O PSB e o PDT lançaram diferentes iniciativas para derrubar o sigilo imposto pelo Gabinete de Segurança Institucional à reunião do presidente Jair Bolsonaro com os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que ocorreu em 2019, mas que ganhou maior relevância recentemente, após o escândalo das propinas negociadas por eles em nome do Ministério da Educação, com a anuência do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro – que perdeu o cargo justamente por esse caso.
O PSB, partido aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ao STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir a derrubada do sigilo, em requerimento assinado pelo presidente da sigla, Carlos Siqueira, e também deputado federal Israel Batista (PV-DF).
Segundo a coluna de Guilherme Amado para no Metrópoles, o documento solicita uma medida cautelar determinando que Bolsonaro “se abstenha de mobilizar a norma excepcional de sigilo para proteção estratégica eleitoreira, de campanha ou que não evidencia qualquer interesse público”.
Por sua parte, o PDT, partido do também presidenciável Ciro Gomes, levou o seu pedido à PGR (Procuradoria Geral da República) “especificamente para que se formule requerimento nos autos do Inquérito 4.896/DF, sob a relatoria da Ministra Cármen Lúcia, em ordem a determinar que o Planalto evite a decretação de sigilo nas visitas realizadas pelos pastores lobistas que estão sendo alvo de investigação, ao Presidente Jair Messias Bolsonaro, enquanto perdurarem as diligências investigativas deferidas pela relatora do Inquérito 4.896/DF”.
O Gabinete de Segurança Institucional impôs o sigilo ao conteúdo da reunião de Bolsonaro com os pastores após pedido do repórter Patrick Camporez, do jornal O Globo, via Lei de Acesso à Informação. A justificativa do Gabinete para esta medida é que tal informação poderia “colocar em risco a vida do presidente e de seus familiares”.
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