A espionagem americana mostrou porque o Brasil não deve comprar seus aviões de caça

A espionagem dos EUA sobre atividades dos brasileiros, sem perdoar sequer as particulares da Presidente e incluindo projetos, pesquisas e análises econômicas de interesse do Estado Brasileiro, deixam definitivamente claro porque o país sequer pode pensar em comprar caças americanos.

Já é absurdo o gasto previsto nesses aviões, R$ 5 bilhões, que só servirão para acentuar nossa superioridade sobre os vizinhos, com os quais convivemos harmoniosamente. Não se pode descartar a possibilidade de  uma corrida armamentista e o aparecimento da desconfiança sobre as intenções uns dos outrosm estimulando todos os países latino-americanos a buscar equilíbrio em armas em outro nível. Ficarão todos mais armados e mais pobres, como acontece em outras regiões do mundo. Por sua vez, continuaríamos em tremenda inferioridade com relação aos países que, fora do continente, já são superiores em armamentos.  É muito melhor, até para a defesa nacional, investir, pois,  em ciência, tecnologia, inovação e produtividade, termos uma população alfabetizada, educada, com consciência cívica, que impeça governos submetidos a interesses  de países estrangeiros ou golpes encomendados, como o de 1964.

Mas se os caças devem mesmo ser comprados, o último país que se pode pensar como fornecedor são os EUA. Certamente viriam munidos de controles manipulados a partir do Pentágono.  No mínimo, logo que descontentássemos os americanos, estes cessariam de enviar peças e armas de reposição. Por outro lado, sabe-se que o “irmão do norte”  se recusa a trasferir tecnologia a partir da qual o Brasil poderia incrementar sua indústria aeronáutica, ao contrário de suecos, russos e franceses.

Com relação aos sites de espionagem, o Brasil deveria homenagear e pagar os advogados de seus benfeitores,os servidores americanos  que nos alertaram e agora irão apodrecer nas cadeias americanas. Outros que têm assassinado ou torturado iraquianos, afegãos e paquistaneses gratuitamente recebem penas dez vezes mais brandas  do que os que revelam espionagem ilegal contra países amigos.

Ainda no plano internacional, agora  parace ter chegado a vez da Síria. Os americanos dizem ter prova de uso de arma química pelo ditador sírio, mas se recusam a mostrá-las ao mundo. Como usaram bombas de napalm no Vietnã, de fósforo no Paquistão, usam drones em diversas regiões, fariam uma figura melhor se deixassem à ONU a apuração dos fatos no país árabe. Ou enviarão os mesmos agentes que constataram existir armas de destruição em massa no Iraque? Desta vez  o governo dos EUA tem contra si a própria população. Os americanos pelo menos apoiavam esse tipo de aventura, destinado a alimentar o ego e a cultura patriótica e agressiva, dar lições em determinado país,  que também serviam para advertir os demais governantes do risco que corriam ao descontentar o Império. Os EUA parecem expostos a profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais. Quem sabe, finalmente, acabemos com a era dos impérios e dos países-polícias no mundo. A punição a ditadores sanguinários deve ser uma preocupação da  comunidade das nações, organizada em torno da ONU. Esta sim tem moral e deve ter tribunais  para punir delinquentes de nível internacional, cujos atos ultrapassam limites de tolerância e ferem direitos humanos. Deve porém, punir delinquentes de qualquer origem e coturno, e não apenas os de pequenos países da África ou Ásia, inimigos do Império.

Redação

23 Comentários

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  1. Artigo muito ruim

    Estamos falando de defesa do territorio incluindo riquezas cobiçadas, automia de decisão, criação de conhecimento tecnológico, e o autor faz uma salada russa do pior nível.

    Agora também acho que ficou politicamente impossivel o Brasil comprar caças americanos. Mas para complicar o problema, a França que vende os “Rafale” muito caros, inclusive de manutenção, está se mostrando o último cachorrinho de estimação dos yankees: depois das ações de Sarkozy que devem ter se revirados no túmulo de Gaulle e Pompidou, agora o Hollande faz questão de se mostrar mais adestrado ainda.

