Lembremos do massacre de Babi Yar

Por JNS

 

Comício Nazista em Nuremberg, em 1937.

 

 

No momento em que nazistas ocupam cargos no governo da Ucrânia, lembremo-nos de BABI YAR.

 

 

Nas ravinas de Babi Yar, em Kiev, em 1941, nazistas, com a colaboração de fascistas ucranianos, promoveram o massacre de 100.000 judeus, comunistas, ciganos, prisioneiros soviéticos, deficientes e homossexuais.

 

 

AGORA que partido SVOBODA, ultranacionalista de extrema direita,  e os nazistas do SETOR DIREITO, estão no governo da Ucrânia, com o apoio entusiasmado da União Europeia e dos EUA, LEMBREMO-NOS DE BABY YAR.

 

Não esqueçamos que o governo que estava no poder tinha sido eleito em 2012, em eleições que foram aceitas internacionalmente e, apesar de corruptos como tantos outros tão do agrado da UE e Dos EUA, foi substituído com o aplauso e o apoio de Bruxelas e Washington, por um governo eleito por votação com braços levantados em uma praça tumultuada, dominada por grupos armados de extrema direita e nazistas. O mais radical, o ‘Setor Direito’, para que ninguém se equivocasse, pintou uma cruz gamada gigantesca na fachada da sua nova sede, nas instalações ocupadas da Câmara Municipal de Kiev.

 

 

<img alt="Photographs taken by German army photographer Johannes Hähle of the massacre of Jews in Lubny, Ukraine, 16 October 1942.
The Germans occupied Lubny on September 13, 1941.
The Jews of Lubny and the surrounding area were ordered to gather with their personal belongings on 16/10/1941. They were led to a site out of town and were murdered there by Einsatzkommando 4a (responsible for the murders of 59,018 people).

photograph sources:
Johannes Hähle
Fotofund aus dem Zweiten Weltkrieg: Das Geheimnis des fliegenden Auges ” height=”419″ src=”http://31.media.tumblr.com/343fc1c089a33a15854a9886d8bf40cb/tumblr_mzqjmm9QpX1stxu8xo2_500.jpg” style=”line-height: 1.5em; border: 0px; max-width: 100%;” width=”634″>

<img alt="Photographs taken by German army photographer Johannes Hähle of the massacre of Jews in Lubny, Ukraine, 16 October 1942.
The Germans occupied Lubny on September 13, 1941.
The Jews of Lubny and the surrounding area were ordered to gather with their personal belongings on 16/10/1941. They were led to a site out of town and were murdered there by Einsatzkommando 4a (responsible for the murders of 59,018 people).

photograph sources:
Johannes Hähle
Fotofund aus dem Zweiten Weltkrieg: Das Geheimnis des fliegenden Auges ” height=”417″ src=”http://24.media.tumblr.com/ffc9ec3b79e9c837f7aa040cb71de3ef/tumblr_mzqjmm9QpX1stxu8xo3_500.jpg” style=”border: 0px; max-width: 100%;” width=”636″>

<img alt="Photographs taken by German army photographer Johannes Hähle of the massacre of Jews in Lubny, Ukraine, 16 October 1942.
The Germans occupied Lubny on September 13, 1941.
The Jews of Lubny and the surrounding area were ordered to gather with their personal belongings on 16/10/1941. They were led to a site out of town and were murdered there by Einsatzkommando 4a (responsible for the murders of 59,018 people).

photograph sources:
Johannes Hähle
Fotofund aus dem Zweiten Weltkrieg: Das Geheimnis des fliegenden Auges ” height=”966″ src=”http://31.media.tumblr.com/eb88c25567932c82d62329b3eb2dff63/tumblr_mzqjmm9QpX1stxu8xo4_500.jpg” style=”border: 0px; max-width: 100%;” width=”636″>

Mas, lembremos BABI YAR

<img alt="Photographs taken by German army photographer Johannes Hähle of the massacre of Jews in Lubny, Ukraine, 16 October 1942.
The Germans occupied Lubny on September 13, 1941.
The Jews of Lubny and the surrounding area were ordered to gather with their personal belongings on 16/10/1941. They were led to a site out of town and were murdered there by Einsatzkommando 4a (responsible for the murders of 59,018 people).

