Como explicar o fenômeno Bolsonaro para Yanis Varoufakis?, por Fábio de Oliveira Ribeiro

Como explicar o fenômeno Bolsonaro para Yanis Varoufakis?

por Fábio de Oliveira Ribeiro

Há algum tempo, aqui mesmo no GGN, divulguei a resenha de um dos livros de Yanis Varoufakis. Volto a falar sobre esse autor por causa da entrevista que ele deu explicando sua nova obra.

Varoufakis explica que resolveu escrever o livro usando uma linguagem acessível à sua filha pequena porque vivemos numa sociedade em que as decisões econômicas influenciam as vidas de todas as pessoas. Portanto, se a economia fosse deixara exclusivamente nas mãos dos economistas a democracia ficaria inevitavelmente fragilidade. Segundo ele, não haveria necessidade de eleições se as decisões econômicas forem deixadas nas mãos dos tecnocratas. 

A explicação que ele dá para a atividade bancária é ao mesmo tempo elegante e profunda. Segundo o economista grego, a maioria das pessoas acredita que os Bancos emprestam o dinheiro dos clientes que já está em seu poder para obter lucro com os juros. Não é isso o que acontece.

Quando alguém vai ao Banco pegar dinheiro para, por exemplo, abrir um restaurante, o banqueiro apenas digita a quantia do empréstimo na conta do interessado. Esse dinheiro que não veio de lugar algum circulará da conta-corrente do tomador do empréstimo para as contas-correntes de outras pessoas: o dono do imóvel alugado, os fornecedores de equipamentos, produtos e serviços, empregados, etc…. Em algum momento futuro, se o negócio do restaurante der certo, o novo empresário poderá pagar o que deve ao Banco acrescido de juros.

Varoufakis descreve isso como sendo uma espécie de mágica. O dinheiro é criado no momento do empréstimo, pois o banqueiro tem o poder de estender sua mão através da linha do tempo para trazer ao presente um valor que ainda não foi criado. É esse valor futuro que pagará o dinheiro criado/emprestado pelo banqueiro no presente. A crise financeira ocorre quando mais e mais valor é criado dessa maneira e o que é produzido no presente não consegue mais pagar o que foi trazido do futuro.

Escritor prolífico, sofisticado e bem-sucedido, Varoufakis descreve a economia moderna atual, ou seja, algo que não existe em nosso país. No Brasil a taxa de juros cobrada pelos banqueiros é muito elevada e inibe o desenvolvimento econômico. Entre nós é possível alguém falir no momento exato em que pega um empréstimo, pois o lucro que será produzido no presente com o dinheiro emprestado não será suficiente para pagar o que foi trazido do futuro. Do futuro ou do passado?

A economia nasceu no Brasil como um ato de violência. Os indígenas não atribuíam valor econômico à terra. Eles eram seminômades, ou seja, exploravam uma parcela do território até a exaustão e então mudavam para um lugar próximo. A combinação de nomadismo, caça, pesca, coleta e agricultura rudimentar não possibilitava aos índios criar conceitos abstratos como “propriedade territorial”, “compra e venda” e “dinheiro”.

No Brasil a terra somente adquiriu valor econômico no momento que passou a ser controlada, explorada e comercializada pelos colonos. Mas essa transformação da terra em coisa passível de ter valor num mercado não ocorreu pacificamente: os índios tiveram que ser exterminados e/ou definitivamente expulsos dos territórios que ocupavam para que eles pudessem ser incluidas no sistema de produção colonial.

A violência fundadora da nossa economia aumentou exponencialmente quando os africanos foram trazidos para o Brasil. Os escravos eram obrigados a trabalhar até ficarem exaustos, viviam em condições precárias e sofriam castigos corporais horrendos. As mutilações e execuções eram tão frequentes quanto as fugas. Mas quando essas ocorriam, os escravos eram caçados como bichos e eventualmente exterminados e decapitados como ocorreu quando do ataque ao Quilombo dos Palmares.