    Será que Dilma e seu ministro Amorim vão conseguir que a nossa Força Aerea aceite discutir seus problemas com a Força Aerea indiana, já que China e Rússia não são de confiança (poderosos de mais e com ‘agenda particular”)?

    1. salada russa

      sr. lionel rupaud,

      salada russa do pior nível é coisa unicamente do seu paladar.

      eu adorei a salada do . concordo com ela.

      menos nessa frase: “Mas se os caças devem mesmo ser comprados,” 

      o brasil NÃO  deve comprar esses caças. NÃO precisamos deles!!! eles não passam de brinquedos de brigadeiro. são inúteis.

      vamos de tucano. o avião, NNÃÃÃÕOO o partido.

      compra de armas de guerra desse nível condena o pais ao eterno atraso.

      pais soberano, quando precisa, desenvolve as próprias armas. 

    2. Indianos não por favor!!!!

      Indianos não por favor!!!! Eles são notorios pelos programas super demorados e sempre superfaturados… e nem criar sabem, compram tudo de Russos e da Europa Ocidental!!! São tão bons que chegam ao absurdo de comprar avião russo, Su-30, e equipar com eletronica israelense…

      Sejamos realistas, o Brasil apesar dos pesares é um pais importante … sendo assim alvo natural da espionagem americana e de qualquer outro pais relativamente importante… o fato é que os EUA deram bobeira e ficou escancarada a situação, nem pedido de desculpas souberam fazer… e a Dilma vai ficar sem dançar valsa com o Obama e curtir um jantarzão na Casa Branca, os EUA devem estar pensando “azar o dela”!!!

  2. Quanta bobagem!! Que tal

    Quanta bobagem!! Que tal pararmos de beber Coca-Cola? Pepsi também! Não podemos esquecer de parar de voar em aviões da Boeing! usar carros da Ford… É tão ridicula a argumentação que fica até dificil explicar coisas tão simplórias… mas tentando.

    Inimizade com os EUA e influencia disso em armamento de origem americana, no final dos anos 70 houve a revolução islâmica no Irã, logo a seguir embargos dos americanos contra o Irã e no inicio dos anos 80 a guerra contra o Iraque que durou mais de 8 anos, durante o conflito o Irã teve de usar seu arsenal que era composto na maioria de armas americanas, foi uma guerra dura que no final o Irã conseguiu recuperar todo o território perdido inicialmente e mais alguma coisa… era grande demais para o Iraque de Saddan engolir… durante o conflito o Irã manteve a duras penas seu arsenal, que incluia o super caça F-14A e os F-4D/E e F-5E, alem de tanques M60, M113, M109, misseis Hawk, helicopteros Huey e Cobra… a supremacia da qualidade do armamento AMERICANO que tinham foi fundamental para a vitória contra o Iraque… lembrando que o ocidente não condenou a invasão e até apoiou o Iraque nisso, exatamente o OPOSTO do que foi feito no Kuwait no inicio dos anos 2000.

    Depois do conflito o Irã se recuperou e reformulou suas forças armadas… sabe o que fez com os armamentos de origem americana??? CONTINUOU usando TODOS!!! inclusive fez um amplo programa de substiuição de peças através de reengenharia… isso mesmo tendo disponivel armamento russo e chinês para comprar, e eles compraram, caças MiG-29 para defesa aérea, bombardeiros médios Su-24, aviões de ataque Su-25 tudo isso dos russos, mais caças J-7 chineses para defesa de ponto… mas a elite  da força aérea iraniana continua a ser os F-14, o principal caça tático o F-5E, o principal interditor o F-4E e os helicopteros versões do Huey e Cobra… isso tudo desde de 1979, então cadê o tal “botão” que os americanos apertariam que faria com que todas essas aeronaves caissem imediatamente???

    Outra tremenda bobagem colocada no texto é de uma superioridade que o Brasil teria… chega a me provocar risos essa… a Venezuela comprou Su-30 dos russos, mas ainda se  garante nos F-16 americanos… o Chile desativou os F-5E e substituiu pelos F-16 americanos… o Peru usa MiG-29 e Mirage 2000… Colombia e Equador usam Kfir israelenses modernizados… todas essas aeronaves são superiores ou no minimo iguais aos F-5E e Mirage 2000, sendo que os Mirage 2000 foram uma solução tampão que “expira” ano que vem por que passa o prazo de validade deles.

