Especialistas apontam falhas do planejamento elétrico

Os reservatórios das hidrelétricas que atendem a principal região consumidora de energia – Sudeste-Centro Sul – ainda está abaixo de 38%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) do dia 29 de maio. A situação poderia levar o país a situação de racionamento de energia elétrica semelhante à 2001, o que só não ocorreu graças as termelétricas que hoje compõe 30% da matriz.
 
Por outro lado esse cenário revela uma série de problemas de planejamento, identificados por especialistas entrevistados no debate Brasilianas.org da TV Brasil sobre os riscos do setor elétrico em 2014. Um dos problemas é a incapacidade frequente do país entregar as obras de novas usinas contratadas sem atraso. Por exemplo, em 2013 estava prevista a entrada de 8.600 megawatts de novas gerações, mas apenas 6.000 megawatts foram executados. 

 
Para Paulo Barbosa, professor titular do Programa Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp, esse tipo de falhas da execução torna o sistema brasileiro refém de períodos hidrológicos ruins. É natural que um país com grande dependência de hidrelétricas, de tempos em tempos, tenha que se preparar para épocas de baixa precipitação em seus reservatórios. Logo, para o professor, o transtorno causado por uma possível crise elétrica é simples decorrência de falhas no planejamento. 
 
Luís I, gerente em Gestão Estratégica de Ativos na área de Valuation da Deloitte destacou dois outros problemas do sistema elétrico brasileiro. Um deles é a velha “falta de coordenação e integração entre os órgãos que autorizam empreendimentos”, ou seja, desde Ministério Público, à secretarias municipais e estaduais de Meio Ambiente. “De fato [hoje] estamos pagando o preço por esse descasamento do que foi planejado a entrar no mercado para atender a demanda atual”, completou. 
 
O ex-ministro e professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, José Goldemberg, corroborou as críticas de falta de planejamento do poder público. Para ele, em 2002, o governo acertou em lançar leilões de energia para atrair investimentos na ampliação da matriz. Por outro lado defendeu que o mais adequado seria o Ministério de Minas e Energia voltar a concentrar as decisões finais do planejamento, colocadas a cargo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) desde sua criação. Goldemberg propôs, assim, uma reorganização dos atores envolvidos no planejamento e execução da matriz energética brasileira.
 
Acompanhe o debate na íntegra, mediado pelo jornalista Luis Nassif. 
Redação

18 Comentários

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  1. Só não teve racionamento por

    Só não teve racionamento por causa das termicas?  Parei de ler aalí. E eu que pensava que as termicas eram parte do parque elétrico justamente para evitar racionamento durante periodos secos. Vai entender.

  2. Falta de planejamento

    O cruzeiro só perdeu para o Corintians de 1 x 0 por falta de planejamento. Tivesse ele, o Cruzeiro, contratado o melhor centro avante do planeta e o colocado para jogar, depois de muito treino e preparo físico, descansado o time e atacado pela esquerda e pela direita sem esquecer o centro e feito 5 gols, certamente teria ganho de 5 x1. Faltou planejamento também ao Fábio que deveria saber que a bola ia quicar no gramado e subido um pouco, aí ficaria de 5 x 0. Isto é o que dá a falta de planejamento.

    Que coisa! E o nassif publica isso! 

  3. Vamos esclarecer

    O Brasil está entre os quatro maiores produtores de energia hidrelétrica do mundo.

    É pouco?

    O Brasil é um dos países que menos consome energia de termoelétricas.

    É muito?

    O Brasil conta com mais de mil usinas hidrelétricas espalhadas pelo território nacional, que juntas produzem 65% da energia do país. Um contraste em relação ao que acontece no mundo. As fontes renováveis participam em média com apenas 13% da matriz energética dos países industrializados. O percentual cai para 6% entre as nações em desenvolvimento. Composição da matriz energética brasileira

    Fonte Aneel  Atualizado em: 30/05/2014

     

      1. Assis
         
        Voce está equivocado.

