A proibição de imigrantes de Trump: tão americano quanto uma torta de maçã

Sugestão de Almeida

do Esquerda Diário

A proibição de imigrantes de Trump: tão americano quanto uma torta de maçã

por Tatiana Cozzarelli

Quando os democratas argumentam, que a proibição de imigrantes é uma política não-americana, eles ignoram a longa história americana das políticas xenófobas.

No domingo, a minoria do senado liderada por Chuck Schumer (D-NY) concedeu uma conferência de imprensa em que ele falou contra a ordem executiva do Trump de bloquear a entrada de pessoas de sete países muçulmanos. Com lágrimas nos olhos, ele disse, “Essa ordem executiva é de espírito malvado e não americana.”

Claro, Schumer não mencionou que a lista de países foi primeiramente criada pelo bipartidário programa restrito de vistos, o Visa Waiver Program Improvement and Terrorist Travel Prevention Act. Esse ato passou na maneira bipartidária e aprovada pelo Obama em 2015. Schumer também deixou de mencionar que esses são os países que na administração de Obama foram atacados a uma taxa de três bombas por hora em 2016.
Em seu pronunciamento público, Schumer sugeriu que o grupo bipartidário de legisladores deveria formular um plano de imigração para conter a reacionário ordem de Trump. Ele continuou, “Lágrimas estão correndo pelo da estátua da liberdade esta noite como uma grande tradição dos EUA, receber bem os imigrantes, que existe desde de que America foi fundada, foi passada por cima.”

Enquanto ele argumenta que a ação de Trump é contrária a tradição americana, isso é completamente falso; o governo estadunidense sempre teve elementos anti-imigrantes e políticas. A seguir vão quatro exemplos que ilustram essa característica:

O ato de sedição e alienação

O ato de sedição e alienação foi assinado em lei por John Adams, o segundo presidente dos Estados Unidos, em 1798. A lei aumentava os anos de residência no país para poder pedir a cidadania indo de 5 para 40 anos. Isso também tornou impossível para pessoas de “nações inimigas” para nunca se tornarem cidadãos americanos. Imigrantes estão sujeitos a deportação se eles são considerados “perigosos para a paz e a segurança da nação dos EUA.”

O fato é que o segundo presidente dos Estados Unidos assinou uma política contra a imigração tornando-a lei revela o comprimento do histórico precedente a ser seguido.

O ato de exclusão do Chineses

O ato de exclusão dos Chineses passou em 1882 e continuou nos livros em várias formas por mais de 100 anos. O ato de barrar os trabalhadores chineses de entrarem nos EUA e negar cidadania a qualquer chinês já residente no país. Em 1943, os chineses ganharam o direito de se naturalizar e para alguns chineses foram permitidos o direito de imigrar – apesar desse número ser mantido em 105 por ano. Em 1968, este limite se tornou mais flexível com um limite anual de no máximo 20.000 pessoas podendo entrar de qualquer país fora do hemisfério ocidental.

O ato de exclusão explicitamente racista dos chineses é um claro exemplo do jeito que a xenofobia e a geopolítica tomam forma nas políticas americanas.

Acampamento de internação Japonês

O campo de internação japonês também demonstrou o racismo e a xenofobia percorreu durante a história americana. Durante a segunda guerra mundial, de 110.000 a 120.000 descendentes de japoneses foram cercados e forçados ao internamento nestes campos simplesmente pela sua ancestralidade e independente de sua cidadania, A noção racista que o povo Japonês era inimigo nacional e potenciais terroristas ecoam hoje nas chauvinistas, anti-muçulmanas políticas e discursos da administração do Trump.

O ato patriota

O ato patriota de 2001, assinado por George W. Bush, e a sua renovação assinada por Barack Obama, preparou o terreno para a proibição de imigrantes muçulmanos de Trump. Depois dos ataques de 9/11, o ato patriota foi aprovado, expandindo o poder do governo para procurar e investigar pessoas e trabalhos sem um mandato. Isso também abriu caminho para a detenção de imigrantes muçulmanos suspeitos de “terrorismo” por tempo indeterminado, resultando na segmentação nacional e na vigilância de muçulmanos pelo governo estadunidense.

