Conferência do clima termina com acordo vago para conter aquecimento global

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

do Deutsche Welle

Após 13 dias de negociações, países concordam sobre bases para um tratado, sem determinar metas definitivas para diminuir emissões. Embate político entre países industrializados e em desenvolvimento marcou evento.

Com um dia de atraso e grandes divergências entre os países participantes, os negociadores da Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-19) chegaram, neste sábado (23/11), a um acordo sobre as bases para um tratado para conter o aquecimento global.

Mas as determinações para limitar o aumento de temperatura da terra em 2 graus centígrados ainda são vagas e decisões sobre temas polêmicos foram adiadas.

Aspectos importantes, como sobre até quando os Estados devem apresentar suas propostas de como pretendem diminuir as emissões de gás carbônico, permaneceram em aberto. O prazo recomendado foi até o final de março de 2015. A conferência foi marcada por disputas políticas entre países industrializados, emergentes e em desenvolvimento.

Conflito de interesses

De um lado, países emergentes, como a China – o maior emissor de gás carbônico do mundo – e Índia, responsabilizaram os países industrializados pelos problemas climáticos atuais e reivindicaram seu direito ao desenvolvimento.

Assim, conseguiram deixar em aberto as responsabilidades legais sobre os objetivos traçados. O texto final propõe que os Estados preparem “contribuições” sobre o que pretendem fazer para proteger o clima, ao invés de “compromissos”, que era o termo usado anteriormente.

Do outro lado, os países mais ricos conseguiram bloquear outra questão polêmica, o mecanismo de compensação econômica para os países em desenvolvimento por perdas causadas pelas mudanças climáticas. Em termos gerais, foi decidido que uma cláusula sobre o tema deve entrar no acordo que será assinado em 2015.

Desde 11 de novembro, 194 países estiveram reunidos em Varsóvia, na Polônia, para formular as bases do tratado global para reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que deve ser assinado até 2015, em Paris, e entrar em vigor em 2020.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

4 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Joaquim Barbosa substituiu

    Joaquim Barbosa substituiu juiz da execução das penas da ação penal 470.  Em mais uma ação autoritária e que muitos pensavam ser fofoca da mídia, colocou um juiz  substituto,  filho de uma das famílias de Brasília que lideram a oposição pelo PSDB ao governo do PT no DF e cujo pai tem um programa em que o exalta como o salvador da república. E vamos continuar em silêncio? Qual deve ser o papel das mídias alternativas como se intitula este blog? O silêncio diante de mais uma violação ao direito aos réus e diante de mais uma diatribe politiqueira de Joaquim Barbosa? Para que serve a chamada mídia alternativa se não se insurge de forma contundente contra mais esta barbaridade? E mais, sabe Joaquim Barbosa da atuação política da família e do juiz por ele designado? O que se espera da mídia alternativa diante de mais este absurdo?  É mídia alternativa no sentido de denunciar desmandos ou não? 

    Vamos ver o alternativismo das mídias que se dizem alternativas à velha mídia diante deste descalabro, ofensa absoluta à cidadania até denunciada pela velha mídia que colocou em seu noticiário a filiação política dos pais do juiz, e por tabela, dele próprio! 

  2. Não é mais possível  a

    Não é mais possível  a leniência de jornalistas comprometidos com a democracia com o Presidente do STF. Se este blog que reconhecemos como trincheira da democracia não se mobilizar contra o arbítrio será mais do mesmo e, não precisamos mais do mesmo nesta quadratura da história do nosso país.

    Luis Nassif, faça a sua parte! Assim como Barbosa Lima Sobrinho dizia que a advocacia não é profissão para covardes,  o mesmo digo do jornalismo que esperamos de você, e sem meios termos. Tens um papel fundamental no Brasil, assuma este papel já, sob pena da história condená-lo no futuro! 

    O que se espera é reação absolutamente contundente contra o Juiz Joaquim Barbosa que dia após dia viola os preceitos mais fundamentais da justiça e que está a merecer um processo do impeachment já! 

