriminada da economia, a plena liberdade dos capitais, a criminalização de toda atividade política, a defesa da força do Estado contra os recalcitrantes, a subordinação cega ao mercado, demonstrando uma ignorância líquida fantástica sobre o conceito de interesse nacional, ainda mais em duas instituições fundamentais para o funcionamento do Estado.

É importante anotar dois movimentos retratados pelos jornalistas de Brasilia. O primeiro, do general Mourão policiando as tolices de Bolsonaro. O segundo, de fontes militares policiando as impropriedades do general Mourão. Dia desses, o próprio general Villas Bôas, comandante das FFAAs, divulgou em seu Twitter um artigo que discorria sobre as estratégias dos militares para se aproximarem da opinião pública. São sinais nítidos de construção interna de um discurso político que transcende o papel das Forças Armadas.

Fornecendo a base de mobilização da opinião pública e de construção do cimento ideológico, a onipresente Rede Globo e seus diversos braços midiáticos

Peça 2 – o tigre que provou carne fresca

Para se chegar ao estagio atual do estado de exceção, não se imagine um movimento coordenado, centralizado, com alto comando e estratégias previamente definidas.

Há um fato inicial que deflagra o processo e alguns agentes indutores – como foi o caso da colaboração da Lava Jato com o DHS dos Estados Unidos. Mas a base foi o antipetismo e os movimentos de rua estimulados pela Globo.

Depois, o movimento ganha uma dinâmica própria e vai se amoldando a cada nova conformação de força, à medida em que ganha musculatura e se populariza junto à opinião pública. Do combate à corrupção política, ingressou-se no estado de exceção com a  repressão violenta aos movimentos de rua, a perseguição a movimentos sociais, invasões de universidades,  e outros centros de pensamento crítico, criminalização de jovens manifestantes, perseguição por parte de juizes, procuradores e delegados a quem ousasse questionar seus poderes. Tudo sob o estímulo irresponsável de Ministros do STF.

E aí, consolida-se uma das leis máximas da política: as moléculas tendem a ser atraídas pelos corpos que possuem maior massa crítica. Deixaram a onda crescer até se transformar em tsunami. E ela foi atraindo para seu centro de gravidade os chamados agentes oportunistas: no STF, Luis Roberto Barroso, Carmen Lúcia e Luiz Edson Fachin; na Procuradoria Geral da República Rodrigo Janot e, depois, Raquel Dodge.

Era questão de tempo para que a nova conformação engolisse os formuladores originais, a classe política aliada da mídia e do Judiciário.

Peça 3 – caindo a ficha

Há muitos e muitos anos fala-se na aliança entre PSDB e PT visando preservar a política dos avanços dos inimigos da democracia. Sempre esbarrou na resistência das respectivas lideranças.

A mais influente liderança do PSDB, Ministro Gilmar Mendes, do STF, foi um dos principais agentes da radicalização, ao tentar impugnar a reeleição de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral, criminalizar meras incorreções administrativas na prestação de contas da campanha, e denunciar, como lavagem de dinheiro, até vaquinhas da militância para pagar multas de lideres condenados.

Mas, com sua inegável competência, e noção do poder de Estado, foi o primeiro a perceber o tamanho do maremoto que se avizinhava, quando se liberou geral para os abusos de juizes, procuradores e delegados. No Supremo, ele, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello se tornaram os vigilantes da democracia e do respeito às leis.

Agora, a ficha caiu também para outra liderança histórica do PSDB, Tasso Jereissatti. Para o jornalismo político da velha mídia, todos os atos são explicados por diferenças pessoais – no caso, com Alckmin -, revanche, inveja e coisa e tal. O grito de Tasso foi mais que isso: foi uma autocrítica que abriu espaço para uma próxima aliança contra a besta.

FHC, que sempre foi conduzido, será o próximo a chamar o partido à razão.

Peça 4 – a estratégia Lula-Haddad

É esse o pano de fundo para a estratégia que vem sendo desenhada  por Fernando Haddad – certamente planejada por Lula.

Os jornais, com a incrível capacidade de acreditar nos mitos que criam, anunciam que Haddad está fazendo um movimento em direção ao centro. Ora, a própria indicação de Haddad a vice de Lula, meses atrás, já era parte desse movimento.

Já havia plena consciência que, sem um arco ampliado de alianças, o PT não conseguiria sair do gueto a que foi jogado pelo golpe.

Desde seus tempos de Prefeitura, Haddad cultivou relação civilizada com setores políticos fora do espectro fisiológico. Chegou a ganhar inimizades dos setores mais radicais do PT, ao não brandir slogans petistas tradicionais contra FHC, Geraldo Alckmin e outros tucanos moderados. Sempre respeitou Ciro Gomes, e foi por ele respeitado.

Embora sem a contundência de Ciro, manteve uma fidelidade férrea aos princípios que abraçou, de racionalização, modernização sem ruptura da gestão pública e do jogo político. O que não o impediu, em plena Globo, de apontar dois fatores essenciais de modernização do país: o fim do cartel da mídia e do cartel dos bancos.

O risco Bolsonaro poderá acelerar o pacto político-partidário e conferir musculatura a um provável governo Haddad. Nelson Barbosa está avançando em Contatos com o meio empresarial. Um governo de coalisão ajudaria enormemente o novo governo a enfrentar o maior desafio político desde a redemocratização: a reconstrução institucional, implodida pelo golpe..

No STF, a eleição de Dias Toffoli para a presidência abre uma janela de oportunidade, depois da vergonhosa gestão de Carmen Lúcia. Os primeiros movimentos de Toffoli, propondo-se a pacificar a casa e a se aproximar dos demais poderes, indicam tomada de consciência sobre a gravidade do momento atual.

Ontem, a investida do Ministro Ricardo Lewandowski, criticando a anemia dos órgãos de controle do Ministério Público e da magistratura, e defendendo a lei contra abuso de autoridade, foi mais uma demonstração que o legalismo está se revigorando no Supremo.

Há uma enorme luta pela frente. Mas, agora, se tem um roteiro claro e lógico a ser seguido.

 

 

 

 

Luis Nassif

101 Comentários

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  1. “No Supremo, ele, Ricardo
    “No Supremo, ele, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello se tornaram os vigilantes da democracia e do respeito às leis”

    Como assim. Esses ministros permitiram um absurdo contra o Lula.
    Ainda se omitiram sobre determinação da ONU.
    Como se tornaram os vigilantes da Democracia e do respeito às leis.

    Todos os ministros do STF se sujaram com o golpe. Não escapa um.
    Uns por omissão , outros pelo ativismo político.

    Num Congresso Democrata, deveria limitar o tempo desses togados como ministro do STF.
    Bando de golpistas.

    1. E não me esqueço do

      E não me esqueço do Lewandowski todo faceiro, mostrando os dentes na cerimônica de posse do Temer, estava em casa no meio da corja, se bem que, com aquele aumento, acho que até eu!

  2. Poliana Nassif adora esses sonhos malucos…

    É só o que faltava, achar que o STF vai voltar atrás na destruiçao do Estado de Direito, e que o PSDB vai se unir ao PT. E Papai Noel, vai trazer o quê no Natal?

  3. Perdoe, mas essa de pacto nas

    Perdoe, mas essa de pacto nas suas análises é recorrente. Faz um apanhado dos principais envolvidos na condução do golpe, como se tudo fosse gracioso, não existisse interesses, e estes com suas ações não beneficiassem o grande capital (estrangeiro e sócios no Brasil), além da ciranda financeira que beneficia os rentistas, pouco ligando para as consequências econômicas, que deram grandes lucros a bancos e grandes empresas e especuladores em bolsas no câmbio e nos juros, e mergulharam a população trabalhadora, que se beneficiava, e muito, nos governos petistas, passando a sofrer toda sorte de problemas, perdendo direitos, redução de salário, aumentando o, que já perdura mais de dois anos, isso resumidamente. Se alguém dentre os responsáveis por essa verdadeira hecatombe que atingiu o povo desde 2015, que já prejudica algo como mais de 40 milhões de pessoas, está disposto a negociar uma saída para os problemas que criaram, e saírem de fininho. só pode ser pelo desastre eleitoral que se avizinha, que somente não os afastará do poder se tiverem meios de aprofundar o golpe-impeachment de 2016, partindo para o prende e arrebenta, aliás como os fascistoides desejam e anunciam, que se puderem farão. Não dá para pensar em sair abraçado, rindo com essa gente. Se perderem, e não puderem ir às últimas consequências para continuar no poder que usurparam, que de outra feita fariam, que tenham a hombridade de se afastar, evitando constrangimentos. Esse o grande pacto, possível e justo. Essa de fazer ameaças para evitar maiores problemas não dá mais. O retorno da Democracia e o império da Lei e da Consituição têm remédios. Perdoe-me.

     

  4. Perdoe, mas essa de pacto nas

    Perdoe, mas essa de pacto nas suas análises é recorrente. Faz um apanhado dos principais envolvidos na condução do golpe, como se tudo fosse gracioso, não existisse interesses, e estes com suas ações não beneficiassem o grande capital (estrangeiro e sócios no Brasil), além da ciranda financeira que beneficia os rentistas, pouco ligando para as consequências econômicas, que deram grandes lucros a bancos e grandes empresas e especuladores em bolsas no câmbio e nos juros, e mergulharam a população trabalhadora, que se beneficiava, e muito, nos governos petistas, passando a sofrer toda sorte de problemas, perdendo direitos, redução de salário, aumentando o, que já perdura mais de dois anos, isso resumidamente. Se alguém dentre os responsáveis por essa verdadeira hecatombe que atingiu o povo desde 2015, que já prejudica algo como mais de 40 milhões de pessoas, está disposto a negociar uma saída para os problemas que criaram, e saírem de fininho. só pode ser pelo desastre eleitoral que se avizinha, que somente não os afastará do poder se tiverem meios de aprofundar o golpe-impeachment de 2016, partindo para o prende e arrebenta, aliás como os fascistoides desejam e anunciam, que se puderem farão. Não dá para pensar em sair abraçado, rindo com essa gente. Se perderem, e não puderem ir às últimas consequências para continuar no poder que usurparam, que de outra feita fariam, que tenham a hombridade de se afastar, evitando constrangimentos. Esse o grande pacto, possível e justo. Essa de fazer ameaças para evitar maiores problemas não dá mais. O retorno da Democracia e o império da Lei e da Consituição têm remédios. Perdoe-me.