Políticas xenófobas são profundamente americanas

A mentira que a política anti-imigração é de alguma forma uma nova introdução para a tradição americana é perpetuada pelo partido democrata de um jeito inteiramente funcional para a sua mensagem: demonizar o partido republicano e discutir que somente os democratas podem manter a “grandeza” da America. Isso é designado a desencorajar o público a questionar o racismo e a xenofobia que percorrem a história americana, colocando a culpa inteiramente nos republicanos por esse “momento” xenófobo e racista. Essa falsificação dos democratas, mascara a sua participação na formação desta história reacionária.

A ideia dos Estados Unidos como uma nação aberta para todos os imigrantes é uma fala, contradita pela história da nação. A estátua da liberdade está escrita com palavras que foram descartadas pela história. As palavras de Schumer gotejam com a hipocrisia de alguém cujo partido aprovou o bombardeio contínuo da região que contém os sete países quais os cidadãos estão atualmente proibidos de entrar nos Estados Unidos, deportou mais imigrantes do que qualquer outro e abriu as portas para os ataques da administração de Trump.

Leia também: Trump despede Procuradora-Geral que recusou defender polêmico decreto racista.

Redação

9 Comentários

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  1. As leis de imigração

    As leis de imigração anteriores foram votadas NO cONGRESSO com muito debate, com exceção da internação de japoneses, ato que decorreu do ataque japones a Pear Harbor , portanto durante um Estado de Guerra.

    Mesmo com as leis de imigração os EUA são um pais de imigrantes, a maior parte da população tem origem em imigrantes

    que chegaram no seculo XIX e no seculo XX. Irlandeses em Nova York, Philadelphia, Boston e Chicago, italianos em todo o Pais especialmente Nova York, Chicago e San Francisco, portugues em Boston e New Bedford, cubaonos na Florida, indus, iranianos e vietnamintas na California e Texas, arabes em Michigan, suecos no Minnesota e Wisconsin, chineses na California e Seattle, alemães na Pennsylvania, Illinois e Wisconsin.

    Nenhuma legislação anterior de imigração foi aplicada na forma de ordem executiva sem discussão como a que fez Trump.

    1. Não custa ler para comentar:

      “… a lista de países foi primeiramente criada pelo bipartidário programa restrito de vistos, o Visa Waiver Program Improvement and Terrorist Travel Prevention Act. Esse ato passou na maneira bipartidária e aprovada pelo Obama em 2015”.

  2. Assim como o Brasil, lá como
    Assim como o Brasil, lá como cá, foi um país formado por imigrantes, sem precisar ser erudito, quando aportaram as primeiras naus européias, lá como cá, era habitado pelos LEGÍTIMOS ocupantes das terras, os índios, que lá como cá, cairam nas traiçoeiras promessas dos invasores.

    1. Por que legítimos?

      A noção de que os índios seriam os legítimos ocupantes das terras decorre de duas generalizações apressadas. Primeiro, chama-se de “índio” a toda e qualquer etnia que habitava essas terras antes de 1500, quando na verdade eram várias etnias inimigas, que guerreavam, invadiam e ocupavam os territórios umas das outras. Segundo, extrapola-se para aques tempo os conceitos de territorialidade e propriedade trazidos pelos colonizadores, quando na realidade as tribos eram semi-nômades,  não tinham fronteiras demarcadas nem propriedades delimitadas, e por esse motivo mesmo não se sentiram invadidas nem espoliadas.

      O legítimo ocupante de uma terra é aquele que efetivamente a ocupa.