photograph sources:
Johannes Hähle
Fotofund aus dem Zweiten Weltkrieg: Das Geheimnis des fliegenden Auges ” height=”421″ src=”http://37.media.tumblr.com/20ba19ad3fa15e5a5339f38a09993a53/tumblr_mzqjmm9QpX1stxu8xo6_500.jpg” style=”border: 0px; max-width: 100%;” width=”636″>

<img alt="Photographs taken by German army photographer Johannes Hähle of the massacre of Jews in Lubny, Ukraine, 16 October 1942.
The Germans occupied Lubny on September 13, 1941.
The Jews of Lubny and the surrounding area were ordered to gather with their personal belongings on 16/10/1941. They were led to a site out of town and were murdered there by Einsatzkommando 4a (responsible for the murders of 59,018 people).

photograph sources:
Johannes Hähle
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<img alt="Photographs taken by German army photographer Johannes Hähle of the massacre of Jews in Lubny, Ukraine, 16 October 1942.
The Germans occupied Lubny on September 13, 1941.
The Jews of Lubny and the surrounding area were ordered to gather with their personal belongings on 16/10/1941. They were led to a site out of town and were murdered there by Einsatzkommando 4a (responsible for the murders of 59,018 people).

photograph sources:
Johannes Hähle
Fotofund aus dem Zweiten Weltkrieg: Das Geheimnis des fliegenden Auges ” height=”431″ src=”http://24.media.tumblr.com/3fa3f1c1988a326b3b850c91da1a1eea/tumblr_mzqjmm9QpX1stxu8xo9_r1_500.jpg” style=”border: 0px; max-width: 100%;” width=”634″>

babi-yar

Em Junho de 1941 as tropas de Hitler invadiram a União Soviética e em 19 de Setembro após uma batalha em torno de Kiev, que durou 45 dias, os nazistas entraram na cidade.

bigbabijar06

Cerca 20% dos habitantes da capital da Ucrânia, cerca de 160.000 pessoas, eram ucranianos de origem judaica. Com a aproximação das tropas alemãs, conhecedores do que os nazis vinham fazendo, perto de cem mil ucranianos de raça judaica, a maioria homens, fugiram para o leste antes da conquista da cidade.

Kiev Jew Killings in Ivangorod (1942).jpg

Mãe e filho, na foto anterior e na seguinte.

Deu-se então o início do genocídio de judeus, comunistas, prisioneiros soviéticos,  ciganos e outros grupos civis. Começou  com o fuzilamento de todos as 700 pessoas que se encontravam no hospital psiquiátrico da capital.

Commemorating the Babi Yar Massacre

Em 28 de Setembro de 1941, os nazis afixaram pelas paredes e postes de Kiev este aviso:

“ORDENA-SE A TODOS OS JUDEUS RESIDENTES EM KIEV E ARREDORES QUE COMPAREÇAM À ESQUINA DAS RUAS MELNYK E DOKTERIVSKY, ÀS 8 HORAS DA MANHÃ DE SEGUNDA FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 1941, TRAZENDO CONSIGO DOCUMENTOS, DINHEIRO, ROUPA ÍNTIMA, ETC. AQUELES QUE NÃO COMPARECEREM SERÃO FUZILADOS. AQUELES QUE ENTRAREM NAS CASAS EVACUADAS POR JUDEUS E ROUBAREM PERTENCES NESTAS CASAS SERÃO FUZILADOS.”

É claro, o conteúdo das residências judias, dos comunistas, dos ciganos e dos outros perseguidos era para ser preservado para os nazistas e não para os eslavos, “povos inferiores”.

 

Os judeus ucranianos que compareceram, na grande maioria mulheres, crianças e velhos julgavam que iam ser transferidos para qualquer outra região, mas foram levados para a célebre ravina de Babi Yar, localizada nos arredores da cidade. A multidão foi obrigada a passar por um longo corredor de soldados armados de metralhadoras e avançavam em grupos de dez pessoas, que ao chegarem à beira das ravinas eram fuziladas.

Segundo os relatórios alemães, recolhidos depois da guerra, no massacre que durou dois dias, levado a cabo pelas “Unidades Móveis de Fuzilamento”, os Einsatzgruppe, apoiados por um batalhão das Waffen-SS, foram assassinados de uma só vez 33.771 judeus ucranianos e outros milhares de judeus nos meses seguintes. Calcula-se que em Babi Yar terão sido fuzilados mais de 100.000 ucranianos, judeus, comunistas, ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos, deficientes e homossexuais.