    Coragem Nassif!!!!!!

  3. 1/2 Ambiente

    Todas as vezes em que se coloca sobre a mesa de negociação planetária, a pegada ecológica deixada pelos países centrais, com marcas indeléveis e frisantes, no traseiro de gaia e, se evidencia a urgente necessidade de sua mitigação, bem como, a indenização pelos danos ecológicos e sociais decorrentes desta estupidez, engendrada no eixo de um modelo de desenvolvimento inconsequente e insustentável, sob todos os aspectos; a roda da negociação se prende em seu próprio eixo, por falta de lubrificação com bom senso e, falta de senso de responsabilidade global. A negociação se estanca. As planilhas não batem. O diálogo em torno do quantum se esvazia. Mais uma vez o interesse econômico deste capitalismo cataclismico prevelece, sobre o bom senso.

    Marca-se outra data, e assim, vai se testando os limites de tensão suportáveis pelal corda ambiental, esticada à exaustão, como num cabo de guerra, tendo de um lado os poluidores e, de outro, o resto do mundo.

    Primeiro, pelo interesse da elite econômica mundial (com as mega-multi$ atráz do biombo coxixando ao pé de ouvido com os chefes de Estado), puxada pelos EUA, que querem testar, até que ponto a corda ambiental pode ser esticada.

    Pensam eles que ainda há espaço para contaminações de oceanos, de lençóis freáticos, de exploraçao de florestas dos outros,  de exploração de minerais dos outros, de consumo desregrado das águas dos outros, etc…

    Tudo para prolongar o sofrimento dos filhos de gaia, como se esses fdps, também, não fossem filhos de gaia. É como em ninhos de águia, onde o filhote mais forte expulsa o mais fraco, jogando-o para o precipício, para ficar com sua parte do alimento trazido pela mãe e, aumentando assim, suas chances de vida. É a lei do mais forte, da selva, que também, pode ser entendida, como a do capitalismo selvagem em que vivemos, maquiado pela mídia e pela propaganda enganosa.

    As futuras gerações qsf, querem os 200% líquidos e agora, sem mais delongas.

    Segundo, porque obviamente, esses cerca de sete a dez poderosos países, são detentores do comando desta panacéia ambiental e, o grosso do passivo ambiental que gaia vem suportando ao longo de séculos, desde a revoluçãoão industrial, tem origem nessas bandeiras coloridas, com assentuado tom vermelho, de guerras sem fim. Guerras, pelo meu, pelo seu, pelos nossos bens tangíveis e intangíveis..

    O Brasil, em que pese o desmatamento descontrolado da amazônia, que diga-se de passagem, foi reduzido em proporções inusitadas nos últimos dez anos, deu uma sinalização civilizada ao mundo, com a implantação do Novo Código Florestal ( Lei 12651/12).

    O Governo brasileiro faturou em cima dos produtores, sacrificando sua base de produção com a imposição de percentuais de Reserva Legal e Áreas de Preservação Permanente, apresentando este Código na rodada anterior do meio ambiente, sem ter nada de concreto em troca, com os países poluidores! Também, nada ofereceu aos produtores brasileiros, em troca da intrusão estatista nas suas bases de produção, que reduzem sobremaneira a já difícil competitividade com países como EUA e, também, Europeus.

    Veremos até quando esta corda vai aguentar a tensão entre, poluidores e países em desenvolvimento. 

    Só para finalizar, caso a China tenha a petulância de copiar 30% do modelo de consumo americano, teríamos todos que procurar outro planeta, pois, gaia, já não nos respeitará mais, como os condutores de vida sob seu manto protetor. Ela deixará esta nova missão, provavelmente, aos insetos, que com certeza terão maiores chances de sobreviver à catástrofe humana.

  4. A Alemanha vai desligar

    A Alemanha vai desligar nucleares e substituir por térmicas a carvão….

    Graças aos VERDES!

    Tratado?

    É piada isso?

    uahuahauhauhauhua

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador