Bolsonaro trata mulheres no governo como uma obrigação de preencher cotas

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Lula Marques

Jornal GGN – Jair Bolsonaro foi cobrado nesta terça (6), durante coletiva de imprensa, sobre a participação de mulheres em seu governo. E, numa resposta inicialmente ríspida, expôs que ainda pensa no assunto como se mulher em cargo federal só fosse possível por obrigação de se preencher cotas.

“Você não quer me perguntar se vai ter algum homossexual”, respondeu a uma jornalista da GloboNews, após fazer cara de contrariado. 

“O que temos é o seguinte: temos cinco ministros definidos. É o caso de tirar um deles e por uma mulher no lugar, só porque é mulher?”

A resposta repete o Bolsonaro de março de 2018, quando, ainda pré-candidato à Presidência, ele foi questionado se aumentaria a participação das mulheres no governo. “Respeito as mulheres, mas alguém aqui quer a volta da Dilma por acaso? Não é questão de gênero. Tem que botar quem dê conta do recado. Se botar as mulheres vou ter que indicar quantos afrodescendentes?”, rebateu.

Até agora, o presidente eleito agarrou-se à promessa-propaganda de formar um primeiro escalão de governo técnico, não político. Não tem em vista nenhuma mulher que preencha estes requisitos?

Foi necessária a crítica de setores da imprensa para que uma mulher fosse nomeada para o gabinete de transição de governo, nesta terça (6). Escolheram a coronel Márcia Amarílio da Cunha Silva, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

Só quando percebeu que sua resistência iria gerar mais manchetes negativas e cobranças, Bolsonaro acenou com um “talvez”. “Temos mais 12 vagas [para Ministérios] em aberto. Pode ser [que eu escolha alguma mulher].”

“Pode ser, pode ser.”

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. Eh que homens brancos e burros não faltam, não é…

    Qual sera o quoficiente de inteligência do bolsonaro? Mas o assombro é tanta gente votar nisso e ainda alguns afirmarem em pesquisa do Datafolha que Bolsonaro seria mais inteligente que Fernando Haddad. O nivel de cognição de seus eleitores é tão baixa quanto do pobre diabo que virou presidente. 

  2. Mas se isso tem até

    Mas se isso tem até legislação no congresso pra número de candidatas.

               Não irá demorar,( anotem) pra ministros, deputados ,gays com cotas.

               Demorará um pouco, mas chegará  o dia:

                    Pra músicos,poetas,artistas em geral.

                   Um país de cotas está cotado ao fracasso.

                    

    1. De 1500 até Lula Presidente, o Brasil estava cotado ao sucesso

      De Lula Presidente prá frente, o Brasil está cotado ao fracasso.

      Mas o Brasil sempre foi fracassado. Assim como o brasileiro cujos comentários não valem o que o gato enterra.

      Tô de brinca com o Senhor. Seus comentários são muito sapientes. Tá, Gojobito?

  3. Mulher nao da conta do recado so por ser mulher
    Ele vai botar o Ana Arquista burra pra ser ministro do seu saco de bosta. Este dah conta do recado so por ser burraldo
    kikikikiki

  4. The Woman is the Nigger of the World

    Acho que o Bolsonaro não é Mineiro.

     

    Estavam um gaúcho e um mineiro conversando. Diz o gaúcho:
    — Lá no Rio Grande só tem macho, Tchê!
    E o mineiro:
    — Uai! Que esquisito, Sô! Lá em Minas tem homem e muié e nóis se dá muito bem!

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