     

  5. O pós-eleição corre solto,

    O pós-eleição corre solto, pelo visto. Nomes são postos e pululam. Marcos Lisboa, Nelson Barbosa, qual será o próximo? Haddad sofre de todos os tipos de restrições por parte daqueles que combateram o golpe desde a campanha de 2014. É bom ressaltar que ele não está entre os que combateram o golpe desde 2014, assim como Pimentel ou Rui Costa também não estão. Haddad não pode ser Dilma II-restart, ou seja, a Dilma do segundo mandato, com a política econômica anti-povo inaugurada já em novembro de 2014. O centro da confiança popular em Haddad é a revisão das medidas anti-povo tomadas pelo usurpador. O voto em Haddad é o voto contra a reforma trabalhista de Temer; contra a PEC do teto de gastos; contra a reforma da previdência; contra a lei de terceirização; contra a reforma do ensino médio de Temer; contra a venda do pré-sal. Nelson Barbosa é aquele senhor que, enquanto a comissão do impedimento da Câmara votava seu parecer monstruoso, ele apresentava o PL-256/16 na Comissão de Assuntos Econômicos da própria Câmara, que se tornou a base para a pec do fim do mundo. Não! Chega dessas figuras, sem compromisso com a base popular. Há, é certo, nomes que pensam o país e seu interesses. Quanto ao mercado, como disse o melhor presidente que esse país teve, se está nervoso, tome rivotril!

    1. Sabe o que é pior ? Isso está

      Sabe o que é pior ? Isso está mais do que claro. Estão preparando um novo estelionato eleitoral e uma grande parte parece que está disposta a aceitar tranquilamente um governo como Dilma II, com Levy e com tudo. Eu duvido que Haddad consiga governar se for por este caminho. Não vai ter nem os tais 100 dias de trégua e assim como Dilma cairá antes da metade do mandato. E sabe Deus o que virá depois.

  6. Exceto Haddad, Lewandowski,

    Exceto Haddad, Lewandowski, Luís Carlos Bresser-Pereira e mais uma dúzia de figuras públicas que prezam a civilização e a democracia, das quais poucas conseguem furar o bloqueio da Globo, não vejo pacto democrático no horizonte. Há, sim, supostos valentões acometidos de um medaço danado do povão. Bolsonaro, miando que haveria fraude na urna eletrônica e ameaçando se pirulitar do país em caso de derrota eleitoral, é um deles. O Judiciário também já sacou que está com Ibope zerado junto à massa desempregada e explorada. Resumindo: Lula não concorreu, mas já ganhou; quem cultiva privilégios está apavorado.

    1. No fundo essa agressividade é

      No fundo essa agressividade é o rato acuado.

      Estão com a toba na mão … e com razão.

      A canoa vai virar.

      Ninguém mais aguenta dar lucro para banqueiro.

      Acha que os milhões de desempregados pensam o quê ao ver membros de nosso judiciário postando fotos de férias nababescas em redes sociais?

  7. Acho que agora durmo mais tranquilo

    Será Nassif?

    estou cá com meus botões…

    E o mercado financeiro não entra nesse Xadrez? Ele que já aderiu à barbárie.

    Momento difícil. Preocupante.

  8. Que Brasil surgira no pos-eleição?

    Nassif, você esta certo em prever uma espécie de pacto em defesa da democracia pelo fator Bolsonaro no segundo turno, excluindo assim o PSDB pela primeira vez em mais de vinte anos.

    Mas tudo tem girado mesmo em torno da prisão de Lula. Se os Ministros mais, digamos, garantistas do STF estão incomodados e começam a se fazer ouvir, por outro lado, ha ainda aqueles que acreditam que o papel que lhes foi incubido de condução de um novo “marco civilizatorio”, seja la isso o que for na cabeça de um Ministro que acompanha a turba antidemocratica, vão continuar avalizando a condenação da primeira e segunda instâncias contra Lula.

    Enquanto não retirarem a viseira que os deixam sem visão do todo, vão continuar acreditando ou pregando que todo o mal populista que levou o Brasil à um “governo corrupto” esta incarnado nas figuras de Lula e do PT. 

    Se Fernando Haddad fosse candidato do PSDB (o sonho deles), alguma duvida de que toda essa gente ou sua maioria estaria agora defendendo a “democracia” contra o barbaro Bolsonaro?

  9. Prezado Nacif
    Acho que falta

    Prezado Nacif

    Acho que falta o elemento mobilização popular na sua análise.

    Se (um grande SE) Haddad vencer, imediatamente as forças de direita apontadas por si e mais as federações empresariais, um congresso sempre formado por 300 picaretas e outras personagens do reacionarismo tratarão de engessá-lo, coagí-lo, enfim  pressionar o seu governo a manter com nenhuma ou poucas mudanças as reformas feitas por Temer&congresso e a  “abertura” ao capital internacional. Para n~ºao falar de outros aspectos como política internacional, segurança pública, etc.

    Com certeza o PT deve buscar trazer para o governo aliados, até Ciro Gomes com uma posição de peso e até manter canais com alguns golpistas de 2016. Mas se não houver mobilização popular contra as reformas de Temer, enfim de sustentação de uma outra política econômica, social e fiscal, o engessamento se efetivará.

    Lembre-se que o Brasil vive um quadro de recessão econômica, falência de deveres do Estado, insubordinação de muitos altos agentes do Estado, descrença e radicalização de posições. Não há excedentes nas receitas do Estado para políticas distributivistas como as aplicadas na década passada. As forças golpistas, com exceções, continuarão…golpistas. Grande parte senão a maior do congresso continuará a chantagear o governo para obter vantagens indevidas, continuará a não trabalhar, continuará a envergonhar a nação, ainda que com um certo capital de rejuvenescimento.Como se contrapor a isto? Só com entendimentos pelas cúpulas? Com política feita à modalidade de Tancredo Neves.

    O PT optou majoritariamente por centrar sua atuação no âmbito estreito de um regime político e jurídico que só com muita parcialidade se pode chamar de democrático.

    Abandonou o ímpeto dos primeiros tempos, quando a mobilização popular e a participação da base na vida intensa do partido marcada aqueles tempos de fim de regime militar. A derrota das diretas, a maior mobilização política do povo brasileiro no século XX, calou fundo. Com consequências até hoje.

    Mesmo com Haddad , o futuro adivinha-se sombrio, tendo em conta a força dos golpistas dispostos a tudo para não permitir mais um ciclo petista e a falta de mobilização popular, enfraquecida pelas opções e práticas das direções, principalmente do PT, mas também sindicais e outras.

    Enfim, já escrevi muito, ficam estas pobres reflexões.

     

  10. Prezado Nacif
    Acho que falta

    Prezado Nacif

    Acho que falta o elemento mobilização popular na sua análise.

    Se (um grande SE) Haddad vencer, imediatamente as forças de direita apontadas por si e mais as federações empresariais, um congresso sempre formado por 300 picaretas e outras personagens do reacionarismo tratarão de engessá-lo, coagí-lo, enfim  pressionar o seu governo a manter com nenhuma ou poucas mudanças as reformas feitas por Temer&congresso e a  “abertura” ao capital internacional. Para n~ºao falar de outros aspectos como política internacional, segurança pública, etc.

    Com certeza o PT deve buscar trazer para o governo aliados, até Ciro Gomes com uma posição de peso e até manter canais com alguns golpistas de 2016. Mas se não houver mobilização popular contra as reformas de Temer, enfim de sustentação de uma outra política econômica, social e fiscal, o engessamento se efetivará.

    Lembre-se que o Brasil vive um quadro de recessão econômica, falência de deveres do Estado, insubordinação de muitos altos agentes do Estado, descrença e radicalização de posições. Não há excedentes nas receitas do Estado para políticas distributivistas como as aplicadas na década passada. As forças golpistas, com exceções, continuarão…golpistas. Grande parte senão a maior do congresso continuará a chantagear o governo para obter vantagens indevidas, continuará a não trabalhar, continuará a envergonhar a nação, ainda que com um certo capital de rejuvenescimento.Como se contrapor a isto? Só com entendimentos pelas cúpulas? Com política feita à modalidade de Tancredo Neves.

    O PT optou majoritariamente por centrar sua atuação no âmbito estreito de um regime político e jurídico que só com muita parcialidade se pode chamar de democrático.

    Abandonou o ímpeto dos primeiros tempos, quando a mobilização popular e a participação da base na vida intensa do partido marcava aqueles tempos de fim de regime militar. A derrota das diretas, a maior mobilização política do povo brasileiro no século XX, calou fundo. Com consequências até hoje.

    Mesmo com Haddad , o futuro adivinha-se sombrio, tendo em conta a força dos golpistas dispostos a tudo para não permitir mais um ciclo petista e a falta de mobilização popular, enfraquecida pelas opções e práticas das direções, principalmente do PT, mas também sindicais e outras.

    Enfim, já escrevi muito, ficam estas pobres reflexões.

    1. Isso é algo que sempre me

      Isso é algo que sempre me intriga nas análises do Nassif. Nas análises dele, não há a peça da mobilização popular. É como se o povo não existisse. É estranho isso, porque na verdade a insatisfação popular é muito grande e a situação social tem se deterioriado muito rápido. O Brasil está sentado sobre um vulcão social e isso faltar na análise me parece grande demais. 

        1. Através do voto, Nassif? Só? Entao nao vai ser…

          Através do voto tb, acho eu. Mas se a coisa nao vai pelo voto — e acho que os golpistas e o mercado nao necessariamente obedecerao à vontade do povo — entao tem que haver mobilizaçao geral. É isso que nao estamos conseguindo fazer, por isso sou tao pessimista, acho que o povo ainda nao acredita em si mesmo, e acredita um pouco demais nessa história de voto. Bom, eu até desejo que vc tenha razao, mas nao costumo acreditar em Papai Noel.

    2. Até o momento me parece que o

      Até o momento me parece que o PT perdeu o poder de mobilizar o povo a sair de casa (talvez tenha apoio desse mesmo povo, mas apenas na dimensão eleitoral). Isso ficou evidente com a falta de gente na rua quando o Lula foi preso. Quem mobiliza hoje são as igrejas evangélicas e os facistóides bolsomistas.

      1. A motivação das duas mobilizações.

        As igrejas evangélicas conseguem mobilizar porque os seguidores obedecem cegamente os pastores, pois têm medo de serem castigados pelo deus no qual acreditam. Já os fascistoides do Bozo estão indo para a rua na esperança de o elegerem e ganharem a permissão para saírem atirando em quem desejarem sem serem responsabilizados.