        Assis

         

        Voce está equivocado. O Brasil tem que aproveitar ao máximo o que a natureza lhe oferece ” rios causdalosos e com grande potencial” . Os outros paises só produzem energia cara ,porque não tem esta condição espetacular de gerar energia hidroeletrica ( acredito que a mais barata de todas modalidades).  Tem muita gente dizendo que os reservatórios são cada vez mais limitados pelas condições ambientais e pra mim este fato é real e irreversível mas mesmo as usinas a fio de aguá com reservatórios menores são altamente viáveis, pois enquanto estiverem gerando estao possibilitando economia de água em outros reservatórios, porque o sistema elétrico esta totalmente interligado (uma maravilha da engenharia e que deveria ser orgulho para os brasileiros).

  4. Falha de tempo

    Se o nassif tivesse chamado este povo para falar há uns cinco anos atrás, o apagão não teria acontecido e o país não estaria completamente sem enegia como está. Estou usando uma manivela para gerar energia para o meu micro, é muito desagradável.  E não é falta de agua porque as represas de são paulo estão abarrotadas de agua, tem até peixe reclamando que vai morrer afogado.

    1. É DURO VIVER NO ESCURO!

      Você tem razão.

      Estamos passando tempo difíceis.

      Olha que existem ainda um milhão de pessoas sem energia elétrica na zona rural,  quando há dez anos eram dezesseis milhões.

      A Luz para todos ainda não conseguiu sair do papel.

      É que todos os esforços estão sendo conduzidos atualmente para as grandes metrópoles. Fábricas estão penaralisadas. É um horror.

      Não podemos gastar energia. Tenho que ligar apenas uma e trabalhar a luz de velas. Está difícil. Não progredimos nada. Em 2001 a capacidade ide geração era de  74.877 megawatts, hoje é  de apenas 126,7 megawatts. Uma vergonha, só  80% .  .                                                                                                                                                                                                

  5. Tamos mal de “especialistas”.

    Tamos mal de “especialistas”. Goldemberg???? Seria bom perguntar se a “falta de planejamento” é sintetizada na seguinte frase: “A situação poderia levar o país a situação de racionamento de energia elétrica semelhante à 2001, o que só não ocorreu graças as termelétricas que hoje compõe 30% da matriz.”. Pois é, “poderia”  e “só nao ocorreu”…. porque alguem pensou nisso antes. Que exemplo de raciocínio experimental-dedutivo”! Tá faltando é energia cerebral. Pilha fraca.  Os amigos do sr. Goldemberg, por exemplo, nao tinham pensado. E levaram o pais para a escuridão. E os caras da Deloite deveriam cuidar da “gestão estratégica de ativos”. Quem sabe enriquecam seus clientes. Francamente…

  6. Nassif este tipo de postagem

    Nassif este tipo de postagem denigre seu blog. O besteirol é tão grande que parece reportagem da veja.

  7.  
     E precisa ser especialista

     

     E precisa ser especialista pra detectar falha no planejamento elétrico?

       E eles ainda recebem?

        Uau!!!!!!!

     E qual setor Dima tem algum planejamento???

             Uau!! Uau !! Uau!!!

    1. Você se lembra do apagão de

      Você se lembra do apagão de energia elétrica de 2001/2002?

      Estamos atravessando um período de estiagem considerado o mais severo em 45 anos.

      Teve algum apagão elétrico na sua casa???

      Na minha também não.

      Talvez o planejamento da Dilma não seja tão ruim assim, não concorda?

       

  8. Gestores públicos…

    Há se eu fosse um Governador ou Prefeito. Ficaria de olho nas críticas e convidaria em público o criticante a participar da realização da obra, para ele ver como é ruim ser gestor da coisa pública. 

    Gerenciar dinheiro público é igual a ter cinco sogras organizando o seu casamento e a construção de sua casa.

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