Field-Babi-Yar

Nestas operações genocidas, de uma inominável crueldade, colaboraram algumas unidades de polícia constituídas por ucranianos que apoiaram os nazis e que deram origem ao grande confronto político e ideológico após a vitória do Exército Soviético que expulsou os invasores alemães, em 6 de Novembro de 1943. A Ucrânia, assim como a Polônia, foi governada, durante o domínio alemão, pelo gauleiter nazi, Erich Koch, governador da Prússia Oriental, que foi condenado a prisão perpétua, após o fim da II Guerra Mundial.

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INFORMAÇÕES [ texto do puxapalavra ] COM IMAGENS DA INTERNET.

Redação

17 Comentários

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  1. Esse tal de J N S é

    Esse tal de J N S é supimpa.

       Sempre trazendo novidades pro blog.

              Muito legal mesmo.

                Confesso que sou leitor fanático da segunda guerra.Li tudo ou quase tudo.

                      Mas da primeira guerra nunca me interessei e por isso absolutamente nada sei.

    1. A Primeira Guerra Mundial

      A história da humanidade está disponibilizada através de perspectivas multifacetadas em milhares de publicações e desnecessária se faz a apresentação de textos longos para receber a atenção da maioria que, suponho, não dispõe de tempo valioso para ser dedicado à demorada leitura investigativa – por isso, as imagens.

      “Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando de Habsburgo, herdeiro do trono austro-húngaro, visitava Sarajevo, capital da Bósnia, com sua esposa, quando ambos foram assassinados por um jovem bósnio cristão ortodoxo (a imensa maioria dos bósnios era muçulmana), partidário da união com a Sérvia.

      arqui-duque Franz Ferdinand - assassinato de Sarajevo

      “Sophie, minha querida, não morra… viva…  viva para as crianças!” – Francisco Ferdinando de Habsburgo

       

      A Áustria-Hungria, alegando envolvimento do governo sérvio no crime, apresentou uma série de exigências que foram rejeitadas pela Sérvia.

      Em 28 de julho, a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia e, no dia seguinte, a Rússia pôs as suas tropas em estado de prontidão – a Alemanha fez o mesmo em 30 de julho.

      Na madrugada de 1º de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia, sendo seguida pelo governo austro-húngaro.”

      Através das imagens – pesquisadas em arquivos disponibilizados na Internet – é levada a cabo a tentativa minúscula para despertar a atenção sobre episódios importantes garimpados durante a nossa trepidante viagem embarcada nesta maltratada Nave Mãe.

      Espero que você e outros parceiros & leitores do blog apreciem a coleção de imagens da Primeira Guerra Mundial, que vou encaminhar a partir de amanhã.

      Grato por suas gentis palavras de aprovação.

      Um abraço!

  2. A 2nd Panzer SS “Das Reich”

    foi mandada para o sudoeste da França em maio 1944, para a eventualidade do desembarque aliado se dar na costa atlântica francesa (Golfe de Gascogna). O rastro sangrento dela tem marcas até hoje em volta da ferrovia Toulouse – Paris (Oradour sur Glane etc…).

    Minha mãe se lembra da “visita” de um destacamento dela na casa da avó perto de Cahors, procurando FFFI-FTP, desertores alsacianos e jovens fugindo do STO (Trabalho obrigatório na Alemanha): fora o oficial alemão o resto era só de ucranianos que nem alemão falavam (o oficial dava as ordens em ucraniano), e eles tinham caras pavorosas.

    1. Memorial

      “O memorial simbólico, mais impressionante, é o poema de Yevgeny Yevtushenko “Babi Yar”, uma obra de arte publicada em 1961. Dmitri Shostakovich usou o poema como parte da sua 13 º Symphony, uma poderosa peça musical que causou sensação quando estreou em 1962.”