  11. Mais um post que deve ser

    Mais um post que deve ser preservado. Só saliento que esses sinais eram claros desde 2015 e na época pouquíssimos se deram conta que o objetivo da Lava Jato era desmontar toda a estrutura política do Brasil para abrir espaço para o mais selvagem ultracapitalismo. Sempre foi isso. Mas agora, depois de tanto estrago, minha dúvida é outra: conseguirão colocar o gênio de volta na garrafa?

  12. Medíocres na defesa das suas históricas mordomias

    O vácuo gerado pela classe política não explica sozinho o aparecimento de novas alternativas de poder. O MBl e a mídia seguem o comando global, O Judiciário e as FFAA são funcionários de elite com históricas mordomias e esse tipo de pessoas não gosta de agir por conta própria, mas apenas defendem a mão que os alimenta. Um funcionário bem pago normalmente é um fracasso como empresário, pois não sabem correr riscos. Tanto o judiciário como as FFAA procuram garantia para o seu sustento nababesco e, por agora, os EUA e a globalização parecem garantir, mesmo pisando a constituição e o solo que uma vez foi chamado de pátria.

  13. Quem patrocina?

    Muito bonito Nsssif, mas você não disse quem patrocina e paga a conta da volta ao estado de direito.

    Se uma coisa ficou clara do golpe é que politico, juiz, procurador e milico não fazem nada se não tiver alguém que pague a conta.

  14. O post do Nassif é muito mais

    O post do Nassif é muito mais “o que eu gostaria que fosse” do que a realidade. A bomba relógio do retrocesso foi ligada e acho, nisso ainda sou otimista, que ela será desligada no último segundo antes da explosão com a eleição de Hadad.  

    A globo, que pode ser tudo, menos idiota, já é Bolsonaro, desde a reunião que teve na semanda da facada e quando na Globo News os jornalistas se curvaram perante Mourão. E em termos lógico é o candidato ideal dela. Pois se a Globo quer o ajuste que promete Paulo Posto Ipiranga Guedes ( o que torna o de Thatcher coisa de socialista sueco ), pra conter a bomba atômica social que tal ajuste fará você tem que contar com os que podem usar a violência em nome do Estado – e aí entra o general Mourão. É como um médico que diz que vai resolver de vez as dores de dente do paciente – só que não deixa claro que fará isso extraindo todos os dentes e sem anestesia. Quando o paciente se der conta disso, ele será imoblizado por um leão de chácara de fi´sico de lutador de MMA. 

     

     

  15. Oportunismo puro e simples
    Haddad tera uma janela infima de oportunidade nos primeiros dias de governo de mostrar que quen manda é quem tem a caneta

    Se ele não agir fortemente contra as corporações, se não conseguir reverter por plebiscito todos os atos golpistas, o que inclui a vaga de Morais no STF, e indicar de cara uma versão do Gilmar só que de esquerda (não sei se seria Aragão, ou um DeSanctis), se não fizer moro “cair pra cima” (promovendo-o, pra tirá-lo da farsa a jato) ou prendendo-o (pelo crime do áudio vazado, que tem provas), sem zerar publicidade estatal na midia golpista, sem intervir na globo pelo darf dos 600 milhões, colocando um jornalista de verdade como responsável, não governará

    É uma tarefa hercúlea!

  16. De onde nada se espera, nada

    De onde nada se espera, nada sai. Isso cabe como uma luva no stf. Esperar grande coisa do novo presidente da casa (“pilotado” por GM) é meio caminho andado para a decepção. No mais, O Coiso é o monstro que os doutores Frankensteins geraram na enorme suruba compartilhada pelos donos dos grandes grupos de mídia e seus empregados, por juízes, promotores, ministros do stf e políticos corruptos e entreguistas. E os doutores Frankensteins ainda devem achar que retomarão o comando da situação. Até mesmo o ministro do stf que conduziu o vergonhoso julgamento de Dilma no senado já anda falando em parlamentarismo, que seria uma maneira de não abrir mão do poder, quem quer que seja o vencedor da eleição.

  17. Xadrez do início do grande pacto em defesa da democracia

    em agosto de 2009 pairava na Blogosfera uma pergunta até hoje sem resposta: “- por que Mantega exonerou Lina Vieira?”.

    em 18/08/2009, arkx aqui ensejou uma resposta:

    ficou muito bem caracterizado que o governo exonerou a secretária Lina do cargo por interferências políticas de grupos afetados.

    a exoneração se deu não só pelo fato de Lina simplesmente ter atingido grupos econômicos, mas sim por talvez o governo sentir receio de que fosse afetado o financiamento de campanhas eleitorais também.

    e arkx foi além, delineando um terrível cenário futuro:

    até 2010, muita coisa ainda vai acontecer. mas algo é certo: todas as máscaras cairão por terra. Dilma, Serra, Ciro, Aécio, Heloísa Helena, Marina, e quem mais vier, estarão todos de cara nua para que o Brasil lhes encarar olho no olho.

    muito embora o ritmo do desdobramento tenha sido rastejante, aliás como tudo sempre foi no Brasil, a previsão feita para se evitar que acontecesse redunda num sofrimento atroz ainda agora.

    as interrupções sofridas por Haddad sofreu durante sua entrevista ao JN, em 14/09/2018, foram rigorosamente contabilizadas, mas apenas para deixar completamente negligenciada a questão realmente decisiva:

    – quantas vezes Haddad pronunciou durante a entrevista a dura palavra: GOLPE?

    nenhuma!!!

    em sua entrevista de ontem (18/09/2018) à CBN, Haddad afirma aos 19’36”: “Na minha opinião o que aconteceu em 2016 foi um golpe.”

    imediatamente é questionado sobre suas “andanças” pelo Brasil com golpistas: Ciro Nogueira, Renan Calheiros, Eunício Oliveira, PSB de Pernambuco.

    o atual poste de Lula justifica suas “andanças” porque estes golpistas estão “arrependidos”, portanto merecedores de perdão..

    perdão de quem, cara-pálida?

    foi assim com a Lei da Anistia e com a redemocratização. e até hoje pagamos duramente por este “perdão”.

    mas tendo sido um golpe, como Haddad afirma, e sendo portanto um impeachment inconstitucional, aí é que a situação complica, e muito, pois não há saída a não ser:

    – a nulidade do impeachment;

    – a revogação dos atos e contratos do governo golpista;

    – a punição dos responsáveis pelo golpe.

    o que estes eternos aliados/traidores “arrependidos” estão fazendo na luta contra o golpe? onde estão suas declarações explícitas de estarem realmente arrependidos?

    e o próprio Haddad, o que propõe concreta e especificamente contra o golpe? o que fez até agora específica e concretamente contra o golpe?

    Haddad abriu um centro de formação de cidadania nas periferias de SP, onde atualmente dá aulas? inclusive com um curso sobre o golpe?

    ou Haddad preferiu o Insper? para ter uma boa relação com o mercado que patrocinou e se beneficia com o golpe?

    assim como em 1964, quando o golpe foi executado pelos militares, agora o golpe é operacionalizado pelo Judiciário, mas ainda sob tutela militar.

    contudo, o grande beneficiado continua sendo o mesmo: a lumpenburguesia brasileira e os mega interesses transnacionais.

    é impossível qualquer pacto civilizatório com estes necrófilos. seremos mais uma vez mortos e devorados.

    Haddad é ilusão! é farsa! é garantia certa de tragédia! assim como foi Dilma. assim como foi a conciliação de classes do Lulismo.

    pelo caminho dos pactos sem luta, das conciliações pelo alto, dos acordos de gabinete, ainda muitas outras perguntas estão até hoje sem resposta.

    .

      1. Xadrez do início do grande pacto em defesa da democracia

        em sua entrevista de 18/09/2018 para a CBN, Haddad em momento algum propôs a nulidade do impeachment.

        dos 48 min. de entrevista, Haddad dedica especificamente ao Golpe de 2016 cerca de 1 minuto! haja ênfase!

        engane-se quem gostar de ser enganado…

        mas Haddad se declarou:

        – favorável ao ensino religioso nas escolas;

        – favorável a prisão de condenados em segunda instância, mas não obrigatória;

        – contra o foro privilegiado para políticos;

        – contra a taxação de igrejas.

        p.s.: como lhe diria Leminski

        Bem no fundo, No fundo, no fundo, bem lá no fundo,

        a gente gostaria de ver nossos problemas resolvidos por decreto

        a partir desta data, aquela mágoa sem remédio é considerada nula

        e sobre ela — silêncio perpétuo

        extinto por lei todo o remorso, maldito seja quem olhar pra trás,

        lá pra trás não há nada, e nada mais

        mas problemas não se resolvem,

        problemas têm família grande,

        e aos domingos saem todos a passear

        o problema, sua senhora e outros pequenos probleminhas.

        .

        1. engane-se quem gostar de ser enganado…

          Arkx, tão seguro de si, não se deixa enganar: responde um questionamento apontando para outro lugar. 

          Se virasse a página, encontraria este p.s. por lá: 

          SEM BUDISMO

                     Poema que é bom 

          acaba zero a zero.

                     Acaba com.

          Não como eu quero.

                     Começa sem.

          Com, digamos, certo verso,

                     veneno de letra,

          bolero. Ou menos.

                     Tira daqui, bota dali,

          um lugar, não caminho.

                     Prossegue de si.

          Seguro morreu de velho,

                     e sozinho.

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=T4qyFyzyW3Q%5D

        2. p.s. 2

          …e, com sua verve originalíssima, revela algumas coisas que já vi em outro lugar:

          1) um pendor por teorias conspiratórias;

          2) a identificação de um inimigo comum, a fonte de todos os males (o PT, o Lulismo e sua impossível conciliação de classes);

          3) parece querer mobilizar as massas pelo medo de um futuro apocalíptico. 

          Mas, claro, eu sempre posso estar enganado…

          1. Xadrez do início do grande pacto em defesa da democracia

            -> Mas, claro, eu sempre posso estar enganado…

            em relação a minha persona, como está enganado! exemplos abaixo.

            -> um pendor por teorias conspiratórias

            não tenho o mínimo pendor para teoria conspiratórias. já a recíproca…

            -> a identificação de um inimigo comum, a fonte de todos os males (o PT, o Lulismo e sua impossível conciliação de classes);

            o inimigo além de não ser “comum”, está em toda a parte. não é um lugar que se ocupa, uma mercadoria que se possui. o inimigo é um modo de viver. e todos estamos sujeitados a ele.