  3. BLÁ BLÁ BLÁ
    Autor do artigo perdeu muito tempo ao teclado para não provar coisa alguma: qualquer estudante de curso médio sabe da história comprovadamente depaís de imigrantes que são os EUA e não vai ser  a tentativa infantil de mencionar quatro atos que vai deletar  a história de uma nação aberta os povos do mundo. Como o Brasil, fora os indígenas, os habitantes nativos, todos são imigrantes.os EUA recebem cerca de 1 milhão de imigrantes por ano e com isso são o país que mais recebe imigrantes no mundo. Que xenofobia terrível ! São os imigrantes wue fizeram a America great !
    Como o artigo distorce os fatos !  O Visa Waivers Program permite  a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de 38 países sem anecessidade  de visto. Em janeiro de 2016 foi aprovado pelo Congresso, e não por Obama, que, se cidadãos desses 38 países tiverem viajado anteriormente por  Irã, Libia, Siria, Somalia, Sudão e Iêmen, os cidadãos precisam de visto. O fato está completamente deturpado no texto. “Alternative facts”, (Trump).O que o autor claramente não diz é que Trump, o Santo, usou a lista para proibir a entrada de TODOS os cidadãos provenientes destes países, um ato completamente discriminatório e racistas e colocou todos os muçulmanos sob suspeita de serem terroristas. O que o autor também omite: Trump infringe a lei de imigração de 1965: naquela época o Congresso proibiu discriminação de cidadãos devido a sua nacionalidade a sua religião.
     
     

    1. A autorA deste comentário comenta sem ler o que comenta.

      Meu amor, assim fica difícil, né?. Por três vezes você usa a palavra “autor”, quando no início da postagem conta o nome da Sra. (ou Srta.) Tatiana Cozzarelli como autorA da matéria da página Esquerda Diário.

      Você se baseia em conhecimentos de “estudante de curso médio”, para afirmar taxativamente que o EUA é 1 país de imigrantes. Dona Tatiana mostra quatro episódios históricos que contradizem o mito que aquela nação difunde sobre si mesma ─ existem muito mais do que quatro, mas como você não leu o que comenta, nem desses quis tomar conhecimento. Dizer que o EUA é 1 país de imigrantes é muito semelhante ao mito de que o Brasil é uma democracia racial, às vezes as nações difundem mitos sobre si que não correspondem ao real.

      Nas últimas décadas, o número de deportações atingiu a casa de dezenas de milhões no “país de imigrantes”. Obama sancionou sim, o VWP aprovado no Congresso, depois ainda fez acréscimo restritivo de três países que não constavam originalmente; o mundo possui mais de 38 países, inclusive o nosso está de fora, portanto há sim discriminação de nacionalidades, no trato migratório e de viajantes ocasionais.

      A briga de democratas com republicanos é o roto falando do amarrotado, são duas alas de direita do partido da plutocracia. Não sou eleitor naquele país, não fiz campanha e muito menos votei em ninguém, torci pela derrota de ambas candidaturas majoritárias; como o sistema de lá não permite isto, então eu fiquei feliz com a derrota megera carniceira, representante de um governo que, não satisfeito em herdar “apenas” duas guerras, tratou de arrumar mais mercado de horrores para o complexo industrial militar. A guerra é a pior face do imperialismo, Trump ao menos na campanha criticou a guerra e a política de mudanças de regime que estão difundindo guerras e golpes pelo mundo; ela ficou mudo sobre isto na campanha, ele ainda não cumpriu o prometido, vamos aguardar, para o bem da humanidade que ele cumpra.

      Um beijo e procure comentar somente que lê. Sim, eu ‘te’ amo, viu?

       

      1. Em tempo: “São os imigrantes que fizeram a America great !”

        Mais um pouquinho e você acrescenta na exclamação: Again! Emocionante sua defesa da “America”, de que lá não tem xenofobia. Tem razão. Os sessenta e tantos milhões que votaram no Trump vieram do inferno, trazidos pelo capeta disfarçado com um topete e a pele laranja, que com ajuda dos russos, fraudaram as eleições e fizeram também maiorias no Congresso.