    Ter o equipamento moderno faz parte do processo de adquirir tecnologia também, usar o que existe de melhor capacita a ter parâmetros para julgar… deixar isso para la é ficar a mercê das impressões dos outros, do julgamento alheio… o Brasil esta num processo ridiculamente longo, cerca de 20 anos, para escolher seu novo caça… enquanto isso continuou usando e modernizando aviões da década de 70 e como solução emergencial comprou alguns úsados da década de 80 para não ficar a pé… nesse tempo todo várias coisas aconteceram, gerações de aeronaves se sucederam e se 5 Bilhões era muita grana nos anos 90 hoje é não é tanta coisa para equipar seriamente uma força, o desenvolvimento do AMX custou cerca de 900 milhões nos anos 90 e hoje vai se gastar mais da metade disso para apenas modernizar cerca de metade da frota de AMX da FAB.

     

    Tenho receio de que pessoas com o nivel de informação demostrado no texto estejam guiando a decisão sobre os caças… ignorantes brincado de aviãozinho.

    1. Irã

      Cesar A.

      Meu caro, a nós falta a descisão politica, o dinheiro, e os cientistas iranianos (engenheiros, fisicos, matemáticos), na midia ocidental ainda se crê que os iranis conseguem até hj. manterem estas aeronaves americanas ( e nossos Tucanos T27 da Guarda ), devido a contrabando e ainda reflexos das estripulias do escandalo Irã-Contras (remember Reagan – Oliver North / Nicaragua + Irã = comércio de armas), mas a capacidade de reinventar dos iranis, é incrivel – ano passado a equipe dos Russian Knights (SU-27) passou pelo espaço aereo iraniano, e foi escoltada por F-14 e F-4 – os IFF dos SU-27 não os identificaram, na aproximação !!!!!!

      Meu filho, eles conseguiram revitalizar seus SAMs Hawk (americanos) e “pendura-los” nos F-14, fazendo-os AAMs, portanto “abriram” toda a avionica, os radares, tanto dos misseis como do avião, e através de um novo “barramento” digital, conseguiram que eles abatessem outras aeronaves em perfil BVR ( + de 20 mn)..

  3. levando em conta esse

    levando em conta esse principio o Brasil pode fazer aqui mesmo os caças , imagino que com o tamanho da seriedade e compromisso do nossos governantes ate 2070 teremos um caça equivalente ao  F 4 Phantom enquanto o primeiro time ja estara no padrao ” guerra nas estrelas “

    Toda naçao que possue know how para fazer avioes de caça ( nao monta-los ) usa e abusa da espionagem

    Achar que isso é coisa somente de americanos faz parte do mantra boçal da esquerdolandia latina americana

    Que é mediocre e incopetente , nao serve sequer para fazer algo parecido com o que foi feito na China e URSS 

     

    1. Concordo

      Acho que podemos sim fazer os caças no Brasil. Temos tecnologia da Embraer e estamos passando a mesma para a Boing. Não acho que “reinventar a roda é um problema” acho que é a solução para desenvolvermos tecnologia no país. Os EEUU faziam HD de computadores de 1 MB pesando 1 Tonelada. São caminhos que fizeram para aprender, como nós fazemos durante noss toda vida. Passamos toda a vida aprendendo e é isso que uma nação tem de fazer para se manter atualizada em tecnologia…reinventar. É isso que desenvolve a eduação de uma nação.

      O Brasil tem tudo para ser uma Potência Mundial, o que estraga são os medíocres políticos “brasileiros” que se vendem e destroem industrias como Engesa e Embraer.

  4. compra de caças

    Ainda que discorde da outras afirmaçôes do texto reconheço ser  totalmente inadequada a aquisição dos F18 neste momento,6 para equipar nossa força aérea.

  5. nesse caso a melhor resposta é faça você mesmo.

    ninguém em sã consciência nesse mundo vai vender uma arma de guerra para ser usada contra si. sempre vende pros outros um modelo inferior que o próprio país usa.