            -> parece querer mobilizar as massas pelo medo de um futuro apocalíptico.

            o presente já é apocalíptico. basta andar pelas ruas e não se deixar enganar. se eu quisesse mobilizar massas teria feito carreira na política tradicional.

            conhece Canoa Quebrada, no Ceará? fiz um Super-8 lá em 1979, quando ainda era uma idílica aldeia de pescadores, mas os sinais de seu apocalipse já estavam presentes.

            vídeo: Super 8: Canoa Quebrada – 1979

            [video: https://www.youtube.com/watch?v=NJ3-OE17UOM%5D

            .

          2. Arkx, o mestre seguro, não se

            Arkx, o mestre seguro, não se deixa enganar.

            Ai de mim, pobre aprendiz, que busco me aprimorar!

            Talvez outro mestre, longínquo, possa aqui nos iluminar:

            A VERDADE SOBRE SANCHO PANÇA Sancho Pança, que por sinal nunca se vangloriou disso, no curso dos anos conseguiu, oferecendo-lhe inúmeros romances de cavalaria e de salteadores nas horas do anoitecer e da noite, afastar de si o seu demônio ― a quem mais tarde deu o nome de D. Quixote ― de tal maneira que este, fora de controle, realizou os atos mais loucos, os quais no entanto, por falta de um objeto predeterminado ― que deveria ser precisamente Sancho Pança ―, não prejudicaram ninguém. Sancho Pança, um homem livre, acompanhou imperturbável, talvez por um certo senso de responsabilidade, D. Quixote nas suas sortidas, retirando delas um grande e proveitoso divertimento até o fim de seus dias. KAFKA, Franz. Narrativas do espólio. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p.103. P.S.: Prezado Arkx, Sou um grande admirador dos seus textos. Peço, por favor, que não me interprete mal. Acompanho, há alguns anos, seus escritos aqui neste espaço. Gosto do seu estilo e, de maneira geral, concordo, em gênero, número e grau, com seus diagnósticos/prognósticos (a falácia da conciliação; a necessidade da mobilização popular; o presente apocalíptico). Mas, nestes tempos tão sombrios, me preocupa um pouco os seus métodos.  Um abraço fraterno deste seu admirador. 

          3. Xadrez do início do grande pacto em defesa da democracia

            -> afastar de si o seu demônio ― a quem mais tarde deu o nome de D. Quixote

            -> Mas, nestes tempos tão sombrios, me preocupa um pouco os seus métodos.  

            não conhecia o texto do Kafka. muito legal. vou adotar.

            quanto as suas ponderações, compreendo-as perfeitamente.

            aliás, lembra-me uma grande amiga. inteligente, bonita, brilhante e produtiva. não necessariamente nesta ordem. fizemos juntos um trabalho fantástico. ela já é falecida, mas ainda não de corpo.

            em nossas diversas e longas conversas, muitas vzs ela me fazia ponderações semelhantes. sempre lhe garantia que eu as compreendia perfeitamente.

            até que um dia bem cedinho pela manhã recebi dela várias mensagens. pedia para eu entrar em contato urgente. estava agoniada. tivera um sonho perturbador. segundo ela, no sonho “vira o mundo com os meus olhos”.

            quando conversamos, fico sabendo terem sido quatro sonhos seguidos. de fato, muito intensos e com certeza lhe dera uma boa perspectiva de como eu vivencio o mundo.

            ela me disse: “- Agora eu lhe entendo. Não sei como vc consegue se manter saudável e íntegro…”

            respondi que aqueles sonhos dela eram um passo sem volta. e o último deles deixava isto bem claro.

            poucos meses depois, ela morreu. embora continue viva, todo o seu brilho se apagou.

            triste, né…

            .

    1. Concordo.
       
      Esquerda não é

      Concordo.

       

      Esquerda não é cor de bandeira nem de camisa, é ver de onde vem o $$$ e para onde vai. Enquanto o Brasil pagou mais de

      10 TRILHÕES de juros e amortizações da dívida pública em 16 anos e mesmo assim não satisfez a ganância dos poderosos, acreditar que vai agora? Confiar em Renan e PMDB do B?

  18. Acho que depois da facada no

    Acho que depois da facada no dito cujo houve sim uma certa chamada à reflexão, a extrema-direita percebeu que a violência pode se voltar contra ela que vive, justamente, de propagar a truculência como método político.

    Foi também uma oportunidade aos setores democráticos de afinar o discurso conciliador, na minha modesta visão representou um ponto de ruptura com bolsonaro ficando isolado no seu gueto perdendo o centro que com ele flertava.

    Devido à mediocridade e escassez de lideranças responsáveis ainda vejo longe o pacto democrático que pode trazer de volta ao país à normalidade institucional mas que há alguma coisa diferente no horizonte não tenho dúvidas.

  19. Interessante a visão do

    Interessante a visão do Nassif. Só o tempo vai dizer se ela tem base na realidade. Por mim, tenho uma visão muito mais pessimista. Os golpistas não vão largar o osso tão cedo e caminhamos para mais um período obscuro da história do Brasil. A última ditadura durou 21 anos, vamos ver quanto essa vai durar.

    O fato é que a situação vai se degradando cada vez mais. Quem aqui diria, em 2012, que Lula estaria preso em 2018? São só seis anos desde então.  Naquele ano, a imprensa internacional elogiava o Brasil como o mais promissor país do mundo. Hoje é isso. Tudo tem acontecido muito rápido. Tudo tem sido destruído muito rápido.

    Enquanto a gente deposita esperanças de que tudo vai melhorar, de que tudo vai se estabilizar, eles vão destruindo ponto a ponto aquilo que forma o Brasil, sua democracia (ainda que frágil, é uma democracia), suas instituições, sua economia, seu povo que vai sendo devolvido à miséria…

    Acredito que o buraco é um pouco mais embaixo. O Tio Sam não pode permitir que um país do tamanho do Brasil comece a ganhar auto-confiança e a colocar a cabeça para fora. Não no continente deles. Não no mundo deles. A questão do Departamento de Estado norte-americano influenciando o golpe precisaria ser mais bem apurada.

    Era preciso destruir ilusões e mobilizar a população o mais rápido possível, para resistir ao que vai se seguir. Espero, no entanto, que Nassif esteja certo e caminhemos para um cenário mais ameno.  Saudações a todos.

  20. Meu avô, seu Manoel, chegou

    Meu avô, seu Manoel, chegou de Portugal nos anos 1950, fugindo da dureza que era o país naquele tempo. Chegou com a família naquela nova leva de imigrantes que se fixou em São Paulo; na sequência de alguns velhos amigos do Sabugal, na Guarda, terra linda, fria e exigente. Era um conservador rígido, salazarista renhido, mas o melhor avô que um neto poderia querer. Tinha entre seus amigos diletos o seu Mário, um comunista duro na queda, afiliado ao PCP desde sempre; outro era o seu António, que ao invés dos amigos, se estabeleceu em Vigário Geral, no Rio de Janeiro, a quem chamávamos carinhosamente de seu António do Rio, homem afável e cordial que hoje definiriamos de centro-direita e a quem tive – alguns tem essa sorte! – como um terceiro avô. 

    Seu Manoel e seu Mário tinham discussões infindáveis, homéricas, viscerais mesmo; mas sempre voltavam às pazes, na maioria das vezes graças à interferência amistosa e firme de seu António, quando este chegava a São Paulo e tratava de negociar o armistício, o que, felizmente, era bastante frequente. Esse homem equilibrado e sensato, a quem os ares do Rio vieram a acrescentar uma dose generosa de humor, me ensinou uma lição – entre outras tantas -, que tenho sempre comigo; me disse uma vez: ‘Rapaz, uma boa negociação se daria quando todo mundo tivesse algo importante a ganhar. Mas, infelizmente, na maioria da vezes, elas só acontecem quando todo mundo se dá conta de que tem muito a perder!’.

    Considerando muito o velho seu António, me pergunto se já chegamos a esse ponto no Brasil de hoje.

    Não tenho certeza.  

      

  21. Xadrez do início do grande pacto

    Mesmo com todas as dúvidas a respeito do pacto, o texto é importantíssimo, repleto de indicações preciosas para que possamos acompanhar melhor a evolução do quadro político.

    Apenas um senão: quando é usada uma linguagem aparentemente científica (“moléculas tendem a ser atraídas pelos corpos que possuem maior massa crítica”) o resultado é desastroso, misturando de forma arbitrária e incompreensível conceitos de físico-química (atração das moléculas) e de física nuclear (massa crítica). 

  22. Estratégia “global”?

    A Globo, durante todo o dia, caiu acima do fato de Ciro estar forte num eventual 2o turno. Criaram cenários até de Ciro contra Meirelles, beirando no ridículo. Em contrapartida, mostram um timido empate do Haddad com Bolsonaro.

    A tentativa é de freiar a subida de Haddad e tentar dividir o eleitorado progressista ou, na dessesperada, chegar com Ciro ao 2o turno ao invés de Haddad, como fizeram com Lula e Brizola, para evitar a chegada do Brizola ao 2o turno contra Collor.

  23. Mente cor de rosa…

    Depois que cagaram por inteiro no Brasil, rasgaram a constituição, retiraram na marra uma presidente honesta e eleita pelo povo, transformaram o maior líder político do Brasil de todos os tempos em preso político e tudo isso com apoio principal e importante do PSDB e do STF, você me vem falar de sinais de pacto? De ficha caindo? Puts! Santa ingenuidade, Batman!

    Prepare-se, Nassif. O STF consegue justificar apoio até a Bolsonaro, se necessário. 

    Ou o Brasil cai de vez no obscurantismo ou vamos pra ruptura. Não existe mais estorinha de pacto com a elite sanguinária brasileira. 

    Se não levarmos esta encrenca de eleição no primeiro turno, você verá os fantasmas saindo do caixão e puxando seu pé à noite disfarçados de “STF e tudo” como diria o ajudante de diabo Sr. Jucá.

     

  24. De novo?
    Nassif, Lewandowski assistiu o Golpe no Congresso e deu legitimidade processual a catástrofe.
    Ele e Barroso, em quem você chegou a acreditar, são farinha do mesmo saco.
    Gilmar só cumpre a Lei se for para ajudar os amigos.
    Estás sonhando, Nassif.
    #HaddadNoGovernoLulaNoPoder

  25. A matéria foi escrita tendo

    A matéria foi escrita tendo como premissa que o haddad está eleito.

    Se o Haddad for eleito, estou enganado ou o Nassif está propondo uma aliança PtxPSDB e o mercado?

    A coisa tá feia mesmo.

    Neste caso, acho que é melhor ser derrotado na eleição.

