Argentina fecha acordo com fundos abutres dos EUA

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Medida encerra litígio que foi iniciado no auge da crise de 2001

A Argentina aceitou hoje pagar US$ 4,6 bilhões a vários fundos que têm dívida do país e pôr fim a um litígio que começou com o colapso financeiro de 2001, anunciou hoje (29) o mediador do caso, Daniel Pollack.

“É um passo gigante neste longo contencioso, mas não é a etapa final”, disse o mediador em comunicado, esclarecendo que o acordo ainda tem de ser aprovado pelo Congresso argentino, que também deve revogar uma lei que proíbe os pagamentos a fundos “especulativos”.

Há quase 10 anos, os fundos NML e Aurelius travam uma batalha nos tribunais norte-americanos para reclamar o pagamento integral de títulos da dívida argentina, que compraram a preços mais baixos após o colapso financeiro do país em 2001.

A Justiça norte-americana deu razão aos fundos litigantes em 2012 e aumentou a pressão sobre a Argentina, ao proibir o país de reembolsar os credores que aceitaram uma renegociação de 70% na dívida.

Após anos de impasse durante a presidência de Cristina Kirchner, o novo governo de centro-direita do presidente Mauricio Macri, que chegou ao poder em dezembro, apresentou em fevereiro uma proposta prevendo reembolsar US$ 6,5 bilhões dos US$ 9 bilhões retidos pelos fundos que recorreram na Justiça.

Depois de semanas de intensas negociações, a Argentina conseguiu chegar a um acordo com quatro fundos de investimento (incluindo o NML e o Aurelius), que resistiam, mas acabaram aceitando um desconto de 25%.

O acordo vai permitir que a Argentina retome os pagamentos a outros credores que aceitaram perder 70% do valor das obrigações que detinham nas renegociações de dívidas de 2005 e 2010.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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