  6. ESPIÕES IANQUES

    Há 40 anos que acompanho esta lenga lenga contra os ianques.Infelizmente eles são(ainda) um potência econômica da qual não se pode de fato desprezar. Mas louvamos  a sociedade esclarecida encarregada  de fazer os protestos mesmo sabendo que, nos gabinetes públicos e privados longe dos indignados, o “sistema” continua movendo suas engranagens,  independentemente das suscetibilidades feridas.

  7. Caças

    Fico com a decisão bem calibrada de um grande jurista brasileiro, um dos responsáveis pela criação do CNJ, Ex. Min. Jobim, que ao decidir pelos caças franceses, avaliou que os precedentes dos americanos em matéria de exportação de tecnologia para o Brasil, são reveladoramente desfavoráveis para nós. Eles querem exportar o produto, sem fornecer a tecnologia que possa minimamente, permitir aos brasileiros terem a oportunidade de dominar pelo menos, parte da tecnologia para eles já superada.

    As relações entre países, tem dinâmica própria, multifacetária e de alternância imprevisível de interesses de curto e longo prazos e, para nós, importa além, da compra do produto, muito mais, a aquisição do conhecimento e desenvolvimento tecnológico.

     

    1. O ministro jobim merecia sim

      O ministro jobim merecia sim uma investigação pelas estranhas compras que foram realizados na sua gestão… submarinos franceses por mais do dobro que o Chile pagou, venda de misseis para o Paquistão, compra dos Mi-35 da russia… tudo coisa muito esquisita

  8. US$ 2,0 Bilhões

      O Dr. “adevogado” Percival Maricato, pode entender bastante de ” bares diferenciados” para a classe média alta paulistana ( foi criador da ABREDI – Assoc.Bras.de Bares Diferenciados), mas como 99,9 % dos brasileiros, não entende “porra” nenhuma de defesa, muito menos de contratos de defesa – e como todos adevogados, sociologos e os “formados em comunicação-social ” (auto alcunhados “jornalistas”), se abstem de pesquisar, antes de sairem escrevendo; este artigo-manifesto, ficaria bem melhor, e mais informativo, explicitando a realidade para os que o lerem.

       Gostaram do numero: Dois Bilhões de Dolares ?

       Este pequeno numero representa aproximadamente (variando para mais), a quantidade de contratos Pentagono/DSCA/FMS (Defense Security Cooperation Agency – Foreing Military Sales), firmados entre o Brasil e os Estados Unidos, já aprovados pelo Congresso americano, e em execução, desde o ano-base de 2006, sendo o ultimo referente a aquisição de 36 obuserios auto-propulsados M109A5+, de abril deste ano ( só na inicial do contrato, tipo 5%, já foram pagos US$ 400.000,00.), temos outros mais substanciais, como dos helicopteros MH-16, os UH-60, a reforma e repontecialização dos M-113 BR, misseis Penguim, repontecialização e aquisição de mais unidades de veiculos anfibios LVTP-7, sonares, radares da Telefonics, torpedos ASW aeroembarcados MK46-5, revitalização eletronica de sistemas de combate dos 4 submarinos IKL ( classe Tikuna) – sistema Lockheed-Martim AN/BGY 501 (compativel com outra aquisição, os torpedos pesados – exclusivos NATO – MK48 ADCAPv3).

        O S-33 Tapajós retornou hj. , já está lá nas “cobras” (RJ – perto da ponte rio-niterói), após 7 meses de cruzeiro com a US Navy – ficou baseado em Norfolk (VA), onde completou os testes de homologação dos novos sistemas e até lançou torpedos MK48 ( pagos pela US Navy ), na area de exercicio de Porto Rico – nestes sete meses o S-33 fez varios papéis táticos de interesse mutuo – foi até “escolta” de TFs nucleados em Porta-Aviões e Submarinos Nucleares americanos – e outras vezes como ” atacante” e/ou “alvo” destas mesmas FTs.

         Quanto ao FX-Eterno, a COPAC publicou no DOU de hj. que não será desfeita, portanto é provavel, pela FAB, que o FX-2 se estenda, com os mesmos concorrentes – MAS, se alguem estiver disposto, “comunicadores sociais” inclusive e demais palpiteiros, consultem o JF-17, quem sabe, pode ser o “caça-leve do Mercosul/UNASUL”.