     

     

     

    1. Se o PT eleger o presidente,

      Se o PT eleger o presidente, parte significativa do congresso e dos governadores (como aparentemente é o que se desenha), quem vai estar por cima? O PT ou o PSDB?

      Se o PSDB quiser abandonar o radicalismo e compor com o PT, NOS TERMOS DO VENCEDOR, qual o problema? O PT vai dar as cartas. É o PSDB que precisa disso para não desaparecer.

  26. O único “centro” que existe é o Buraco Negro!

    O texto merece exame apurado.

    Tanto pelo autor, quanto pela pretensão a que se inclina.

     

    Falta primeiro um componente crucial, ou melhor, dois: contexto histórico e perspectiva.

    O chamado ataque às democracias liberais (tanto nas franjas centrais quanto periféricas) no mundo não é um período de exceção ou uma novidade, como quis aduzir aqui o autor:

    “(…)Hoje em dia há uma luta mundial contra a democracia liberal, refletida na campanha indiscriminada contra a classe política e na judicialização da política, com o poder sendo empalmado por corporações que não foram eleitas pelo povo.(…)”

    Consideremos a versão atual de tripartição do Estado em “poderes” autônomos e harmônicos entre si, na imaginação fértil de Montesquieu, como uma invenção de 1789, e desde lá vem o nosso intervalo de análise.

    Ao mesmo tempo, sabemos todos, o capitalismo que já era mais antigo como sistema econômico global, desde o século XVI,  mas na Revolução Francesa alcançou sua hegemonia de controle político.

    Seja na Europa, seja nas colônias, ou depois, nos centros do capital industrial e suas periferias mono-exportadoras, não houve um tempo onde essa ficção adorada pelo autor (Democracia Liberal) não estivesse acossada pelas soluções de força, geralmente nascidas dentro das chamadas corporações não-eleitas, armadas ou civis.

    Recém nascida, a “democracia liberal” se afirmou pelo Terror (santo Robespierre!!!).

    Como também já sabemos, no interior do sistema capitalista está sua própria antítese, que se expressa em ferrenha luta entre as classes possuidoras e não-possuidoras.

    Para conter os limites dessa luta, classes possuidoras e não-possuidoras se engalfinham dentro de um prédio chamado Ideologia.

    Aí estão confinadas toda sorte de instituições emanadas de voto e outras sem voto.

    Toda vez que o Capital esteve em posição ameaçada, ou houvesse a retomada de seu ciclo de expansão, quando geralmente enormes contingentes das classes não-possuidoras são jogadas “para fora da realidade”, aumentando as tensões sociais já latentes e existentes, as chamadas corporações não-eleitas e hierarquicamente rígidas são chamadas a contribuir no esforço de manter a plebe em seu devido lugar.

    Aqui outro adendo: a comparação entre a natureza da hierarquia de militares e judiciário, embora seja até simpática:

    “(…)É uma repetição do que ocorre com o estamento jurídico, ambos estruturas hierarquizadas.

    A base das Forças Armadas, “formada por gente mais humilde”, é Bolsonaro, diz o general. No topo, o pensamento dominante é do general Mourão, um repetidor de slogans econômicos da Globonews.

    Com diferenças pontuais, ocorre o mesmo no Judiciário. Na base – Lava Jato, procuradores e juízes de 1ª instância – a influência maior é o MBL e Bolsonaro. Na cúpula, compartilha-se do mesmo sentimento anti-política – e, portanto, anti-democracia liberal – do Estado Maior das Forças Armadas, e a mesma presunção de se tornar condutores do país.(…)”

    Aparece mais um apelo dramático da narrativa, não tem qualquer ligação com a realidade!

    O sentimento anti-política das FFAA é totalmente distinto do que grassa nos corredores das torres de marfim judiciais.

    Aliás, o próprio termo já vem impregnado de um erro: não é anti-política é uma concepção política distinta, que desvaloriza a decisão popular e as dinâmias políticas orgânicas e originárias da sociedade em detrimento dos chamados “notáveis”, “técnicos”, “gestores eficientes” e muitos outros termos que já visitaram muita gente boa, inclusive esse blog aqui.

    O sentimento do pessoal de farda pode parecer com o de pessoal de toga, mas é uma ilusão imaginar que sejam a mesma coisa, embora, de fato, o resultado da super intervenção desses boçais seja parecido!

     

    Não há como comparar a submissão militar dos mais pobres dentro da hierarquia e a adesão consciente dos promotores e juízes de primeiro piso às causas da Inquisição Judicial que fazem parte!

    No mp e no judiciário, juízes e promotores aderem a essa caça às bruxas por empoderamento!

    Nas FFAA, o poder se mantém no topo da cadeia alimentar.

    Outra questão grave desconhecida pelo autor: nas FFAA, a força do argumento é BÉLICA!!!!!

    Vem da noção de sacrifício físico do soldado que se mata pela pátria, bem como pela noção crua mesmo de que quem tem a arma manda, e ponto final!

    Já o promotor ou o juiz se acha um escolhido por deus como portador de um saber que não pode ser questionado, ainda que a lei que ele diz respeitar e usar como ferramenta seja fruto de um processo legislativo que nasce com o voto!

    Desnecessário dizer que nos estamentos judiciários a coação passa por outros elementos não tão “físicos”, mas de resultado talvez muito mais prejudiciais ao tecido social.

    Resumindo: um processo como o de Lula talvez seja muito pior para o país e para História, que se ele estivesse sendo torturado fisicamente, obviamente imagino que ele e seus mais próximos amigos e parentes pensem o contrário.

     

    Por isso mesmo, a História nos ensina que revoluções anti-estamentos podem nascer dentro das FFAA, MAS NUNCA DENTRO DOS ESTAMENTOS JURÍDICOS, essencialmente, intrinsecamente, voluntariamente CONSERVADORES DOS ESTAMENTOS (no sentido lato do termo).

     

    O resto do texto tem muito sentido, mas não o sentido que o autor deseja.

    Ele nos quer fazer acreditar que a “centralização” de “andrade e da tática Lula-PT é boa, e não um arrego, uma concessão ao regime de terror que se implantou desde 2006, com o chamado “mensalão”.

    Ao mesmo tempo, ele imagina que abalos insttucionais dessa natureza possam ser resolvidos ou com o “bom senso” ou com o “cansçao-medo” dos contendores, tese que, por exemplo, está na base de nosso atual pacto constitucional e nossa “redemocratização” mal parida, dentre outras coisas, pela Lei de Anistia!!!!

    É o pacto do deixa-disso!

    Por outro lado, o “mercado” e suas forças não são “anti-petistas” como acredita o autor do texto.

    Prova disso que “permitiu” que a eleição fosse disputada por três ex-integrantes dos governos Lula-Dilma (ciro, o coroné de harvard, marina, a joana d’arc da floresta e andrade, o picolé de chuchu com anilina vermelha), e testou a versão-periferia do programa que rodou no centro do capital:

    – um candidato boquirroto, imbecil, misógino, racista, enfim, a expressão do senso comum sem hipocrisia.

    Se colasse, iam com ele baixar as “leis de mercado” na base do prendo e arrebento.

    Aliás, o prendo e arrebento já está há muito tempo nas ruas, só ganharia uma manifestação pública sem filtros!!!!!

    Se não colasse, rearrumariam o jogo ainda mais para a centro-direita.

    O mecrcado não quer outra Dilma baixando juros reais até 2%, como fez em 2011. Ou apontando para um projeto decenal de investimentos da que seria a maior empresa de petróleo do planeta, e melhor, instalada em território sem GUERRA CONVENCIONAL, como o Oriente Médio!!!!!!

     

    Quando Dilma tentou reverter e colocar os mercados-boys para acalmar o centro do capital, seu destino já havia sido traçado, e foi a chance que o mercado viu de colocar o PT de volta nos seus 20 ou 30% do eleitorado.

    Deu ruim, porque o capital do Lula foi sub-avaliado, enquanto o mercado “comprou” a balela da globonews de que os porcalistas de lá eram capazes de fazer o serviço sujo junto com os torquemadas de toga!

    Novamente, o poder originário (o eleitor) revelou que ninguém sabe o que vai na sua cabeça.

    Vai votar em um Congresso conervador, e no presidente do PT! Mais uma vez!

    Até o próximo golpe!

     

     

  27. E o jantar do Maduro?

    Vergonha devia ter a imprensa local de divulgar essa bobagem, criando clima para desestabilizar o governo da Venezuela. Absurdo também como todos os médios de comunicação recebem as mesmas noticias, empacotadas de fora, e se prestam ao papel de fazer a estratégia do império. Maduro é criticado por um jantar na Turquia, de US$200, equivalente a 1/6 do auxilio moradia que recebem os nababescos do judiciário todos os meses.

    Desculpem usar este post para colocar esta opinião, mas ocorre que o Anarquista Sério tomou o Fora de Pauta para uso pessoal.

  28. Não existe nenhuma
    Não existe nenhuma possibilidade de pacto pela democracia no Brasil simplesmente porque o conceito democracia avança além de nossas fronteiras e é ele que está em discussão no mundo.
    A democracia, para sobreviver,terá de enfrentar suas contradições.
    A principal delas é a de permitir a interferência e existência de quem é contra a própria democracia, aí inclusos o sistema financeiro global e o militarismo excessivo e agressivo,notadamente dos falcões do Norte.
    A democracia deve ser entendida em seu sentido estrito de um governo do povo e para o povo.
    Não é possível a existência da democracia quando o dinheiro é o militarismo são um fim e não um meio.
    É nesse sentido que não existirá pacto nenhum no Brasil.
    O golpe foi todo centrado em questões da geopolítica e os fatores internos foram simplesmente o meio para que estes objetivos geopolíticos fossem alcançados.
    O Brasil somente voltará a ter seu protagonismo se estes erros cometidos forem corrigidos e,mesmo assim, sob a batuta de um líder inconteste interna e externamente como o presidente Lula.
    Fora disso viveremos,como quase sempre em nossa história, ciclos ruins e péssimos e,de vez em quando,um ciclo que aponta em direção a um futuro melhor,futuro que sempre é impedido de chegar devido a patogenia atávica de setores importantes da burguesia nativa e sua sempre saudosa relação com o passado escravista,coronelista e oligopolista.

  29. Não tive a honra ainda de ver

    Não tive a honra ainda de ver nenhum juiz que tenha a estatura interior para propor a união ao nosso pais!

    Dos militares que andam dando opiniões por ai, nenhum tem a chancela de elevar nossa tropa para um grau mais elevado!