Quando os escravos foram finalmente libertos, um último ato de violência social ocorreu. Eles foram abandonados à própria sorte sem qualquer compensação financeira. A “ralé brasileira” foi violentamente criada e tem sido mantida na pobreza desde então. Nas favelas a repressão policial é cotidiana e letal. Nas ruas das grandes cidades brasileiras, as manifestações pacíficas organizadas pela ralé e pelos sindicatos raramente não são dispersas a tiros de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.

Durante os governos Lula e Dilma Rousseff, por força da inclusão social, dezenas de milhões de miseráveis conseguiram melhorar suas vidas. Muitos deles adquiriram habitações populares. Os filhos dos favelados estudaram em universidades públicas ou privadas mediante financiamento público. Mas quando a esperança começou a vencer o medo, o desejo de uma parcela da elite brasileira e da classe média tradicional de voltar a empregar a violência para preservar e ampliar privilégios considerados naturais e/ou ancestrais se tornou irresistível.

Da quase refundação econômica do Brasil em bases inclusivas, civilizadas e pacíficas nasceu o ogro Jair Bolsonaro. Ao assistir a entrevista de Varoufakis fiquei pensando como poderia explicar esse fenômeno ao economista grego?

O candidato do PSL não conhece absolutamente nada de economia. De tudo que ele tem dito, podemos concluir que Bolsonaro acredita que o aumento da violência estatal será capaz de produzir, ampliar e/ou conservar valor. Portanto, o Coiso também é uma espécie de mágico. Mas ele não quer estender sua mão até o futuro para que a riqueza seja criada no presente. O que ele quer é estender sua mão até o passado violento brasileiro para possibilitar que a riqueza produzida no presente seja ampliada e, principalmente, não possa ser dividida no futuro.

Durante a Ditadura Militar, Delfin Neto dizia que o bolo precisava crescer para ser dividido. A divisão do bolo, contudo, nunca chegou a ocorrer quando a economia brasileira crescia 10% ao ano. Quando a eficiência econômica dos militares começou a declinar, o regime socializou os prejuízos maquiando os índices inflacionários para garantir o declínio da participação dos salários no PIB. Bolsonaro, um ex-capitão do Exército que vive elogiando aquele regime de exceção infame, disputa a presidência em 2018 para fazer o bolo crescer sem ser dividido chicoteando os pobres brasileiros ao ressuscitar magicamente a violência fundante da nossa economia.

Em 1964 os militares tiveram que usar a força bruta para chegar ao poder. A restauração mágica da Ditadura Militar está sendo obtida por intermédio do voto popular com ajuda das fake news que foram disseminadas pela imprensa desde que Lula chegou ao poder em 2002. Depois que a Ditadura Militar for restaurada as liberdades democráticas voltarão a ser cerceadas, proibidas e reprimidas como se fossem produto de um feitiço maléfico chamado democracia.  

 

Fábio de Oliveira Ribeiro

27 Comentários

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  1. Já que estamos falando de

    Já que estamos falando de mágica, vou permanecer no tema. A democracia não é um sistema mágico que garante que o melhor seja eleito, nem garante o fim da corrupção ou da miséria ou da desigualdade. A única coisa que a democracia garante é que é o único sistema que “PODE” se aperfeiçoar sozinho, ao longo do tempo. A palavra “PODE” tem destaque nessa definição, pois ela determina que esse aperfeiçoamento é opcional. A democracia “PODE” eleger pessoas cada vez melhores, pelo menos do ponto de vista democrático, como também “PODE” eleger pessoas cada vez menos democráticas. Mas é o único sistema que garante esse poder às pessoas que serão governadas.

    Obviamente, os brasileiros preferem muito mais as soluções “mágicas”, onde uma pessoa, agraciada com a sabedoria divina, irá resolver sozinha todos os problemas do país, mesmo que para isso ela precise receber um poder absolutista e totalitário. Ser habitante do Brasil é fácil. Basta morar aqui. Ser cidadão já é bem mais complicado.

    É muito mais fácil escolher um “tutor” que vai resolver tudo do que assumir a responsabilidade de melhorar o país, através da democracia.