         Afinal o “cineasta santista” está na Argentina, a cibernética será Unasul, por que não o caça ?

    1. Para quê queremos os caças?

      Caro Junior 50.

      Eu como um dos palpiteiros de plantão aqui do blog, sou da opinião de que o grande problema desses caças do interminável FX-2 é a falta de clareza da imprensa e da população em geral em relação a qual seria o papel dessas aeronaves de altíssimo custo e desempenho nas tarefas da nossa Força Aérea. Cada vez que se fala que os Mirage 2000 serão desativados no final desse ano ouve-se bobagens dizendo que o tráfico nas fronteiras vai aumentar, Brasília ficará à mercê de ataques terroristas, a Amazônia vai ficar desprotegida etc, etc.

      O primeiro ponto que precisa ser deixado claro é que a defesa das fronteiras nacionais contra as invasões dos teco-tecos de traficantes bollivianos não depende dos FX-2. Essa tarefa depende de um bom controle do espaço aéreo, de uma integração ágil com as polícias de fronteira e e da disponibilidade de um bom número de aeronaves nas proximidades das regiões a serem defendidas. Hoje, essa tarefa é feita de maneira muito satisfatória pelos turboélices A-29 (Super Tucano) produzidos pela Embraer, por uma pequena fração do custo operacional de um jato de combate de primeira linha.

      Proteger Brasília de um ataque terrorista que use o sequestro de aviões civis (como no 11 de setembro) tampouco é tarefa que exija jatos de combate de quinta geração. Uma guarnição de F-5Es modernizados mantidos em prontidão em Anápolis dá conta desse recado com folga. Em melhores condições e por custo bem mais baixo que o dos velhos Mirage 2000 hoje em uso.

      O mesmo pode ser dito em relação à defesa do espaço aéreo da Amazônia contra ameacas inespecíficas: é perfeitamente possível patrulhar a fronteira norte com os F-5EM, especialmente se forem usados em conjunto com os E-99 de alerta antecipado e tiverem apoio de reabastecedores em vôo. Ainda que comprássemos os caças FX-2, na conjuntura atual não faria nenhum sentido basear um esquadrão de combate de Rafales ou F-18E novinhos em folha nas condições inóspitas de São Gabriel da Cachoeira para a hipótese remota de nos defender de um ataque surpresa dos Su-30 venezuelanos, dos Kfir colombianos ou dos Mig-29 do Peru. A Argentina há muito deixou de ser vista como ameaça. E o Chile, com quem não temos nem fronteiras nem contenciosos, nos atacaria a troco de que?

      Ou seja, os caças do FX-2 teriam como funções prover aos pilotos da FAB capacitação técnica atualizada e funcionar como uma “capacidade de dissuação” contra ameacas de ataque por uma potência externa. E é nessa tal “capacidade de dissuação” que a coisa fica ainda mais confusa. Dissuação contra quem?

      Contra as “potências” que cobiçam nossos recursos naturais, dizem os nacionalistas mais empedernidos. Bom, se estamos falando de EUA, Russia e China não vão ser esses anunciados 36 caças que vão fazer grande diferença, independente de qual seja o fabricante. Melhor seria usar esse dinheiro em milhares de lançadores de granadas RPG e mísseis anti-aéreos portáteis. Nas últimas guerras contra os impérios, eles se mostraram muito mais eficientes que os aviões de caça. Ou então “partir para as cabeças” e começar a desenvolver logo uma dúzia de ogivas termonucleares e os mísseis balísticos para a entrega a domicílio, que hoje aão as únicas armas de dissuação verdadeiramente efetivas contra as super-potências mundiais.

      Mas se a idéia for somente treinar pessoal e desencorajar aventuras de vizinhos que eventualmente se tornem belicosos, uma dúzia de caças de última geração, associados à frota atual de F-5EM, aos vetores de ataque AMX A-1A e sistemas efetivos de defesa antiaérea são mais que suficientes.

      Acho importante destacar um detalhe. Se o Brasil tivessse tomado nos anos 1970 a decisão de manter uma aviação de combate permanentemente atualizada com equipamentos de ponta, a FAB teria trocado os Mirage IIIBR já em 1980-82 (provavelmente por F-16A ou Mirages 2000C). Teria trocado novamente no final dos anos 90 por Mirages 2000-5, F-16C/D Block 50/52 ou F/A-18A. E estaríamos agora discutindo uma nova substituição por aeronaves novas.