    No fim de tudo que falam acabaria no uso da força!

    O que esfaqueou o capitão se dizia ameaçado – o capitão reproduziu aquilo que tenho vergonha de repetir de tão batido que é: Violência gera violência!

    Hitler combatia judeus, gays e comunistas!

    Foi preciso alemães repetir isso a brasileiros!

    O maior brasileiro hoje está preso!

    Existe povo sem pais, mas não existe pais sem povo!

    Em recente pesquisa o pessimismo já é maioria no Brasil!

    Os militares poderiam restabelecer a ordem?

    Que ordem?

    Se até agora não vi nenhum deles reclamar que todos nos pagamos impostos sobre o ganhamos, mas banqueiros receberam bilhões sem pagar impostos no pais da usura!

    É um mau augúrio essa ideia de militar no poder!

    Um grande país só será feito por grandes homens e mulheres!

  30. Teremos uma nova Lei da

    Teremos uma nova Lei da Anistia?

    Entendo bem que uma pacificação, um grande acordo e chamamento à razão precisa ser feito, se faz necessário.

    Mas é difícil à mim aceita a idéia de passar inquólumes personagens como:

    – Gilmar Mendes: impediu a posse de Lula na Casa Civil, o que poderia ter evitado essa barbarie atual.

    – Bruno Araújo: o imbecil que batia panelas na Câmara e depois virou ministro do Temer

    – Alexandre de Moraes

    – Aécio Neves: o grande testa de ferro da balburdia atual

    – FHC: um golpista invejoso

    – Carlo Sampaio: aquele pincher raivoso do Aécio que sumiu

    – MBL: mercenários, são caso de polícia

    – Moro: Deveria ser preso por alta traição

    – Globo: um cancer a ser estirpado

    – Lava Jato: deveriam ser demitidos a bem do serviço público, no mínimo.

    entre outros personagens menores.

    No mais, que veneno a menção do empresário e ministro do STF Gilmar Mendes como “a maior liderança do PSDB atualmente”!!!!

    1. Se for para pacificar o

      Se for para pacificar o Brasil nesses termos de uma nova lei da Anistia ( E manutenção de boa parte do pacote conservador de Temer, talvez SÓ a abolição do teto de gastos, que é inviável, e parece ter sido aprovada só para servir como moeda de troca agora !!), prefiro perder para o Bolsonaro.

       

  31. Menos otimismo, Nassif.Os

    Menos otimismo, Nassif.

    Os caciques do Psdb estão podres de ricos com o Gilmar Mendes, Carminha das farmacêuticas, Raquel do encontro noturno  a lhes dar cobertura. A Globo quer continuar com o monopólio e oferece proteção à imagem dos podres de ricos. Os filhos do FHC com os milhões negociados a custa do prestígio e interesse do pai  podem comprar cidadania lá fora. O PT desde sempre está na linha de tiro e o Brasil ainda tem muito a ser espoliado com porcentagens e parcerias a serem negociadas. Quanto ao grito do milionário Tasso esquece. A familia Jereissati deve ter muitos interesses no espólio brasil. E lembra do político nordestino do Chico Anisio que queria que o povo se explodisse? Pois é.

    Do lado de cá: moro numa cidade do interior de São Paulo que tem 38 mil habitantes. Ontem, numa ida ao supermercado que fica a 10 quadras da minha casa contei 13 carros com adesivos do Bolsonaro. A peste fascista está em expansão por aqui. Amigos me relatam o tratamento de “o mito” para Bolsonaro. Que cresceu 2 pontos percentuais na pesquisa de ontem. 

    Medo e insegurança é o que sinto. E se tiver saida não será contando com a magnanimidade desses vagabundos que não respeitam o pais e o povo que lhes deu a opulência em que vivem. 

  32. “No topo, o pensamento

    “No topo, o pensamento dominante é do general Mourão, um repetidor de slogans econômicos da Globonews.”

    Na veia.

    Esse pessoal do alto comando das forças armadas, além de ter se formado com base na ideologia americana da Escola Superior de Guerra, assistem a Globo de manhã à noite. É assim desde os anos 70.

    Essa empresa privada de comunicação é uma espécie de oráculo para o estamento militar.

    Só isso para explicar o apoio deles para a desnacionalização e privatização das:

    Fontes geradoras de energia (hidroelétrica, gás, eólica, solar, petróleo);Exploração mineral (Vale);Posse de terras (venda ilimitada de terra a estrangeiros);Venda da exploraçãoo de fontes de água doce (Nestlé, Coca-Cola);Privatização de toda área tecnológica e estratégica militar: Embraer/caças; Eletronuclear/submarino atômico; base de Alcântara/satélites.

    Os generais da geração de 22 do século passado, herdeiros do tenentismo, devem estar se remoendo no seus túmulos.

    Somente a fé cega na Globonews é capaz de explicar a cegueira do alto comando militar de um país que apoia a entrega de bens tangíveis como petróleo, minério, água, terra, tecnologia, etc., para combater fantasmas como “hegemonia gramsciana”,  “comunismo”, “bolivarianismo”, “gaysismo”, e sei lá mais o que. Acho que nem crianças largam um pirulito que tem na mão por conta de um fantasma assustador que elas nunca viram.

    Ah, mas a hegemonia gramsciana exite. Sim, o grande e já falecido Marco Aurélio Garcia continua vivo, ao menos suas ideias de soberania e liberdade para o povo brasileiro. Aliás, uma afronta aos norte americanos. E o todo poderoso Dirceu, cujo objetivo era expandir o capitalismo brasileiro em toda América Latina, roubando mercado dos americanos e europeus, esse contiua vivo? Sim, depois de passar um temporada preso, sem nenhuma revolta armada. Agora se dedica a divulgar seu livro de memórias.Um perigosíssimo amigo da Republicana Condoleezza Rice.

    E o comunismo. Esse também continua vivo. Mesmo depois dos oligarcas russos e do capitalismo Chines. Sobrou quem? O benchmarking (para usar um neologismo americano) da saúde e educação cubanas? O isolacionismo da Coréia do Norte? My god!

    E o bolivarianismo. Esse está mais vivo do que nunca. Aliás, se o nosso Bolívar latino americano tivesse nascido ao norte do Rio Grande, ele seria aclamado como um dos grandes Founding Fathers (pais fundadores) da Great América. Ou ainda, poderia ser um idolatrado George Washington. Não sendo assim, a pobre Venuzela, que tenta a todo custo sobreviver, é uma ameaça. A quem? Aos interesses do mercado americano de combustível fóssil. É, mas nós precisamos defender os interesses dos nossos frágeis aliados no norte. Tá bom.

    Enfim, tem gente que acha que opção sexual é uma questão de convencimento. Aí, só Freud.

    Em resumo, quem não tem, não sabe ou não quer identificar a verdadeira ameaça estrangeira, fica presa fácil da Globo.

    Por fim, mais um desabafo. É impressionante a cegueira ideológica do alto comando militar. Como podem apoiar nossa perda de soberania sobre: energia, minério, água, tecnologia? Eles vão se armar com o que? Vão defender o que se abrirmos mão de toda nossa soberania?

    Será que esse pessoal nunca assistiu um documentário de guerra? Será que não sabe quais são os primeiros alvos a serem conquistados ou bombardeados num país estrangeiro? Ora, as fontes de energia, minério, fábricas e centros tecnológicos. Por que será?

    Bem, talvez o alto comando das forças armadas já assistiu e revolveu apoiar a entrega rápida de tudo para, assim, evitar uma futura guerra.

    Ou, por lado, devem estar pensando, com base no oráculo Global.

    Esse Estado Brasileiro é corrupto e ineficiente. A solução é acabar com ele e conosco. Afinal, é isso que pensa o guru econômico do candidato que eles apoiam.  Só falta agora o alto comando das forças armadas defender a venda das fardas, das armas e dos quartéis. Talvez, pensando em começar uma nova carreira na iniciativa privada, abrindo uma empresa de mercenários.

  33. Se é pra viajar então vamos

    Se é pra viajar então vamos lá:

     

    Se o PT vencer, no dia 26 de janeiro de 2019 teremos uma grande manifestação anti-pt organizada pelo MBL e apoiada pelas cadelas da mídia.

     

    Essa manifestação será gigantesca, pois todo facistóide anti-pt vai pra rua, com CERTEZA.

     

    O Haddad terá mais ou menos 15 dias (antes dessa manifestação puder ser organizada) para bater de frente com as corporações mafiosas que irão, inexoravelmente, minar e limitar o seu território e inviabilizar o seu governo.

     

    O PT terá que decidir: vai ou não pro pau? Minha aposta é que ele vai, novamente, acovardar-se.

     

    Quando o PT decidiu descartar o Ciro –  através da aliança com o PSB, sacrificando sua própria militância e também o chamando para vice e não apoiando ele como candidato – ele deveria ter a certeza que sua vitória significa um racha inevitável.

    Ganhar a eleição é o de menos, o mais dificil é ter coragem de bater de frente com o judiciário e com a mídia no dia seguinte.

  34. Mesmo se for o caso de alguns
    Mesmo se for o caso de alguns golpistas terem acordado da boçalidade antipetista (o que eu duvido), ou mesmo proporem uma tregua, é tarde demais, a fascistada não vai voltar pra garrafa tao cedo.

    De qualquer modo, pra esquerda reformista, pro Lula e pro PT, PT, PT o certo é ir pro acordo…e simplesmente descumprir lá na frente. Está sobejamente demosntrado que estão lidando com golpistas rasteiros, movidos por odio irracional

  35. Haddad seria ao mesmo tempo

    Haddad seria ao mesmo tempo retardado e suicida se tratasse a mídia com a mesma leniência que o PT tratou durante os governos Lula e Dilma.

    Se a regulação da mídia depende de uma verdadeira guerra no congresso, as verbas publicitárias só dependem da caneta dele. Deve cortar tudo no primeiro dia e estabelecer cirtérios de afinidade com o público de cada veículo.

    Qual o sentido em gastar milhões com um veículo onde se veicula uma propaganda governamental por 30 segundos e as outras 24 horas são dedicadas a bater nesse mesmo governo?

    Qual o sentido em colocar publicidade em um jornal ou revista onde os leitores são compostos por 99% de anti-petistas?

    1. Eu discordo

      Acho que não devemos lançar mão do revanchismo contra a mídia por 3 motivos:

      1) Fomos governo e não fizemos nada durante 13 anos, então, tomamos um golpe e vamos caçar bruxas?