      [video:http://youtu.be/aD196YkBYRs%5D

  3. Meu Avô

    Belga de origem judia, lutou na 1º guerra, engoliu gás e foi prisioneiro do exercito imperial germânico. Em 1935 veio para o Brasil trabalhar na usina siderúrgica belgo mineira em MG. Na 2º guerra mundial, mais de 50 mil judeus belgas foram deportados e mortos em campos de extermínio nazistas. Meu irmão foi conhecer nossa origem mas não encontrou nenhum parente distante com o nosso sobrenome. O que me espanta é ver pessoas, em pleno século xxi, fantasia-se de nazista. Não tem conciênca do que este regime facista provocou no mundo? Mais de 6 milhões de judeus, 30 milhões de russos e eslavos e outros milhões de toda a Eurpa foram exterminados por causa disto. Como cita uma passagem do livro Berlim de Antony Beevor. “Vasili Grossman, que voltava para a 1º frente Bielo-Russa, no quartel de Jukov, em Landsberg, já na Alemanha, escreveu. Crianças Alemãs brincam de soldado numa laje. Isto no mesmo momento que o imperialismo alemão está sendo exterminado em Berlim. E aqui os meninos com espada de madeira e bastões gritam, pulam e espantam-se uns aos outros. É eterno, jamis será eliminado da Humanidade.

  4. Poema de Ievgueni Eutuchenko

    BABI YAR 

    Nenhum monumento supera o Babii Yar. 

    A pedra sepulcural é pura lágrima. 

    Eu estou com medo. 

    Eu sou hoje tão remoto 

    como todo o povo judeu. 

    Agora vejo-me 

    como um judeu. 

    Aqui arrasto-me através do Egipto Antigo. 

    Aqui eu morro, crucificado, na cruz, 

    carregando as cicatrizes deixadas pelos pregos. 

    Sinto-me como 

    Dreyfus. 

    O filisteu é simultaneamente o denunciante 

    e o juiz. 

    Sou prisioneiro. 

    Estou cercado. 

    Perseguido, cuspido e difamado. 

    Grito, 

    enquanto deliciosas senhoras decoradas 

    com os seus laços de Bruxelas 

    furam-me o rosto com os seus guarda-chuvas. 

    Vejo-me então 

    como uma criança novinha em Bialystok. 

    O sangue escorre, derramado pelos soalhos. 

    No salão do bar a multidão desperta 

    para uma medida de vodka e cebola. 

    Desamparado, levo com uma bota 

    um pontapé no traseiro. 

    Em vão suplico por piedade 

    aos meus carniceiros. 

    Enquanto isso troçam e disparam, 

    “Derrotem os judeus. Salvem a Rússia!” 

    e um caceteiro bate na minha mãe. 

    Ó meus povos russos! 

    Eu sei, 

    vocês são 

    internacionalistas. 

    Mas aqueles que têm as mãos sujas 

    em vão vos retiraram 

    a pureza do vosso nome. 

    Eu conheço a bondade da minha terra. 

    Mas os anti-semitas são vis 

    e não caem em delíquo. 

    Intitulam-se orgulhosamente 

    de “A União dos Povos Russos!” 

    Eu vi, como 

    Anne Frank, 

    os límpidos ramos da Primavera. 

    E eu amo. 

    Não preciso de frases vazias. 

    Necessito apenas 

    do que descobrimos dentro de nós. 

    O que mal se pode ver 

    ou cheirar! 

    Não nos deixam partir 

    e é-nos negado o céu! 

    Contudo podemos abraçar-nos 

    ternamente 

    na escuridão de um quarto. 

    Eles estão chegando? 

    Não tenham medo. 

    É o retinir suave 

    da própria Primavera – 

    a Primavera já vem a caminho. 

    Chegando até mim. 

    Despeçam-se depressa. 

    Estão quebrando algo debaixo da porta? 

    Não, é o gelo que se parte… 

    A erva selvagem murmura sobre Babii Yar. 

    As árvores olham agourentas 

    como os verdugos. 

    Aqui todas as coisas gritam em silêncio, 

    e, dentro da minha cabeça, 

    lentamente, sinto-me 

    transformado em cinza. 

    E sou eu mesmo 

    a soltar um berro tronitruante 

    pelos muitos milhares aqui enterrados. 

    Eu sou 

    cada velhinho 

    aqui abatido a tiros. 

    Eu sou cada criança 

    aqui abatida a tiros. 

    Nada será esquecido 

    dentro de mim. 

    Deixem a “Internationale” 

    trovejar 

    quando o último anti-semita na terra 

    for enterrado para sempre. 

    Não tenho um pingo de sangue judeu. 