      Ou seja, teríamos gasto alguns bilhões de dólares em armamentos que nunca chegamos efetivamente a precisar. A decisão de não comprá-los e de empurrar com a barriga usando os velhos Mirage III (e depois os 2000C de segunda mão) foi sem dúvida alguma muito arriscada. Poderia ter dado merda . Mas o fato é que, no longo prazo, revelou-se acertada e funcionou a contento. E o país economizou uma pequena fortuna.

       

      1. Usando esse mesmo raciocinio

        Usando esse mesmo raciocinio ninguem faria seguro de carro, colocaria fechadura nas portas etc.

         

        Certamente o uso que se pensa para o FX não é nenhum dos que citou, ele não foi pensado nisso, pelo menos não deveria ser.

         

        Mas para citar o exemplo histórico, depois da crise de 29 houve uma redução drástica dos orçamentos militares dos paises ocidentais, isso provocou uma redução do contingente, da quantidade de armas e no treinamento, o resultado foi que mesmo tendo um exercito menor a Alemanha varreu a Europa ocidental… Algo similar aconteceu a antiga URSS, os expurgos de Stalin tinham acabado com a liderança do exercito vermelho e o que sobrou eram oficiais fieis mas extremamente incompetentes para a nova guerra que se avizinhava… outro exemplo mais próximo, no conflito entre Equador e Peru, a força aérea peruana era em termos de inventário muito melhor que a equatoriana, mas problemas de manutenção e treinamento fizeram com que os equatorianos levassem ampla vantagem nos combates aéreos.

         

        Esperar uma necessidade para correr atrás da solução é sempre a PIOR solução.

  9. Prezado Nasif
    Como você

    Prezado Nasif

    Como você constata através dos comentários do Júnior 50 , as FAs brasileiras dependem pesadamente da indústria militar americana .É o famoso Ruim com eles , Pior sem eles , pelo menos ao nível da aviação de caça da FAB . F-5s , Skyhawkings ,gps dos tucanos , etc…) . E os Honets são excelentes aviões para uma aprendizagem dos pilotos de caça da FAB para o futuro .Agora quanto aos superfaturamentos e pro labrores embutidos , fica por conta da Dona Dilma .

    1. A espionagem americana mostrou porque o Brasil não deve comprar

      MUITÍSSIMO BOM MEU AMIGO LUIZ NASSIF, VOCÊ ACABA DE REVELAR TODAS AS TRAMÓIAS DO GOVERNO AMERICANO.

      OS INTERRESSES DELES NÃO É NADA MAIS  E NADA MENOS DAQUILO QUE VC ACABA DE REVELAR NA SUA PÚBLICAÇÃO.

      É EXTREMMENTE IMPERIOSO, URGENTE DE QUE O MUNDO E AS NAÇÕES UNIDAS COLOQUEM OS AMERICANOS NOS SEUS

      DEVIDOS LUGARES, PARA QUE APRENDA A RESPEITAR A SOBERANIA DE CADA PAÍS.

  10. “…sabe-se que o “irmão do

    “…sabe-se que o “irmão do norte” se recusa a transferir tecnologia a partir da qual o Brasil poderia incrementar sua indústria aeronáutica, ao contrário de suecos, russos e franceses.” 

     Lembro que o Grippen NG nem existe, e só terá um motor. De TODOS, o SAAB Grippen é a PIOR opção, não passa de uma promessa e será um caça que já entrará na ativa obsoleto.  E o Grippen e o Rafale POSSUEM peças e Tecnologias Sensíveis NORTE-Americanas, é BOM não esquecer este detalhe.  Juniti Saito deveria dizer a nação a razão de só existir caças OTAN na licitação, essa MENTIRA de negativa da Transferência de Tecnologia para EXCLUIR a Rússia da licitação é uma afronta a soberania. E até parece que FRANÇA e SUÉCIA vão poder repassar 100% da Tecnologia Sensível para o Brasil, afinal, os dois dependem dos EUA para seus caças voarem, não é mesmo??

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