      2) A mídia tradicional cairá naturalmente de maduro, nem precisa empurrar; pois como é sabido, é economicamente inviável.

      3) E para catalizar o fim da mídia, basta não encher eles de dinheiro, simples assim. Se for para colocar dinheiro, que coloque nos blogs, num canal educativo, em atividades de ruas, etc; mas evitar a mídia tradicional.

      E é bom que a mídia corporativa continue existindo, para que o pensamento divergente exista. O que precisa é fazer valer a lei e punir exemplarmente os abusos de usar a mídia corporativa para fazer política partidária.

      1. Você está discordando de algo

        Você está discordando de algo que eu não disse. Não estou pregando o revanchismo. Sou contra o “otarismo” com o qual o PT tratou a mídia durante todo esse tempo.

        O item 3 do seu comentário vai de encontro ao que eu disse. Chega de encher as burras da mídia tradicional de dinheiro apenas pelo critéerio da audiência, mas deve-se levar em conta também o tipo de público que acessa aquele veículo.

        Se eles vão continuar existindo ou não, andando pelas próprias pernas, não é problema do governo. Não é a p´ropria mídia que prega que o governo não deve gastar dinheiro com empresas que não dão lucro? Pois é…

  36. patológica sabotagem

    Caso, eventualmente, Haddad seja eleito presidente do Brasil, o referido ‘pacto civilizatório’ entre petistas e antipetistas ante a volta da Idade Média se estabelecerá através do fisiologismo político?

    Assim sendo, existe um risco eminente não só de voltar a velha política que nunca partiu, como também o de mais um golpe contra a democracia, pois a cessão de ministérios, pequenas empresas públicas ou contratações de serviços terceirizados de amigos dos amigos aos ‘aliados temporários’ podem gerar obscuridade financeira e a patológica sabotagem sistemática da governabilidade. 

    Já dizia o Dr. Norberto Keppe: ‘A inveja é a mãe de todos os outros sentimentos negativos’, o resto é só efeito colateral de uma mentalidade duente.

  37. Nosso pós guerra ainda não chegou
    Alguns e algumas comentaristas já falaram sobre algumas linhas de pensamento do Nassif que o caracterizam e é inútil discutir: sua fé inabalável na conciliação de gabinete e sem povo, seu alinhamento liberal democrático – progressista nas questões sociais que envolvem a liberdade e a paz social e conservador na visão econômica e política. Essa combinação exige uma flexibilidade que o faz, porque sincero, um verdadeiro representante do centro democrático, o que, num país/mundo conflagrado como resposta à crise da globalização militar-financeira, parece ingenuidade ou medo de enfrentar a necessária divisão que precisa existir para trazer à tona os conflitos e suas alternativas de solução, para o que uma qualquer conciliação fora do tempo de amadurecimento desses conflitos soa capitulação e acobertamento indevido dos problemas, e não uma autêntica proposta de solução pactuada.
    Digo isso para não me repetir nem ser impaciente ou desrespeitosa com a crença nassifiana no consenso, ainda que torto e conservador – Nassif quis ser diplomata quando criança?
    Agora vou à feira. Quando voltar, falarei o que acho dos sinais que Nassif identifica como pacto democrático e que para mim é apenas o desdobramento do golpe, com as corporações lutando internamente entre si por ocupar os espaços de poder em reorganização depois de terem quase destruído a política: Lewandowski não criticou o sistema de INjustiça nem o golpe do qual o STF É PARTE, está apenas defendendo a superioridade judicial de setores hierárquicos dentro da magistratura e desta contra o MP, disputa corporativa (estaria também em disputa pessoal com o iluminista BarrOco, ambos escrevendo livros para “explicar o país”, vagalumes invejosos da luz solar de Darcy Ribeiro, Raymundo Faoro, Sergio Buarque, Celso Furtado, Emília Viotti, Marilena Chauí?); se estivesse arrependido do que fez em apoio ao Golpe não estaria defendendo o parlamentarismo, cuja tentativa de simulação tosca foi a responsável pelo verniz de legalidade ao Golpe no legislativo – são aquelas sessões na câmara e no senado sua visão de parlamentarismo? O país só não está pior porque no presidencialismo o povo soube escolher quando não foi manipulado pela mídia criminosa.
    Se puder, volto ao assunto ainda hoje.

    Sampa/SP, 19/09/2018 – 12:30

      1. Com açúcar, com afeto
        Rui, querido, como sempre generosas palavras a que agradeço, com carinho, algum rubor e gratidão pelo incentivo a continuar desaforando a Casa Grande e carcomida que nos faz menos felizes do que merecemos.
        Sobre comentários no BRD, voltarei a fazê-los sempre que puder – tenho diminuído minha participação no blogue como um detox comunicativo, o que não se aplica a certos casos, o seu por exemplo, em que a leitura das suas crônicas e o fazer comentários são tonificantes para o pensamento e para a alma.

        Abraços, e novamente, obrigada pela atenção generosa que não mereço mas faz muito bem mesmo assim, rs (a autoestima sobe mais que o dólar mas sem risco de bolha na cotação do ego, rs.)

        Sampa/SP, 19/09/2018 – 23:30 (alterado às 23:41).

  38. Tudo sob o estímulo irresponsável de Ministros do STF.

    O artigo podia se reduzir à centena de ilegalidades e violências e a frase que resume tudo.

    “Tudo sob o estímulo irresponsável de Ministros do STF.”

    Aí está todo o problema deste país que tentam destruir.

    Que desgraça!

  39. Que se restaure logo a democracia
    Que beleza de artigo.
    Espero que essa percepção de setores e pessoas influentes da sociedade possa, com a eleição de Haddad, trazer de volta a democracia, a legalidade e a verdade ao nosso país.
    Parabéns, Nassif.

  40. “No STF, a eleição de Dias

    “No STF, a eleição de Dias Toffoli para a presidência abre uma janela de oportunidade, depois da vergonhosa gestão de Carmen Lúcia. Os primeiros movimentos de Toffoli, propondo-se a pacificar a casa e a se aproximar dos demais poderes, indicam tomada de consciência sobre a gravidade do momento atual.”

    Mantendo Lula preso e facilitando o trabalho do Boça…

  41. E tem um problema. Um governo

    E tem um problema. Um governo de coalizão impedirá Haddad e o PT de recuperarem o pré-sal e de rever a PEC do teto !!!

    A direita vai cobrar esse preço do PT.

    Aí Haddad põe o Marcos Lisboa na cabeça e aí a gente retira o comando do país do Bozo e dá para o PSDB. 

     

  42. Evidente que o xadrez do

    Evidente que o xadrez do Nassif mostra o seu, dele, desejo. Mas ele não escreveu isso tudo para manifestar o desejo, isso ele faria em 2 linhas. Juntos vieram fatos, análises e conclusões, certas ou erradas de acordo com a visão de cada um. Notem que ele inicia falando de pacto, o que muitos subentendem como submissão (ao mercado, à Globo, ao Centro, etc.) e termina prevendo enorme luta pela frente. E vem-lhe a cobrança de um pensamento monofásico ! “As coisas não podem ser assim porque são assado e se são assado não podem ser assim”.  Getúlio Vargas governou um período ditatorialmente, outro após eleição. Qual imagem que temos dele ? Castelo Branco liderou uma “revolução” para “salvar” a Democracia, que imagem ficou ? E junto vêm as críticas a Haddad, na mesma linha, mas copiando coisas antigas: “Haddad não se elege”. “Se Haddad se eleger não deixam tomar posse”. “Se Haddad tomar posse não o deixam governar”. Não com essas palavras mas expressando  esse dogma. Pra terminar vou realçar só um dos fatos elencados no xadrez por achá-lo o mais paradoxal e paradoxalmente o mais elucidadivo: Gilmar Mendes. As medidas que tem tomado ultimamente têm sido justas, democráticas e republicanas. Se caísse com ele um HC mandaria soltar Lula. A luta poderia não ser tão longa.

  43. A diferença entre um governo

    A diferença entre um governo Ciro e um governo Haddad é simples: ódio. E quanto o governo vai ter que pagar pros poderososos pra segurar o ódio de boa parte da população. Em suma, o governo Haddad vai se vender como uma alternativa de esquerda mas vai ter que pagar uma alto preço ao mercado financeiro pra continuar se sustentando se não vai ser deposto como a Dilma ou pelo judiciário/congresso ou pelos militares.

    Vamos continuar em um país rachado entre as pessoas, com mercado financeeiro nadando de braçada e setores oligopolistas tendo suas “compensações”.

    Em um governo Ciro Gomes o custo desse ódio seria bem menor e poderia realmente que o Brasil fizesse uma reforma tributária de verdade, enquadrasse o mercado financeiro e mantivesse juros baixos não só na SELIC como na ponta. Entretanto teremos uma vitória de esquerda comemorada como copa do mundo mas não se espantem se o ministro da Fazenda for um Levy 2.

    1. Caraca ! Com Levy 2 no MF,

      Caraca ! Com Levy 2 no MF, mercado nadando de braçada e ódio contra Haddad nas nuvens ! Ciro fazendo reforma tributária, enquadrando mercado, juros baixos, e governando em céu de brigadeiro ! Alguém encontrou uma lógica perdida por aí ?

  44. Análise inocente.
    O golpe
    Análise inocente.

    O golpe está em andamento

    Golpistas com SUPREMO E TUDO não fizeram o que fizeram pra se submeterem a vontade do povo

    Eles aguardam o ungido e a composição das forças no congresso. Se desfavorável veremos o desfecho

    Só com apoio internacional a democracia brasileira sobrevivera

    Passado este tempo a sociedade precisa decidir sobre o destino destes TOGADOS covardes omissos e golpistas, bem como o que fazer pra purgar nossas forças armadas destes GORILAS insensíveis, verdadeiros BANDIDOS que tomam nossos civis como refém.

    ..enquanto isso a vergonha nos consome por, passivos, vermos um inocente – o maior de todos os brasileiros – preso em Curitiba

  45. A conciliação é com o povo que rejeita a política golpista

    Nassif, o caminho da reforma do sistema pela democracia foi apontado pela excelente análise de Antonio Martins, na postagem: https://jornalggn.com.br/noticia/quem-pode-nos-livrar-de-bolsonaro-por-antonio-martins.

    Primeiro uma observação. Creio que as questões de tática eleitoral dentro do campo da centro-esquerda, principalmente após a última pesquisa que findou por apontar o candidato lulista como o potencial representante, devem ser desconsideradas. Águas passadas não movem moinho. Agora é olhar para frente.

