Percival Maricato
Percival Maricato é sócio do Maricato Advogados e membro da Coordenação do PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais
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Olimpíadas: resultados mostram para onde o vento sopra, por Percival Maricato

As Olimpíadas mostram mais que resultados esportivos e deixam claro aspectos do desenvolvimento econômico, político-social e da politicagem

Divulgação – Site Oficial Olimpíadas

ESPORTE BRETÃO  

Percival Maricato

OLIMPÍADAS:  RESULTADOS MOSTRAM PARA ONDE O VENTO SOPRA NO PLANETA TERRA

Para não dizerem que não damos atenção a outros esportes, esta edição privilegia nossa avaliação das Olimpíadas. Resisto, porém, a falar sobre o avião que caiu (a esta altura até o sindicato dos pets deve estar descobrindo algo de negativo contra a empresa proprietária do avião e enviando comissão para participar das investigações e dar entrevista à TV).  As Olimpíadas mostram mais que resultados esportivos, também deixam claro aspectos do desenvolvimento econômico, político-social e da politicagem. E, no final informo do andamento do Brasileirão.

BRASIL REGRIDE: FICOU COM MENOS DA METADE DE MEDALHAS DE OURO CONQUISTADAS NAS OLIMPÍADAS DE TÓQUIO E DO RIO

O Brasil conquistou 20 medalhas no total, mas só três de ouro, quatro a menos que as que obteve nas Olimpíadas de Tóquio e do Rio.  E graças às moças, que ganharam nas modalidades de judô, ginástica e vôlei de praia. O Brasil perdeu até do Quênia. E nos últimos anos os atletas têm sido mais bem pagos (acabou o esporte amador, agora manda a procura e oferta) reconhecidos, inclusive para ganhar grana também com a publicidade comercial, do que nos anteriores.

CHINA VAI SUPERANDO EUA E A ÁSIA A EUROPA. TAMBÉM NOS ESPORTES

Reflexo do crescimento da China em todas as áreas, nesta olímpiada o país se equilibrou com os EUA em medalhas de ouro e ficou em segundo no total de medalhas, mas tudo indica que ganhará de goleada nos próximos jogos.  A Rússia foi vetada, mas em “compensação” competiam países como Kiribati, ilhas Cook, Samoa Americana, Tonga, Tuvalu,  Vanatu, Palau e outros que parecem ter saído de alguma viagem da Star Trek; ou devem ficar em algum lugar do mundo.  Coube a Ásia colocar 15 países entre os 50 primeiros, dois entre os cinco primeiro colocados. A Austrália ficou em 4º lugar e confirmou que será mesmo protagonista, uma grata surpresa.

NOVAS POTÊNCIAS ESPORTIVAS

Os asiáticos, outro sinal dos tempos, passaram a rivalizar com os europeus.  Além da China, em segundo, e Japão, em terceiro, um pouco abaixo ficaram Coréia do Sul, Uzbequistão, Nova Zelândia e até o Irã, onde todos pensavam só existir ovelhas e aiatolás.  A África foi mal, três representantes entre os 50 primeiros, mas assim mesmo praticamente em equilíbrio com a América Latina, que emplacou quatro.  Tudo indica que na próxima, passará à frente de nosso Continente. Os latino-americanos estão decadentes no futebol e também em esportes olímpicos. O primeiro colocado do continente africano foi o Quênia, ficou em 17º, à frente do Brasil, 20º

RÚSSIA, A GRANDE AUSENTE

O complexo EUA-Europa, que controla do Comitê Olímpico por meio de representantes, conseguiu tirar dos jogos a Rússia, e desta vez não por ser comunista, mas por exagerar na busca de mercados,  matéria prima, poder (ou exercer direito de defesa?), tomar parte da Ucrânia. Assim, os jogos, que sempre serviram para aproximar povos, desta vez foram usados para reforçar disputa política,  para mostrar ao mundo o poder da dupla EUA- Europa de isolar e punir nações, conforme o lado que se colocam. Certamente os demais pais do mundo irão reagir e buscar alternativas, como já acontece em política e economia.

