Israel lançou dezenas de ataques aéreos na região sul do Líbano, em meio ao temor de uma escalada mais ampla na região após as explosões de equipamentos do grupo Hezbollah em ação coordenada pelos israelenses.
Segundo a Agência Nacional de Notícias do Líbano, aviões de guerra israelenses atacaram as cidades de Adshit, Qusayr, Qabrikha, Bani Hayyan, Markaba, Majadel, Mahrouneh e Reb Thalatheen, no sul do Líbano.
Ao mesmo tempo, fontes de segurança libanesas afirmam que os bombardeios foram os mais intensos desde o início da guerra de Israel contra a região de Gaza no mês de outubro, quando os israelenses e o Hezbollah começaram a trocar tiros na região de fronteira.
O exército de Israel afirma que sua força aérea atingiu cerca de 100 lançadores de foguetes e outras infraestruturas, mas não deixou claro se houve vítimas. “A sequência de nossas ações militares continuará”, disse o ministro da defesa israelense Yoav Gallant, que ressaltou que o Hezbollah “pagaria um preço cada vez maior”, segundo a agência Al Jazeera.
Em discurso televisionado no Líbano, o secretário-geral do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, afirmou que “o inimigo (Israel) cruzou todas as linhas vermelhas e todas as leis neste ataque. Este é um ataque terrorista massivo, genocídio, um massacre”, em referência às explosões de pagers e walkie-talkies que mataram 37 pessoas e feriram outras 3 mil.
“Os massacres de terça e quarta-feira são um crime de guerra, uma declaração de guerra… você pode chamar de qualquer coisa”, acrescentou, destacando que Israel enfrentará “dura punição e punição justa, onde espera e onde não espera”.
Segundo o site Iran International, o chefe da organização paramilitar transnacional do Irã (IRGC), Hossein Salami, previu na quinta-feira que a aliança informal de milícias islâmicas armadas liderada pelo irã em toda a região puniria o estado judeu.
“Em breve testemunharemos a destruição completa deste regime cruel e criminoso com a resposta esmagadora da frente de resistência”, disse Salami a Nasrallah na quinta-feira, informou a mídia estatal iraniana. Salami também visitou o embaixador do Irã no Líbano, ferido nas explosões desta semana, em um hospital de Teerã.
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