    As pessoas reclamam que o congresso está “cheio de ladrões” e por isso é melhor escolher um cara que vai resolver sozinho todos os problemas. Mas esse congresso veio de Marte? Ou foi eleito por alguém?

    Enquanto o povo não assumir a resposabilidade pelas escolhas que fez e apostar na solução “mágica” de um “tutor” que tome as decisões por ele, sempre teremos Bolsonaros.

    1. Há pouco mais de dois anos, a

      Há pouco mais de dois anos, a imprensa brasileira repetia insistentemente um mantra:

      “Basta Dilma Rousseff cair para a taxa de juros bancários despencar e a economia voltar a crescer.”

      Dilma Rousseff foi deposta, a taxa de juros continuou estratosférica, a economia afundou numa depressão terrível e a imprensa começou a noticiar que a piora da economia (o aumento do desemprego) era um índice de melhora econômica. Tudo foi feito para manter o usurpador Michel Temer no cargo. 

      Esta é a verdadeira MÁGICA da democracia brasileira.

      No Brasil imprensa especializada em economia é capaz de transformar ouro em merda e merda em “ouro de tolo”.

       

      1. disse tudo…

        no tempo da realeza, quem legitimava o rei era a igreja………………………………..

        hoje os brasileiros acreditam que quem legitima governos é a democracia, e não a imprensa

         

        repare que o capital simbólico é o mesmo, a credibilidade

        1. em tempo…

          foram levados a crer que tirando Dilma o problema da economia estaria resolvido……………………

          assim como o problema da corrupção, hoje está sendo visto como resolvido com a prisão do Lula

           

          é por isso que, em tese, podemos afirmar que atualmente, e pela imprensa que temos, cabe qualquer tipo de sistema de governo no Brasil, até o ditatorial

          1. foi para tanto que precisaram quebrar a Constituição…

            e o Direito também. Desintegrar a legalidade

             

            o que a imprensa bandida faz questão de propagar como sendo a força da sociedade, mas que na realidade é muito mais que isso, é a própria sociedade, não apenas a sua força ou expressão, é o que dá corpo e alma à sociedade

  2. Voltou o tempo .

    Estamos de volta os tempo de não falar , não trocar ideias , dissimular sentimentos , e sobreviver vendo a banda passar. Não teremos amanhã para ser novo dia. Não vai passar.  Foi tudo ilusão.

  3. Não é tão difícil explicar o fenômeno
    1 – a sociedade brasileira forjou-se no autoritarismo, pelo coração (cordis, cordial, emoção pro bem ou pro mal) do que pela razão (não que estas dimensões existam em estado puro e separadas). E pelo bacharelismo, a pose. 2 – os movimentos sociais e os partidos políticos foram criados neste ambiente (sociedade escravocra cuja herança persiste até hoje – vide elevador de serviço, o tratamento entre pessoas pobres e não tão pobres, a empregada doméstica, os empregados), decorre daí o servilismo e o puxasaquismo como forma de melhor sobreviver, os grupos fechados e “puros”). 3 – a academia (que nossa ignorância muita vez usa “academia” em tom pejorativo, de menosprezo) tem discutido isso e publicado livros que não são nem divulgados, nem lidos pelas pessoas que aderiram aos instagrans, às redes sociais, aos espaços de internet. Poderia citar alguns autores, críticos pela esquerda filiada ou independente, mas creio que seria desnecessário. 

    1. Cuidado. Aqueles que você

      Cuidado. Aqueles que você chama “autores de esquerda”, Jessé Souza demonstrou serem os verdadeiros teóricos do conservadorismo patrimonialista brasileiro (eles fazem pose de esquerda, mas na verdade são de direita).

      1. Cuidado, você

        que não sabe a quais autores me refiro. Não sabe porque desconhece, e só conhece e obedece aos que estiverem na moda ou estrangeiros pra impressionar a galera. Comigo, não. Contenha suas certezas e o hábito de vir “responder” a qualquer post que supostamente arranhe os seus (que, estou em minoria, acho uma m… pretenciosa e disfarce de muita insegurança).

