O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, falou pela primeira vez sobre a escalada de tensões com Israel, nesta sexta (4). Segundo ele, todo país tem o direito de se defender de seus agressores e apelou pela união entre os mulçumanos “contra o inimigo comum”.
Khamenei comandou a cerimônia de orações semanais do islã em Teerã, em homenagem ao ex-líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que foi morto em um ataque israelense na semana passada. Khamenei fez parte do discurso em árabe, a fim de falar diretamente ao povo da região.
Ao mencionar o recente ataque com mísseis do Irã contra Israel feito na última terça-feira (1), Khamenei disse que a operação foi “baseada na lei internacional, na lei do país e nas crenças islâmicas” e garantiu que está pronto para fazê-lo novamente se necessário.
“O povo da Palestina tem o direito – face ao inimigo que tomou conta das suas terras, das suas casas, das suas quintas e impactou a sua vida – de se defender”, disse ele.
Sendo assim, Khamenei afirmou que as nações do “Afeganistão ao Iêmen e do Irã a Gaza” devem estar prontas para agir. “Nosso povo resistente no Líbano e na Palestina, vocês, bravos lutadores, vocês, pessoas leais e pacientes, esses martírios e o sangue que foi derramado não devem abalar sua determinação, mas torná-los mais persistentes“, declarou.
Khamenei ressaltou ainda que a interferência de potências estrangeiras em apoio a Israel é a questão mais urgente, uma vez que os Estados Unidos e aliados estão preservando a segurança de Israel a fim de torná-lo um portão de exportação de energia da região para o Ocidente.
Contudo, segundo ele, a resistência contra a agressão israelense “retrocedeu o regime sionista em 70 anos”. “Qualquer ataque ao regime sionista por qualquer pessoa e qualquer organização é um serviço para toda a região e talvez para toda a humanidade”, disse o líder iraniano.
Havia cinco anos, que Khamenei não comandava a cerimônia. A sua última aparição nas orações de sexta-feira foi após a morte do general da Guarda Revolucionária, Qassem Soleimani, morto em 2020 em um ataque de drones dos EUA em Bagdá.
Com informações da Al Jazeera e Haaretz
Leia também:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Sempre causou espanto o fato de os países do oriente médio, ao abrigarem Israel em seu meio, não ter o senso de perigo que isso representa e nem ter se unido desde sempre para pelo menos defender-se dessa nação. Talvez agora seja tarde demais.
Sempre causou espanto o fato de os países do oriente médio, ao abrigarem Israel em seu meio, não terem o senso de perigo que isso representa e nem terem se unido desde sempre para pelo menos formarem uma defesa conjunta contra essa nação. Antecedentes históricos milenares e o dever de prudência justificariam a medida. Talvez agora seja tarde demais.
A gritaria da imprensa em favor de um novo ataque israelense contra o Irá é irritante. Israel, coitadinho, só cometeu um genocídio em Gaza e começou a cometer outro no sul do Líbano. O Irã não pode atacar esse país pacífico. A retórica jornalistica brasileira está ficando tão nojenta quanto àquele que era empregada pelos jornais nazistas alemães da década de 1930.