Na década de trinta, quando ainda não se sabia para onde a Alemanha hitlerista iria dirigir seu ódio, então ainda usado no interior da nação, nenhum dos países ocidentais teve pruridos para boicotar as olimpíadas de Berlin de 1937. E nos jogos seguintes, uma vez formado o COI (Comitê Olímpico) este sempre admitiu países em guerra, mesmo os que agridem países ano sim, ano não (ou os EUA são hors concours). Mas com os russos, potência olímpica, decidiu o complexo que haveria exceção. 

CUBA REDUZ O RITMO, A ARGENTINA É A 52º COLOCADA

Nos anos que se seguiram a revolução cubana o bloqueio total imposto pelos americanos proibiu empresas e países do mundo de negociar com a pequena nação do Caribe sob pena de não poderem fazê-lo com os americanos. Até remédios, mesmo vacinas, e produtos hospitalares, não poderiam ser vendidos e nada poderia ser comprado, mais ou menos o que vai acontecendo com a Venezuela. Sobrou para os cubanos cuidar do que podiam e onde acabaram bem-sucedidos:  educação (menor índice de analfabetismo das Américas) saúde (com recursos preventivos, menor índice de mortalidade infantil, e maior de duração de vida que nos EUA), e esportes, onde chegou estar entre os melhores em competições olímpicas, 14 medalhas de ouro em Barcelona em 1992 (corresponderia ao 7º lugar nesta versão parisiense), outras 11 em Sydney, logo após.  Mas nos últimos anos os cubanos foram definhando, parecem ter perdido o entusiasmo, e o que era potência esportiva, nesta edição parisiense dos jogos Cuba está em 32º. Ainda assim, é a segunda classificada entre os países latino-americanos, perdendo só para o Brasil. O Equador ficou entre os cinquenta primeiros, mas a Argentina só obteve o 52º lugar. O Chile o 55º, logo após Botswana.

O FUTEBOL PARECE CONSUMIR AS ENERGIAS E O ENTUSIASMO DO BRASIL

Os lugares obtidos pelos Brasil estão, proporcionalmente, bem abaixo de sua expressão econômica e de sua população, ambas entre as dez maiores do mundo. No futebol feminino, ficamos com a prata ao perder pela terceira vez a disputado ouro com os EUA, mas é um lugar honroso. O time americano é muito bom, aguerrido. Nossas três medalhas vieram daginástica artística, onde jovens negras têm brilhados como nunca, Rebeca Andrade à frente, do judô e do vôlei de praia, todas pelo lado feminino.

Nossa equipe olímpica masculina, convém lembrar, não conseguiu nenhuma das duas vagas que a América do Sul dispunha para ir a França: Argentina e Paraguai tiveram o privilégio, mas não fizeram boa figura

OS DEZ PRIMEIROS COLOCADOS EM PARIS….E O BRASIL

BRASILEIRÃO:  Fogão surrado  –  Fortaleza está em segundo –  Palmeiras e Flamengo empatam – São Paulo ganha e encosta – Timão e Fluminense continuam flertando com o rebaixamento,

22ª rodada
Internacional2X2Athletico-PR
Cruzeiro0X0Atlético-MG
Bahia2X0Vitória
Flamengo1X1Palmeiras
Vasco2X0Fluminense
Corinthians1X1Bragantino
São Paulo1X0Atlético-GO
Fortaleza1X0Criciúma
Cuiabá1X3Grêmio
Juventude3X2Botafogo
ClassificaçãoPG
Botafogo43
Flamengo41
Fortaleza41
Palmeiras38
São Paulo38
Cruzeiro36
Bahia35
Athletico-PR29
Atlético-MG29
10ºVasco27
11ºBragantino27
12ºJuventude25
13ºGrêmio23
14ºCriciúma23
15ºInternacional22
16ºVitória21
17ºFluminense20
18ºCorinthians20
19ºCuiabá17
20ºAtlético-GO12
Próximos jogos
Grêmio X Bahia
Atlético-MG X Cuiabá
Vitória X Cruzeiro
Fluminense X Corinthians
Botafogo X Flamengo
Palmeiras X São Paulo
Bragantino X Fortaleza
Athletico-PR X Juventude
Atlético-GO X Internacional
Criciúma X Vasco
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