        1. Você está com dor de barriga

          Você está com dor de barriga ou seu macho traiu você? No primeiro caso, culpe a natureza ou vá ao banheiro. No segundo, faça uma cirurgia plástica na bunda e seja feliz. Mas não se esqueça de citar os supostos autores que você referiu. Assim poderemos conferir se você falou ou não bobagem como um eleitor do Bozo.

  4. Vazio ao quadrado
    Que argumento é esse? O Lula nada sabia sobre economia. A Dilma nada sabia sobre educação. O FHC na sabia sobre saúde. O Itamar desconhecia Energia. Fala sério!!!

  5. O segredo da vitória.

    Para cada uma das dez mil linhas que a esquerda escreve, dez figurinhas mentirosas são postadas nas redes. Dez mil linhas ninguém lê, dez figurinhas todos olham.

     

    1. Você não precisa ler coisa

      Você não precisa ler coisa alguma, meu caro. Você pode perfeitamente consumir as figurinhas da direita. Pode até criar suas próprias figurinhas de esquerda. Na parte que me toca continuarei tentando debater temas relevantes de uma maneira interessante com quem não quer apenas ver figurinhas. Caso ninguém se interesse pelos meus textos, paciência… me confortarei com o fato de não ter utilizado meu tempo para produzir e distribuir figurinhas. Ao contrário de alguns de meus adversários sei que posso fazer algo mais do que isso.    

      1. Não é para ti a mensagem, é para todos.

        A esquerda está falando grego para quem só lê rótulo de sabão em pó, agora se quiseres gastar o teu tempo para convencer quem já está convencido, a vontade.

        Deixa de ser IDIOTA, não estou criticando o teu texto, estou falando de algo genérico que é um erro na estratégia de todos.

        1. “…deixe de ser

          “…deixe de ser idiota…”

          Você age como um eleitor do Bozo. Portanto, deve ir distribuir figurinhas dele entre seus amigos. 

          1. Prezado rdmaestri

            Uma vez você me lembrou um dos sábios conselhos de sua avó, pelo que serei eternamente grato, pois creio haver me transformado em uma pessoa um pouco melhor depois que passei a seguir o que então me lembrou. Portanto, peço que você me permita a petulância que segue: Dê um desconto para o Fábio de Oliveira. Vê-se que se ele não é, pelo menos está uma pessoa um tanto quanto sanguínea, que sai respondendo aos comentários de maneira muitas vezes irrefletida. Todos sabem que você está longe de ser apoiador do bozo. Até o Fábio saberia se pensasse duas vezes antes de replicar com o coração que imagino disparado, de quem anda com os nervos a flor da pele. Calma, camaradas, os inimigos são outros. 

          2. Estou sempre calmo… e tenho

            Estou sempre calmo… e tenho a pele grossa. Quem tem a pele fina e não aguenta uma agulhada é o oligofrênico que comenta até is textos que considera idiotas (certamente porque ignora o princípio aristotélico da não contradição).

  6. só não entendi uma coisa, com relação a Delfim…

    ele disse mesmo que era preciso esperar o bolo crescer para dividir…………………….

    o bolo ou a propina?

    1. vou me desintegrar espiritualmente e novamente…

      não quero falar de um bolo da altura de uma cobertura imperial de frente para a lagoa mais cara da cidade

  7. Vou transcrever adiante um

    Vou transcrever adiante um trecho de livro que retrata sombriamente a realidade social em que nos deixou a ditadura e que bem pode ser aonde pode nos levar o retrocesso bolsonariano:

     

    A economia brasileira no governo militar (1964-1984)

     