    Como derrotar o golpismo, por dentro da ordem democrática? Só tem uma saída. Uma vitória eleitoral arrasadora!

    E aqui entra a observação de Antonio Martins, que muitos já devem ter percebido, porém, ele deixou mais claro e objetivo.

    A ampla maioria da população brasileira é contra o golpe (arrocho, desemprego, reforma da previdência, privatização da Petrobras, BB, CEF, etc.).

    Grande parcela dessa “ampla maioria” apoia Bolsonaro.

    Bolsonaro é o candidato do golpe e a favor do sistema atual, se fazendo passar por oposição ao establishment.

    A campanha do Haddad precisa apontar essa contradição do Bolsonaro e passar uma mensagem contra o golpe e o sistema, nele incluido o mercado financeiro, rede globo, “políticos tradicionais” (que são todos apoiadores de Bolsonaro – canditado dos ricos, do sistema,etc).

    Em outras palavras, o Haddad, para ter uma ampla maioria não deve buscar consenso passando a imagem de “amigo” do “sistema atual golpista” (mercado e cia), ou seja, passar a imagem para a ampla maioria da população que é “mais do mesmo”. Quando na verdade essa figura hoje é o Bolsonaro.

    A conciliação com o centro é com a maioria do povo que é contra o golpe, representado pelo Temer e cia, hoje TODOS APOIADORES do candidato da direita.

    Em resumo, passar a imagem de “amigo do establishment” pode afugentar a maioria da população que é contra o golpe e levar mais água no moinho do candidato golpista que se faz passar anti sistema (contra tudo e contra todos, quando na verdade é mais um deles).

    Não se trata de comprar briga explícita com o “sistema”, mas apenas mostrar claramente para a maioria da população que rejeita o Temer e suas políticas quem é quem nessa eleição.

  46. Haddad no Governo, Lula no Poder

    Tudo muito bem, tudo muito bom, que a transferência de votos esteja sendo processada conforme previsto, mas que Haddad não caia em besteiras egocêntricas e ‘puxasacais’ de encantar-se, iludir-se e perder-se ao som das sereias, como Dilma, pois quem de fato irá vencer a eleição de 2018, ‘empatando’ o golpe, como desde sempre soube-se, será Lula com o PT, principalmente o inorgânico e os orgânicos dos movimentos sociais, a menos que Haddad ou alguém, acredite que dos 2%, chega-se a 19% em uma semana e chegará-se em três semanas, além dos 40% ainda no primeiro e único turno, apenas por sua graça, obra e competência.

    Que não ouse embevecer e, pior, esquecer, pois o povo e a militância, mais que sóbrios, PUTOS, não esquecerão dessa vez, que não basta vencer, é preciso poder e não conciliação barata com golpistas atávicos, como antes tentado, para governar, daí que: Haddad no governo, Lula no poder.

    O resto é ‘brincar com pólvora, fumando’ ou ecologicamente, ‘dar milho pra bode’, golpista.  

  47. O país vinha dividido há tempos. O grave problema insolúvel é

    que o sectarismo odiento e odioso que os golpistas e os justicialistas comparsas ajudaram a acordar em parcela da população, este, não adormecerá jamais

  48. Com quem o PT vai fazer um

    Com quem o PT vai fazer um pacto ? Com a extrema direita ? Com a direita ? Com o centro ? Com os militares ? Com o STFCOM TUDO ? Com os banqueiros ? Com as multinacionais ?  Se o pacto não for só com o povo,  será com o diabo…

  49. Com quem o PT vai fazer um

    Com quem o PT vai fazer um pacto ? Com a extrema direita ? Com a direita ? Com o centro ? Com os militares ? Com o STFCOM TUDO ? Com os banqueiros ? Com as multinacionais ?  Se o pacto não for só com o povo,  será com o diabo…

  50. Se perguntados os ciristas

    Se perguntados os ciristas negarão mas o destino reserva para eles seguirem FHC…..que já se bandeou para Haddad. Pacto em andamento, conforme previsto pelo incompreendido Nassif.

  51. FHC parece já estar se

    FHC parece já estar se movimentando na direção que o Nassif aponta:

    https://www.diariodocentrodomundo.com.br/fhc-enterra-alckmin-e-afirma-que-apoiara-haddad-no-segundo-turno-por-jose-cassio/

    Retórica, retórica, retórica…

    (No caso de FHC, acrescente-se o eco: …vaidade, …vaidade, …vaidade)

    Gilmar, Lewandowski, Marco Aurélio, são 1% retórica, e 99% interesse de casta.

    Nada além disso.

    Não condeno o incorrigível otimismo do Nassif.

    Só não consigo compartilhá-lo.

    A propósito, e com o perdão do trocadilho infame, nas hostes do boçalnaro parece estar tomando corpo algumas divergências intestinas.

    Mourão, Paulo Guedes…

    Sei não.

    O primeiro, é de vocação lacerdista, em relação ao PT: não pode ser candidato, não pode ser eleito, não pode governar.

    O segundo, que só quer faturar uns cobres, se ajeita em qualquer situação.

    O Mourão, que, segundo seus próprios termos, e dado seu fenótipo, pode ser descrito como um mulambo, parece cada vez mais um corpo estranho nas entranhas do boçalnaro.

    Estranho, mas superior hierarquicamente. Daí que…

    Queria ser otimista como o Nassif, mas não consigo.

    Lewandowski, Marco Aurélio, é o que temos, para enfrentar o que o Mourão representa?

    (Omito o Gilmar, por que este, como o Guedes, se ajeita em qualquer situação).

    É pouco.

  52. A maldição do Temer…

    Alckmin foi tragado pela maldição do Temer…

    Lutou para ter 5 minutos de TV para explicar que é a continuidade do governo Temer, mas sem ser o Temer…

    Está difícil…

    Num segundo turno Bolsonaro vai ter que se mostrar, e o pior vai ter que dizer que continuará o governo temer, só que com mais força, bem mais força!

    Bota força nisso ai…

    Parte de seu eleitorado ficará desiludido, o mito foi uma projeção midiática para combater o PT e deixar o caminho para o Alckmin…

    Eles não acreditam que o golpe piorou a vida das pessoas…

  53. …. baseando-me no que

    …. baseando-me no que aconteceu na Nigéria, onde todo o petroleo foi parar em mãos estrangeiras, isso após o presidente ser derrubado após uma “primavera” do mercado como a que ocorreu aqui, fico me perguntando se está sendo de graça: pelo menos naquele pais africano a Shell foi flagrada dando 1 bi de propinas para o presidente: será que aqui está sendo de graça; os trilhões de reais de isenção, a desnecessidade de licença ambientaL….e saber que para os nigerianos só restou a poluição ambiental e 90% da população na miseria e desempregada, e 10% de ricos: caminhamos para isso: graças a esse reles funcionários publicos tipo Raquel Dodge, FAchin, Carmem, Barroso et caterva….aliás, o Poder Judiciário deveria ser extinto e, sem seu lugar, ser instituido o Poder Curador: precisamos de curas e não de julgamentos…..quem mesmo precisa de cura???? o Lula ou essa rataria pretoriana que tomou de assalto as Instituições através de um concurso público qualquer….

  54. Semelhante às tecnicas do

    Semelhante às tecnicas do fascismo clássico, o fascismo brasileiro opera com uma gigantesca rede de propaganda que atua pelo menos desde 2012, difundindo mentiras sobre Lula, Lulinhas e até Dilma. Infiltaram-se em grupos de todo tipo de whatsapp, e nós na defensiva, não respondíamos. Tomaram conta da rede com lavagem cerebral diária.

    O complicador  é que ao lado da rede propagandística (provavelmente alavancada por tecnicas e capital estrangeiro) , temos hoje uma militância fanática, que luta pela vitória de seu líder.. 

    Líder que está no leito de hospital e não se expõe. Como confrontá-lo nessa condição? Como desmascará-lo?

     

  55. O que assusta.

    O que nos assusta é a possibilidade de um regime de exceção ser implantado, agora, com o consentimento popular via eleições.

  56. OPORTUNIDADE DE HADDAD VIRAR LIDER
    A vitória do Haddad trará uma oportunidade histórica ao processo civilizatório brasileiro. Por quê ? 1- Pela primeira vez, desde a redemocratização, o congresso (e os principais partidos) estará livre da influência dos grandes caciques (chefes das quadrilhas) que durante todo este período acossaram os governos e construíram os esquemas de corrupção mais profundos. ou seja, Haddad herda um congresso mais fragmentado e “limpo” do que os governos anteriores; 2- Congresso fragmentado e “limpo”, com as velhas lideranças sobreviventes fragilizadas, traz oportunidades e riscos, por isso, bem liderado e monitorado pelo executivo, poderá permitir a construção de uma governabilidade sem o profundo troca-troca baseado na corrupção e clientelismo. Poderá permitir acordos políticos (pq são legítimos), mais programáticos e participação no executivo dos mais técnicos; 3- Haddad herda uma economia estabilizada (taxa de inflação e selic baixos) já com as maldades realizadas pela direita (obviamente com um custo altíssimo para os trabalhadores). De qualquer forma, com uma equipe moderada (sinalizando à direita e ao mercado estabilidade, regras claras e responsabilidade fiscal e à esquerda ganhos crescentes e recuperação do emprego, renda e benefícios sociais), poderá liderar uma agenda de reformas dialogadas com a sociedade, garantindo prioridade ao desenvolvimentismo (garantindo o controle do pré-sal e das estatais estratégicas ao país) com inclusão; 4- Haddad já entra com um capital político enorme e uma imagem interna e externa de moderado, moderno, sensível e comprometido com às demandas sociais, bom gestor (inclusive aberto e tendo experimentado novas práticas de gestão). E o principal, seu capital vem de ter sido escolhido pelo Lula, mas também de possuir brilho próprio, pela tragetória que vem construíndo.  5- Haddad herda um enorme aprendizado político e institucional desse período, seja na formulação e gestão das políticas públicas, seja nas relações com o legislativo e judiciário, seja no diálogo com os representantes do empresariado e do pessoal da cultura e do papel e tamanho dos meios de comunicação.   6- Sua tarefa é liderar uma frente democrática, de caráter desenvolvimentista, para poder ter estatura para dialogar com os diferentes setores da sociedade, inclusive com os outros poderes, para retomar o equilíbrio entre eles. E aí, mais uma vez a oportunidade histórica se coloca, com o Tofolli no Supremo e as diferentes lideranças dos diferentes poderes se concientizando que os exageros, de parte a parte, precisam ser eliminados. 

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