    Mas, na sua raiva insensível 

    todos os anti-semitas 

    devem odiar-me agora 

    como se eu fosse um judeu. 

    Mas até por essa razão 

    Eu sou um verdadeiro russo! 

    (Versão portuguesa: JAG)

     

    [video:http://youtu.be/rJEGrgdGzPE%5D

     

    Poema de Ievgueni Eutuchenko que causara polêmicas ao ser publicado no ano anterior na “Literaturnaia Gazeta”, toca na chaga do anti-semitismo, a propósito do massacre cometido pelos nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, no local conhecido como “Ravina das Mulheres”, perto de Kiev.

  5. Superioridade ? De quem ?

    E ainda falam por aí da superioridade do povo alemão e outros europeus , ianques , japoneses et caterva sobre brasileiros e demais latino americanos , além de africanos e tantos asiáticos !

    Papo furado , balela !

    A mesma cultura milenar que nos legou um Bach , um Mozart , Bethoven , Goethe , Marx , deu-nos também de “presente” monstros como Hitller , Himler , e outros tantos facínoras que espalharam sofrimento , dor , morte , entre tantos milhões !

    E não me venham com a história que o povo alemão foi manipulado na sua fragilidade de ocasião , ou inocência , pois conheciam perfeitamente com quem estavam lidando na época , tanto que , na sua quase totalidade , apoiaram e aplaudiram entusiasticamente todas aquelas barbaridades !

    Ora, ora ! Somos todos , seres humanos , em quaisquer canto deste imenso planeta , exatamente iguais em nossas virtudes , grandezas , céus , assim como nas nossas desonras , misérias e infernos existenciais e antropológicos !

    Que isso fique de lição para alguns desonestos intelectuais , que , com a sua baixa auto estima ( ou espírito de vira lata , mesmo ) , nos consideram um povo inferior a outros , e outras sandices do gênero !

    E que , apesar de tanto ódio , tanta maldade , tudo seja perdoado , em nome da Paz !

    Mas que jamais seja esquecido , para que não repitamos estas mesmas desgraças !

     

     

    1. Eduardo, concordo em grande

      Eduardo, concordo em grande parte com o que você disse. A bestialidade praticada pela Alemanha nas duas guerras, que na verdade foi contra seus próprios irmãos europeus, destruindo-os e a si mesma, obscureceu de forma irremediável qualquer grande realização dos alemães. O barbarismo de quem governava a Alemanha naqueles tempos caóticos certamente tinha o conhecimento do povo alemão e muitos alemães até deviam apoiar o que acontecia. Entretanto, confesso que ainda é um pouco difícil entender como o povo alemão, com alto grau de civilização, foi capaz de praticar atos tão bárbaros.

  6. Fuga de Babi Yar

    Do livro “Holocausto”, de Martin Gilbert:

    “Como o historiador Rubem Ainsztein escreveu, ‘naqueles homens seminus que cheiravam a carne em putrefação, cujos corpos foram comidos pela sarna e cobertos por uma camada de lama e fuligem, cuja força física tão pouco permaneceu, não sobreviveu um espírito que desafiava tudo o que os nazistas fizeram ou a Nova Ordem poderia fazer por eles. Nos homens a quem os homens da SS viram apenas como cadáveres ambulantes, não amadureceu uma determinação de que pelo menos um deles deveria  sobreviver para contar ao mundo sobre o que aconteceu em Babi Yar’.”

    No dia 29 de setembro de 1943 – 2 anos depois do massacre -, 311 dos 325 trabalhadores forçados em Babi Yar foram derrubados quando corriam para a liberdade e apenas 14 fugitivos sobreviveram. 

    Entre eles estavam:

    Fyodor Zavertanny (escapou antes) 
    Vladimir Davydov 
    Jacob Kaper 
    Filip Vilkis 
    Leonid Kharash, 
    I. Brodskiy 
    Leonid Kadomskiy 
    David Budnik 
    Fyodor Yarshov 
    Jakov Steiuk 
    Ostrovsky 
    Senya Berland 
    Volodia Kotlyar

    Por 6 semanas, a partir de 18 de agosto de 1943, um grupo de prisioneiros acorrentados, que reunia judeus, prisioneiros de guerra soviéticos e condenados à morte, foi forçado a executar a operação de exumação e cremação de cadáveres em Babi Yar.