    “Em meados da década de 1980, nos anos finais do governo militar, o Brasil era considerado um caso de sucesso em termos de crescimento econômico (média anual de 6,5% ao ano entre 1970 e 1985), mas um fracasso em termos de distribuição de renda, assistência social e alívio da pobreza. O índice Gini de desigualdade de renda estava em torno de 0,60 em 1985, um dos mais altos do mundo; 83% da população não tinham mais que o nível primário de educação (pior que países da África Subsaariana, tais como Congo e Gabão, cujos índices eram, respectivamente, 63% e 75%). A expectativa de vida ao nascer estava em 64,4 anos: 170° entre 221 países. Não menos que 42% da população eram pobres e 18% extremamente pobres. A extrema desigualdade levou à criação, pelo economista Edmar Bacha, do famoso apelido de Belíndia: um país onde poucos viviam com o padrão de vida da Bélgica e a maioria enfrentava uma pobreza similar à da Índia.”

     

    (Marcos Mendes. Por que o Brasil cresce pouco? Desigualdade, democracia e baixo crescimento no país do futuro, p. 20)

     

     

  8. Caro Fábio

    Explica para o Yanis que a tal da democracia burguesa do Bananistão é uma fraude apoiada pelos oligarcas das comunicações, por militares descerebrados entreguistas treinados pela escola das américas mantida pelos EUA. Diz para ele que nessa fraude vale tudo, que o judiciário também está envolvido até o pescoço. Explica que estamos no meio de um violento golpe de estado que começou lá atrás, quando condenaram figuras do partido no governo sem provas e com base na literatura jurisprudencial usada pelos alemães nazistas; que os golpistas puro sangue não encontraram um candidato para conduzir o golpe para assim lavar a catinga exalada pela podridão do mesmo, dando a ele ares de legalidade para inglês ver, por falta de apoio popular aos seus candidatos e que os militares ocuparam esse vácuo deixado pelos golpistas das primeiras horas. Que agora são os milicos que conduzem o golpe mantendo o único homem que poderia se contrapor a ele como preso político, incomuniável, impedido violentamente de participar do processo eleitoral, em uma masmorra da repressão lá em Curitiba. Lembre a ele que coisa parecida aconteceu em 1964, quando golpistas originais como o Lacerda acabaram descartados. Diz que os militares golpistas já tomaram as rédeas às escancaras de nosso STF pusilânime e lá mantêm um general dando as ordens. Acrescente que estamos no meio de uma guerra híbrida aguda, originalmente idealizada pelo Steve Bannon, por sua vez assessor dos militares golpistas, com o financiamento do grande capital de rapina e a ajuda dos inumeráveis serviços secretos estadunidenses, irrigada com dólares via irmãos cock, instituto mileniun et caterva. Que o deddobramento do tal golpe conta internamente com a ajuda de um papa níqueis vigarista, um protestante venal, chefe da quadrilha da igreja universal, também ele oligarca das telecomunicações, e que toda essa chusma junta de cafagestes atua em vários fronts. O lado do Steve Bannon consiste no repasse da tecnologia nefasta do “big data” para espalhar maciçamente e de forma cirúrgica, mentiras diversionistas junto ao eleitorado, criando o caos da desinformação entre eles, etc. Diga, por fim, que até a votação eletrônica já conseguiram fraudar, lembre a ele do papel do juiz de preto poucos dias antes do primeiro turno. Cite o exemplo gritante da Dilma em MG, primeiro lugar nas pesquisas que, da noite para o dia, foi parar em quarto lugar, quando os golpistas erraram a mão e deram bandeira e que esse não foi o único caso, a exemplo do mais votado para o executivo mineiro, o juiz desconhecido no Rio de Janeiro, o Suplicy em São Paulo e tantos outros. Enfim, meu caro Fábio, não exste mistério quanto ao que está se passando no Bananistão e não haverá de faltar argumentos para que o Yanis compreenda tudo direitinho. Lembre-se, ele é europeu, viu de perto o que fizeram empregando basicamente os mesmos métodos infalíveis de guerra em tempos de Internet na Ucrânia, no Brexit, na primavera Árabe e com a eleição do Trump.

    1. Tem gente capaz de dizer tudo

      Tem gente capaz de dizer tudo isso: você. Eu apenas fiz uma digressão econômica a partir do livro do economista grego.

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