“Não pode permitir que o setor privado determine as regras e fique reclamando”

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Sugerido por Rodrigo Barbosa de Vasconcelos

Tô lendo o livro dessa economista americana que fala da importância do estado na inovação. Não vi nenhuma notícia sobre o encontro dela com Dilma, que, segundo a mesma, foi excelente.

Economista cobra iniciativa do setor privado por competitividade

Da Rede Brasil Atual

“Empresas brasileiras fizeram pouquíssimos investimentos em pesquisa. Há inércia. Em vez de ficarem focando nos problemas do setor público, deveriam provocar o setor privado”, defende Mariana Mazzucato

A economista e PhD Mariana Mazzucato, professora de Economia da Inovação da Science Policy Research Unit (SPRU), da Universidade de Sussex, no Reino Unido, disse que o setor privado brasileiro precisa de mais pesquisa e desenvolvimento para ser mais competitivo. Para ela, o Brasil precisa chamar o setor privado à frente, para participar de fato do jogo econômico.

Mariana esteve na tarde desta sexta-feira (15) no Palácio do Planalto, onde conversou sobre como o país pode alcançar um crescimento sustentável, de longo prazo, e não apenas ter estratégias de curto prazo.

“Não se pode permitir que o setor privado determine as regras e fique apenas reclamando da burocracia, dos impostos. Você têm de chamar o setor privado à frente, para participar do jogo. As empresas brasileiras fizeram pouquíssimos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Há muita inércia. Então, em vez de ficarem sempre focando em todos os problemas do setor público, vocês deveriam provocar o setor privado e apenas assim será possível realizar parcerias público-privadas sérias”, afirmou, em entrevista após o encontro.

Mariana Mazzucato elogiou a presidenta Dilma Rousseff, afirmando que ela falou com inacreditável conhecimento sobre transição verde, energias renováveis e não-renováveis e os desafios desse setor, tanto em infraestrutura quanto, especialmente, em inovação. “Para ser honesta, nunca tive uma conversa tão esclarecedora sobre inovação nesse setor, em particular, em tão alto nível. Então, vocês têm sorte”.

Por outro lado, o país atravessa um período desafiador, em que existe muita propaganda colocando a culpa no setor público. E o investimento está seriamente recuando, alertou. “Isso, na verdade, requer uma presidenta confiante, que possa ter orgulho de seu legado, que admite os problemas, que reforme alguns órgãos públicos e a relação com o setor privado”, disse. “Mas a última coisa é recuar. Para o País ter um papel inteligente, inovação e crescimento, se você recuar, estará fora do cenário. Você não será competitivo em nenhum setor”.

A professora Mazzucato é reconhecida internacionalmente por sua obra O Estado empreendedor – desmascarando o mito do setor público vs. setor privado. O livro debate o papel do Estado e contesta a noção de um mercado autorregulador, teoria que, segundo ela, é desmentida pelos exemplos históricos da origem do mercado e de seu desempenho nos séculos passados.

Falsa questão Estado x mercado

Mariana Mazzucato aponta casos de produtos que impactaram o mercado, como o Iphone e o gás de xisto, que têm uma afinidade em comum: todos nasceram de financiamentos estatais ao longo de toda a cadeia produtiva.

Segundo ela, todos aprenderam muito com o que aconteceu no Vale do Silício, área de alto desenvolvimento tecnológico na Califórnia, que a mídia e a história apresenta como sendo tudo resultado apenas do trabalho de pessoas como Steve Jobs e Bill Gates. “Mas, nesta parte do mundo, houve um Estado muito estratégico, onde havia investimentos diretos, com uma visão global do que queriam fazer”, ressalvou ela.

Neste caso, destaca Mariana, o Estado tomou uma direção. “E hoje temos uma ideologia neoliberal, em que o Estado tem que só que facilitar, administrar, regular e depois, sair. Mas, se um país faz isso, não há inovação e não há crescimento de longo prazo”. Porque o Estado tem sempre criado o mercado”.

Segundo ela, todos aprenderam muito com o que aconteceu no Vale do Silício, área de alto desenvolvimento tecnológico na Califórnia, que a mídia e a história apresenta como sendo tudo resultado apenas do trabalho de pessoas como Steve Jobs e Bill Gates. “Mas, nesta parte do mundo, houve um Estado muito estratégico, onde havia investimentos diretos, com uma visão global do que queriam fazer”, ressalvou ela.

Neste caso, destaca Mariana, o Estado tomou uma direção. “E hoje temos uma ideologia neoliberal, em que o Estado tem que só que facilitar, administrar, regular e depois, sair. Mas, se um país faz isso, não há inovação e não há crescimento de longo prazo”. Porque o Estado tem sempre criado o mercado”.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. Ela elogiou a Dilma, até

    Ela elogiou a Dilma, até demais, e gente assim para o pig é como se estivesse com uma doença altamente contagiosa, querem distancia; agora se o cidadão está com sangues nos olhos e babando de odio do do PT, esse é um “homem bom” e qualquer reunião com um, ou mais, merece grande destaque do pig.

  2. Com os juros e impostos que estão aí? kkkkkkkkkk

    Nassa, faltou a gringa explicar como os empresários vão inovar em um país que pratica as taxas de juros mais altas do mundo e cujo sistema tributário penaliza a produção e o consumo em favor dos mais ricos.

    Mermão, empresário não está nem conseguindo fazer o básico no Brasil. Manufaturar aqui é um desafio. O cara tem que importar da China e/ou sonegar impostos, se não tá ferrado, a empresa não sobrevive sem isso.

    E ainda tem que criar novos produtos, patentes, construir marcas de renome internacional, etc?

    Acorda, Nassa! Sem reforma tributária e queda dos juros não vai ter política de estado que dê jeito.

  3. Dilma é muito competente e

    Dilma é muito competente e informada tecnicamente ,mas um desatre na politica o que esta compremetendo sua gestao .

  4. E …………….

    Ela está chovendo no molhado, pois nossos empresários, salvo poucas exceções gostam é de juro alto, para espcular no mercado financeiro ao invés de investir.

    Tanta charadeira quanto a juros altos, não passa de lorota, pois todo o custo de produção, é repassado ao consumidor, quando não sonegam, como mostra o sonegômetro, que chega às rais do absurdo !!!

    Então meus caros, ficar choramingando que a culpa é do governo ou dos juros altos, é balela para os incautos. Se realme nte querem competir, que reduzam suas margens de lucro e busquem a competência para concorrer, do contrário irão é pastar, pois acabou a farra de antes, das barreiras comerciais.

     goerno não deve paternalizar estes empresários que so querem viver às custas do estado.

    Ela está certa quando diz que a inciativa privada tem que investir em tecnologias e buscar espaço próprio, pois com a globalização, quem não tem competência não se estabelece, já diz o ditado !!!!!!!!!!!!!!!! 

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