    Paul Blobel

    PAUL BLOBEL comandou a eliminação dos vestígios da chacina em Babi Yar, removendo e calcinando os corpos e, por fim, recolhendo os ossos resistentes para serem requeimados em fornos feitos dentro das lápides do cemitério judaico localizado nas proximidades.

  7. O Holocausto é motivo para piadas?

    As Histórias Contadas por Yascha Mounk

    SONY DSC

    A primeira delas ocorreu em 1992, quando Mounk estudava na quinta série. 

    Para saber quais aulas de religião os alunos seriam enviados, o seu professor, Herr Weiss, fez uma lista para identificar os alunos protestantes ou católicos.

    Eis como Yascha Mounk descreve o episódio no seu artigo:

    – “Mounk, Yascha. Protestante ou católico?”

    – “Bem, eu acho que eu sou uma espécie de judeu”.

    A classe riu ruidosamente.

    – “Pare de provocar”, gritou Johannes Emmerle, um protestante, quando ao alvoroço diminuiu.”Todo mundo sabe que os judeus não existem mais!”

    Herr Weiss repreendeu Johannes:

    – “Devemos terminar!Não fale nada, a menos que eu peça. OK, Yascha, você vai ter um período livre quando os outros estudarem religião. Há um turco em outra classe, eu acho. Vocês dois podem fazer companhia um ao outro.”

    Em seguida, ele acrescentou:

    – “E você, Johannes, está errado. Como uma questão de fato, existem alguns judeus – mais uma vez…”

    O adendo de Herr Weiss soou como uma facada nas suas costas. 

    E o “mais uma vez” no final da sua fala, foi o toque final para certificar-se que a faca estava bem afiada. 

    Em seguida, Mounk relata a segunda anedota, que era mais ofensiva e insidiosa.

    Este incidente ocorreu quando Mounk era adolescente e, mais uma vez, manifestações em interações diárias, revelam que a Alemanha não mudou o entendimento sobre o seu passado.

    “Em um sábado de manhã, fui visitar a Oktoberfest de Munique, com um grupo de conhecidos.

    A banda tocava música alegre e nós tocávamos as nossas canecas de chope em um brinde tradicional da Baviera.

    Stephanie, estava tentando fazer uma piada.

    – “Como você encaixa 200 judeus em um Volkswagen Beetle”, ela perguntou.

    – “Pare com isso”, disse Hans, um grandalhão e folclórico amigo. “Este não é o caso.”

    – “Por que eu não deveria?” Stephanie disparou de volta.”Porque você me disse para calar a boca? Porque eles me dizem para calar a boca? Vamos lá, é só uma piada…”

    – “Eu duvido que seja engraçada”, disse Hans.

    – “Não é engraçada? Tenha senso de humor! Por que uma piada sobre os judeus não pode ser engraçada? Ela é de 2006, o Holocausto aconteceu há 60 anos; então podemos contar piadas sobre os judeus novamente!”

    – “Olha”, disse Hans: “Você sabe tão bem quanto eu que os alemães sãos responsáveis e têm uma sensibilidade especial.”

    – “Que responsabilidade especial? Eu nem tenho 40! Não, não. Eu não vou ficar em silêncio por mais tempo. Veja como você pode encaixá-los dentro do fusca: Você tem que levá-los para a câmara de gás, incinerá-los e depois você pode encher o fusca com as cinzas.”

    Yascha Mounk, nascido em 1982, e a sua mãe eram os únicos judeus em Laupheim, uma pequena cidade do sul da Alemanha, onde cresceu.

    Em seu ensaio, que foi publicado pelo New York Times, ele incluiu histórias curtas que, por terem ocorrido nas últimas duas décadas, nos faz sentir como destinatários de um soco.

    Descobri as informações sobre Mounk aqui: http://googlingtheholocaust.wordpress.com/

    Para ler o post original no NY Times: http://www.nytimes.com/2014/01/04/opinion/sunday/german-jewish-and-neither.html?hp&rref=opinion&pagewanted=all&_r=0

    Yascha Mounk é doutorando em Teoria Política na Universidade de Harvard e autor de “Stranger in My Own Country: A Jewish Family in Modern Germany”

  8. Genocídio

    Isso precisa ser contado e recondado, e contado infinatamente para que não venhamos a esquecer esse horror praticado por seres inumanos.

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