        Ai que paixão! Um beijo em uma trilha especial pra você:

        [video:https://youtu.be/rEJo7x9y3D4][video:https://youtu.be/XaI5IRuS2aE][video:https://youtu.be/EWxW2Z5znWQ][video:https://youtu.be/U3syulBjkng][video:https://youtu.be/Vccu-qLj8lc]

      2. Meu amor, Como você se irrita
        Meu amor, Como você se irrita e fica completamente sem argumentos com meus comentários! Desculpe-me, mas não é essa a minha intenção! Veja só o não-argumento:  Os EUA não são um país de imigrantes! Kkkkk os esquimós, os apaches, os Sioux povoaram os EUA de norte a sul de leste o teste e fizeram até hoje todos os presidentes norte americanos!! Te aconselho a voltar aos bancos escolares para estudar um pouco mais de História.
        Dona Tatiana com 4 ou 10 ou 20 atos esporádicos na longa história dessa nação não prova absolutamente nada de nada. Um país que recebe 1 milhão de imigrantes por ano e deporta não sei wuantos,  é o que na sua opinião? Um país habitado por ETs ? Ou que tipo de país na opinião de sua dona Tatiana?
        É evidente que o mundo possui mais de 38 países. Por isso te aconselho a voltar aos bancos escolares! Mas são esses 38 que não precisam de visto. Como o Brasil, existem centenas de outros que estão de fora. E daí? Os outros tem que pedir o visto. Qual é o problema? É uma questão burocrática e ponto final. Cada país tem a sua burocracia. O Brasil exige visto de determinados psíses e de outros não. É por causa disso xenófobo ? 
        Hoje 900 diplomatas do  State Department fizeram uma declaração de protesto à proibição  de Trump. 
        Alertam para o fato de que a proibição não vai proteger os EUA de terrorismo, pelo contrário, vai enfraquece os seus esforços na luta contra o terrorismo.  Prejudica as relações com importantes aliados da região e atiça o anti-americanismo.  
        Afirmam que nos últimos anos não houve um único ataque por cidadãos desses países, portanto é inóqua. Além disso a proibição vai contra os valores e  os direitos fundamentais americanos e fere a Constituição. Como funcionários desse Estado eles fizeram um juramento psra preservar esses valores e direitos fundamentais. Você acha que eles têm razão ou não ? São xenófobos na sua opinião ?  Vamos esperar o que D. Tatiana vai dizer.Mas pense um pouquinho antes de escrever para não utilizar não – a rgumentos ! Sorria e relax, baby   !   
         

         

        1. Você realmente não lê o que comenta.

          Pior, se leu, tem déficit de leitura. Ninguém está defendendo que essas proibições recentes como legais, decentes, boas, bacanas ou fazendo qualquer elogios para elas. Está no final da postagem um link para outra postagem que fiz, com conteúdo crítico a política adotada: Trump despede Procuradora-Geral que recusou defender polêmico decreto racista.

          O que a matéria da Tatiana Cozzarelli diz,  a que eu postei, é que políticas contra-imigratórias fazem parte da história americana. Mas para você,  leis passadas nas duas casas do Congresso e sancionadas pela Presidência são “atos esporádicos”, que as burocracias de estado não refletem suas políticas. Tadinha, só posso lamentar, mas quando crescer vai entender melhor. Além disso, você desconhece a quantidade de deportações no EUA. Entra um milhão por ano? Em média o governo Obama deportou 400 mil por ano, fora os retornos, os que foram despachados na entrada. As estatísticas de deportação estão abaixo.

          Você entrou aqui armada de preconceito, daí pular toda leitura. Você me traz ofensas, sem eu a ter ofendido. Em algum momento da sua momentaneamente confusa cabeça ─ nada contra, pessoas involuntariamente contraem gripes, são acometidas de doenças, perturbações da mente são naturais, não tenho preconceito com pessoas em distúrbio, não deixam de ser humanas, desejo sincero de melhoras ─ você me tomou como um famigerado trumpista, um defensor do patriarcado e opressor das minorias, quando tudo que venho mostrando são leituras, opiniões maduras, de autores que fogem da leitura binária, do maniqueísmo: Trump e republicanos do mal e Obama e democratas do bem. Não é assim que se faz política e muito menos análise de fenômenos sociais e políticos, para os quais temos de ler e procurar entender diferentes pontos de vista, ter uma leitura plural. Entender não significa concordância, pessoas imaturas fazem essa confusão e ficam presas na mesma caixinha sectária de leituras, enquanto o mundo se move a sua volta.  Eu te amo, outro beijo, viu? Melhoras!

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